Milwaukee - Várias observações a respeito da cidade. A primeira é que Milwaukee era para ser uma cidade gigante. Mas é muito esquisito, pois parece minúscula. Com ruas larguíssimas (a Alla Zollers me disse que é para os caminhoes que retiram a neve passarem e deixarem a neve do lado), calçadas igualmente largas, há meia duzia de prédios altos. O centro é minúsculo. Não há pessoas caminhando nas ruas. Há poucas lojas realmente no centro.

# Milwaukee também parece ter um problema sério de gangues. Toda a hora aparece alguém que morreu de bala perdida nas notícias por aqui ou de brigas de gangue. Estranho, porque é realmente uma cidade pouco concentrada.

# A comida aqui nos EUA é outro caso estranho. É tudo muito, muito gordo. Tudo é frito. Sucos naturais não existem ou estão muito escondidos. Ontem eu pedi uma salada. Sabe qual a interpretação deles? Um quilo de queijo e presunto com uns pedacinhos de alface e meio tomate, tudo lotado de um molho de queijo. Gordo? Capaz. Essa mania de comer tudo gordo (e em proporções gigantes- eu nunca consigo terminar um prato) deve ser a grande responsável pela quantidade enorme de pessoas muito acima do peso nas ruas.

# Ontem consegui dar uma fugida para visitar o Museu de Arte de Milwaukee. Muito legal. Fica na beira do lago Michigan, e é todo branco por dentro, com chão de mármore e estruturas brancas. Das exposições, gostei muito da do Martín Ramirez. Do acervo, destaque especial para a parte de arte contemporânea, com obras do Lichtenstein, Wahrol (Campbell's Soup), Picasso, e especialmente, para a sala de hiperrealismo com The Janitor (Duane Hanson) e Nancy (Chuck Close).

# Aproveitei que a conferência fica perto de uma Borders e fiz a festa também. Comprei vários livrinhos, dentre os quais, Interworld (Neil Gaiman e Michael Reaves), Fragile Things (Gaiman), The Book of Lost Things (John Connolly) e Beowulf. Também ganhei vários filmes do Miyazaki. Tem muito mais livros que eu quero, mas vou ver se consigo comprar depois. Livro aqui é muito barato (yay!).