abril 30, 2004

Projeto Google de Dominação Mundial logo.gif- Passei a semana inteira ouvindo meia Internet falar bem do Gmail, novo serviço de webmail do Google, de onde os usuários do blogger. com viraram beta testers. Virou um frenesi. O mundo blogueiro em polvorosa, rasgando elogios ao serviço (tsc, tsc, tsc... só porque não tem propaganda. :P) Agora é a Wired, que dedicou nada menos do que duas matérias ao fenômeno: uma discutindo a abertura da companhia para a venda de ações e outra sobre a mensagem engraçadinha do Google aos acionistas. Juntando tudo isso ao Orkut (o novo hype - odeio essa palavra- do mundo internético), temos mais Google na mídia e nos artigos científicos (esperem só pelos próximos congressos). Ok, tudo bem que o Google é legal, que o Google tem figurinhas legais nos feriados, que o Google é um oráculo sabe-tudo da Rede, que o Google incorpora o espírito hacker da comunidade internética... mas isso já está ficando demais. Desconfio que estejamos diante de um novo plano de dominação mundial da Internet pelo Google. Só pode.
Posted by raquel at 8:46 AM
Blogs e Mediação - Este artigo, de Olivier Trédan, discute a questão dos weblogs enquanto mediadores, baseado em uma tese de Fabien Granjon sobre o assunto. É interessante que Fabien propõe que weblogs seriam novas formas de mediação e, inclusive, propõe uma tipologia sobre esses novos mediadores (blogueiros).
"Se pose la question de la propagation de l?information. Le rôle de nouveaux médiateurs a ainsi pu être mis en évidence. Leur rôle est de transmettre ou commenter de l?information dont ils ne sont pas nécessairement les auteurs."

É interessante a proposta porque ela leva à idéia de que os meios tradicionais de comunicação poderiam estar perdendo espaço para os novos mediadores, na função de propagação da informação. Entretanto, não acho que blogs possam ser, exatamente, mediadores.Acho que o mediador poderia ser a Internet como um todo, e não exatamente os blogs, que atuam mais como uma forma de expressão e debate pessoa-pessoa. Neste sentido, a maioria dos blogs tem poucos leitores, que divulgam entre si as informações captadas ali. Alguns poucos têm muitos, mas nem sempre atuam propriamente na função informativa. Onde estaria a mediação? Acho que os blogs seriam mais um "self" incorporado na rede, uma tentativa ciborgue de se fazer ouvir do que uma mediação, já que a maioria sequer tem um grupo de leitores. Ou não, claro. :) (Dica de Pontomedia)

Este outro artigo, da mesma revista, traz mais lenha ao debate. Aqui, o autor propõe weblogs como formas de äuto-publicação", o que automaticamente negaria a hipótese de mediação.
"De nouvelles pratiques de publication en ligne ont vu le jour ces dernières années. À titre d?exemple, 23 carnets web étaient répertoriés en 1999. La barre des 10 millions devrait être franchie fin 2004. Et pour la première fois, ce système de communication confond, dans son principe, les fonctions d?émetteur et de récepteur."
Posted by raquel at 8:27 AM | Comments (2)
Congressos 2004 - Ainda não está oficialmente divulgado no website do evento, mas já correm e-mails com aviso de que o prazo final para envio de trabalhos para o Intercom 2004 (que será em Porto Alegre, na PUC) é 30 de maio, praticamente junto com o prazo de envio de trabalhos para o ALAIC 2004 (La Plata - Argentina).
Posted by raquel at 8:13 AM | Comments (1)
Parada - Após mais de uma semana sem atualizações - muito trabalho, mesmo, este blog volta a ativa.
Posted by raquel at 8:09 AM | Comments (0)

abril 21, 2004

Redes Sociais e Orkut grafo1.jpg- Como todo mundo sabe, minha tese é sobre redes sociais. Não sobre o Orkut, mas sobre redes sociais na Internet como um todo. Então que eu li hoje com surpresa - porque por algum motivo estranho, não achei essa matéria no Mais! no domingo - o artigo do Felipe Fonseca sobreo assunto [aqui em versão Wiki] e fiquei muito interessada em discutir, o que farei aqui.

