workstation.jpgIrish Pub - Ontem fui conhecer o Cherry Blues, com o apoio do Ricardo, do Rafael e da Marina. Lugarzinho pequeno, como tudo em Porto Alegre, mas bonitinho e agradável (tirando os fumantes). Tem dois andares, com um mezanino em cima e um palco no meio. O Cherry blues é um pubzinho irlandês e eu comi aquela panqueca de batata típica chamada Boxty, que estava muito gostosa, mas não gostei muito do drinque que eu pedi. Tinha muita champagne e ela era muito ácida, o que escondia o gosto das outras coisas. Também pedimos um prato de doritos com queijo, mas o do Shamrock é mais gostoso.

O grande destaque do lugar era a banda que tocou: Workstation. A primeira metade do show foi impecável, passando por nomes como Dire Straits, Lynyrd Skynyrd, Eric Clapton, tudo num tom meio blues. A banda é harmônica, com bons vocais (competentes) e um excelente guitarrista (na realidade, o show era meio acústico, então, violonista :-) e um baterista muito bom também. O problema é que as pessoas não paravam de mandar guardanapos pedindo música e não davam a mínima bola para os complicados solos e harmonias que a banda se esforçava pra fazer. Nem alaudir, aplaudiam. Lamentável. Daí na segunda metade, eles começaram a se render e a tocar coisas mais, digamos, pops. Oingo Boingo, Erasure, Pet Shop Boys, Midnight Oil e todas essas coisas anos 80 que eu detesto. Ainda competentes, mas todos os solos e arranjos legais foram esquecidos para dar lugar às pessoas dançando e cantando. E obviamente, os aplausos aumentaram. Daí o negócio mudou de show para discoteca e não me agradou. Não sou uma dessas pessoas saudosistas dos anos 80 que só fica contente se escuta The Cure (o que, aliás, me agradou bastante já que eles podiam ter tocado a manjadíssima "Friday, I'm in love", mas tocaram "In Between Days", muito mais legal), e prefiro um show mais blues com muito mais improviso e técnica do que pop com pessoas cantando. Uma pena a segunda metade. Mas bem tri o bar.