Archivos abril 2003

abril 29, 2003

POA

Já comentei que estou morando em Porto Alegre? Pois estou. Escrevo agora de um IBM NetVista do laboratório da Pós-graduação. Bonito o computador. E rápido. A Internet é excelente, acabo de baixar um programa a 60K/s, e isso que tem um monte de gente usando aqui.

A falta de atualização não é tanto, como a Cristina disse, por eu ter entrado no modo UFRGS de ser. Pelo menos não ainda. É mais por que eu não tinha cadastrado senha para usar os laboratório e lá no apartamento não tem telefone ainda. Agora tenho senha e já pedi uma linha da GVT, com ADSL, para lá.

O apartamento é bom, apesar da vizinha um tanto chata. Espero que ela não tenha internet. As aulas estão muito devagar, então ando com muito sono. E isso resume minha primeira semana por aqui. Mais notícias empolgantes quando elas existirem.

abril 26, 2003

Blog e morte

Para expandir a idéia da Gisele e do artigo da Wired que a Raquel encontrou: há algum tempo, antes desse negócio de blog, eu pensei em fazer um sistema no qual pessoas poderiam incluir pensamentos sobre determinados assuntos. A cada dia o sistema (ou seu "mantenedor") proporia um novo assunto para as pessoas incluírem suas opiniões. Seria como blogs, mas mais direcionado, com intuito de centralizar idéias e opiniões. Por exemplo, em um determinado dia, o tópico seria "Guerra no Iraque", e as pessoas escreveriam o que pensam sobre isso. Mas estariam livres para falarem sobre o que quiserem.

Então alguém poderia entrar no sistema e ver o que as pessoas, ou determinada pessoa, pensava sobre algum assunto qualquer, digitando palavras-chaves para procurar. O nome que eu ia dar era "Mind Search", inclusive. Então vieram os blogs e a promessa de uma ferramenta de busca específica para blogs fez com que eu desistisse da idéia, já que uma boa ferramenta de busca teria aproximadamente essa função.

Alguém que alimentasse abundantemente o sistema seria razoavelmente bem representada virtualmente. Após a morte da pessoa, ainda seria possível saber o que ela pensava sobre algumas coisas. Um bom mecanismo de inferência, baseado em Inteligência Artificial, poderia, inclusive, fazer se passar pela pessoa, permitindo conversas virtuais. Algo semelhante já foi feito com diversas personalidades famosas, em algum lugar que já não me lembro.

Como ainda não surgiu um Google para blogs ainda, talvez eu ressucite a idéia...

abril 22, 2003

Regras do blog

Há um tempo atrás eu publiquei algumas regras para um bom blog. Há pouco vi, em algum lugar, dez regras de blogs ruins. Então resolvi recompilar minhas regras antes que alguém o faça e fique famoso:

1. Periodicidade é tudo. É importante ser regular nas postagens, para manter um público interessado e cativo. Quanto mais freqüente, melhor, mas até um limite. Em geral, uma ou duas vezes ao dia é o ideal. Seu público tem que pensar "fulano já deve ter atualizado".

2. Poucos posts por vez. Não adianta ficar um mês sem atualizar e, em um dia, colocar 30 posts. Ninguém tem paciência de ler - blog é entretenimento acima de tudo (por enquanto, pelo menos), e só é divertido ler um pouco de cada vez.

3. Conscisão. Quanto menor o texto, mais gente o lerá até o final. O texto tem que ser simples e divertido de se ler.

4. Imagens são legais. Um texto corrido, como este, não chama a atenção. Utilizar imagens pequenas e simples ajuda a ilustrar e, principalmente, identificar um post novo.

5. Previsibilidade. Seu blog deve ser previsível, no que concerne quantidade de texto por período. Seus leitores tem que ter uma boa idéia de quanto eles terão que ler quando acessarem seu blog. Se em um dia houver dois posts e no outro quinze, é muito provável que eles leiam apenas os primeiros ou desistam de ler tudo. Eles devem ter uma noção correta de quanto vão ter que ler se ficarem alguns dias sem acessar. E não só em número de posts, mas também em tamanho.

