abril 28, 2008

Life on the Move (IR 9.0) A Marlene Larsen já comentou no blog dela, o Daniel Skog e o Lewis Goodings também. Em outubro, na Internet Research 9.0, estarei junto com eles e mais o Jan Schmidt, a Amanda Lenhart e a Nancy Baym. para falar sobre Comunidades Virtuais e Redes Sociais na Internet, em uma mesa denominada Life on the Move. Abaixo vai um pedaço da proposta:

Social network sites (SNSs) like Facebook, Bebo and MySpace are rapidly becoming a popular area of research investigating online 'communities'. This immediately raises the question of how new SNSs can be understood as a descendent of the 'virtual community' that was popularized in the 1980's (Rheingold, 1993). One irrefutable piece of information is that the number of users that seem to be joining these new sites has been growing substantially over the last few years (i.e. comScore reported Facebook had an increase of 270% between June 2006 and June 2007). This could indicate that SNSs has become an integral part of everyday online activity as a whole. The purpose of this roundtable is to further discussions on the present shapes of online communities in light of the current trajectory of social network popularity. In particular, to what extent are online communities tied to a particular site? And consequently, how can we rethink notions of community in line with recent trends in SNSs?

[...] The underlying premise is that 'life on the move' produces a certain problem for academic researchers as to how we locate the individual (or the community) in such a dispersed social landscape. Therefore, how can we understand community involvement when users are members of a number of different community sites and SNSs and move regularly from one site to another? A further problem here is how we as researchers resist the mundane assumption that inherently complex online communities are only recognisable in terms of the users movement in and out of them, surely there is much more to it than that.


A idéia é discutir como fica o conceito de comunidade virtual diante dos espaços múltiplos proporcionados pelas redes sociais e como esses fluxos modificam as comunidades. :-) Acho que a discussão será bem interessante e deve render um grande debate.
Posted by raquel at 1:16 PM | Comments (0)

abril 26, 2008

Por que o Facebook não deu (ainda) certo no Brasil orkutfb.jpg Hoje, lendo a ZH online, deparei-me com uma matéria da Vanessa Nunes a respeito de por que o Facebook não teria "pego" no Brasil. Fiquei tentada a falar um pouco sobre isso porque pesquisei o Orkut por muitos anos (aliás, isso merece outro post) e cheguei a escrever alguns capítulos sobre sua história e a motivação dos usuários para entrar lá na minha tese (depois acabaram não entrando no trabalho). Então, vou elencar algumas razões pelas quais eu acredito que o FB não fez tanto sucesso quanto o Orkut por aqui.

1. Fator Novidade - Em 2004, quando os primeiros influenciadores brasileiros começaram a entrar no Orkut havia, muito forte, o fator novidade. Afinal, não existia nenhum outro site de rede social popular no Brasil. O Friendster, que era o site do gênero mais conhecido na época, não tinha quase usuários brasileiros, tinha uma interface difícil e mais feinha. O Orkut entrou num mercado onde não tinha, portanto, concorrente e angariou para si todo o "fator novidade". Como hoje há muitos sites de redes sociais concorrendo entre si (só para citar alguns além do FB, o Bebo, MySpace, Linkedin, Hi5 etc. etc.), o mercado já está um pouco saturado de redes sociais. Mesmo que cada um desses sites tenha um propósito e um público-alvo diferentes, o fator novidade já se esgotou.

2. Interface - Inegavelmente, o Orkut tinha uma interface muito mais amigável do que o FB. Assim, mesmo com o sistema em inglês, como era no início, ele levava vantagem sobre o FB, muito mais complexo e feio. Além disso, o Orkut permitia a todas as pessoas verem seus amigos, o que o FB não permite (só podemos ver os dois graus de separação). Ou seja, apesar do FB ser posterior ao Orkut, a Interface que ele apresenta ainda hoje é complexa demais, fazendo com que a língua (inglês) seja uma barreira. Além disso, o fato de não permitir que se vejam os amigos dos amigos gera um contraponto forte ao hábito de social browsing (xeretar o perfil alheio), muito presente no hábito de uso do Orkut pelos brasileiros.

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3. Hábitos de Uso e Custo Social - No Brasil já há um certo hábito no uso do Orkut. As pessoas usam o sistema para fazer social browsing, para saber o que há de novo na vida dos outros, para interagir com alguns amigos e expressar um pouco de quem são. Muitos destes hábitos não são possíveis no Facebook, apesar das inúmeras novidades que ele trouxe, como o API livre, o que possibilitava que as pessoas criassem jogos, testes e muitas outras aplicações diferentes do Orkut. Apesar disso, o Orkut já era, quando o FB chegou, um sistema que atingiu a maioria expressiva dos usuários brasileiros. Assim, o custo social de mudança de um sistema para outro seria muito grande. Então, as pessoas ficam lá simplesmente porque as outras também estão lá. Ou seja, para que as pessoas adotem um novo sistema, é preciso que ele ofereça algo fora do habitual para o internauta brasileiro. Neste sentido, o MySpace parece ter conseguido inovar mais, na medida em que está querendo "focar" o interesse da música.

