ÉRICO
ASSIS
,INC.

26 anos
Pelotas, Brasil

jornalista
publicitário
mestre do universo
[currículo, 102kb]

colunista - omelete
filósofo - aí do lado
tradutor/revisor inglês/português - às ordens

procurando trabalho honesto que pague seus livros e que não tome todo o tempo que ele precisa para ler seus livros.

ericoassis@gmail.com

last.fm
bloglines

amazon.com wish list
livraria cultura wish list

Search


Archives
Links
Powered by
Movable Type 2.64

febrúar 27, 2006

Departamento de Aquisições

erico, 11:53 FH | Comments (0) | Permalink

febrúar 24, 2006

Acho que entendi o que o Woody queria com o Match Point. ACHO.

Pelo trailer você já levava um choque: filmezinho ridícula que não mereceria nem a tela de cinema nem um dvd, devia ir direto pro SuperCine. Não dava pra acreditar nos créditos. Aí vieram as críticas: "A volta de Woody Allen", "seu melhor filme em anos". Até o próprio Woody dizendo que é um de seus filmes prediletos. Então...

Bom, no fim da sessão tive que segurar a Aline, que queria partir pra cima duma menina que comentava: "Noooossa, é o MELHOR filme que o Woody Allen já fez".

O filme é um terror. Péssimo. Absurdamente banal. Simplista, sem criatividade, convencional. Deficitariamente convencional.

Mas, como eu dizia, ACHO que entendi o propósito. Woody queria uma tragédia grega em padrões simplistas de tragédia grega, apenas num set contemporâneo. E tragédias gregas, convenhamos, são deficitariamente convencionais. Alguns gritinhos para deuses e gente furando os olhos, mas a estrutura é banalíssima. Tá ali apenas para exemplificar, ilustrar uma regra moral. Match Point - e as referências às tragédias, à Grécia, à dramaturgia moralista estão por toda parte no filme, como pistas - fica só nisso: uma parábola para dar uma lição de moralidade (ou amoralidade, entenda quem já viu o filme). Sem piadas, sem hipérbole, sem um toque woodyallenesco. Só uma exemplificação. Por isso que ele é, pra mim, tão rum.

Ou isso ou é a maldição que o Woody rogou em Dirigindo no Escuro, meio às avessas: agora que ele filme na Inglaterra, sua produção finalmente faz sucesso nos EUA. Por pior que seja.

erico, 06:46 EH | Comments (2) | Permalink

Departamento de Aquisições




erico, 12:34 FH | Comments (0) | Permalink

febrúar 22, 2006

O Mundo é Plano é o típico livro para leitores da Veja. Como a revista, noticia tudo que você já sabe sobre tendências contemporâneas como se fosse um furo de reportagem.

Mas é bem melhor escrito do que qualquer artigo da Veja, felizmente. O autor, Thomas Friedman, fala de como as grandes empresas aproveitaram os últimos avanços tecnológicos para fazer offshoring/tercerização de serviços impensáveis. Você, por exemplo, liga nos EUA para o atendimento-ao-cliente da American Airlines e quem lhe atende é um indiano em Bangalore (que fala inglês perfeitamente treinado). Você tem uma intranet na sua empresa que torna irrelevante trabalhar em Pelotas ou Vladivostok, pois o acesso a sua plataforma é on-line. Precisa de alguém para fazer seu imposto de renda? Nos EUA, o escritório de contabilidade da esquina passa o trabalho pesado para (novamente) indianos. Graças ao fuso horário, o contador americano acorda e tem seu trabalho pronto, feito e enviado pelo indiano. Sem falar na vantagem dos salários mais baixos.

Com esses e outros exemplos, Friedman conclui que o mundo está se achatando, que a economia torna virtualmente colados os principais centros de negócios do planeta. A Internet corta custos, beneficia países em desenvolvimento, está criando ciclos virtuosos e vamos todos ser ricos e felizes. Aham.

Soltei O Mundo é Plano por um tempo para pegar O Afeganistão, de Mohsen Makhmalbaf. ANTES da guerra de 2002, o autor descreve um país que mal saiu da idade da pedra, governado pelos fundamentalistas religiosos que todo mundo conhece, onde a Internet só deve chegar depois que houver coisas mais banais, tipo saneamento básico, saúde pública, empresas e perspectivas de sobrevivência.

Quando eu estava bem armado para reclamar da cegueira do Thomas Friedman, ele enfim reconhece, quase no final do livro, que existe um "mundo não-plano" BEM maior que o plano. Ok, finalmente o subtítulo Uma breve história do século XXI começa a valer. Ele chega até a fazer comentários sobre ativistas anti-globalização, que vou falar no Rodapé, e entra no tema da geopolítica. Mas empaca em uma hipótese que eu não sei dizer se é cruelmente real ou excessivamente Pollyanna: de que dois países com fortes laços de negócios e aproveitamento mútuo de oportunidades empresariais não entrarão em guerra, e só têm a crescer em conjunto. De novo, vamos todos ser ricos e felizes - SE fizermos negócios com os EUA.

