Mídia e Movimentos Sociais


- A última edição da Nova-E aborda com propriedade (e com um pouco de parcialidade também) a demonização dos Movimentos Sociais realizada depois do assassinato, na semana passada, do fotojornalista La Guardia, da Isto É. O problema da violência, cada vez mais enraizado na nossa sociedade, parece estar atingindo níveis cada vez mais críticos. O cara foi assassinado com um tiro a queima-roupa, diante de milhares de testemunhas, por alguém que tinha acabado de roubar um posto, em plena luz do dia. E eu me pergunto: E a polícia? Se estavam acontecendo negocioações com os sem-teto, onde estava a polícia? Acho que o problema de violência é um e é grave. O cara que matou La Guardia era um assassino. Os movimentos sociais, por outro lado, podem até ser acusados de incitar a violência e de adotar atitudes violentas (o que, na minha opinião, é verdade), mas não podem ser chamados de assassinos. Não é justo que pessoas que estavam conversando civilizadamente sejam culpadas pela atitude de um assassino, que talvez sequer faça parte dos grupo. É justo o apelo da Nova-E. Entretanto, é preciso que toda a sociedade brasileira (inclusive os movimentos sociais) compreenda que a violência não justifica, nunca, nada. As pessoas precisam, urgentemente, reaprender a ser civilizadas. Precisam de uma coisa básica, que foi, há muito, esquecida: Educação e, sobretudo, boas maneiras.