4. Ferramentas diferentes para coisas diferentes - Uma das tendências dos desenvolvedores de sites de redes sociais é inventar sistemas que concentrem todas as ferramentas conhecidas: blog, fotolog, chat, msn etc. O grande problema é que as pessoas parecem não querer isso. Elas vêem o perfil no site de rede social simplesmente como um perfil, como mais uma ferramenta. E como já possuem um blog, ou um fotolog, ou uma conta de mensageiro, elas não usam essas ferramentas nos sites de redes sociais. Ou até usam, mas pouco em relação às ferramentas que já possuem. Assim que essas vantagens do FB tornam-se uma desvantagem. O Orkut já é uma boa "lista de pessoas", pra que outra? Assim, acho que o site de rede social, no Brasil, foi adotado com uma função específica e as demais ferramentas, com outra. O Orkut até tentou transformar o álbum de fotografias em um fotolog, mas a verdade é que não deu certo. Para um fotolog, as pessoas preferem as ferramentas específicas para isso. Até porque reduz o custo de simplesmente "deletar" o perfil quando sentir que é preciso, coisa que o usuário brasileiro faz bastante.

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5.Dificuldade de Gerenciamento de Múltiplas Contas - Até aqui, defendi que o FB não conseguiu dar certo no Brasil porque não ofereceu nada além do que o Orkut já oferecia e possui um interface bem mais complicada. Além desses fatores, muitos usuários (como eu) poderiam ter várias contas e, com isso, fazer uma no FB. O problema é que o custo de gerenciar tantas contas é muito alto (perde-se muito tempo) com quase nenhuma vantagem (meus amigos todos estão no Orkut). Assim que muitos brasileiros que inicialmente adotaram o FB, acabaram desistindo.

Ainda falta, no entanto, discutir porque o "ainda"do meu título. Eu vejo também três riscos importantes para o Orkut, que poderiam levar a uma migração de um sistema para outro (não em massa, bem sabido, mas acredito que poderia fazer o Orkut cair no ostracismo).

A primeira delas é a preocupação cada vez maior para com a privacidade. Essa preocupação ainda é latente no Brasil, mas em outros países é muito, muito grande. Há uma tendência de que as pessoas aqui também passem a se preocupar mais com o tipo de informação que colocam online, e com isso, passem a exigir sistemas que dêem mais opções de privacidade. É uma faca de dois gumes pois, se o Orkut oferecer mais privacidade, vai acabar com o social browsing, que é o grande uso do sistema. Com isso, deve acontecer uma queda forte no tráfego do site e uma redução do uso consistente (que eu acredito que já está ocorrendo por conta das ferramentas atualmente implantadas - fotos e scraps privados). Além disso, o FB tem muito mais opções de privacidade do que o Orkut.

A segunda delas é a mobilidade. O Orkut tem uma interface muito pesada para ser usada em celulares. O FB (e o Twitter, outro exemplo), não têm. Com o aumento do uso da Internet por ferramentas móveis, que deve acontecer nos próximos anos com muita força, pode acontecer dos hábitos de navegação modificarem-se, especialmente entre os chamados trendsetters, adolescentes e jovens, que ainda são a maioria dos internautas ativos no Orkut.

A terceira tendência é o aparecimento de ferramentas que permitam novos usos da rede, que tornem sites de redes sociais mais dinâmicos e menos poluídos (parece-me que o Twitter vai nessa direção), sem prejuízo da interação. Acho que esse tipo de novidade pode gerar novos padrões de adoção e, novamente, fazer com que o Orkut caia no ostracismo e o FB também.

Acho que atualmente, um site de rede social que não apresente nada diferente, mesmo que focado na segmentação, dificilmente tirará as pessoas do Orkut. O mais provável é que elas criem uma conta lá e mantenham a do Orkut, esperando para ver se aparece algum novo uso. Em não aparecendo, pela dificuldade de manter as múltiplas contas, a tendência é que a menos usada (provavelmente a do outro sistema) seja abandonada. O mais provável é que o Orkut vá perdendo tráfego (mas não perfis) para outras ferramentas, que com o passar do tempo, podem substituir o uso dele.

Update - A Marli, ali embaixo, nos comentários, lembrou que eu fui citada na matéria (nem me lembrava mais dessa entrevista), mas de qualquer modo, tem continuação aqui e aqui.
Posted by raquel at 1:29 PM | Comments (19)

abril 23, 2008

Drops de Quarta # Comentário do Lore Sjöberg sobre o Twitter e as redes sociais na Wired. Falando da experiência pessoal, ele discute um pouco a fascinação do Twitter.

# O Joi Ito parece ser o responsável pelo lançamento da versão japonesa do Twitter e, mais do que isso, pelo lançamento da primeira versão com publicidade no sistema. Fico pensando quanto tempo até aparecerem os banners chatos nas versões latinas.