Pode ser difícil concordar com todo esse deslumbre do Friedman, mas pegar essas 450 páginas nas minhas férias valeu a pena. O melhor do livro é que, para um cara próximo do desemprego, é um baú cheio de idéias (se bem que até a mancha da parede tem me dado idéias sobre emprego nesses últimos dias). Boa leitura.

erico, 09:47 FH | Comments (1) | Permalink

febrúar 12, 2006

FÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIAS!

erico, 10:54 FH | Comments (3) | Permalink

febrúar 10, 2006

Departamento de Aquisições

erico, 01:50 EH | Comments (0) | Permalink

febrúar 08, 2006

erico, 04:17 EH | Comments (1) | Permalink

toomuch.jpg

... num livro capa-dura, coffee table, que custa 65 dólares e é tomado de ilustrações posmodernamente chiques, "sujas", "mal-acabadas", ready-mades, que em teoria estão ali para criticar o design gráfico contemporâneo.

Mmmmm...

erico, 02:24 EH | Comments (0) | Permalink

febrúar 07, 2006

Want: A Short History of Tractors in Ukrainian.

Tenho uma atração por títulos longos. Mais ainda quando são títulos longos que criam uma relação ao mesmo tempo irônica e "despistadora" (no sentido que você sabe que o livro não é sobre tratores ucranianos, e que você também sabe que ninguém lançaria um livro sobre tratores ucranianos) com o conteúdo. We Don't Live Here Anymore, Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, Clap Your Hands Say Yeah, Suburban Kids With Biblical Names foram algumas decepções dentro do "gênero", mas Eternal Sunshine of the Spotless Mind e A Heart-Beaking Work of Staggering Genius (o pessoal da McSweeney's é ótimo na arte dos títulos longos) fazem ele valer a pena.

Alguém lembra de mais coisas - boas e ruins - com títulos longos e, se possível, sem nenhuma relação direta com o conteúdo?

erico, 06:45 EH | Comments (4) | Permalink

febrúar 06, 2006

Departamento de Aquisições

E uma semana de viagem pela frente. :)

erico, 05:39 EH | Comments (3) | Permalink

crumb.jpgEu não gosto do Robert Crumb. Mas precisei comprar e ler quase tudo que saiu dele no Brasil pra decidir isso. Depois de Minha Vida, chega! Velho chapado e reacionário que vende qualquer rabisco - geralmente um resmungo menos que banal - porque tem um punhado de seguidores que se juntou depois de uma ou duas boas idéias que teve lá em 68. As histórias são fracas e admitidamente feitas com pressa. Qualquer coisa vale. É pior que a Heavy Metal. Não gasto mais dinheiro com Crumb.

erico, 11:57 FH | Comments (10) | Permalink

Desejos: Red Curtain Trilogy Box Set (apesar de já ter 2 dos DVDs).

erico, 11:48 FH | Comments (0) | Permalink

Li Reparação contrariado. Texto exageradamente detalhista e floreado para o meu gosto por narrativas mais carregadas de pontos e vírgulas. Mas queria conhecer o Ian McEwan. E queria entender o que a orelha queria dizer por

o romance ganha uma nova perspectiva com base num dado que só é revelado no epílogo. Restrospectivamente, o leitor percebe que o que estava em jogo ao longo de toda a obra, além da questão da culpa e do perdão, eram as relações entre ética e estética. E só então se dá conta de que o livro cuja leitura está terminando, à parte de ser uma narrativa deslumbrante, é também uma reflexão sofisticada a respeito da natureza da literatura, seus poderes e suas limitações.

Fica forçado quando uma orelha diz que você tem que ler o livro até o final para realmente gostar, não é? De qualquer forma, foi só por causa disso que li até o final, então a orelha cumpriu seu papel...

Mas li o fatídico epílogo, fiquei esperando a reviravolta e... Ok, vou ler de novo essa parte... Uhm, quem sabe mais uma vez... Não, de novo, o que ela realmente disse aqui... Mas então quem é que...

Confesso: não entendi o final.

Felizmente, eu não estou sozinho.

No fim das contas, se entendi, a coisa não é tão sensacional assim. Ou isso ou o McEwan queria criar algo pra gerar debate mesmo, a la Capitu. O que também não é uma opção que alegra minha leitura. Ou seja: livro chato. Ian McEwan é chato.

Mas como sou imbecil e tenho essa mania de seguir o buzz, quero ver Sábado pra ter certeza que não gosto mesmo dele.

erico, 12:34 FH | Comments (2) | Permalink

febrúar 04, 2006

A Drops vai fechar. Quem mora em Pelotas e tem algum gostinho por cinema já está sentindo falta. Os donos resolveram que não conseguiriam vender toda a locadora para um único comprador, por isso resolveram colocar todo o acervo à venda a R$ 20 por DVD.

A Drops foi a primeira locadora exclusiva de DVDs da cidade. E a idéia era criar um espaço para cinéfilos mesmo. A primeira atendente era uma especialista em cinema, inclusive. O acervo não tinha tudo, mas era um diferencial na cidade. Nenhuma outra locadora tinha caixas de seriados, ou as coleções do Hitchcock e do Kubrick. Nenhuma comprava (e nenhuma compra, ainda) lançamentos de filmes europeus ou latinos. Para uma cidade sem opções como Pelotas, era um gostinho de capital.

