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Falando de novo na Piauí (que eu finalmente resolvi assinar), uma das últimas edições fez eu querer voltar a nadar. Li atrasado a de janeiro, que tem texto de vários autores, como o Oliver Sacks e o Daniel Galera. Eles falam, basicamente, sobre a expieriência de ficar embaixo d'água.

"O que define a natação não é a monotonia. É a solidão. Na natação, a solidão é a via de acesso a uma espécie de estado meditativo, no qual reside um dos grandes prazeres do esporte. A natação impõe, logo de cara, um bloqueio sensorial: enxerga-se apenas o fundo da piscina/lagoa/oceano ou o breu das águas escuras; escuta-se apenas o som da água agitada por braçadas e pernadas; o tato é privado da sensação de solidez e passa a lidar somente com a resistência da água; a seqüência coordenada de braçadas, pernadas, movimentos de cabeça, respirações e viradas é contínua e os movimentos repetitivos livram progressivamente a consciência de mais essa preocupação corporal, até que em algum momento, se o treino for constante e o cérebro der conta da atividade física e da percepção do mundo em piloto semi-automático, o nadador se vê a sós com seus pensamentos", diz o texto do Galera.

Faz um pouco mais de dez anos que parei de nadar(*). Já estava com vontade de voltar há um tempo, mas a Piauí finalmente me convenceu. O diabo é que não acho horário decente nas piscinas dessa cidade...

(*) - você se sente muito muito muito velho quando diz que faz uma década que parou de fazer alguma coisa.

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Concordo Érico. O que eu mais queria era nadar de noite, depois da aula. Masssssss, as academias de natação simplesmente não abrem!

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This page contains a single entry by Érico Assis published on apríl 27, 2007 12:00 EH.

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