... escrevo diretamente de Angoulême, uma pequena cidade ao norte da França. Para quem chega, depois de atravessar quilômetros e quilômetros de natureza e de terras quase inabitadas, é difícil de acreditar: durante os três dias do festival, que acabou ontem, Angoulême "é", ela própria, uma história em quadrinhos. No lugar dos anúncios de celular e creme dental, os ônibus são adesivados com HQs, nos muros das igrejas e construções antigas, os grafites são em quadrinhos; na vitrine de uma loja de doces, álbuns de "Tintin", "Lucky Luke" e "Titeuf" compõem a decoração; exposições dividem o espaço de escolas, bares e restaurantes; livrarias e sebos aproveitam e, pelo menos por ora, ocupam o lugar dos best-sellers de auto-ajuda com as graphic novels do momento...
Diego Assis (não é parente), o brasileiro mais invejado do mundo.