E foi isso que matou a locadora. Os donos só conseguiam se manter colocando o preço dos lançamentos lá em cima, 1 ou 2 reais acima do preço das principais locadoras da cidade. Isso sem contar a outra parte da concorrência, aquela de "lançamentos a R$ 1,99!". Mesmo quando baixaram os preços, a clientela não voltou. Então, azar, não dá mesmo pra manter um negócio decente nessa cidade.

Eu tinha uma relação privilegiada com os donos, e podia inclusive sugerir DVDs para compra. As caixas de 24 Horas estão (estavam) lá porque buzinei muito na orelha do Cuca. É disso que vou sentir mais falta.

(Mesmo triste, não pude deixar de participar da pilhagem. Levei Team America, Zelig, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Antes do Pôr-do-Sol. E ganhei A Vida Marinha com Steve Zissou. Isso porque fui controlado, e porque estou me preparando para o desemprego. Mas fico com alguns pedacinhos da Drops pra mim.)

erico, 12:25 FH | Comments (7) | Permalink

febrúar 03, 2006

Departamento de Aquisições

erico, 10:49 FH | Comments (0) | Permalink

febrúar 01, 2006

finfang2.jpg

erico, 05:23 EH | Comments (0) | Permalink

Se você é o cirurgião plástico que colocou mal o botox que deveria corrigir as bochechas do Droopy... quem você chama? Se o Dr. Quest quer a guarda de Johnny e Hadji... quem vai processar Lance Bannon? Se Pepe Legal quer defender seu direito, garantido pela segunda emenda, de carregar e dar cabongues com seu violão... quem o representa? Se Ding-a-Ling, da turma do Manda Chuva, descobre que seu nome é o domínio de um site pornô... quem?

Harvey Birdman, attorney at law.

É meu desenho animado favorito. O Homem-Pássaro defende casos de personagens da Hanna-Barbera, como, além dos citados, os Jetsons, Chefe Apache, Salsicha e Scooby (pegos no furgão com substâncias ilícitas, É ÓBVIO)...

O humor é típico daquelas vinhetas nonsense que todo marmanjo adora na Cartoon Network. Aliás, é uma animação da Cartoon Network. A melhor do Adult Swim.

Provavelmente é o melhor desenho animado para adultos da TV. Simpsons está fraquíssimo, convenhamos. Drawn Together fica meio previsível com suas piadas a la Todo Mundo em Pânico. Só South Park tem se superado, tendo conseguido processos contra dois episódios da última temporada, e uma ótima mania de satirizar filmes do Michael Bay e do Roland Emmerich.

Mas quando o Secret Squirrel (aquele esquilinho que era uma agente secreto, de capote branco e máscara) é acusado de assédio sexual - ele aborda mulheres na rua e abre o capote - e Fred Flinstone começa a achar que é chefão da máfia depois de bater a cabeça (o Homem Pássaro recusa o caso, e na manhã seguinte a cabeça de Pepe Legal está embaixo de seus lençóis), Harvey Birdman ganha disparado.

erico, 11:06 FH | Comments (3) | Permalink

janúar 30, 2006

AGORA eu me sinto velho: minha tatuagem completou dez anos.

erico, 09:44 FH | Comments (10) | Permalink

janúar 27, 2006

nextwave.jpg


Monica Rambeau is a veteran super hero previously known as Captain Marvel, whose mother always wanted her to get a proper job. So she joined H.A.T.E.

When her mother died, she went to Hell, and is used as a bucket by giant weasels dressed as cheerleaders. And that's what happens when you tell your kids to get a proper job.

De Nextwave, novo gibi MASSA do Warren Ellis.

erico, 03:41 EH | Comments (1) | Permalink

Fiction and graphic fiction shouldn’t be in competition, as there are things that only Ware can give us and others that he can never give us, that only the novelist could offer. The danger is that comics, with their new and hard-won prestige, will begin to force novelistic ideas into panels and word bubbles too cramped for such usage—and that novels, already anxious about their worth, will try to transport the comic’s rendering onto pages that ought to have inward, not outward depth. We’ll never see the effusive, dithering pronouncements of the mind given the depth in a comic that they can be afforded in a book, which is good—to attempt it would ruin the comic. Some ideas and emotions can only be told in stories through indirectness and aside, ruminations and the illusion of time unique to the printed page. The novel is still the only way to assay everything too vast and equivocal to be reduced to pure symbol and formulation. It ought to be groping with those mysteries that can’t be handled elsewhere.

Aqui.

erico, 03:11 EH | Comments (1) | Permalink

janúar 25, 2006

What kind of demented geniuses could shift from spirited jokes to snide remarks to solemn pronouncements, all the while knowing that the fate of the free world rests in their hands?

A Salon publica os textos que eu nunca vou ter cacife suficiente para escrever sobre The West Wing. A frase aí de cima resume tudo que a série tinha de bom - e de ruim. Mas aí é que está: mesmo a parte ruim, por ser implausível e over-otimista, era fantástica (ou, pelo menos, catártica). West Wing é genial.

erico, 01:51 EH | Comments (0) | Permalink

janúar 23, 2006

West Wing vai acabar. A próxima temporada de Família Soprano será a última. Six Feet Under já acabou.

