Meus gostos continuam se cruzando: ao receber o prêmio Eisner por melhor design de publicação, sexta-feira, James Jean gritou para o Chris Ware: "I drink your milkshake!".
Não que eu tenha gostado muito de Sangue Negro, mas é engraçado como essas minhas referências se cruzam.
Deixa eu me gabar um pouquinho: eu já dizia desde que li Meu Coração Não Sei Por Quê que esse era o típico quadrinho brasileiro que tinha que sair lá fora. Até perguntei isso para eles, e o gibi acabou sendo publicado nos EUA uns anos depois.
Desconfio muito de adaptações de quadrinhos pro cinema, ainda mais de Watchmen. Mas, putz, quando o Zack Snyder diz que mandou construir toda a nave do Coruja, encheu de props que nem sabe se vão aparecer nas cenas, só para ter o "feeling" do gibi, e ainda diz "se eu acabar fazendo só um comercial de três horas pra graphic novel, meu trabalho está feito"...
Sei que sou o público-alvo dessa campanha. Mas ela funciona, diabos.
Pena que daqui uns meses, quando o filme estiver pronto, eles vão começar a direcionar a campanha para As Outras Pessoas. E aí meu desgosto por adaptações vai voltar.
De qualquer forma, imagino que eles estejam pensando em usar parte dessa grana de marketing para prender o Alan Moore numa cadeira, esgarçar os olhos dele tipo Laranja Mecânica e rodar o filme.
O Monty Python já parodiava o House antes do House existir.
(Lembrei desse sketch porque precisava de um novo toque de mensagens no celular. Com o Tweeter mandando uma mensagem a cada 10 minutos, as pessoas tavam reclamando do meu toque anterior, copiado daqui. Agora o toque é um leve e delicado "PING!" na voz do Michael Palin - o gerente do hospital, no sketch.)
É seu. Se você me ajudar a configurar meu Tumblr e meu blog, até eles ficarem como eu quero. Me ensinando os macetes, envio o livro pelo correio para qualquer parte do Brasil.
Designers, programadores, pessoas com tempo: alistem-se via ericoassis @ gmail.com.
Volta nessa sexta-feira. E a campanha de RP é interessante: artigão na New York Times Magazine com foco no criador, Matthew Weiner (ex-Sopranos - ele esteve na serie desde o iníco, e escreveu o episódio em que o Tony mata o Christopher, entre outros) e matérias dispersas, como a LA Times, sobre a moda anos 60.
Jonathan Kanarek, owner of the Los Feliz vintage clothes store Jake Vintage, told The Times that clients often come searching for '60s styles, and mention “Mad Men” by name. "That classic look is in magazines all the time, but when people actually see it in play on TV, that pulls it all together for them," said Kanarek.
Rebelião de Attica foi uma rebelião ocorrida no presídio de Attica, estado de Nova York nos Estados Unidos da América. A rebelião, que começou no dia 9 de Setembro de 1971, durou quatro dias e terminou com a morte de 39 pessoas, sendo 10 reféns.
No filme Um Dia de Cão, de 1975, o personagem de Al Pacino, Sonny, que fez reféns durante um assalto a banco, grita "Attica! Attica!" para a multidão de curiosos que se reuniu em frente ao banco, em referência à rebelião de 1971. A multidão o aplaude pelo ato. A frase foi eleita a 86a. posição da lista "100 Years...100 Movie Quotes" - 100 anos... 100 citações de filmes - do America Films Institute.
Dr. House também cita a expressão "Attica! Attica!" na 3ª temporada da série quando se mostra indignado em relação a uma decisão da sua superiora Dra. Lisa Cuddy.
Rodei o trailer do Watchmen num iMaczão da agência da universidade, e um diretor de arte me perguntou "o que que é esse Watchmen?".
Tentei: "Ammm... Era uma equipe de super-heróis que se desfez, e agora eles são reunidos quando um deles é assassinado e eles têm que descobrir quem é o culpado. Mas... ahm... não é só isso. Tem umas relações com a história dos EUA. Tipo que eles são heróis que ajudaram os EUA a ganhar a Guerra do Vietnã."
