Em honra do Michael Crichton


crichton.jpgVou sair um pouco do assunto do blog para fazer uma breve homenagem a um dos meus escritores favoritos e um dos mais influentes em todas as coisas que pesquisei: Michael Crichton. Sim, o cara que escreveu Jurassic Park (O Parque dos Dinossauros), Timeline (Linha do Tempo), Eaters of the Dead (Devoradores de Mortos), Prey (Presa), Next (acho que ainda não tem tradução no Brasil), Congo e etc. Um dos mais inteligentes escritores do nosso tempo, Crichton tinha insights geniais ao conectar a Ciência e a Ficção, de uma forma lógica e quase sempre, impecável. Sou particularmente devota do Jurassic Park, para mim, a obra-prima do Crichton, não apenas pela temática (o que pode ser mais legal do que dinossauros voltando à vida?), mas pela gloriosa aula de teoria dos sistemas e entropia. Tão gloriosa que foi a minha inspiração para ler mais sobre o assunto e conhecer - um pouco mais - de sistemas e caos, parte fundamental para a minha futura tese e futuro pensamento sobre redes sociais. Prey foi igualmente inspirador durante o processo da minha tese. Muita coisa do que eu pensava sobre redes sociais e emergência veio diretamente da questão do enxame e da emergência dos padrões que ele coloca no livro. Mas como se não bastasse ter sido um dos escritores mais geniais que eu tive a felicidade de ler (eu sempre dizia que ele tem idéias tão legais quanto as do Neil Gaiman, mas é um melhor executor do que este último) e um dos mais influentes na minha vida, o Crichton era também roteirista e foi um dos idealizadores da série E.R. (sim, aquela do Carter). Também foi um dos autores do jogo Amazon, um dos primeiros RPGs que eu me lembro de ter jogado enlouquecidamente. E, apesar das referências não assumidas, uma grande parte das idéias do Crichton está em Lost.

Crichton faleceu no dia 04 por causa de um câncer, mas seu legado permanecerá por muitos anos. É uma grande perda, e um grande pesar, saber que não teremos mais seus livros para esperar e seus geniais insights como inspiração. Crichton foi um dos autores que mostrou que o científico e o possível são irmãos do imaginável.