Então, basicamente, só tenho gostado de séries moribundas. O bom é que estou atrasado, e ainda tenho anos inteiros delas para assistir.

erico, 11:38 FH | Comments (0) | Permalink

janúar 19, 2006

O Belle & Sebastian lançou CD novo. 24 Horas começou temporada nova, com quatro episódios na colada. A Amazon finalmente entregou o livro que pedi em julho (e que é fantabuloso). Terminei e depositei minha dissertação. E é meu aniversário!

Ou seja, 2006 finalmente começou. Feliz ano novo!

erico, 01:58 EH | Comments (1) | Permalink

desember 28, 2005

match.jpgBecause Woody Allen's early films are about as funny as any ever made, it is often assumed that his temperament is essentially comic, which leads to all manner of disappointment and misunderstanding. Now and then, Mr. Allen tries to clear up the confusion, insisting, sometimes elegantly and sometimes a little too baldly, that his view of the world is essentially nihilistic. He has announced, in movie after movie, an absolute lack of faith in any ordering moral principle in the universe - and still, people think he's joking.

Início da resenha do Match Point no Times. Para todo mundo, é um escândalo de bom. Talvez mais porque não se espera muito do Woody depois dos últimos filmes. Mas chegam a dizer que é um dos melhores filmes da carreira do velhinho. Ele mesmo acha isso.

Mas o trailer é um terror. Parece outro péssimo suspendrama hollywoodiano (ou pior: inglês), e não tem nada de Woody Allen.

Seja como for, tá na minha lista para assistir em 2006. Que tem bastante coisa boa, pelo que dizem ele, ele, ele e
eles. A começar pelo que ainda não consegui ver este ano: Caiu do Céu, Last Days, Palindromes, Flores Partidas, Caché, 2046 e Uma Vida Iluminada. Todos valem a pena, né?

Tem coisas que ainda não chegaram aqui: Jarhead, Syriana, Me and You and Everyone We Know, Good Night and Good Luck, The New World, The Three Burials of Melquiades Estrada, The Ballad of Jack and Rose, Revolver e Thumbsucker, pra começar. E tem os que ninguém viu ainda: The Science of Sleep (Michel Gondry), V for Vendetta (eu resisto, confiante e ingênuo), Southland Tales, The Lady in the Water (acabei de rever A Vila; mantenho as críticas, mas é bom, né?) e A Scanner Darkly.

Só o suficiente para me levar ao cinema duas vezes por mês.

erico, 02:37 EH | Comments (3) | Permalink

desember 26, 2005

Oito CDs que eu teria comprado este ano, se eu ainda comprasse CDs:


01aimee.jpg

02takk.jpg

03arcade.jpg

Ops, esse eu comprei.

04damien.jpg

06code46.jpg

05broken.jpg


07angels.jpg

08songs.jpg

Basicamente, eu ouço o que a Ana manda eu ouvir. Vá pegar as recomendações direto com ela.

erico, 10:45 FH | Comments (2) | Permalink

desember 22, 2005

Auto-presentes de natal. Porque essa é aquela mágica época do ano em que você não se sente um vagabundo por passar os dias em casa lendo gibi ou vendo filme, nem por estourar o cartão de crédito (dos outros):

Tintim: Os Charutos do Faraó e O Ídolo Roubado. Fiquei tentado a comprar os quatro que saíram agora. Mas a metade já é um bom começo.

Quadrinhos e Arte Seqüencial. Tem só 10 anos que enrolo pra comprar. Agora falta o Narrativas Gráficas.

Promethea, a série completa. Sim, a série completa. Em edições individuais. Trinta e duas. Trinta e duas edições. Completa. A série. Toda. Início ao fim. Com suas capas maravilhosas, com seu conteúdo alucinante. Vi numa loja em POA e foi um daqueles momentos na vida que você sabe que não vão se repetir.

Da mesma loja, Sandman: Dream Country e Sandman: World's End. Parte de um plano maior de acabar minha coleção do Sandman. Faltam só 5 TPBs!

Blink. No original, porque achei que não ia sair aqui tão cedo. Dias depois de encomendar, descubro que saiu aqui por um preço camarada...

The Tale of One Bad Rat. Porque o Rodolfo insistiu.

How We Are Hungry. Coleção de histórias curtas do Dave Eggers. Oh sim!

Night Fisher. Não resisti (ver cinco posts abaixo).

She Read The Letter Journal. Que eu pensei que fosse uma graphic novel nova do Adrian Tomine, mas que não é uma graphic novel nova do Adrian Tomine. É um caderno pautado com capa do Adrian Tomine. Porque Letter Journal, Érico, não é uma palavra. Mas a Amazon também é culpada, pois coloca o troço na seção de livro e poderia ter escrito She Read The Letter (Journal). Aí eu saberia que é um diário. Eu nem sei mais escrever em papel!

E, pra fechar, um presente de verdade: Good-Bye, Chunky Rice, fantasticamente bem escolhido pela Cristina e pelo Rory (a Cristina também serviu de mula para os dois livros acima). Muito obrigado!