Ele: "Que guerra?"
"Do Vietnã."
"Mas os EUA não ganharam a Guerra do Vietnã."
"Exatamente. Mas... ahm... tu tem que ler o gibi."
Não sei explicar o que é Watchmen. Preciso de ajuda. Nós, geeks, precisamos de um guia para explicar Watchmen para As Outras Pessoas, já que vão vir muitas perguntas agora que a campanha publicitária começou. Tem que ser algo curto, mas que dê conta da potência da história sem parecer algo feito só pra quem lê gibi (tipo: "é uma descontrução do gênero dos super-heróis"). E sem termos que emprestar o gibi, pois As Outras Pessoas, como conhecemos, não sabem ler gibi.
E temos que vender o filme bem. Por pior que ele possa vir a ser, tem que ter uma bilheteria astronômica para que Hollywood continue comprando gibis pra adaptar, injetando mais dinheiro nas editoras e gerando mais gibis bons pra quem gosta mesmo de gibi.
O trailer sai nesta sexta. O cara que viu e descreveu, do Chud.com, chorou de felicidade:
And it bears repeating: this is a trailer for us. This trailer speaks to the fanbase in a huge way. Your friends and neighbors will be damn impressed by what they're seeing, but they'll also be slightly baffled. They'll want to know more - who is that blue guy? Who is flying that ship coming out of the water? Are they on Mars? Why is that guy getting thrown through a window? - so get ready to start lending out your book. And get ready to start drooling for whatever else they're going to show at Comic Con - if this is what they're giving us in the first trailer, I can't wait to see what they have in store in San Diego.
Meu TPB está disponível para empréstimo, pois já me garanti uma cópia Absolute (leia-se: ninguém toca).
(Na verdade, não acabou. Mas na terceira temporada, que estréia ano que vem, muda 99% do cast. Fica só a Effy. Tenho um certo medo de que não vá ser tão bom.)
As cenas finais rodam com "Time to Pretend", de uma bandinha novaiorquina, MGMT. A letra é perfeita pra Skins. Dá pra ouvir no MySpace deles.
I'm feeling rough, I'm feeling raw, I'm in the prime of my life.
Let's make some music, make some money, find some models for wives.
I'll move to Paris, shoot some heroin, and fuck with the stars.
You man the island and the cocaine and the elegant cars.
This is our decision, to live fast and die young.
We've got the vision, now let's have some fun.
Yeah, it's overwhelming, but what else can we do.
Get jobs in offices, and wake up for the morning commute.
I'll miss the playgrounds and the animals and digging up worms
I'll miss the comfort of my mother and the weight of the world
I'll miss my sister, miss my father, miss my dog and my home
Yeah, I'll miss the boredem and the freedom and the time spent alone.
There's really nothing, nothing we can do
Love must be forgotten, life can always start up anew.
The models will have children, we'll get a divorce
We'll find some more models, everything must run its course.
“Os quadrinhos são o novo rock’n’roll. Nos anos 80, todo mundo queria ter uma banda de rock no Brasil. Depois, todo mundo queria ser DJ, lembra? Agora é o momento dos quadrinhos”
É o Rogério de Campos, nosso hype-man, na matéria d'O Globo (tem um trecho aqui, porque o site do Globo é horrível) sobre quadrinistas brasileiros que saiu no domingo. Só li agora.
Segunda: Rafael Grampá, outro cara com um traço fantástico, que lança sua primeira graphic novel este mês, é não só gaúcho, mas pelotense como o que vos escreve. Vou transformar isso em pauta: Grampá, Sica e Odyr: Pelotas bleeds comics.
(Esse é o Grampá.)
Pra completar, Coutinho vai fazer uma HQ com o Daniel Galera (outro gaúcho na história) e Grampá com o Daniel Pellizzari (mais gaúcho). Não é que gaúcho seja bairrista - é que nós somos melhores.
Observação final: há uma proliferação de "Rafaels" nos quadrinhos brasileiros. Gente com outros nomes pode desenhar também, ok?