Social Media

2007 "He often used to say there was only one Road; that it was like a great river: it's springs were at every doorstep and every path was it's tributary.' It's a dangerous business, Frodo, going out of your door,' he used to say. 'You step into the Road, and if you don't keep your feet, there is no telling where you might be swept off to.' " (Frodo, falando de Bilbo, antes de sair do Condado).

2006 - Este foi um ano ótimo sob inúmeros aspectos. Foi um ano de conquistas, de lutas, de muito trabalho e muito investimento. Tive orientandos e bolsistas ótimos, consegui produzir coisas que me deixaram contente, trabalhei com pessoas fantásticas, conheci pessoas novas e fiz mais amigos. 2007 vai ser ainda melhor. Vai ser um ano de plantio, mais do que de colheita, de construção e de muito, muito trabalho. Sorte que eu adoro trabalho. :-)

Espero que o 2007 de todos vocês seja fantástico! :D Não devo aparecer por aqui tão cedo, pois vou estar de férias (as primeiras em, pelo menos, cinco anos). :D

Santa Claus is coming to town

FELIZ NATAL!!!

(Imitei a Dani.)

You better watch out



Yoda Claus is coming to town.

Aproveitamos para desejar a todos os leitores e amigos um feliz Natal e um 2007 cheio de realizações.

Lattes - Finalmente tive a dimensão de ser doutora. Atualizei meu lattes. :D

Mestra - Aproveito para dar os parabéns para a mais nova mestra do momento, Msc Ana Paula Penkala, que defendeu sua dissertação no mesmo bat-dia e mesmo bat-horário que eu defendia a tese. :) A Ana tá fazendo um baita drama lá no blog dela, portanto, não acreditem. Ela é uma menina brilhante (passou no doutorado da UFRGS e da Unisinos, pobre alma) e aposto que fez um excelente trabalho ultra-elogiado pela banca. :D Se minha torcida der certo, ela vai lá pra UFRGS ajudar a levantar ainda mais a nota do PPGCOM. ;)))

Banca - A banca foi legal. Bem melhor que eu esperava. Arrancei uns pedaços da minha mão, de tanto torcer uma caneta, mas ninguém destruiu o trabalho totalmente. Durou umas 3 horas apenas (apesar do Alex me prevenir que duraria umas seis), mas depois eu fiquei em estágio letárgico pós-banca até hoje de manhã. :D Descobri também que toda a Internet já andou comentando a banca. :D Vou aproveitar o espaço e agradecer a todos que torceram, a todos que foram lá assistir e, principalmente, ao Alex, meu orientador, que muito me ajudou nesta caminhada, e à banca, que foi muito disponível para vir avaliar as minhas 342 páginas em pleno 20 de dezembro. :-) Juremir, Suely, Antoun e Ida foram muito legais.

Amanhã



Esperem notícias. Ou não. :-)

ESPM - Para todos aqueles que estiveram presentes no Simpósio da ESPM "Cultura Digital Trash: Linguagens, Comportamentos e Desafios", aqui está o material que utilizei na minha apresentação entitulada O Digital Trash como Mainstream: Considerações sobre a difusão de informações em redes sociais na Internet . :) É em PDF para que todos consigam abrir e está um pouquinho grande (cerca de 4,5 megabytes).

Boa notícia do dia

Concerto de Natal - Fui ontem assistir o Concerto de Natal, na catedral de Pelotas. Eu adoro música e corais e não tenho muita oportunidade para participar de eventos, já que tenho aulas todas as noites. Bem, enfim, apesar da beleza do lugar e da acústica perfeita, não pude deixar de me incomodar com as pessoas falando incessantemente durante as execuções, os celulares tocando e as crianças correndo e gritando pelos corredores. (Tá, eu sei que a idéia é fazer uma coisa popular, mas não consigo entender o objetivo de levar crianças pequenas para um concerto de 2 horas, num lugar cheio e sem ventilação, num calor de 35 graus. Deve ser a minha imensa falta de bom senso reclamando. :P) Enfim, não gostei tanto quanto no ano passado, embora desta vez eu tenha conseguido um lugar melhor. A idéia de amplificar o som através de microfones e afins também pode ter contribuído, já que os cantores abafavam totalmente a orquestra. É possível também que parte da causa do meu não agrado seja minha atual falta de paciência com a humanidade e meu humor deprimido e ranzinza.

