O Nome da Rosa


-O Nome da Rosa é ainda melhor do que eu lembrava. Tem uma narrativa fascinante: enquanto tenta reproduzir os pensamentos e preocupações de um jovem monge beneditino da Idade Média, Umberto Eco mescla conhecimentos profundos sobre a vida cotidiana nos mosteiros no século XIV, a história da Itália neste período e, principalmente, as intrigas e jogos de poder na Europa Medieval. Além disso, a linguagem é de uma erudição surpreendente e não é uma leitura fácil. Eco mistura expressões latinas e francesas a cada momento e é preciso ler com bastante atenção para não perder passagens importantes sobre o funcionamento da vida na época. É fantástica a reconstrução minunciosa da vida misteriosa e simples desses monges. E atenção: o prefácio, chamado "Um manuscrito, naturalmente" é uma das partes mais legais do livro! Leia com atenção, pois ali Umberto Eco fala, em um tom misterioso, sobre como a história de Adson de Melk veio parar em suas mãos.

Falando em Umberto Eco, sempre quis ler O Pêndulo de Foucault, também um romance de sua autoria. Alguma alma caridosa tem e quer me emprestar?