O Apanhador de Sonhos


- Fazia muito tempo que não lia nada do Stephen King, mas na terça resolvi que estava na hora de ler algo "não técnico" para descansar a cabeça. Comprei O Apanhador de Sonhos porque me pareceu interessante e também porque vi o trailer do filme que está sendo produzido para ser lançado no final do ano. O livro é imenso (quase 700 páginas), e me absorveu bem por dois dias. Gostei de sensação de estar "grudada" na história, de sentir que a realidade não era nada além de um tênue reflexo no espelho que não me importava, apenas o livro, concreto, real em minha mente. Fazia tempo que não me largava ao vício da leitura com tanta sofreguidão.

Pois bem, o livro é bastante interessante. A história gira em torno de cinco amigos com poderes extra-sensoriais (um deles com Síndrome de Down) que, durante um período da vida, se vêem no centro de um furacão: Uma invasão alienígena em uma cidadezinha do Maine (sempre o Maine, como em todos os livros do King). Os amigos, por causa de sua habilidade extra-sensorial, são os únicos capazes de compreender e impedir a tal invasão. O livro não é o que chamaria de melhor livro do Stephen King. Certamente que não. "O Iluminado" ou mesmo "Carrie, a Estranha" estão anos luz na frente deste. Mas é interessante e envolvente e, apesar de muitas vezes prolixo em narrativas que poderiam ser descartadas facilmente, é uma novela agradável.

É claro que é preciso que o leitor tenha em mente que Stephen king é um escritor "de folhetim". Ou seja, utiliza sempre a mesma fórmula, os mesmos clichês, possui uma qualidade literária duvidos e, no entanto, sempre se faz agradável. Nada profundo, nada complexo, mas agradável, especialmente nestes dias chuvosos.