Boas festas pra você. Vou sentar no sol com uma pilha de livros. Até o ano que vem.

erico, 02:18 EH | Comments (1) | Permalink

desember 08, 2005

É você que está com meu livro >Reefer Madness and other tales of the american underground, do Eric Schlosser? Edição da Penguin, com uma bunda na capa. Assim. Se está, me empresta só pra eu terminar de ler? Se não está, viu onde eu deixei?

erico, 12:53 FH | Comments (0) | Permalink

desember 03, 2005

POPIÁRIO. Porque eu tava com saudade.

hobbes.jpgVocê já viu os clips novos do Sigur Rós? Glósóli é bem chatinho até chegar no final. Agora, toda vez que ouço a música, fico arrepiado quando ela entra no crescendo. E o de Hoppípolla é mais uma variante em torno da necessidade, como disse a Aline, da banda da sempre colocar um elemento infantil nos vídeos. Bem criativo, dessa vez.

(Estou escrevendo isso ouvindo Angels of the Universe, CD que o Sigur fez com um músico islandês de nome impronunciável, que dá pra descrever como o som que as nuvens fazem quando se mexem. Ou como você acha que deveria ser isso, se conseguisse chegar perto o suficiente para ouvir as nuvens.)

hobbes.jpgLendo devagarzinho, naquelas horas em que você tem que esperar o tempo passar, o Complete Calvin & Hobbes. Será que eu sou a única pessoa que acha os pais do Calvin meio cruéis? Ok, entendo quando eles estão sendo sarcásticos (tipo quando a mãe deixa o Calvin fumar), mas quando eles não são sarcásticos, parecem que querem colocar o Calvin no lixo. Talvez eu entenda quando tiver filhos...

Não tem nada de bom no cinema, né? Tempos que não vejo um "Que Filme!". No máximo, "Que Trailer!", pro The Fountain.

Livros: leio Os Piores Textos de Washington Olivetto só pra gritar "seu filho da puta" a cada parágrafo (por ódio e por inveja; mais por inveja, admito); tento achar o sentido do Nine Stories do J.D. Salinger; e vejo o Norman Mailer descrevendo longamente seu próprio umbigo no Exércitos da Noite. Pelo menos não tenho que ler mais nada pra dissertação.

ware.jpgE você já viu os quadrinhos do Chris Ware no New York Times? Ele está contando histórias em torno de um edifício. A tira em que ele conta (no sentido numérico) quantas emoções e fatos aconteceram em cada um dos andares e apartamentos é uma das coisas mais geniais que ele já fez.

erico, 11:38 FH | Comments (3) | Permalink

nóvember 18, 2005

Um livro com contos do Neil Gaiman, do Nick Hornby, do Jonathan Safran Foer do Lemony Snicket, e de outros que acabam sendo mais elogiados que eles, para crianças, ilustrado, e com um título excelente: Noisy outlaws, unfriendly blobs, and some other things that aren't as scary, maybe, depending on how you feel about lost lands, stray cellphones, creatures from the sky, parents who disappear in peru, a man named lars farf, and one other story we couldn't quite finish so maybe you could help us out. E meu aniversário logo ali.

erico, 11:09 FH | Comments (1) | Permalink

nóvember 16, 2005

Afundamentos na Feira do Livro de POA:

Não me Abandone Jamais, Kazuo Ishiguro
Caricatura, Joaquim da Fonseca (em promoção)
The Faber Book of Pop, Hanif Kureishi e Jon Savage (outra promoção)
Os Exércitos da Noite, Norman Mailer (em sebo)
Minha Vida e Mr. Natural vai para o hospício, do Crumb
O Asterix novo
The Boulevard of Broken Dreams, Kim e Simon Deitch
Opium, um gibi velho do Daniel Torres (em sebo)
Ex Machina: the first Hundred days, Brian Vaughan e Tony Harris
e David Boring, do Daniel Clowes

Todos para a pilha do "VAI ACABAR A DISSERTAÇÃO, IMBECIL". Mas vão sair de lá em breve, se você me desejar sorte.

erico, 02:17 EH | Comments (4) | Permalink

nóvember 09, 2005

nightfi.gifHá uma conspiração para que eu compre Night Fisher. Todo dia chega alguma coisa no meu e-mail - um review, uma entrevista, alguém dizendo que também tá esperando. Sim, porque a porcaria ainda nem foi lançada. E mais: não é de um autor famoso nem nada assim. É de um havaiano que NUNCA publicou nada sozinho!

Ou o cara e sua editora resolveram investir alguns milhões na divulgação ou todo mundo fica meio embasbacado com as páginas de preview. Ou as duas coisas. Ou uma terceira possibilidade: finalmente chegou-se ao ponto em que graphic novels são fenômenos editoriais respeitáveis. E resolveram depositar todas esperanças no pobre Kikuo Johnson. Tomara que o cara seja bom. E que isso dure.

De qualquer forma, já dei dinheiro demais pra Amazon este ano. Além disso, Mother Come Home chegou ontem e só me olha ali da estante. Alguém me dê Night Fisher de presente, por favor.

UPDATE: da newsletter da Fantagrahics de hoje: The initial first printing of NIGHT FISHER is already almost out-of-print and is currently being reprinted. A second printing will be available in early December and may result in your order being delayed until then. Isso é que é investimento em publicidade.

erico, 02:27 EH | Comments (1) | Permalink

nóvember 07, 2005

nóvember 03, 2005

CDmix de início de verão, para ouvir no carro.