# O Thomas Vander Wal falando da complexidade das redes sociais. Bem legal a apresentação para quem estuda sites de redes sociais. Olhem também a crítica do SocialTech.(Via Smart Mobs.)

# Meu artigo Comunidades em redes sociais na internet: um estudo de caso dos fotologs brasileiros, onde eu procuro fazer uma discussão a respeito de redes sociais e comunidades virtuais como tipos a partir de um estudo de caso já está online na revista do Liinc (bem legal, bem interdisciplinar).

# A discussão a respeito do IGoogle virar o possível novo site de redes sociais do Google está a toda na blogosfera. Muitos dizem que, por conta do Orkut apenas ser um sucesso no Brasil e na Índia, o Google estaria preparando outras formas de entrar no espaço das redes sociais.

# Outra notícia importante é que o Facebook acaba de lançar um sistema de chat/messages integrado com o site. Basta logar para testar. (Via Ponto Media.)
Posted by raquel at 2:46 PM | Comments (0)

abril 22, 2008

Twitter Cartoon Day e Memes Durante o Twitter Cartoon Day monitorei um pouco a adoção da idéia pelas pessoas a quem eu sigo. A idéia veio do Paul Bradshaw do OJB e propunha que todos substituíssem seu avatar no Twitter por um desenho. A proposta era divertida e eu adotei em seguida. Primeiro fui a Lisa Simpson e depois virei o Purple Tentacle do DOT. Como foi um dos primeiros memes do Twitter que eu consegui pegar no início, resolvi seguir um pouco, divulgando e vendo quem estava adotando. E o resultado foi bastante impressionante.

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Gráfico da adoção x horário

Do total de pessoass que eu sigo no Twitter (198), 139 são brasileiros. Destes, uns 20 são sistemas de notícias ou coletivos. Dos 119 restantes, eu diria que há uns 50% ativos, ou seja, pessoas que conectam e twittam pelo menos uma vez por dia. O que daria um total de cerca de 60 twitters ativos, dos quais houve uma adoção de quase 70%. Houve momentos em que quase todos os tweets que eu recebia eram realizados por usuários "vestindo" um desenho animado. A maioria dos usuários adotou ao meio-dia (possivelmente, durante o intervalo do almoço, pós-almoço), quando parece haver também um aumento do tráfego. É interessante também observar a curva de adoção com base em horas ao invés de meses.

twittercartoonday2.jpg


Durante a tarde, o tráfego no twitter também aumentou visivelmente. Enquanto a média de tweets que tenho por dia chega a no máximo 5 páginas por dia, no dia do Cartoon, fui a quase 15(!!), com uma expressiva maioria de tweets individuais e "sociais" e não de notícias ou informações. Minha reflexão (esse texto é só uma reflexão) me levou a pensar que memes potencialmente divertidas e com valor imediatamente apreensível (no Twitter Cartoon Day houve até eleição dos melhores cartoons) tendem a ser mais fácil e rapidamente adotadas do que memes simplesmente informativas. Também passou pela minha cabeça que o Twitter tem um potencial de influência bastante grande na blogosfera, pois o Technorati apontou o tema como um dos mais discutidos do dia, com 324 referências. Ao que parece, o Twitter tem um potencial grande para espalhar memes e para agregar alguns tipos de influenciadores. Além disso, chamou minha atenção como esse tipo de meme tem realmente um grande potencial social, pois parte da graça de adotar um cartoon é poder exibí-lo e discutí-lo com os outros.
Posted by raquel at 2:10 PM | Comments (7)

abril 18, 2008

Twitter Cartoon Day Paul Bradshaw convocando todos para o Twitter Cartoon Day nesta sexta. Eu sou a Lisa Simpson. :-)

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Posted by raquel at 7:41 AM | Comments (1)

abril 15, 2008

Ofcom Report em Sites de Redes Sociais ofcom.jpg Finalmente arranjei algum tempinho para ler e discutir o report da Ofcom. Ele é baseado em um território geográfico (UK) e fechado em usuários deste território. Além disso, tem o grande mérito de estar baseado em estudos quantitativos e qualitativos, o que certamente provê um insight mais profundo para o estudo. Vou comentar alguns dados que achei interessantes e a relação que eu vejo entre eles e o Brasil neste post, bem como fazer algumas críticas. :-) Mais sobre a Ofcom pode ser encontrado aqui.

Tipos de Usuários dos Sites de Redes Sociais

Uma parte da pesquisa (qualitativa) identificou cinco tipos de usuários desses sites. No entanto, minha discussão seria que cada tipo de site é apropriado por usuários com intenções específicas em termos de capital social, que pode (ou não) ser usado para isso.

