Who wants to live forever?


dv338044.jpg- Lendo um post do Ricardo sobre esta matéria da Wired, a respeito de um milionário que está investindo sua fortuna em pesquisas para prolongar a longevidade da vida humana, fiquei pensando algumas coisas.

Em primeiro lugar, eu sempre achei compreensível que as pessoas tenham medo de morrer. Afinal de contas, a vida é tão legal. Entretanto, eu entendo a morte como parte da vida. Viver para sempre, como alguns gostariam, para mim é um conceito absolutamente incompreensível. Imaginem, todos os amigos morrendo, todos os lugares conhecidos desaparecendo, todas as coisas mudando... e você lá, vivo. Isso deve ser enlouquecedor.

Isso sem falar nos problemas... Já pensaram se encontrassem um elixir da vida eterna ou coisa assim? As pessoas teriam que ser proibidas de ter filhos e medidas contra a superpopulação do mundo teriam que ser enérgicas. Mesmo assim, como é impossível controlar perfeitamente um sistema dinâmico, a humanidade tenderia à entropia e logo, logo, teríamos problemas de espaço, comida e suporte para toda essa gente. (Já temos, eu sei, mas os problemas que temos ainda seriam sanáveis, se as pessoas simplesmente se importassem em resolvê-los.)

Nada contra pesquisas que aumentem a longevidade das pessoas. Acho legal viver sei lá, 100, 120 anos. Mas viver para sempre parece terrivelmente assustador. Claro, eu não acredito que seja possível viver para sempre, a não ser se conseguirem alguma forma de existência artificial e daí eu já tenho minhas dúvidas de que isso seria existir. De qualquer modo, acho que eu faço parte de uma minoria, que não tem medo da morte e nem acha que morrer seja o fim de tudo. Obviamente, essa é minha opinião hoje, enquanto sou jovem ainda, vamos ver quando eu for mais velha.