6. Design. Se você não for fazer seu próprio design para o blog, escolha um template que represente o que você pensa. A cor de fundo do seu blog dirá muito sobre a sua pessoa.

Não chega nem a dez. Simples, não? Gostaria de eu mesmo seguir alguma delas...

abril 21, 2003

Red Hat 8

redhat.gifRed Hat 8 é o sistema que me faria migrar de mala e cuia para outro sistema operacional que não o Windows. Já acostumado com ter que configurar tudo a mão no Linux, me espantei ao instalar o RH8 e ver que ele reconheceu tudo sem maiores problemas. Mais que isso, o X-Window tinha um problema que, ao escolher uma resolução inadequada para o vídeo, ele impedia que se entrasse no sistema para arrumar, pois a tela ficava piscando. Agora ele detecta o problema, pára tudo e pergunta se quer mudar a resolução. O velho lilo caiu fora, permitindo agora que se instale o boot em cilindros acima de 1024. Já estava na hora.

O KDE 3 pareceu muito superior ao 2, tanto em velocidade quanto em qualidade. Problemas de usabilidade simples foram corrigidos e está tudo bastante customizável. E já saiu o Red Hat 9!

Só não mudo por dois motivos bastante simples: jogos e aplicativos. O OpenOffice ainda está muito precário e não tem nada equivalente ao Photoshop, CorelDraw e Dreamweaver. E nem vou falar no Maya e 3D Studio. Por enquanto, Linux só para programação e no meu K6-200 servindo de roteador.

Falar em Maya... a Alias|Wavefront está liberando uma versão educacional do Maya, com mínimas restrições, totalmente grátis. Para Windows e MacOS X. Mais informações no site da Alias|Wavefront.

abril 20, 2003

Rebirth

Computador formatado, tudo funcionando. Acho. Aproveitando o momento, alguns comentários que devem ser feitos:

Levei três dias para gostar de O Pianista. Polanski pode ser pedófilio, mas o cara é bom. Melhor ainda é o Adrien Brody, extremamente convincente no papel. Não creio que o filme seria metade do que é se não fosse por ele.

Finch é uma banda que se declara punk, mas com uma atitude mais próxima do rock estilo Linkin Park. É a única coisa que achei legal do que trouxe de São Paulo, diretamente da Paula.

Josie and the Pussycats, o filme, é lamentável, mas a trilha sonora é muito boa. A vocalista é a do Letters to Cleo, só não sei se é a banda toda tocando ou se realmente montaram uma outra banda homônima ao filme para fazer a trilha sonora. Seja como for, quase todas as músicas são ótimas.

Tem review novo no /comida.

abril 19, 2003

Formatar

Após longo tempo (cerca de dois anos) sem formatar o computador, neste feriado isso será feito. Sou um pouco contra formatar computadores simplesmente por que "está tudo pesado". Acho que é mais simples dar manutenção no sistema: limpar o registro do Windows, apagar programas e arquivos inúteis, etc. Meu motivo principal é reorganização. Quero deixar apenas o Windows XP no HD, colocando o Linux (Red Hat) em outro, aproveitando para converter tudo para NTFS. A idéia é criar pelo menos duas partições no Windows também, para começar a separar dados de programas, facilitando meus backups.

A pior parte é, de longe, ter que esperar conectado que o Windows baixe as atualizações. Sem ADSL isso pode ser bastante penoso.

Enfim. Cidade nova e universidade nova merecem um sistema novo. Se eu não voltar a postar aqui, é por que deu tudo errado.

abril 17, 2003

Festa do Mar

A Festa do Mar de Rio Grande é bem simpática. Adaptada no que eu acho que é o antigo porto da cidade, é uma festa como as daqui: exposições culturais, artesanatos, comércio e comida. Fui para ver a banda Rajneesh (acho que acertei o nome), que estava bem legal tocando System of a Down, Slipknot (?) e outras coisas. Mas a grande atração ainda foi um enorme veleiro atracado por lá, um tal de Cisne Branco.