? Alpha Socialisers (Socializadores alfa) ? São determinados como uma minoria, e definidos como as pessoas que usam esses sites em breves e intensos períoso para flertar, conhecer novas pessoas e ser entretidos. Eu diria que essas pessoas são aquelas que buscam dois tipos de capital social: reputação e ampliação/complexificação da rede. Se estivéssemos falando do Gladwell, esses seriam os influenciadores. Esses indivíduos estão presentes nos dois momentos de adoção de uma tecnologia: o início e a maturidade, pois são eles que fazem a curva de adoção iniciar. Para a pesquisa, esses usuários são uma minoria (fazendo a conexão com os conectores do Barabási, é provável, pois são aqueles que investem bastante na rede social). Acho que os valores buscados por esses usuários estão presentes em ambos os tipos de laço social (fortes e fracos) e que, portanto, eles estão presentes em vários tipos de tecnologias sociais.

? Attention Seekers (Usuários que buscam atenção) ? São aqueles que buscam atenção dos outros, frequentemente modificando suas fotos e personalizando os perfis. Esses usuários, creio eu, são aqueles que buscam o capital de apoio social. Mais do que simplesmente trocar informações, são usuários que buscam um repositório de apoio social freqüente. Ao contrário do primeiro tipo, eu diria que no Brasil esses usuários são mais presentes em ferramentas que permitem maior interação, como os fotologs e os blogs. O Orkut, embora também permita a interação, é um site de rede social menos capaz de gerar esse tipo de apoio (proveniente dos laços fortes, obviamente) pois há um maior espalhamento da atenção entre os diversos perfis e uma maior dificuldade em acompanhar as atualizações (Feeds fazem muita diferença.) De acordo com a Ofcom, seria um tipo de usuário medianamente presente nos sistemas.

? Followers (Seguidores)? Pessoas que entram nos sites de redes sociais para continuar o contato com os amigos/conhecidos. Eu acho que esses são os late adopters de qualquer tecnologia e buscam valores como sociabilidade, reputação e complexificação das redes. Esses usuários são aqueles que percebem nos early adopters o valor da rede e que também desejam obtê-lo. Obviamente que são a maioria dos usuários e estão presentes em todo o tipo de site de rede social.

? Faithfuls (Fiéis) - Seriam as pessoas que usam os sites de rede social para reconectar com amigos do colégio, por exemplo. Concordo que este é um uso muito comum, voltado ao capital social de complexificação da rede. Mas discordo que essa seja uma categoria a parte. Para mim, esse tipo de comportamento está presente em todos os usuários, em maior ou menor grau (ao contrário da busca de atenção, por exemplo). No Brasil, é um comportamento típico do Orkut, mas não tão comum no Fotolog ou nos blogs. É um uso voltado para o resgate da rede social e o fortalecimento dos laços.

? Functionals (Funcionais) ? Seria uma minoria dos usuários que tende a ter um uso, digamos, reduzido dos sites de rede social, direcionando o uso para uma função específica. Também discordo dessa categoria, pois não encontrei (ainda, ao menos) algum usuário que pudesse ser classificado aqui. Acho que mesmo aqueles que usam pouco tendem, em sua adoção, a repetir o uso da maioria. Fico imaginando se o estudo está falando dos perfis fake para spam (aí sim, seria possível), mas tenho minhas dúvidas de que os donos desses perfis não façam outros usos da rede.

Os não-usuários de sites de redes sociais, de acordo com o report, também cairiam em algumas categorias específicas:

? Concerned about safety (Usuários preocupados com a segurança) ? Seriam aqueles que se preocupam em colocar seus dados na Internet, com medo de stalkers ou do uso que possa ser feito disso. É uma categoria bastante comum em váriso países (mas não tanto no Brasil, eu vejo a preocupação para com a privacidade aqui mais freqüente nos pais, por influência da mídia, do que nos usuários em si).

? Technically inexperienced (Usuários tecnicamente inexperientes) ?Aqueles que não usam porque não sabem usar. (O Jeremiah Spence tem um trabalho onde ele mostra o Orkut como uma das ferramentas que proporcionou integração digital, especialmente de classes mais baixas, no Brasil, porque gerou interesse desses jovens em compreender o uso do fenômeno.)

? Intellectual rejecters (Usuários que rejeitam o sistema por motivos intelectuais) ? Pessoas que não têm interesse em redes sociais e vêem esse tipo de site como uma perda de tempo. Eu acrescentaria nesta categoria também aqueles que saem do sistema pelos mesmos motivos.

Sobre os usos dos sites de rede social

O report sublinha alguns usos e aponta para outros. Vou comentar na seqüência:
#Users create well-developed profiles as the basis of their online presence - Eu diria que todo o perfil é uma base de presença online, mas por certo que esses perfis representam uma "tomada de espaço" e ter um perfil em algum site de rede social significa tornar presente um ator e suas conexões. Eu diria que, mais do que simplesmente estar presente, há uma necessidade bastante clara de mostrar a presença aos demais, ou seja, mais do que o uso que decorre da criação de um perfil, o próprio "estar ali" já é, por si, um valor socialmente reconhecido.

# Users share personal information with a wide range of ?friends? - Acho que também é um uso esperado. Se parte do valor é "mostrar" que se está ali, obviamente que o perfil inteiro é construído para dar uma determinada impressão ao visitante (pensando no Goffman). Tenho visto que os atores são cuidadosos na impressão que querem causar e na produção do perfil como um espaço de performance identitária.