01. panico - anfetaminado (para acordar)
02. white stripes - my doorbell
03. devotchka - how it ends
04. cowboy junkies - two soldiers
(linda)
05. the kills - no wow (acordar de novo)
06. arcade fire - cars and telephones
07. the magic numbers - love's a game
(ínício momento fofo)
08. belle and sebastian - if you find yourself caught in love
09. belle and sebastian - i'm a cuckoo
(pausa momento fofo)
10. beastie boys - check it out
11. arcade fire - born on a train
12. damien rice - cold water
(volta e fim momento fofo)
13. luigi - today
14. white stripes - hotel yorba
15. arcade fire - no cars go
16. sigur rós - se lest
(tinha que entrar algum sigur rós, mas o legal é ouvir o takk inteiro)

Como você vê, preciso de músicas novas para esse verão. Melhor: preciso DAQUELA que seja A música do verão. A do passado foi Bam Thwok, que chegou atrasada. Preciso AGORA.

erico, 01:56 EH | Comments (3) | Permalink

október 20, 2005

Everything Bad Is Good For You em português. Com um título que tem que ganhar um prêmio de infâmia na tradução.

erico, 04:38 EH | Comments (0) | Permalink

október 18, 2005

O projeto de destruição da wish list (e da minha conta bancária) continua. Ontem chegaram mais presentes pra mim mesmo:

- Blankets, de Craig Thompson: uma graphic novel jumbo, do tamanho de uma lista telefônica de Porto Alegre, e já um dos quadrinhos mais respeitados do século;

- Same Difference and Other Stories, de Derek Kirk Kim: outro indy, recomendado pra mim há anos. O site do Kim é excelente.

- Men of Tomorrow: Geeks, Gangsters and the Birth of the Comic Book, de Gerard Jones. Tava em promoção. Algo pra provar por que os quadrinhos "pegaram" nos EUA. Esse é sem figurinhas.

- E Acme Novelty Library, segundo trabalho do Chris Ware para a Pantheon. E só de dar uma folheada já parece mais sensacional que qualquer outra coisa que ele já tenha feito. É GIGANTESCO.

O problema agora é: onde esconder eles até eu acabar a dissertação?

erico, 09:57 FH | Comments (2) | Permalink

október 17, 2005

After "The West Wing's" second season, Sorkin was arrested at Burbank Airport on charges of possession of cocaine, hallucinogenic mushrooms and marijuana.

Por que, por que, por que, por que as pessoas sensacionalmente criativas (Alan Moore, George Orwell, Bob Dylan, Aaron Sorkin) têm que usar drogas? É obrigatório? É impossível entrar nesses mundos idealizados sem forçar alteração da consciência com algum químico? Ou é só pra trabalhar mais rápido?

erico, 10:49 FH | Comments (6) | Permalink

október 10, 2005

calvin01.jpg


calvin02.jpg


calvin03c.jpg


calvin04c.jpg


Chegou :)

erico, 02:24 EH | Comments (16) | Permalink

október 01, 2005

Uma entrevista que fiz com o Peter Burke há mais de um ano finalmente encontrou lugar para sair. Desculpem o inglês macarrônico.

Se alguém descobrir como se entra na versão em português, me avise, por favor.

erico, 10:21 FH | Comments (0) | Permalink

september 28, 2005

tarja.jpgInício do mês tive no Rio de Janeiro para um congresso e fui fuçar sebos por Copacabana. Encontrei um na Barata Ribeiro - que, por acaso, é o nome da rua em que moro em Pelotas - chamado, tchan-nan, Baratos da Ribeiro. Sensacional. Além de eu ter encontrado um presente para o casamento da Dani e do Augusto, os caras são ligados nos quadrinhos que são publicados lá no Rio, tipo a Mosh.

E foi lá que encontrei a Tarja Preta.

É uma revistinha feita por chapados lá do Rio. Totalmente chapados. Tipo, que resolvem publicar tirinhas tipo a do cara encontrando o amigo fumando maconha e perguntando "cara, você não tinha parado de fumar?", e o amigo responde "é, mas esqueci". Sente o nível.

Mas tem coisas ótimas. Os quadrinhos do Vinicius Mitchell (que é um dos editores da Mosh) são muito bons. Tem umas historinhas, mesmo que desenhadas com o pé, por Daniel Paiva, que põem os Smurfs, Chico Bento, Mickey e Pateta em situações sexuais. Geniais. E tem o Allan Sieber, que tá ali de amigo rico da garotada. Allan Sieber, se você não sabe, é um cara que você tem que ler agora. Mas não compre os livros dele, pois se o cara fica rico, deixa de ser reclamão. Pegue emprestado, roube, leia na web...

Grande destaque: sessão de resenhas, onde os colaboradores falam de música, filmes e remédios. Sieber resenhando o Frontal 1mg: "Tomando 3 meios e um inteiro antes de dormir, você praticamente sente a mão do Criador no seu ombro falando 'ok, meu filho, está tudo uma merda mas está tudo bem, fique tranquilo'".