A parte ruim foi achar bom-bril na comida da Raquel e da Márcia. Não sei como o restaurante conseguiu a façanha, mas estava lá. Teses de como isso aconteceu são bem-vindas.

Canon i320

i320.jpg
A Pontofrio está quase de parabéns. Adquiri uma impressora Canon i320 na quarta passada, pela Internet, e uma semana exata após ela chegou. O "quase" é devido a dois fatores: (1) o acompanhamento do pedido no site esteve fora do ar durante todo o tempo e (2) na Pontofrio local eles dizem que nem trabalham com Canon, enquanto no site há toda a linha a venda.

Mas valeu a pena. O prazo foi cumprido e o preço foi bom. A impressora está no site por R$299,00, mais R$15,00 de frete. Porém, pagando a vista pelo boleto eles davam 10% de desconto e no total saiu R$276,00. Uma pechincha, se é que se usa essa palavra ainda.

A impressora parece boa. As fotos em papel especial ficaram muito boas, apenas um pouco sem brilho. O texto é perfeito, não achei falhas. Os cartuchos são pequenos, porém, o que sugere que eu terei que trocar seguido. Mas são razoavelmente baratos, cerca de R$20,00 o preto original. Nas avaliações internacionais (CNet, PCMagazine), ela é uma das impressoras com menor custo por página. Vamos ver...

Ricardo Araújo

What the...? http://www.ricardoaraujo.com/. Como nosso sistema de nomes para pessoas é ineficiente...

E, se alguém se interessa, algumas palavras e frases que as pessoas usam no Google para chegarem até aqui: "musicas com flauta para enviar", "mensagens para as pessoas se tocarem", "FURG BLOG engenharia", "industria de perfumes", "powerpoint do planeta marte", "blogs famosos" e "ricardo pontomidia". Ah, 6.06% chegam até aqui procurando por "marina seelig". Tás com tudo, Marina!

abril 16, 2003

Massagem robótica

Massagem robótica - e aqui está uma má idéia de uso para robôs. Com tanta aplicação mais interessante ainda a ser pesquisada, os caras me fazem isso. Pelo site parece mais algo conceitual, que não foi produzido efetivamente. Mas só ter pensado nisso já é um desperdício.

Genoma

E terminaram o sequenciamento do DNA humano! Mas até onde entendo, essa é a parte fácil. Difícil é entender o que cada coisinha faz. Entre as promessas, estão a cura de vários problemas genéticos, como o Mal de Alzheimer, Parkinson e outros tantos. Uma notícia boa sobre isso está aqui. Não deve ser para a nossa geração, infelizmente, mas já é uma grande coisa.

abril 15, 2003

Definições

Quase tudo definido! Disciplinas a serem feitas este semestre:

- Métodos Formais
- Sistemas Dinâmicos e Evolutivos
- Redes Neurais
- Introdução à Bioinformática

14 créditos. Barbadinha.

Novo endereço: Rua Miguel Tostes, 800 e alguma coisa. Porto Alegre. Bairro Bom Fim, diz a imobiliária, mas sem muita convicção. Já ouvi dizerem que é Moinhos de Vento e no mapa oficial o bairro é Rio Branco. Vai entender.

Agora só falta definir o que diabos eu estou fazendo em um mestrado. Isto é, o tópico e a área da minha dissertação. Mas eu isso eu chutei pro semestre que vem.

abril 13, 2003

Duke Nukem

dukenuke.jpg
Jogando Medal of Honor, acabo convencido de que Duke Nukem 3D foi um marco na história dos jogos 3D em primeira pessoa. É um marco hoje insignificante quase, mas ele permitiu um gostinho de um outro caminho que poderia ter sido tomado em ambientes virtuais.