# While communication with known contacts was the most popular social networking activity, 17 % of adults used their profile to communicate with people they do not know. This increases among younger adults. Novamente, outra parte do valor da rede é ampliar a rede social, conhecer mais pessoas e ampliar laços. Jovens com redes sociais ainda em formação costumam ter mais presente essa necessidade do que adultos.

# Only a few users highlighted negative aspects to social networking - Acho que também é verdadeiro para o Brasil.

tabelaof.jpg


A tabela acima sumariza alguns dos principais pontos do relatório, como os tipos de usuário, a classe social, idade e etc.

Eu acho que o principal aqui é compreender que a apropriação de um site de rede social vai além do uso unicamente para "fazer amigos". De minha parte, eu diria que os sites de rede social possuem usos mais amplos e mais comuns entre as diversas populações de atores do que o report sinaliza. Eu arriscaria dizer que, com base nas minhas pesquisas e na literatura especializada que esse tipo de ferramenta é utilizada para 1)construir identidades específicas com busca de capital específico para cada uma delas (por exemplo, um mesmo ator pode procurar reputação em um blog e atenção em um fotolog). Além disso a construção de identidade também é voltada para a "mostração" e a construção das impressões que se deseja construir no Outro; 2) complexificar e ampliar a rede social, que é o uso mais óbvio, conhecer novas pessoas e reconectar-se com amigos/ conhecidos antigos, sem necessariamente ter que investir no laço social para manter a conexão; 3)construir tipos de capital social, que eu diria que é o principal valor no digital: os sites de rede social proporcionaram uma facilitação do acesso ao capital social, com menor custo e menor necessidade de investimento do que as relações offline (os benefícios, no entanto, são diferentes, é claro). Aqui entrariam todos os valores da rede: informação, busca de apoio social, reputação e etc.

Finalmente, eu acrescentaria aí a migração da interação entre os diversos sites de rede social. O uso, pelo menos aqui no Brasil, parece mostrar uma migração da interação. Por exemplo, as pessoas se conhecem no Orkut, trocam scraps, mas vão interagir mesmo no MSN. Essas trocas também podem revelar padrões de uso diferenciados que acho que podem revelar coisas mais interessantes ainda na adoção desses sistemas e na sociabilidade online.
Posted by raquel at 9:03 AM | Comments (3)

abril 14, 2008

Projetos Legais Tenho vários alunos com projetos bem legais que precisam de uma ajudinha para divulgar o material deles.

z3.jpg # O primeiro é o projeto Maratona de Cinema da Z3. A Z3, para quem não sabe, é originalmente, uma colônia de pescadores que fica às margens da Lagoa dos Patos. O lugar é muito lindo e é por lá que circula um dos principais projetos de extensão do Curso de Jornalismo da UCPel, que é o jornal O Pescador, que faz parte do projeto de jornalismo comunitário do prof. Jairo Sanguiné. Bem, e daí que as alunas Cíntia Arbeletche, Aline Reinhardt, Karina Peres e Bianca Zanella pensaram em fazer uma programação cultural por lá, com uma maratona de cinema que vai acontecer no próximo final de semana (19, 20 e 21 de abril). O projeto tem blog e Twitter (onde vai ter cobertura ao vivo). Quem quiser dar uma força para as meninas, divulgando o projeto nos seus blogs, será bem vindo. :-)

#Outros dois projetos que eu adoro são o blog de crônicas do Marcos Leivas, chamado Palavra de Guri. A experiência do Marcos foi criar um blog literário, super bem escrito, procurando pensar um pouco essa coisa de internet + literatura. Dêem uma olhada que vale a pena. O Marcos também tem Twitter que ele está usando para divulgar as histórias do blog. Um segundo projeto bem legal é o blog de crítica cinematográfica do Max Cirne (CinemaX). Ali o Max fala dos principais filmes que estão saindo. Também vale a pena conferir no Twitter. :-) ovelha.jpg

# Outro projeto que está incrivelmente legal é o da Operação Novelo. Não tem nada a ver com a disciplina de Jornalismo Digital, mas gurizada também está usando um blog e o Twitter para divulgar a campanha (além de algumas ações meio de guerrilha e de buzz no campus, que podem ser vistas no vídeo que o pessoal colocou no site). A idéia é arrecadar novelos de lã para a campanha - que depois serão transformados em roupas para o inverno para as crianças carentes da cidade. O release tá aqui. É um projeto da disciplina de Comunicação Comunitária.


Posted by raquel at 10:49 AM | Comments (6)

abril 10, 2008

Wordpress e a Justiça Brasileira A blogosfera brasileira está em alas. A notícia é que uma decisão do judiciário brasileiro vai bloquear o Wordpress em território nacional. Supostamente, há um processo cuja decisão proíbe o acesso a algum blog do sistema e de acordo com a Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Internet), o único modo de cumprir a ordem judicial resultante do processo é impedir o acesso a todos os blogs do Wordpress.