É crasse! Pelo menos alguma coisa de bom eu trouxe da viagem.

erico, 05:40 EH | Comments (4) | Permalink

september 21, 2005

Falta mais de um mês pro Calvin chegar. Depois dele, vou precisar de outro emprego (sim! Eu consegui um emprego dizendo apenas "Preciso comprar o Complete Calvin! Me dêem salários!". Tente você também!) para comprar esse aqui.

Numa Feira do Livro de Porto Alegre, anos atrás, deixei passar um Complete Little Nemo in Slumberland da Taschen. Eu não podia pagar na época, e pensaria bastante antes de comprar hoje, mas, putz, nunca mais vi aquele livro. Meu arrependimento finalmente acabou quando vi isso ("você é assim ou só está feliz em me ver?").

120 dólar. R$ 305,47, hoje. Trabalho em tudo que não desafie meus princípios morais. Me contrate aí.

erico, 03:11 EH | Comments (10) | Permalink

september 14, 2005

Filmes costumam me atrair para livros, mas eu juro que não sabia que Everything is Illuminated - primeiro livro do Jonathan Safran Foer (ver post abaixo) - estava para virar filme. Aliás, já está praticamente estreiando!

Sobre Extremely Loud & Incredibly Close: vi que a crítica destruiu o livro, dizendo que Foer se esforça para ser chocante e cool com suas piruetas de design. Tem uma parte do livro, por exemplo, em que um dos personagens, mudo por opção, não consegue parar de escrever, e por umas 10 páginas a entrelinha e o entreletra vão ficando mais curtos, até tudo se sobrepor e você ter as três páginas finais apenas com um mancha negra de caracteres sobrepostos. Entendo a crítica, mas não consigo deixar de achar isso massa. O fato de Foer ser um daqueles caras que sabe todas combinações perfeitas de palavras também não me incomoda.

erico, 11:14 FH | Comments (6) | Permalink

september 02, 2005

Popiário. Ou algo assim. Minha vida tem sido mais vida do que pop nos últimos dias. But anyway.

stupid.jpgDescobri Stupid Comics, do Jim Mahfood. Em uma historinha de cinco páginas, ele resumiu perfeitamente o que eu penso da vida. Com a diferença que ele sabe escrever. E desenhar. E fazer as duas coisas maravilhosamente bem.

planete.jpgContinuo lendo Planetes bem devagarinho, para que não acabe. É genial. Tem uma mensagem linda sobre como a conquista humana do espaço se compara às nossas pequenas grandes conquistas diárias - crescer; virar ou descobrir o que é ser humano. Tem lindos contrastes (em páginas também lindas) entre a imensidão do espaço e nossas bobagens (ou bobagens que a série tenta dizer que são maiores do que a gente devia achar): amor, relações familiares, não deixar a vida passar... Já é um dos grandes quadrinhos da minha vida.

sixfeet.jpgSix Feet Under acabou lá fora. Eu continuo vendo a primeira temporada. Alguns episódios fazem eu repensar a empreitada, outros fazem eu perguntar porque pensei em desistir. Tem uma coisa orgânica no desenvolvimento dos personagens que é incomparável a filmes (filmes não tem cinco anos para desenvolver personagens, afinal de contas) e outras séries.

wearesci.jpgOuvindo: muito Zeca Baleiro e muito Joss Stone, descobertas recentes. O novo do Sigur Rós, divino. O novo do Black Rebel Motorcycle Club. Cowboy Junkies. Nobody Move, Nobody Get Hurt, do We Are Scientists. E, sempre, Arcade Fire. A que está tocando agora, um cover de Born on a Train, é sensacional.

extremely.jpgE encarei o Jonathan Safran Foer, através de um preview. Tive que encomendar os livros dele 20 minutos depois. Extremely Loud & Incredibly Close caiu nas minhas mãos nesse momento. Esperava um pocket, veio um livrão fantástico com malabarismos de design, desenhos, fotos, gráficos, páginas riscadas... Os livros chatos da dissertação que me esperem. Contracapa: Nine-year-old Oskar Schell is an inventor, amateur entomologist, computer consultant, Francophile, letter writer, pacifist, amateur astronomer, natural historian, percussionist, romantic, Great Explorer, jeweller, origamist, detective, vegan and collector of butterflies. Sabe quando você sente que um livro é perfeito antes de ler?

erico, 02:16 EH | Comments (6) | Permalink

ágúst 19, 2005

sigur.jpgSigur Rós tá de disco novo. Que é divino.

Ouça Sæglópur.

erico, 11:59 FH | Comments (6) | Permalink

ágúst 16, 2005

West Wing é um seriado sobre a referida ala oeste da Casa Branca, onde ficam a Sala Oval e os assessores diretos do presidente dos EUA. O foco é na equipe de comunicação, que escreve os discursos e fala com a imprensa. O ritmo é genial, os diálogos deixam você sem vontade de escrever (sentimento de inferioridade insuperável), os atores são excelentes e o tema - "eu sou o presidente da maior potência do mundo", nos lembra sempre o Bartlett, com um mischievous smile - é tratado com inteligência.

Já fui informado que, numas temporadas para a frente, a trupe da ala oeste resolve os conflitos da Faixa de Gaza. Puf, a guerra acabou. O idealismo de West Wing sempre escorre pela tela. Pessoas comprometidas, pessoas sonhadoras e inteligentes, que sabem que estão na posição mais alta da política mundial e que têm que usar essa posição, e rápido, para mudar o mundo.