Explico. Uma das grandes revoluções de Duke Nukem 3D foi a possibilidade de interação com o ambiente. Na época, não havia processamento suficiente para fazer gráficos realistas, portanto, para dar mais realismo à imersão, adotaram a técnica de poder alterar o ambiente em que se estava. Claro, isso de forma extremamente simplificada: destruir paredes, prédios, caixas, árvores, etc. Mas ainda assim, é muito mais do que os jogos de hoje oferecem.

A partir daí os jogos tomaram um caminho totalmente diferente. O precursor foi Quake. Optaram por utilizar o processamento para melhorar o realismo gráfico das cenas, mas nunca se preocupando com o realismo "tátil" do ambiente. O resultado é que hoje temos gráficos alucinantes, muitas vezes realísticos em termos visuais, mas a interação se limita às personagens, nunca ao ambiente em si.

Quando atingirmos um limite para o realismo gráfico, então talvez os desenvolvedores passem a se preocupar com esse fator tão importante. Hoje já sinto falta de um jogo que deixasse os gráficos um pouco de lado e se preocupasse com a sensação de imersão através da interatividade. Imaginem um Medal of Honor em que se pudesse efetivamente destruir prédios, arremessar pedras, arrastar objetos, alterar o ambiente nos seus detalhes, ao invés de os objetos apenas servirem de proteção às personagens. Em Unreal Tournament você tem bombas atômicas que destroem todos os inimigos, mas as belíssimas paredes e árvores permanecem intactas.

O desafio é enorme. Modelar objetos realisticamente, com seu peso, forma e textura é uma tarefa muito árdua. Além disso, as leis físicas teriam que ser modeladas também, para que os objetos se comportassem de forma correta no ambiente. Modelar interações de múltiplos objetos é algo que exige muito esforço computacional. Muito mais complicado do que simplesmente iluminar uma cena estática de forma correta. Novas placas aceleradoras teriam que ser criadas, que tomassem parte desse processamento para si. Poderiam, até, se chamar "criadoras de realidade", o que ajudaria no marketing.

E, quando o realismo gráfico se unir ao realismo "tátil" (as aspas são por que não é bem tátil, já que você não sente efetivamente, mas não achei palavra melhor), então teremos jogos realmente revolucionários. E, quem espera que Duke Nukem Forever seja tal divisor de águas, é melhor não alimentar muitas esperanças, já que, pelas descrições, a preocupação voltou a ser unicamente a parte visual.

Quem diria que um futuro Matrix pode estar em simples jogos?

abril 10, 2003

Aibo e cachorros

aibo_dog.jpgAibo e cachorros - uma nova pesquisa utiliza os pequenos cães-robôs Aibo para verificar como cachorros identificam outros da mesma espécie. Os pesquisadores queriam saber se cachorros tratariam o Aibo como um igual e quais fatores estavam envolvidos nesse reconhecimento. Uma das experiências consistiu em fazer com que o Aibo tentasse pegar a comida de um outro cão. E a maioria dos cachorros realmente acreditaram que o robô era uma ameaça e se defenderam como fariam contra um de verdade. A repetição da experiência utilizando apenas um carro de controle remoto não repetiu o sucesso, dando a entender que cães compreendem o formato de um cachorro.

E você achava que o Aibo era apenas mais um brinquedinho sem utilidade... A experiência nos leva a pensar: e o que leva um ser humano a acreditar que um cachorro é realmente um cachorro?

Aptos

Encontrar um apartamento em Porto Alegre é mais difícil do que parece. Na quarta-feira fomos eu e o Luciano procurar. Caminhamos praticamente por toda Cidade Baixa e por todo o Bom Fim, indo de imobiliária em imobiliária. Encontramos alguns bons e caros e alguns ruins baratos e algumas misturas entre essas duas coisas. O melhor já tinha gente na frente para alugá-lo.

