discovery.jpg Discovery- Hoje, às 16:50 (hora de Brasília), a NASA vai lançar o ônibus espacial Discovery, em uma nova missão. A notícia não teria tanto impacto se, há dois anos atrás, o desastre com outro ônibus espacial, o Columbia, não tivesse praticamente sepultado o programa espacial americano. É muito importante que a Discovery consiga ir e voltar em paz do espaço, para o futuro da NASA. Afinal, desde que a Guerra Fria acabou, o órgão vem recebendo cada vez menos verbas do governo americano que, obviamente, ao invés de investir em Ciência, prefere investir no Exército.

Eu me lembro do desastre com a Challenger, em 1986. Lembro do choque de todas as pessoas ao verem a nave se desintegrar pouco depois da decolagem. Lembro de ler jornais e revistas tentando entender o que tinha acontecido de errado com o ônibus espacial. O choque foi imenso também nos Estados Unidos (uma busca pelo Google, por exemplo, vai resultar em milhares de "homenagens" à Challenger e à sua tripulação). Mas na época, tinha ainda a Guerra Fria, embora com menor impacto.

Com o fim da Guerra Fria, o programa espacial russo foi praticamente demolido pelos governos seguintes e só restou a NASA. Embora tenha alguma coisa forte na Índia e em outros lugares do mundo, é inegável que os americanos estão anos-luz à frente em termos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia. Só que, sem o estímulo do governo, correm o risco de ficar só no lançamento de satélites e acabarem com toda a exploração espacial.

O caso é que eu, como várias outras pessoas, sou uma fã do programa espacial americano. Eu acho fantástico que exista algo tão desenvolvido em algum lugar do mundo. Cada vez que eu vejo as imagens da Spirit e da Opportunity, os robôs que estão no solo de Marte, ou do Hubble, eu fico embasbacada. É impressionante que a humanidade tenha chegado tão longe. E são essas coisas que me fazem acreditar que a Ciência, afinal de contas, vale a pena. E, podem apostar, eu vou estar torcendo pelo sucesso da Discovery, para o bem da própria humanidade.