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ágúst 19, 2005

sigur.jpgSigur Rós tá de disco novo. Que é divino.

Ouça Sæglópur.

erico, 11:59 FH | Comments (8) | Permalink

ágúst 16, 2005

West Wing é um seriado sobre a referida ala oeste da Casa Branca, onde ficam a Sala Oval e os assessores diretos do presidente dos EUA. O foco é na equipe de comunicação, que escreve os discursos e fala com a imprensa. O ritmo é genial, os diálogos deixam você sem vontade de escrever (sentimento de inferioridade insuperável), os atores são excelentes e o tema - "eu sou o presidente da maior potência do mundo", nos lembra sempre o Bartlett, com um mischievous smile - é tratado com inteligência.

Já fui informado que, numas temporadas para a frente, a trupe da ala oeste resolve os conflitos da Faixa de Gaza. Puf, a guerra acabou. O idealismo de West Wing sempre escorre pela tela. Pessoas comprometidas, pessoas sonhadoras e inteligentes, que sabem que estão na posição mais alta da política mundial e que têm que usar essa posição, e rápido, para mudar o mundo.

Já sei, já sei. Propaganda ideológica, manipulação imperialista, um seriado para convencer o mundo de que os EUA podem fazer o bem. Por favor, não venha com essa. Ainda tenho neurônios e sei separar fatos de ficção. Se dá para dier que West Wing tem alguma base histórica, é nos ideais que fundaram os Estados Unidos, não no que se vê hoje do país.

Queria dizer que West Wing já passou de seriado predilto a inspiração, mas é mais uma introdução para outra coisa. "O Brasil" está passando por uma crise política devastadora, que vai acabar com um lendário "partido de oposição" e relembrar que políticos são políticos. E as pessoas falam que não acreditam mais no seu partido, que a política é inerentemente corrupta, que o Brasil não vai para a frente e que não acreditam no Brasil. Peraí.

Da mesma forma que West Wing não existe, não existe um Brasil. Não existe PT. Não existe crise nacional. Países, partidos e crises são ficções, narrativas, coisas que a gente constrói mentalmente sobre o mundo pra resumí-lo. O que existe são pessoas, terra e sonhos. Tem uma linha, que ninguém viu, que separa um território do resto do planeta, e carteirinhas que dizem que você está associado a outras pessoas - que só funcionam se você acreditar nelas, se entrar na ficção. Tomar elas por realidade é algo que você não devia fazer.

Meu Brasil é minha casa, as ruas da cidade, passear na praça de noite e sair de carro pela estrada. Mais importante: são meus amigos, meu amor, meu idealismo, meu sonho de mudar a vida dos outros e a minha, as pessoas que me alegram, que eu encontro, que eu quero perto. É minha família, a atual e a futura.

É também um bando de pessoas que "administram o país" lá em Brasília? É. Mas a importância deles para o meu Brasil é ridícula. Meu país é feito de coisas, não de uma crença em poderes distantes que vão definir minha vida. Eu acredito no que tenho ao meu redor, no meu chão. Você, lendo, provavelmente faz parte desse chão. É isso que cria minha vida.

Esse é o meu Brasil. Impossível não acreditar nele. Como alguém pode insistir em não acreditar?

erico, 11:15 FH | Comments (101) | Permalink

ágúst 12, 2005

The last possible deed is that which defines perception itself, an invisible golden cord that connects us: illegal dancing in the courthouse corridors. If I were to kiss you here they'd call it an act of terrorism--so let's take our pistols to bed & wake up the city at midnight like drunken bandits celebrating with a fusillade, the message of the taste of chaos.

Lendo Caos: Terrorismo Poético e Outros Crimes Exemplares. Não dá pra entender nada, mas que é bonito é.

erico, 04:57 EH | Comments (77) | Permalink

ágúst 10, 2005

O fim-de-semana.

Reefer Madness. Ainda na primeira parte. Eric Schlosser escrevendo sobre a economia subterrânea dos EUA: maconha, pornografia e imigrantes ilegais. Reportagem excelente. Ele tem um estilo engraçado: o texto é ótimo, mas próximo da neutralidade absoluta. Ao chegar no último parágrafo, exatamente no último, ele solta seu comentário para amarrar o capítulo. Fez a mesma coisa em País Fast Food - depois de revelar todas aquelas incongruência e desumanidade, se desata num comentário ácida em 200 palavrinhas.

2 Many DJ's/Soulwax. Depois de ouvir a obra-prima que é No Fun/Push It - Stooges com Salt 'N Pepa batidos no liquidificador -, tinha que conhecer o resto. Achei cinco horas de "músicas bagunçadas". E as combinações ficam ou legais ou ótimas.

Ardil 22. O filme. Ressalta a bizarrice do livro, não a comédia. Pena que tem um dos piores atores da história de Hollywood: Alan Arkin. Preferi o livro.

Revolution for the Hell of It. Resultado de duas semanas de chapação (real) do Abbie Hoffman após ler Marshall McLuhan. Explica bem a frase "anos 60: você tinha que estar lá para entender".

Os Aspones/The Office. Tentei ver o seriado brasileiro. Mas é lento, lento demais. E The Office é um supersônico: as piadas se sobrepõem, não dá tempo de rir. Melhor a cada episódio.

Buda. Do Tezuka. Encarei 5 volumes em uma sentada. A história é infantilizada, mas o Tezuka sabe fazer você se mover pelas páginas. Incrível o senso de "pacing", considerando que o cara produzia mais quinhentos mangás por semana. Gênio.

Melinda e Melinda. Woody Allen salva a minha vida.

erico, 09:49 EH | Comments (2) | Permalink

Grandes dúvidas da humanidade: o bom de Vampire/Fire Forest é o crescendo no piano/bateria que vem antes (stone by stone, brick by brick, nail by nail...) ou a barulheira maravilhosa que vem depois?

Pau a pau com Let Down, do Radiohead, é o melhor crescendo da história do rock (da parte que eu conheço, óbvio). Tia Margarites, com muito mais categoria pra falar isso, confirma.

Arcade Fire é pra ficar.

erico, 02:34 EH | Comments (1) | Permalink

ágúst 04, 2005

demonology.jpg(Popiário atrasado.)

Fim-de-semana a 32 graus bem no meio do inverno. Típico de Porto Alegre.

Excursão cinematográfica: O Cachorro, simplíssimo filmezinho argentino bonito (mas não melhor que Whisky). Sin City. Senti que os críticos, que queriam criar uma nova religião em torno do filme, tinham visto outra película. Fiquei com vergonha de gostar do Frank Miller. Inconscientes. Comédia espanhola com boas piadas, mas fraquinha no geral. A Fantástica Fábrica de Chocolates. Surpresa positiva.

Excursão seboística: alguns gibis que tavam faltando + Crónicas Intergalácticas EZLN - Primer Encuentro Intercontinental por la Humanidad y contra el Neoliberalismo, Chiapas, Mexico, 1996. Nem sabia que esse livro existia. Beco dos Livros é massa.

Excursão Cultura: mais algumas pilhas de gibis, Revolution for the Hell of It, Demonology e How to Be Alone.

Tudo isso enquanto eu tentava ler The Great Gatsby. Do qual não entendi coisa alguma (porque sou metido e quis ler no original). Alguém pode me explicar?

erico, 05:47 EH | Comments (4) | Permalink