fev
05
5-02-2008
Marcha contra as FARC - Enquanto os olhos da mídia brasileira só vêem Carnaval, na Colômbia, nossa vizinha, acontece um protesto histórico contra as FARC. Centenas de milhares de pessoas, de acordo com a BBC; mais de 4,8 milhões de pessoas acordo com a CNN foram às ruas do país ontem, vestindo camisetas brancas, e exigindo que as FARC parem de seqüestrar pessoas e libertem as que estão cativas. Os protestos foram ecoados por marchas também em outros países: na Venezuela, na Argentina, na França, nos Estados Unidos, na Hungria, na Itália, na Índia, no Panamá, no México, na Espanha (mais de 10 mil pessoas!) e na Inglaterra as pessoas também foram às ruas aos gritos de "Liberdade" para os sequestrados. (No Brasil a gente continua muito ocupado com o Carnaval.)
A idéia do protesto nasceu no Facebook, onde a comunidade "Um milhão de vozes contra as FARC" criada pelo colombiano Oscar Morales discutiu e organizou a marcha, com a participação de mais de 250 mil apoiadores, mas que, nas ruas, adquiriu um proporção muito maior. A marcha contou com um site, que auxiliou na organização do protesto. De acordo com a CNN ainda, as TVs da Colômbia suspenderam a programação para transmitir o protesto e os apresentadores também usaram camisetas brancas. De acordo com os dois sites, muitos parentes das vítimas se opuseram aos protestos, acreditando que colocarão em risco os sequestrados. Acredita-se que são matidas cativas, hoje, pelas FARC mais de 700 pessoas.
As FARC, com todos os seus idealismos são, na minha opinião, organizações terroristas sim. O seqüestro dessas pessoas é um crime contra a humanidade, como definido pela International Crime Court, onde:
A manutenção delas contra suas vontades, cativas, por anos a fim é cruel, desumana e criminosa. A marcha é histórica porque mostra o descontentamento da população colombiana (por quem as FARC, supostamente, atuam) com as táticas de guerrilha e de luta armada, que matam e mutilam inocentes, separam famílias e dividem o país. Mas ainda mais, é histórico que um protesto dessa magnitude, acompanhado por pessoas no mundo inteiro, tenha sido organizado na Internet, através de um site de rede social, em um país onde apenas 22% da população tem acesso à Internet.
"No es el dolor físico el que me detiene, ni las cadenas en mi cuello lo que me atormenta, sino la agonía mental, la maldad del malo y la indiferencia del bueno" (Coronel Luis Mendieta, secuestrado hace 9 años).
A idéia do protesto nasceu no Facebook, onde a comunidade "Um milhão de vozes contra as FARC" criada pelo colombiano Oscar Morales discutiu e organizou a marcha, com a participação de mais de 250 mil apoiadores, mas que, nas ruas, adquiriu um proporção muito maior. A marcha contou com um site, que auxiliou na organização do protesto. De acordo com a CNN ainda, as TVs da Colômbia suspenderam a programação para transmitir o protesto e os apresentadores também usaram camisetas brancas. De acordo com os dois sites, muitos parentes das vítimas se opuseram aos protestos, acreditando que colocarão em risco os sequestrados. Acredita-se que são matidas cativas, hoje, pelas FARC mais de 700 pessoas.
"Escuchen este mensaje que les está enviando Colombia, es todo el pueblo que les pide que por favor escuchen y reflexionen" (Clara Rojas, pedindo às FARC que "escutem")
As FARC, com todos os seus idealismos são, na minha opinião, organizações terroristas sim. O seqüestro dessas pessoas é um crime contra a humanidade, como definido pela International Crime Court, onde:
"Crime against humanity" means any of the following acts when committed as part of a widespread or systematic attack directed against any civilian population, with knowledge of the attack:
(...)(e) Imprisonment or other severe deprivation of physical liberty in violation of fundamental rules of international law;
A manutenção delas contra suas vontades, cativas, por anos a fim é cruel, desumana e criminosa. A marcha é histórica porque mostra o descontentamento da população colombiana (por quem as FARC, supostamente, atuam) com as táticas de guerrilha e de luta armada, que matam e mutilam inocentes, separam famílias e dividem o país. Mas ainda mais, é histórico que um protesto dessa magnitude, acompanhado por pessoas no mundo inteiro, tenha sido organizado na Internet, através de um site de rede social, em um país onde apenas 22% da população tem acesso à Internet.