Dois grandes pontos interessantes do artigo: O primeiro é discutir a questão das comunidades virtuais. Fonseca reclama - e com razão- que hoje, praticamente qualquer "ajuntamento de gente" na Internet torna-se "comunidade virtual".
"Como assim, virtual? Está certo, usávamos meios de comunicação que contam com um alto grau de virtualização para debater novas idéias e mobilizar pessoas interessadas em agir com interesses comuns. Mas o sentido de comunidade era atual, real. Interagíamos pela internet, mas também usando papel e conversando em um bar."

Essa é a minha grande crítica: Comunidades Virtuais só acontecem entre grupos que interagem com freqüência e através da Internet. É virtual porque representa um grupo que, fora da Internet, não possui um locus onde a comunidade possa ser encontrada. É só no ciberespaço que essa comunidade tem forma. Entretanto, isso não quer dizer que qualquer coisa seja "comunidade virtual" ou, como eu vejo por aí, pessoas que vão "criar comunidades virtuais". Uma comunidade é um grupo de pessoas que interage através da comunicação mediada por computador - então qualquer coisa que não permita a interação via CMC, como um site, por exempplo, não é uma comunidade virtual. Depois, essa comunidade precisa ter interesses comuns e participação de todos. Claro que pode haver níveis de participação, mas já vi grupos em que ninguém interage com ninguém serem chamados de comunidades. Ora, sem interação não há construção social, objetivo comum ou simplesmente troca. É um grupo de pessoas sem qualquer relação entre si, a não ser o fato de estar listado no mesmo lugar.

Discutida a questão da comunidade, resta o segundo ponto: problema do Orkut e das redes sociais. Com o o Felipe coloca, existe um certo frenesi em torno das redes sociais, definidas por ele:
"Trata-se de ambientes que mapeiam a rede de relacionamentos das pessoas e permitem a organização de grupos com interesses compartilhados, debates sobre esses interesses, e alguns outros meios de interação."

Concordo. Entretanto, dentro do próprio Orkut cada vez mais percebo que a interação é pequena. A maioria das comunidades - com óbvias exceções para o "como ou não como", apesar de ter 300, 500 ou 600 membros, limita-se a um novo post por dia, que é comentado poucas vezes e nem sempre pelas mesmas pessoas. O assincronismo da comunicação parece prejudicar a interação, que por se estender no tempo, acaba sendo incompleta (eu coloco uma mensagem e nunca mais volto para ver o que foi respondido ou se foi). Será que isso é efetivamente representativo na questão das redes sociais?

As redes são compostas de nós - as pessoas - que precisam estar interconectadas - através da interação. Se não existe interação, existe rede? Ou será que é apenas um conjunto de nós, sem arestas? Vejo grandes hubs no Orkut, cheios de amigos e conhecidos com os quais jamais interagiram. Isso é uma rede social? Do meu ponto de vista, está mais para o simulacro da rede e de capital social, bem ao estilo baudrillardiano de ser, uma simulação de uma rede. Uma simulação de amizade. Uma simulação de troca.

Já não sei se, como o Felipe, acredito na tecnologia social como ponto para gerar conhecimento coletivo ou ação conjunta, ou a vejo como um produto social que, se não existe entre redes jah estabelecidas no mundo concreto, não encontra eco no virtual. Ou não.

Por fim, o artigo é um tanto o quanto positivo demais, mas consegue construir um ponto de vista com algum aprofundamento, o que sempre é raro em jornais, mostrando as possibilidades da colaboração do social na Internet e não criando estereótipos sobre a tecnologia. Inteligente e esclarecedor. Leiam.
Posted by raquel at 9:25 AM | Comments (12)

abril 20, 2004

Remember Columbine - Columbine hoje fez cinco anos. E o mundo não está nem um pouquinho melhor.