A Gabi Zago discutiu o assunto levantado pelo Rogério Christofoletti, comparando essa questão com o bloqueio do YouTube, por conta do processo da modelo Daniela Cicarelli em 2007.

A decisão não só é completamente estapafúrdia, mas igualmente reflete o despreparo dos juízes brasileiros para lidar com a questão do Direito na Internet. O Brasil não tem legislação específica para isso, portanto, trabalha com analogia de outras leis. O problema é que a maioria dos juízes, nascidos em uma época pré-Internet, acabam não tendo o preparo e o conhecimento técnico para lidar com uma nova sociedade em rede. Assim, as decisões com relação a esses elementos, que acabam gerando efeitos fabulosos e desmedidos na sociedade brasileira.

Impedir o acesso de todos os brasileiros que mantém e lêem blogs no wordpress é censura e impedimento das liberdades individuais e uma conseqüência absurda da proibição de acesso a um blog. Aliás, a ordem de impedir o acesso já é, por si, equivocada, pois poderia ser interpretada como cerceamento do direito à informacão, garantia constitucional do artigo 5o da CF. Do meu ponto de vista, a decisão deveria ser a solicitação da retirada do blog ofensivo do ar, feita diretamente ao Wordpress e não a proibição de acesso ao mesmo de toda a população brasileira. Ainda é necessário, creio eu, observar qual foi o motivo da decisão judicial, na medida em que ela afeta a sociedade brasileira como um todo, cerceando a garantia constitucional do acesso livre à informação (uma vez que toda a informação do Wordpress será bloqueada, e não apenas a do blog em questão).
Posted by raquel at 11:50 AM | Comments (4)
Gestor de Comunidades no JOL A Beth Saad, do Intermezzo, narrando o que estava acontecendo no Simpósio Internacional de Jornalismo Online, falou de uma discussão sobre a gestão de comunidades virtuais pelas redações jornalísticas. Essa discussão me interessa bastante. Acho que dois pontos são fundamentais naquilo que é levantado na discussão: Primeiro, o fato de que para construir uma comunidade é preciso investimento e essa construção tem um custo social. Depois, o que é mais fundamental, é preciso um gestor que gere espaço de interação, gerencie as trocas sociais direcionando o grupo e que esteja naquele espaço durante todo o dia. Fiquei com a dúvida se temos, no Braisl, algum jornal que trabalhe com comunidades. Alguém sabe?
Posted by raquel at 10:44 AM | Comments (2)

abril 8, 2008

Redes Sociais e Monetização snmoney.jpgOntem recebi via Twitter um artigo do IDG Now!, escrito pelo Guilherme Felitti, que falava sobre a questão da monetização dos sites de redes sociais. O artigo explica que ainda não se sabe como fazer isso direito, e fala das várias tentativas fracassadas que já foram realizadas por muitas empresas. Lendo, pensei em dar o meu pitaco e tentar discutir um pouco como eu vejo essa questão. (Lembrando que não sou publicitária, vou tentar "criar" um espírito publicitário... hehehe)

Acho que um dos primeiros passos para entender os sites de redes sociais é compreender a apropriação que é realizada pelas pessoas. Eu diria que, de um modo geral, temos três tipos de apropriações, a partir dos valores que as pessoas buscam construir na rede. Para exemplificar melhor, tomarei o caso do Orkut, que todo mundo conhece:
1) Apropriações Sociais - São todas as apropriações que têm como objetivo melhorar, ampliar ou complexificar o processo de interação com o Outro. Dentre essas apropriações, por exemplo, poderíamos identificar o uso do "scrapbook" (originalmente, um livro de recados) para conversações não apenas com o dono do perfil, mas também com as demais pessoas. Outra apropriação interessante é o uso do "testimonial" para recados urgentes ou importantes, onde o ator já diz "não aceita".

2) Apropriações Identitárias - Embora sejam parentes das apropriações sociais, como elas são muito presentes nos sites de redes sociais, criei um item a parte. Essas apropriações são essenciais para a construção de uma persona e para a individualização de um perfil. São elas que permitem que os usuários possam ser reconhecidos como atores e interagentes. Logo, as pessoas tendem a personalizar ao máximo seu perfil, de todas as maneiras possíveis. No Orkut, poderíamos identificar o uso das comunidades para construir "gostos" nos perfis, por exemplo. Outra apropriação seria o uso de desenhos em ASCII no perfil ou mesmo a mudança do nome que identifica o mesmo.

