11 de setembro


- Às vésperas do aniversário de um ano dos atentados de 11 de setembro, o mundo pulula em dúvidas e terror. Eu assisti, praticamente ao vivo, os acontecimentos no ano passado, já que estava vasculhando a Internet atrás de notícias no momento em que a primeira torre sofreu a colisão com o avião e todos os jornais noticiaram. Foi realmente assustador. Não assustador apenas porque aconteceu um atentado. Mas porque, pela primeria vez, o mundo ocidental sentiu medo. A guerra não estava mais acontecendo no oriente, nos países árabes muito longínquos. Estava acontecendo aqui, no nosso quintal, com nossos pais, irmãos e filhos (até porque uma parcela muito significativa das pessoas que trabalhavam no WTC era de estrangeiros). E mais: a guerra estava acontecendo ao vivo. Todos nós assistimos ao desespero das pessoas pulando das torres e cometendo suicídio sentados em nossas poltronas. E foi horrível perceber que não estamos mais seguros em nossas próprias casas.

Obviamente que o impacto dos atentados não se deve ao número de mortos. Hiroshima e Nagazaki, na minha opinião, representam uma coisa muito mais terrível. Mas ninguém mostrou a bomba atômica destruindo o Japão e as pessoas morrendo, e sofrendo os efeitos da radiação, ao vivo, para o mundo. O impacto dos atentados se deve à mídia, certamente. E principalmente à frieza dos terroristas em escolher um alvo turístico, num lugar extremamente habitado, que poderia ter assumido proporções muito maiores.