Artigos legais - Enquanto isso, na Internet, pipocam de todos os lados artigos muito interessantes sobre redes sociais, blogs e softwares sociais:

# A danah publicou "How can we be lovers if we can't be friendsters? Friends, Friendsters, and Top 8: Writing community into being on social network sites" na First Monday deste mês. Aliás, essa edição tem montes de artigos legais sobre redes sociais.

# A Reseaux deste mês tem um especial sobre blogs (dica do Jornalismo e Comunicação);

# O Smart Mobs trouxe a tese de Ville Saarakoski sobre e-mails, redes sem escalas e Internet móvel.

Leituras para os próximos dias. :-)

Calor Insuportável - Meu rendimento de trabalho tem caído absurdamente como resultado do calor monstro que se abate sobre o Sul nos últimos dias. Faz tanto tempo que não chove que eu nem me lembro mais como é o barulho da chuva. :P De qualquer modo, tem estado tão calor que eu tenho passado tardes com enxaqueca, toda hora fico zonza, tenho tido dificuldades gigantes para correr de manhã (passei de 5 km bem para 2 km morrendo) e passo o dia suando, mesmo parada. Definitivamente, eu não nasci para morar num calor calor desses.

Too much - Minha vida anda uma montanha russa. Muitas coisas acontecendo, muitas mudanças, muitas indefinições e outras tantas definições. Não tenho tido tempo para o blog. Continuo trabalhando muito e esperar a defesa me incomoda. Gostaria de já ter defendido, essa espera é para matar!

O Labirinto do Fauno - Estive em POA e, em uma passada rápida pelo Arteplex, fui conferir "O Labirinto do Fauno", do Guillermo Del Toro. Apesar das excelentes críticas que o filme recebeu, acho que é muito confete para pouco filme. Trata-se de uma história esteticamente interessante, com um pano de fundo "mágico" para contar parte da cruel perseguição de Franco aos comunistas na Espanha. A heroína, Ofélia, é uma menina que chega com sua mãe grávida a uma casa na floresta, onde o padrastro e pai do bebê, Vidal, passa o tempo torturando e matando camponeses e suspeitos de pertencer as milícias comunistas. Neste ambiente, Ofélia intercala sua vida maltratada pelo padrastro com um mundo de contos de fadas, onde ela é uma princesa há muito perdida.

Embora com uma fotografia linda, os excelentes efeitos especiais se fazem ver, justamente, nas cenas cruas de tortura, cortes e espancamentos, mostrados sem nenhum pudor de contos-de-fadas. Ao mesmo tempo que atuações excelentes, como a de Vidal, que conquista a cena sempre que aparece e de Matilde, surgem, a atriz que faz a heroína é inexpressiva e parece pouco a vontade em seu ambiente. O roteiro, ambicioso, que quer trabalhar o "mágico" com o violento, tem furos enormes e irritantes, não sei se resultado da edição ou mesmo do roteirista. Uma pena. Apesar de conter uma boa idéia e um visual interessante, o filme é bem meia-boca em termos de história.

Simpósio Nacional ESPM

Cultura Digital Trash: Linguagens, Comportamentos e Desafios

O universo digital, como fenômeno cultural, nasce marcado pelas apropriações midiáticas feitas por jovens ansiosos por produzirem filmes, músicas, games, blogs, fotologs etc. Influenciada inicialmente pelo imaginário sombrio da ficção científica de obras hoje já clássicas como o filme Caçador de Andróides(Blade Runner, 1982), de Ridley Scott, ou o romance Neuromancer, de William Gibson(1984), esta cultura ganha nas produções atuais traços de humor tosco e a partilha de conhecimento digital, como pontos em comum.

