no.jpg Katrina e New Orleans - Então, eu acompanhei com interesse de cientista e horror humano o surgimento do Katrina, a partir de uma tempestade tropical furreca no leste da Florida, até a sua transformação no possível pior furacão dos últimos 40 anos a atingir a Lousiana, nos Estados Unidos. O crescimento do Katrina, entre os dias 25 e 29 foi assombroso. De um furacão já fracótico (porque já tinha atravessado a Flórida ao norte de Miami Beach), tornou-se um F5 (em uma escala que vai de 1 a 5), uma tempestade mortal, rumando diretamente para New Orleans. New Orleans, que é a capital da Lousiana, fica abaixo do nível do mar, em um terreno pantanoso, às margens do Mississipi. (Então, de um lado, o mar, do outro, o Mississipi.) As autoridades tentaram evacuar a cidade, mas mesmo assim, muita gente não conseguiu sair.

Ainda não se sabe a extensão dos danos, mas a CNN diz que a parte leste da cidade está destruída. (Espero que o French Quarter tenha se salvado, ou vou ficar muito triste pelo Lestat.) A cidade está inundada, e há registro de, pelo menos, 68 mortos (o que é um número pequeno, considerando a intensidade da tempestade), além de milhares de desabrigados. Até o SuperDome perdeu os pedaços. Há indícios de que o Katrina pode ser o furacão mais caro da História para os EUA. Há vários blogs relatando o que aconteceu, até mesmo dos jornalistas que foram enviados para cobrir o evento de Baton Rouge (cidade vizinha a New Orleans).

Fico com pena da cidade e das pessoas. Imagine que coisa horrível é ter que sair da tua casa, com poucas caixas contendo o que tu tens que mais querido, correndo, para fugir de um furacão. O pior é não saber o que vai estar de pé quando tu voltares. Com inundação, vento, e chuva, a cidade está parcialmente submersa. Há relatos de que mais de 80% dela estaria debaixo d'água, com o nível ainda subindo por causa do rompimento da represa do lago Pontchartrain. É uma pena, porque a cidade é linda. É histórica, recheada de histórias de piratas, vodus, espíritos famosos (Marie Laveau, por exemplo, ou Jacques Lafitte, outro exemplo), conhecidíssima pelos cemitérios, pela forte influência francesa e pela pujança dos séculos passados. Só espero que o French Quarter e o Lestat tenham se salvado. :((