Overdose Baudrillard


- Para a apresentação na aula do Juremir amanhã, eu e a Lady A resolvemos tomar uma overdose de Baudrillard. Desde ontem, estou relendo o Tela Total e o Simulacros e Simulação e lendo o Power Inferno e um livinho excepcional (sugestão da Adriana, valeu!) chamado Senhas, que traz alguns dos conceitos mais baudrillardianos, como a troca simbólica, a sedução, o virtual, o destino, o crime perfeito etc. explicados por ele mesmo. Muito bom!

Há alguns anos, quando comecei as primeiras leituras do Baudrillard, eu achava ele um velho caquético que via o mundo atraves do vidro de sua janela, sentado numa cadeira de balanço. Com o passar do tempo e a melhor compreensão das idéias dele, começo a respeitar o Baudrillard. Ao invés de um velho caquético, já estou achando que ele é um cara lúcido e perspicaz. Ao invés de um chato pessimista, já estou achando que ele é um niilista irônico. Realmente concordo com muitas coisas que ele diz, apesar o humor ferino, e sou obrigada a reconhecer que minha admiração pelo "inspirador" de Matrix só cresce. ;)

Sobre o virtual: Do meu ponto de vista, como já disse, fazer acontecer um mundo real é já produzí-lo, e o real jamais foi outra coisa senão uma forma de simulação. Podemos, certamente, pretender que exista um efeito de real, um efeito de verdade, mas o real, em si, não existe.