A nova cultura digital se diferencia daquela anterior, produto direto do que foi considerado por alguns puristas de tradição frankfurtiana como o lixo da cultura de massa ? criticada especialmente a partir de produtos como histórias em quadrinhos, rock?n?roll e cinema hollywoodiano ? a partir da possibilidade do próprio público dominar os meios para a produção de obras que passam a dialogar diretamente com a cultura contemporânea. Este fato faz com que a produção de bens simbólicos como filmes, música, textos, animações, artes visuais, games e poéticas dentro da era digital ganhem expressões singulares e apresentem variados potenciais de entretenimento, de informação, de negócios, de ações políticas, de linguagens midiáticas etc.

Toda esta cultura ? que escapa dos padrões massivos sob muitos aspectos, inclusive no que diz respeito ao rigor de um padrão estético de qualidade, sendo nomeada por alguns, assim, como lixo digital (ou digital trash, como a batizam os jovens que a apreciam e participam da referida cultura) ? pode ser tomada como uma fonte inesgotável de inspiração para projetos inovadores dentro do ciberespaço, bem como um novo terreno etnográfico a ser explorado em busca de uma melhor compreensão da cultura contemporânea. Diante do quadro sinteticamente esboçado, propõe-se a constituição de um seminário nacional em busca de reflexões que possam atestar a validade da cultura digital trash como um campo rico a ser explorado por diferentes disciplinas que lidem com os impactos das tecnologias digitais na contemporaneidade.

Assim, o simpósio Cultura Digital Trash: Linguagens, Comportamentos e Desafios será realizado no dia 18/12/06, na ESPM-RJ, com alguns dos principais pesquisadores na área da Cibercultura no Brasil, em torno das comunicações que cada um apresentará focando o tema digital trash e de questões tais como:

- Existe e, se assim for, quais as principais características e produtos da cultura digital trash?

- Quais as características das linguagens midiáticas emergentes nesta cultura?

- Quais os mediadores sociais que atuam na inter-relação entre a cultura digital trash e a cultura de massa?

- Quais as novas formas de interações sociais e quais são suas principais características?

- Como se pode pensar a apropriação de espaços de interações sociais gerados pela cultura digital trash como blogs, flogs e comunidades virtuais como espaços publicitários?

- Quais as ações políticas possíveis dentro do universo supostamente apolítico da cultura digital trash?

- Como produtos culturais trash podem virar negócios valiosos da noite para o dia?

- Quais as articulações mais importantes entre estética e cultura digital trash?

- Quais as sensorialidades e competências cognitivas que podem estar em jogo no processo de emergência da cultura digital trash?

- Como novas dinâmicas de reconhecimento simbólico dentro do universo digital trash podem estar redefinindo valores como fama e propriedade intelectual?

- Como novas dinâmicas de partilha de conhecimento e entretenimento dentro do universo cultural digital trash poderão dialogar com veículos de comunicação como emissoras de TV, gravadoras de música, jornais e revistas(impressos ou online)?

Local: Auditório da ESPM-RJ (12.º andar) ? Rua do Rosário, 90, Centro(esquina com a Rua da Quitanda)
Data:18/12/2006
Horário: das 09:00hs às 18:00hs
Entrada Franca
Coordenação: Vinícius Andrade Pereira (vinianp@yahoo.com)

PROGRAMAÇÃO:

09:00hs ? Abertura do Simpósio : - Diretor-geral da ESPM: Alexandre Mathias;
- Diretor da Pós Graduação da ESPM: Vicente Ambrósio

Palestras: 09:30hs ? André Lemos(UFBA) ? Cibercultura Punk

10:10hs ? Raquel Recuero(UCPEL) ? O Digital Trash como Mainstream: Considerações sobre a difusão de informações em redes sociais na Internet

10:50hs - Henrique Antoun(UFRJ) ? Digital Trash e a Cultura do Consumo na Cibercultura

11:30hs ? (Biobreak)

11:50hs ? Alex Primo (UFRGS) - A longa cauda do digital trash na Web 2.0

12:30hs (almoço)

14:00hs ? Vinícius Andrade Pereira (ESPM/UERJ) ? Afetividades, Sensorialidades e Linguagens Midiáticas na Cultura Digital Trash

14:40hs ? Erick Felinto (UERJ) - Datatrash: a cultura do Spoof na Internet

15:20 - Simone Pereira de Sá (UFF) ? Tosco,sujo, low-fi: nas rotas do MP3, pistas sonoras da digital trash

16:00 (biobreak)

16:20hs - Cristiano Max Pereira Pinheiro (PUC-RS/FEEVALE) e Marsal Ávila Alves Branco (FEEVALE) - Games e a Cultura Digital Trash

17:00hs - Debate entre os palestrantes e o público.

18:00hs - Encerramento


Compareçam!

O que são os sites de redes sociais? - A danah recentemente fez um post no Many2Many sobre o que seriam os social network sites, ou seja, os sites de redes sociais. Para ela,

A ?social network site? is a category of websites with profiles, semi-persistent public commentary on the profile, and a traversable publicly articulated social network displayed in relation to the profile.

Ela relaciona os perfis, os comentários e a rede social como requisitos. Apesar do texto apenas relacionar sites como o MySpace, o orkut, o Facebook e o Friendster, creio que há muitos outros que entrariam na categoria. Em muitos sistemas, como nos weblogs ou nos fotologs, por exemplo, não há uma intencionalidade para que usuários criem perfis. No entanto, há uma ação emergente do público no sentido de personalizar o fotolog ou o blog com suas características, gostos e "últimas configurações do self" (alguns trabalhos que vão neste sentido são os de Nicola Döring e Judith Donath). Também não indicaria a parte de "amigos" (como no orkut ou no MySpace) como a rede social associada ao perfil. Ao contrário, acho que a rede social é mais clara nos comentários e scraps. Com isso, os "lurkers" (e a maioria dos internautas) são experts em xeretar nos comentários e scraps, mas nem todos, por exemplo, ficam olhando a "lista de amigos". É nos comentários que está a "verdadeira" rede, a rede que está "viva" em relação ao perfil. Ou seja, para mim, bastaria o perfil (que poderia ser qualquer forma de individualizar um "espaço virtual") e comentários (ou outra forma de interação). Neste sentido, meu conceito seria bem mais amplo que o da danah. Do meu ponto de vista, a Internet sempre teve uma vocação para "materializar" redes sociais (quem não lembra dos estresses de "roubar log" do IRC?), e que os sites de redes sociais são apenas uma forma mais direta de mostrar isso.

Rastreando um meme - Esta matéria da Wired de hoje traz um artigo sobre um experimento com memes de Scott Eric Kauffman. A idéia era verificar a velocidade de espalhamento do meme e como o meme atingia os blogs na Internet.

It's the idea that just won't die: A scientific experiment to track the viral spread of a "meme" -- a contagious quanta of thought -- has become so popular that it's creator has had trouble tracking it.

Um meme é uma idéia que é passada adiante, de cabeça em cabeça, sendo manifestada via blogs, fotologs e etc. O conceito nasceu com o Richard Dawkins e já foi utilizado em diversos estudos de difusão de informação desde a década de 90. E aliás, tem sido utilizado para a verificação de comunidades, como demonstra este artigo da Lilia Efimova e da Stephanie Hendrick, denominado In search for a virtual settlement: An exploration of weblog community boundaries. Eu estou escrevendo algumas coisas nesse sentido para eventos dos quais quero participar. :-)