3) Apropriações Profissionais - São aquelas mais voltadas para a construção de reputação ou de outra forma de capital social. Mais do que interagir, o ator pretende criar uma impressão nos demais. Mais do que construir uma identidade, ele pretende obter valor da rede social.
Essas três categorias (no fundo, todas são obviamente sociais, mas a divisão é apenas para ajudar a pensar) podem auxiliar a compreender um pouco mais meu ponto. Sabendo que há padrões de uso nesse sentido (e que esses padrões podem ser vistos em vários sites de redes sociais), penso que as estratégias de monetização deveriam emergir dentro das apropriações que os atores da rede criaram.

fbmap.jpgUm exemplo seria a criação de gadgets patrocinados. Tanto o Orkut, como o Facebook, estão abrindo sua arquitetura para isso. No FB, onde a coisa é mais popular, vejo inúmeras possibilidades de monetização através da criação de joguinhos, testes (muito populares no sistema) e gadgets divertidos que são utilizados para a personalização dos perfis (já é feito, mas pouco) e que permitem que eu me compare aos meus amigos. Essa estratégia fala diretamente às apropriações identitárias e sociais. Aproveita-se delas para associar a marca ao capital social produzido pelos atores na rede (por exemplo, ao enviar o jogo divertido aos amigos). Além disso, as aplicações criadas podem falar diretamente às necessidades dos usuários (imagino algo que permita "conversar" no Orkut ou personalizar mais o perfi).

Outro exemplo seria a criação de grupos e comunidades patrocinadas, onde o moderador proporciona a discussão, organiza encontros offline e mesmo sorteia brindes. A simples criação comunidade não adianta, é necessário investimento nela e nos atores que fazem parte da rede. Conteúdo é fundamental, bem como uma genuína preocupação para com a comunidade (mais do que para com a propaganda, por exemplo). Nesta mesma linha, vai o apoio à comunidades que lutam, por exemplo, contra o câncer, ou contra a pedofilia na rede. Aqui, o objetivo é associar à marca com uma ação com capital social positivo construido pelos atores, que pode repercutir na marca e divulgá-la ainda mais (por exemplo, em blogs e fotologs). Essa ação também está voltada para as apropriações sociais e profissionais da rede (uma vez que, o ator também trabalha com reputação ao associar-se a uma comunidade destas).

Um terceiro exemplo, ainda, seria não usar o site como plataforma de promoção, mas como modo de identificar, digamos, influenciadores. Foocando em grupos específicos, dentro de comunidades temáticas ou identificados através de gostos pessoais, seleciono atores que preenchem determinados pontos para promover o produto através da valorização do usuário. Penso, por exemplo, no convite ao lançamento do produto. Imagino a identificação dos usuários mais ativos de uma comunidade de cinema, por exemplo, e convidá-los para uma pré- estréia. A expectativa aqui é gerar um buzz na rede social e penso que essa estratégia é melhor aplicada em conjunto com outras formas de promoção. Aqui, estou falando à apropriação social e profissional de novo, uma vez que valorizo o ator convidado.

Essas idéias são todas comuns. O ponto essencial é que a estratégia deve ser bottom-up e não o contrário. Acho que é preciso identificar os usos, o papel dos atores e só depois, estabelecer a estratégis. E mais que isso, é necessário pensar uma abordagem qualitativa, focada no indivíduo e não quantitativa, focada na massa. Por fim, acho que é preciso cuidado para não exagerar, criando o efeito oposto ao que se pretende (lembrando que a propaganda não é geralmente bem vista pelos usuários desses sistemas). Assim que estratégias não intrusivas costumam ser melhores, na minha opinião, do que aquelas em que o ator não tem escolha se vê ou não.
Posted by raquel at 8:46 AM | Comments (1)

abril 3, 2008

Perfis em Redes Sociais A International Conference on Weblogs and Social Media (ICWSM) já disponibilizou no site os papers que serão apresentados no evento. Eu morro de vontade de participar dessa conferência desde que foi criada (a deste ano é a segunda edição), mas nunca consigo mandar paper na época certa (sempre no final do ano, pegando a época mais "punk" de notas e afins). Ainda é uma conferência pequena, mas é a primeira focada na coisa da Mídia Social e das ferramentas que trabalham isso.

Ainda sobre o ICWSM, o Read Write Web comentou um dos painéis que foi apresentado, sobre Identidades no Facebook. O estudo mostrou que os perfis nessas ferramentas podem dar aos amigos e conhecidos uma falsa percepção da personalidade dos autores. Ao contrário, respostas como os livros que se gosta ou músicas favoritas parecem ser menos eficientes do que contar uma história, como "momento mais embaraçoso".


Psychology professor Samuel Gosling and collaborator David Evans created the "You Just Get Me" Facebook application and web site, where users could answer forty questions about their personality and then compare their answers to how others view them. The users would rate each other based on these answers, letting their first impressions be their guide. People could be rated as anything from lazy to ingenious to quiet or rude or any of several other unique personality traits.

Surprisingly, answers to most of the basic type of questions, like those found on social networking sites, did not help users figure out what each other were "really" like. Instead, the researchers found that when a user posted things on their profile like their most embarrassing moment, proudest moment, or spirituality, their personalities were much better understood.


Acredito que mais do que o que está escrito nos perfis como gostos pessoais, o que mais auxilia a construir uma idéia da personalidade por trás do perfil são os outros elementos. No Orkut, por exemplo, sabemos que as comunidades são mais utilizadas para conhecer a personalidade do usuário do que os gostos e desgostos do perfil. Além das comunidades, as interações nos comentários e nos testemunhos e as fotografias também são utilizados pelos usuários para "conhecer" ou "saber mais" do Outro. No Facebook, ao que parece, é a escolha de APIs adicionados pelos usuários, além das interações e ações dos usuários.