Um dos melhores foi um na José do Patrocínio. Prédio antigo, décimo-segundo andar. Uma vista fantástica do Guaíba. O prédio é estranho, porém. Para entrar no apartamento você pega o elevador, mas depois de chegar no andar tem-se que sair para a sacada e entrar por lá. Em dias de chuva forte, você se molha para ir do elevador até a porta do apartamento. Sinistro. E o tanque de lavar roupa fica enclausurado atrás de uma porta, em uma peça só para ele. Só que o aluguel era um tanto caro e não deu.

O resultado é que amanhã retornamos lá para achar algo definitivamente. Se alguém souber de algum apartamento de dois quartos, bem localizado (aka. perto de parada de ônibus com linha para o campus da UFRGS), avise-me!

Bagdah

O tiro dado contra o hotel onde diversos jornalistas estavam hospedados não pode ter sido "de propósito", como muita gente anda pensando. É claro que ele não foi dado sem querer, mas é muito improvável que tenha sido dado com a intenção de acertar jornalistas. Oras, ninguém ganharia nada com isso. Assustar os jornalistas? Improvável, uma atitude dessas aumentaria a determinação anti-americana já presente por lá e maior número de matérias contra os americanos seriam divulgadas, como ocorreu realmente.

O que deve ter acontecido é o seguinte. Digamos que você está numa guerra. Independente de sua ideologia e toda racionalização de generais feita por quem está longe dos tiros, você só pensa em uma coisa: sobreviver. Ao entrar em território inimigo, seus nervos estão à flor da pele, seu instinto guia muito mais que qualquer atitude racional. Oras, um cidadão nesse estado vê algo apontando para ele, ele atira. Não importa se essa coisa apontada era uma câmera ou uma arma, de longe você só vê o brilho de algo apontado para sua posição. A explicação dos EUA, de que estavam atirando contra o tanque, é apenas para encobrir falhas humanas e o fato de que os soldados estão (e são) assustados, como qualquer ser humano estaria em uma guerra. Imaginem o que diriam se o porta-voz dissesse "pois é, o soldado se assustou e atirou, foi mal aí".

Não estou defendendo os EUA nem nada. A guerra ainda é imoral, ilegal e bla bla bla, mas nem toda explicação é tão simples como "eles são do mal" nem tão complicada como uma conspiração contra o mundo...

abril 8, 2003

Lava Lamp

Lava Lamp
A minha única aquisição em São Paulo foi uma Lava Lamp para a Raquel. Eu sempre achei muito interessantes essas coisas mas nunca tinha tentado entender como funcionava. Após comprar, vi que trata-se unicamente de uma garrafa com líquido, uma espécie de cera no fundo, uma base com uma luz e só. A luz aquece a cera que vai lentamente formando as bolhas tão características. Uma rápida olhada na caixa revela a possível constituição do brinquedo: água e parafina.

Se é só isso, achei meio cara a tal Lava Lamp. E se for só isso, eu mesmo posso fazer uma. Portanto dei a idéia para a Márcia que também gostou e fomos catar parafina. A idéia era derreter a parafina e colocá-la dentro da uma garrafa com água, esperar esfriar e tentar aquecer lentamente pelo fundo. Preciso dizer que não funciona? Acabamos ficando com uma gosma espumosa no fundo da garrafa, que apesar de derreter, nem sonha em formar algo mais bonito do que uma gosma. Então veio a brilhante idéia de procurar no São Google por um how-to.

E não é fácil fazer uma Lava Lamp! O líquido não é só água comum, tem que ser água destilada. Também vão duas concentrações diferentes de álcool. A cera é uma mistura de óleo mineral, tricloridreno (?) e parafina. Ou seja, coisas que são mais difíceis de achar e, provavelmente, caras. Mais ainda, em lugar algum são fornecidas as quantidades exatas, pois isso varia com a temperatura, tipo de parafina, precisão nas concentrações do álcool e muitas outras coisas. De forma que me parece muito mais simples comprar uma pronta e até estou achando barato o que paguei.