Some wounds never heal
Some tears never will
Dry for the unkind
Cry for mankind


(Nightwish - The Kinslayer)
Posted by raquel at 11:58 PM | Comments (0)
Mais blogs e Jornalismo mlo015.jpg- A conferência de Jay Rosen no BloggerCon parece ter causado polêmica. Em seu artigo introdutório (já divulgado aqui), ele coloca algumas idéias sobre como blogs não poderiam ser jornalismo.

Apesar de acompanhar com interesse essas discussões, ainda não entendi porque a discussão se detém no ponto "blogs são ou não jornalismo". Blogs são uma ferramenta e nada mais. Como essa ferramenta é utilizada é a grande questão. Portanto, o que deveríamos estar nos perguntando, sim, é "até que ponto é possível fazer jornalismo através de blogs?". Como a profusão de blogs e seus mais diversos usos demonstra, blogs servem para praticamente qualquer coisa: diários privados, literatura, coleção de links, fotografias, política, pornografia, etc. Inclusive o jornalismo. O mais importante é, portanto, verificar até que ponto o que é feito em blogs pode ser considerado jornalismo.

Claro que, como Rebecca Blood levantou, essa pergunta passa por questões tangentes, como uma definição do que seja jornalismo.

Para mim, existem duas maneiras de abordar a questão: a primeira, com relacão à função social do jornalismo - manter a circulação de informação no sistema (que pode, eventualmente, gerar conhecimento), manter a coesão social, proporcionar a identificação entre os membros de um mesmo Estado e, finalmente, proporcionar consciência crítica (e, portanto, essencial para os regimes democráticos); a segunda é pelo viés da análise do discurso, já que o jornalismo possui um discurso próprio que é legitimado pela sociedade e que serve para caracterizá-lo e identificá-lo.

O grande problema é que blogs têm opinião, suscitam o debate. Não têm a mera função informativa do jornalismo, seus requisitos de objetividade e imparcialidade, necessários à legitimação. Blogs estão mais para jornalismo opinativo (que é polêmico dentro do próprio jornalismo). Entretanto, justamente por isso, o discurso dos blogs é mais forte que o do jornalismo. Blogs não se assumem como "a voz da sociedade", mas como a voz de um indivíduo, personalizada, opinativa. E que, portanto, pode ser debatida, discordada, discutida. Talvez aqui, a existência dos blogs sem pretensão de verdade divina possa ser mais importante para a formação de consciência critica do que o próprio jornalismo. (Como Lisa Williams explica, defendendo o blog como jornalismo "cidadão" - e, em minha opinião, pulando fora da discussão do jornalismo como instituição -, falando do blog como mais democrático que a mídia tradicional.) Ao mesmo tempo, essa personalização também pode gerar falta de compromisso social com a informação que permeia os blogs. Hoaxes, incompletudes e mesmo flamewars dificultam a identificação do que é crível e do que não é. Para ser jornalismo, o blog precisa ser escrito com responsabilidade.

Escrevi um artigo dizendo que os blogs, durante a Guerra no Iraque (vide a parte de "artigos"), atuaram como jornalismo: influenciaram a agenda pública, trouxeram informações diferenciadas, proporcionaram a discussão. Em minha opinião, blogs podem ser considerados jornalismo, sim, desde que assumam para si as funções e o discurso jornalístico. Neste caso, temos algumas mudanças de paradigmas importantes, como também apresenta Dave Winer em sua resposta a Jay, como a rotina produtiva, a função do editor, a personalização, a credibilidade ao jornalista e não ao veículo, a independência entre o jornalismo e o jornal, etc.). Entretanto, não acho que blogs sejam sempre jornalismo. Afinal, passam também pelos fait divers e pela pessoalidade de seu autor, com posts relevantes e posts com besteiras. A mesma opinião é compartilhada pelo J.D Lasica que escreveu um artigo em resposta ao de Jay. Acho ainda, que o anonimato da Internet e a falta de compromisso com a credibilidade que muitos blogs possuem podem influenciar negativamente o debate, embora não o comprometam totalmente. Resta saber o quanto os blogs podem influenciar o jornalismo e o qual o seu potencial informativo e de debate na sociedade.

