Guerra no Iraque


- E parece que finalmente o governo americano está reconhecendo que o mundo não é burro (e nem os eleitores do Bush) e admitindo que o Iraque não tinha armas de "destruição em massa". Segundo a assessora do Bush, eles foram à guerra "com dados equivocados". Aham.

Enquanto isso, a lambança corre solta na BBC, graças ao caso Kelly. Como a justiça inglesa inocentou o Tony Blair, que "exagerou um pouquinho" na questão das armas de destruição em massa apenas justificar a guerra. Nisso tudo, interessante o artigo do Martin Bell, do The Guardian, sobre as conseqüências para o jornalismo das atitudes da BBC.

I profoundly hope that the BBC does not lose its nerve as a result of this reverse. In many ways it sets the standards by which other news broadcasters are judged. This is not the time for the BBC to play safe, although there may be every temptation to do so. Not only is its reputation for independence at stake, but the future of all journalism in this country. The way that broadcast journalism, and some print journalism, holds the government to account and never allows it to become too triumphalist, as it was yesterday, is important to our democracy - especially when the Labour government, while arguing for an unpopular war, had many cheerleaders in Britain's foreign-owned press.


Mas será que a responsabilidade da BBC no caso foi pequena e que eles estão, realmente "fazendo uma tempestade em copo d'água"? Tenho aqui minhas dúvidas.

Update: Para jogar mais lenha na fogueira - Britânicos confiam mais na BBC do que em Blair, diz pesquisa (da Folha Online).