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Esse tipo de discurso, que é construído através da linguagem falada e escrita, e que é gerado pelas conversações com outros, é o principal pedaço da construção da identidade nas redes sociais. É na falta dos diferenciais característicos da estrutura dos discursos (falado e escrito), e na intersecção de ambos com os elementos gráficos dispostos por essas ferramentas que se constrói uma impressão dada que vai ser, ao mesmo tempo, também emitida (para citar o Gofflman). É uma identidade ao mesmo tempo construída e percebida, como mostra o estudo do Facebook.

A construção de um perfil, realizada por um autor, é realizada com objetivos e motivações particulares, geralmente focadas no capital social que esse perfil é capaz de construir: reputação, sociabilidade, fama etc. Mas como nem todas as impressões e expressões são controladas, mas interpretadas pelos demais, há discordância entre o discurso que o emissor pensa que está construindo e aquele que o receptor interpreta. :-)

Esses são apontamentos gerais de impressões a respeito do estudo do Facebook e dos meus trabalhos. Além disso, fazem parte de uma discussão que pretendo iniciar com um projeto a respeito de discurso e interação pela linguagem, na Lingüística Aplicada. :D
Posted by raquel at 10:07 AM | Comments (6)
ALAIC A Adri deu a notícia ontem e eu estava esperando para publicar: Finalmente saiu a chamada de trabalhos para a ALAIC 2008. Este ano, o encontro será no México (Cidade do México), de 9 a 11 de outubro. O prazo para envio de trabalhos começa no dia 15 de abril e se encerra no dia 10 de agosto. Informações sobre os GTs, os requisitos dos trabalhos e prazos podem ser encontradas no site do coordenador do GT de Internet y Sociedad de la Información y Cibercultura, prof. Octavio Islas. Não diz nada na chamada de trabalhos, mas a ALAIC costuma aceitar trabalhos em português ou espanhol para a apresentação nos GTs. Outras informações estão no site da ALAIC.

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Posted by raquel at 8:49 AM | Comments (0)

abril 1, 2008

1o de Abril na Internet yogurt.jpgComo todo mundo sabe, hoje é primeiro de abril. E na Internet, o dia todo, não pararam de pipocar brincadeiras e joguinhos, o que parece ser uma prática cada vez mais comum até entre os veículos de comunicação mais tradicionais. O Orkut saudou seus usuários com a mudança de nome para "Yogurt", fazendo referência ao jeito dos brasileiros pronunciarem o nome (sim, eles sabem disso). Para ver o logo modificado, no entanto, é preciso logar no sistema. A BBC apresentou para seus usuários um documentário sobre os pinguins voadores que migram da Antártida para a Amazônia no verão. O programa foi apresentado pelo Terry Jones, do Monty Python. (Documentário no Youtube, assistam!).

A brincadeira de primeiro de Abril é já tradicional entre os jornais ingleses. O The Sun, por exemplo, publicou uma notícia de que o Sarkozy estaria fazendo um "esticamento" para chegar na altura da esposa, a modelo Carla Bruni. Já o The Guardian apresentou uma matéria explicando que Carla Bruni seria a consultora de moda de Gordon Brown, além de influenciar o cozinheiro Jamie Oliver e muitos outros ícones britânicos.

To coincide with the prime minister's announcement, the thinktank Demos will release a report this week arguing that the answer to a wide swath of social and economic problems facing Britain may lie in adopting a more French approach. (grifo meu)


virgle_logo_final_hi-res.jpg Outro a recorrer à tradicional brincadeira, o Google anunciou no blog oficial o projeto Virgle, em conjunto com a Virgin, onde o objetivo é estabelecer vida humana em Marte.

Larry Page, Sergey Brin and I feel strongly that contemporary technology is sufficiently advanced to make such an effort both successful and economical, and that it's high time that humanity moved beyond Earth and began our great, long journey to explore the stars and establish our first lasting foothold on another world.


No site é possível até mesmo aplicar para ser um dos pioneiros do projeto, testar o potencial de colonizador marciano (hilário) e mesmo ver um video dos fundadores do Google falando do projeto. Eles encorajam os internautas a enviar um video no Youtube com a aplicação para estar entre os primeiros colonizadores juntamente com ambos. E os leitores, viram alguma outra brincadeira de primeiro de Abril por aí?

Update: A Alessandra Carvalho passou, no Twitter, o link para o Undergoogle que fez um inventário de todas as brincadeiras de 1o de Abril do Google e seus produtos. O Daniel Bonatto me mandou os links para o ThinkGeek com produtos fake de 1o de Abril (outro hilário), para uma ferramenta do Gmail onde seria possível inventar a hora de envio do email e para a Defendius door Chain.
Posted by raquel at 3:53 PM | Comments (7)