E a discussão continua. Sem previsão de final. :)
Posted by raquel at 10:01 AM | Comments (3)
Blogs e Mídia - Matéria hilária da Wired comentando a intrusão dos media tradicionais na blogosfera, assunto de um último encontro para discutir blogs e jornalismo (BloggerCon), que aconteceu em Harvard, na semana passada. (Orkut também é cultura.)

The Times' Times on the Trail blog assiduously avoids the blog label (its editors call it "a continually updated report"). Yet the blog's contributors carefully inject homey notes into their copy, such as this one: "The buffet was brought to you (well, to the beleaguered traveling press corps) by a private company that frequently caters on campus."

The Times blog also includes words and phrases liked "nixed" and "bunk up" that would ordinarily make a copy editor apoplectic.
Posted by raquel at 8:32 AM | Comments (0)

abril 18, 2004

Software Colaborativo - O caderno Mais! da Folha publicou uma matéria sobre software colaborativo, trabalhando com a Wikipedia (o exemplo mais legal) e o Linux (o exemplo mais famoso). A análise de Ronaldo Lemos é superficial e introdutória, mas chama a atenção para a questão da colaboração. Para ler. (Ainda não saiu o link de acesso free na folha online)
Posted by raquel at 11:11 PM | Comments (4)

abril 17, 2004

LOTR - Se eu vivesse na Terra Média, seria uma Vanyar. Só que os Vanyar foram para Valinor antes da Terra Média e eram conhecidos como altos-elfos pela cor clara de seus cabelos. Meu nome élfico seria Laithondiel.

Outras opções de nomes:

Hobbit - May Gardener from Pincup
Anão - Derin Emeraldears
Orc - Maulok the Stutterer
Adunaico - Keladbanûri

O jogo não tem tanta graça porque é randômico. Se eu vivesse na Terra Média, acho que gostaria de ser um Dúnedain (ou um Rohirrim). Os elfos são legais, mas os rohirrim eram corajosos e os dúnedain, sábios e misteriosos. Isso se eu não pudesse ser o Gandalf, é claro.
Posted by raquel at 1:00 AM | Comments (3)

abril 15, 2004

Frio
Pelo amor de Deus, esfria, tempo maldito!!!!
Posted by raquel at 10:16 AM | Comments (6)

abril 10, 2004

Coisas - Fazia tempos que eu queria publicar trecos que escrevi literariamente. Coloquei algumas coisas velhas num novo blog, que sequer tem um template decente, porque nao tive tempo de pensar em um. Faz tempo que está no ar, mas não tinha colocado nada ali. Chama-se Fragmentos.
Posted by raquel at 2:02 PM | Comments (4)

abril 9, 2004

Virus e Mac - Apareceu um virus para o Mac OS. Estava demorando muito para os chatos de plantão dos vírus nos incomodarem mesmo. A notícia é da Wired.
Posted by raquel at 10:13 AM | Comments (4)

abril 7, 2004

Blogs e Jornalismo 2 - Entrevista com Mitch Ratcliff sobre o poder dos blogs para modificar o Jornalismo. Velhas perguntas, respostas um pouco idealistas demais (dica do Pontomedia).

So, the tools will definitely transform the news as we know it, because many more people are able to contribute to the recording of the news. Individual citizens can tell stories instead of waiting for "the media" to do it. Look at OhMyNews in Korea, where "Every Citizen's a Reporter," which has broken into the top five media outlets in the country. Here in the United States, we have individual bloggers, like Glenn Reynolds, who are breaking into established media outlets by blogging. They build an audience and that will always catch some company's attention.


Acho que os blogs modificaram e ainda modificarão bastante o jornalismo online. No sentido que Mitch fala, de modificar a mídia, de um modo geral, já acho difícil. Há falta de alfabetização tecnológica - muitas pessoas lêem coisas na Internet e a utilizam, mas esse número ainda é ínfimo se comparado com a mídia tradicional e isso precisa ser levado em conta.
Posted by raquel at 10:10 AM | Comments (2)
Blogs e Jornalismo - Uma rápida entrevista da Wired coloca a opinião de Martin Nisenholtz , responsável pelo New York Times digital, que afirma que o jornalismo online precisa de uma revolução e que os blogs não são esta revolução.
Posted by raquel at 10:01 AM | Comments (0)

abril 6, 2004

Palestinos e Israelenses - Do blog do Chomsky:

Question: What do you see as the best solution to the Israel-Palestine conflict?

It depends what time frame we have in mind. In the short term, the only feasible and minimally decent solution is along the lines of the international consensus that the US has unilaterally blocked for the last 30 years: a two-state settlement on the international border (green line), with "minor and mutual adjustments," in the terms of official US policy, though not actual policy after 1971. By now, US-backed Israeli settlement and infrastructure projects change the import of "minor." Nevertheless, several programs of basically that nature are on the table, the most prominent being the Geneva Accords, formally presented in Geneva in December, which gives a detailed program for a 1-1 land swap and other aspects of a settlement, and is about as good as is likely to be achieved -- and could be achieved if the US government would back it, which is of course the one issue that we can hope to influence, hence the most important for us. So far, the US has refused to do so. "The United States conspicuously was not among the governments sending a message of support," the New York Times reported in a (generally disparaging) news story on the December 1 meetings in Geneva where the Accords were presented.

Eu acredito que boa parte do ódio dos árabes pelo Ocidente vem pela imposição do estado de Israel e pelo suporte que os Estados Unidos vêm dando através do tempo às desumanas e genocidas investidas dos israelenses contra os palestinos. Acho que é impossível resolver o problema do terrorismo sem antes resolver a questão Israel x Palestina. O problema piorou consideravelmente com a administração Bush, que deu total liberdade ao Ariel Sharon para fazer o que bem entendesse pelo território palestino. Com a concordância do mundo. A ONU limita-se a escrever lindos "repúdios" às atitudes israelenses financiadas com equipamento e dinheiro americano.

O problema do terrorismo, no meu entender, não passa pela simples construção "bushiana" de "eles são os maus e nós os bonzinhos", mas pela importante questão: "Por que eles estão fazendo isso?".
Posted by raquel at 4:32 PM | Comments (1)

abril 2, 2004

The selfish are all standing in line - A influência de Fernando Pessoa em "I am mine". Discuta. (Post em homenagem ao Leonardo)

The selfish they?re all standing in line...
Faith in their hope and to buy themselves time.
Me, I figure as each breath goes by,
I only own my mind.

The north is to south what the clock is to time.
There?s east and there?s west and there everywhere life.
I know that I was born and I know that I?ll die.
The in between is mine. I am mine.

And the feeling it gets left behind...
Oh the innocence broken with time...
We?re different behind the eyes, there?s no need to hide.
We?re safe tonight.


The ocean is full cause everyone?s crying,
The full moon is looking for friends at high tide.
The sorrow grows bigger when the sorrows denied.
I only know my mind. I am mine.

And the feeling it gets left behind...
Oh the innocence broken with time.
We?re different between the lines, there?s no need to hide...
Cause we?re safe tonight.

And the feeling it gets left behind...
Oh the innocence broken with time.
We?re different behind the eyes, there?s no need to hide.

And the feeling it gets left behind...
Oh the innocence broken with lies.
We?re different behind the eyes.
We?re safe tonight.


Eddie Vedder acaba de ser declarado "pessoa mais influente da semana" no Mundo de Raquel.
Posted by raquel at 8:21 AM | Comments (4)

abril 1, 2004

Songbook - This was one of the songs I first played in the guitar. It was also the first one I got the tabs all by myself, long long twelve years ago.

How can I even try,
I can never win
Hearing them seeing them
In the state I'm in.
How can she say to me
Love will find away
Gather 'round all you clowns,
Let me hear you say.

One of my favourites songs ever.
Posted by raquel at 11:21 AM | Comments (1)