Mas se alguém com um vazio existencial em sua vida quiser tentar fazer uma, conte comigo, gostaria muito de tentar ou, pelo menos, ver alguém tentando. O resultado é muito bonito.

Aqui você encontra como fazer lava-lamps.
E aqui você encontra um fabricante/revendedor brasileiro.

abril 7, 2003

Bownling

Duas coisas:

Bownling for Columbine, o documentário que levou o Oscar, é bom. Não é bem um documentário, já que é extremamente parcial e jamais procura ver algum outro lado, mas acho que nenhum documentário é isento disso. E ele fala o que todo mundo sabe, apenas dá um pouco mais de embasamento: os americanos tem medo de tudo e correm às armas para se protegerem de si mesmos. O melhor é o Michael Moore deixando as pessoas sem respostas com sua lógica simples, que lembra muito a de Como ser Legal do Nick Hornby. E fica difícil ser anti-americano sabendo que para cada Bush há um Michael Moore no país, como já disse LFV em algum lugar.

O Chamado é lamentável. Utilizando um fórmula parecida com a de Pânico, tenta causar medo através de formas óbvias e nem se preocupa com um mínimo de coerência. Provavelmente a história original era um conto de duas páginas, e deve ser muito bom, mas o filme tenta esticar artificialmente o enredo, tornando tudo muito chato. Não adianta, o melhor filme de terror ainda é A Bruxa de Blair (o primeiro, não aquela farsa do segundo). Pânico leva uma menção honrosa por resgatar de forma extraordinária a idéia básica dos filmes de terror. Fora esses, estou pra ver algo decente ainda.

abril 6, 2003

F1

Verdadeira Corrida Maluca o GP de Interlagos... O mais irritante nem foi o Rubinho ter largado mal, nem ele ter os piores pneus da corrida, nem ele ter quebrado quando tudo dava certo. O mais irritante continua sendo as imagens virtuais da globo. Aquele prédio do Real estava difícil de aguentar.

Já pensou se um carro escapa e bate lá?

Sampa, again

A maior parte dos preconceitos que você tem não são bem preconceitos. São conceitos que você teve com outra mentalidade. Uma vasculhada rápida na consciência sempre acaba levando a algum fato da infância, impreterivelmente. Nós adultos não pensamos como crianças, mas estamos fadados a lembrarmos os resquícios de uma.

Minha primeira visita à cidade de São Paulo foi há bastante tempo, mas a primeira que deixou alguma coisa gravada em minha memória, e estabeleceu meus preconceitos, foi em algum ano próximo a 1992. Desde então, minha idéia era de uma cidade excessivamente agitada, com locais horríveis por onde facilmente alguém poderia se perder e nunca mais ser encontrado. Lembro bem do meu medo de as portas do metrô se fecharem e eu ficar do lado de dentro enquanto as pessoas que me acompanhavam ficavam do lado de fora. Nas noites, imaginava como seria viver perdido dentro da estação do metrô. Não era algo agradável, acredite.

Levou 8 anos para que eu voltasse à cidade e visse tudo com novos olhos. E só o que posso dizer é: não acredite muito na São Paulo da televisão, vá lá conferir. Tudo bem, há a violência e a poluição, mas de perto essas coisas parecem mais longínquas, a cultura e agito da cidade amenizam e desfocam essas perturbações. Claro que essa só é uma opinião válida para quem, como eu, sai de lá com a carteira intacta e os pulmões saudáveis. Não estou dizendo, como na piada, que "tirando todos os problemas, é ótimo". Digo apenas que não se deve deixar os problemas esconderem o que há de bom. E há muita coisa boa, desde cultura instantânea em diversos museus até um comércio rico em variedade e qualidade. E os metrôs!

Os metrôs são uma pequena maravilha. Creio que são o mais próximo de teletransporte que temos. Você entra num tunelzinho, depois numa coisa de metal e de repente se vê do outro lado da cidade. