Facebook strikes back


- Há um considerável tempo atrás eu achava o Facebook apenas mais um site de rede social, e um muito chato, diga-se de passagem. Nos últimos tempos, o sistema vem crescendo e fiquei curiosa de novo. Fui lá e fiz um novo cadastro (mais fácil agora que o sistema está aberto). Fiquei muito bem impressionada. O Facebook conseguiu incorporar várias "bobagenzinhas" de outros sites, como o Flickr, o Last FM e o Twitter, por exemplo, graças à proposta de permitir aos usuários que construam seus próprios "plug-ins". Com essa proposta "aberta", o Facebook ficou muito mais interessante, permitindo personalizações de perfil que eu ainda não tinha visto em nenhum outro site.

Com essas novidades, o Facebook começou a apresentar um constante crescimento, ao ponto de começar a ameaçar a supremacia do MySpace nos EUA, por exemplo. Por conta disso, muitos pesquisadores vêm discutindo o fenômeno como uma migração entre sites de redes sociais, onde as pessoas começariam a trocar um site pelo outro. Não achei, ainda, nenhum trabalho que foque o fenômeno, mostrando se as pessoas realmente estão migrando, ou se apenas estão construindo perfis em ambos.

Apesar da "teoria da migração", digamos assim, apresentar alguns elementos provocativos, afinal de contas, ninguém consegue realmente usar para fins sociais quatro ou cinco sites de redes sociais, acho que se está, na verdade, em um ponto de desequilíbrio. Por um lado, a quantidade enorme de novos serviços - como o Twitter e o Pownce que Alex comentou no blog dele - demanda uma quantidade enorme de tempo disponível, que muitos usuários não têm. Por outro, cada novo site oferece algo além dos anteriores. Parece-me, assim, que o caminho é por um sistema mais "integrador", nos moldes daquilo que o Facebook, hoje, oferece: uma arquitetura que permita integrar cada vez mais as novas ferramentas em uma única interface, ao gosto do usuário. Veremos.