Já sei, já sei. Propaganda ideológica, manipulação imperialista, um seriado para convencer o mundo de que os EUA podem fazer o bem. Por favor, não venha com essa. Ainda tenho neurônios e sei separar fatos de ficção. Se dá para dier que West Wing tem alguma base histórica, é nos ideais que fundaram os Estados Unidos, não no que se vê hoje do país.

Queria dizer que West Wing já passou de seriado predilto a inspiração, mas é mais uma introdução para outra coisa. "O Brasil" está passando por uma crise política devastadora, que vai acabar com um lendário "partido de oposição" e relembrar que políticos são políticos. E as pessoas falam que não acreditam mais no seu partido, que a política é inerentemente corrupta, que o Brasil não vai para a frente e que não acreditam no Brasil. Peraí.

Da mesma forma que West Wing não existe, não existe um Brasil. Não existe PT. Não existe crise nacional. Países, partidos e crises são ficções, narrativas, coisas que a gente constrói mentalmente sobre o mundo pra resumí-lo. O que existe são pessoas, terra e sonhos. Tem uma linha, que ninguém viu, que separa um território do resto do planeta, e carteirinhas que dizem que você está associado a outras pessoas - que só funcionam se você acreditar nelas, se entrar na ficção. Tomar elas por realidade é algo que você não devia fazer.

Meu Brasil é minha casa, as ruas da cidade, passear na praça de noite e sair de carro pela estrada. Mais importante: são meus amigos, meu amor, meu idealismo, meu sonho de mudar a vida dos outros e a minha, as pessoas que me alegram, que eu encontro, que eu quero perto. É minha família, a atual e a futura.

É também um bando de pessoas que "administram o país" lá em Brasília? É. Mas a importância deles para o meu Brasil é ridícula. Meu país é feito de coisas, não de uma crença em poderes distantes que vão definir minha vida. Eu acredito no que tenho ao meu redor, no meu chão. Você, lendo, provavelmente faz parte desse chão. É isso que cria minha vida.

Esse é o meu Brasil. Impossível não acreditar nele. Como alguém pode insistir em não acreditar?

erico, 11:15 FH | Comments (14) | Permalink

ágúst 12, 2005

The last possible deed is that which defines perception itself, an invisible golden cord that connects us: illegal dancing in the courthouse corridors. If I were to kiss you here they'd call it an act of terrorism--so let's take our pistols to bed & wake up the city at midnight like drunken bandits celebrating with a fusillade, the message of the taste of chaos.

Lendo Caos: Terrorismo Poético e Outros Crimes Exemplares. Não dá pra entender nada, mas que é bonito é.

erico, 04:57 EH | Comments (6) | Permalink

ágúst 10, 2005

O fim-de-semana.

Reefer Madness. Ainda na primeira parte. Eric Schlosser escrevendo sobre a economia subterrânea dos EUA: maconha, pornografia e imigrantes ilegais. Reportagem excelente. Ele tem um estilo engraçado: o texto é ótimo, mas próximo da neutralidade absoluta. Ao chegar no último parágrafo, exatamente no último, ele solta seu comentário para amarrar o capítulo. Fez a mesma coisa em País Fast Food - depois de revelar todas aquelas incongruência e desumanidade, se desata num comentário ácida em 200 palavrinhas.

2 Many DJ's/Soulwax. Depois de ouvir a obra-prima que é No Fun/Push It - Stooges com Salt 'N Pepa batidos no liquidificador -, tinha que conhecer o resto. Achei cinco horas de "músicas bagunçadas". E as combinações ficam ou legais ou ótimas.

Ardil 22. O filme. Ressalta a bizarrice do livro, não a comédia. Pena que tem um dos piores atores da história de Hollywood: Alan Arkin. Preferi o livro.

Revolution for the Hell of It. Resultado de duas semanas de chapação (real) do Abbie Hoffman após ler Marshall McLuhan. Explica bem a frase "anos 60: você tinha que estar lá para entender".

Os Aspones/The Office. Tentei ver o seriado brasileiro. Mas é lento, lento demais. E The Office é um supersônico: as piadas se sobrepõem, não dá tempo de rir. Melhor a cada episódio.

Buda. Do Tezuka. Encarei 5 volumes em uma sentada. A história é infantilizada, mas o Tezuka sabe fazer você se mover pelas páginas. Incrível o senso de "pacing", considerando que o cara produzia mais quinhentos mangás por semana. Gênio.

Melinda e Melinda. Woody Allen salva a minha vida.

erico, 09:49 EH | Comments (8) | Permalink

Grandes dúvidas da humanidade: o bom de Vampire/Fire Forest é o crescendo no piano/bateria que vem antes (stone by stone, brick by brick, nail by nail...) ou a barulheira maravilhosa que vem depois?

Pau a pau com Let Down, do Radiohead, é o melhor crescendo da história do rock (da parte que eu conheço, óbvio). Tia Margarites, com muito mais categoria pra falar isso, confirma.

Arcade Fire é pra ficar.

erico, 02:34 EH | Comments (4) | Permalink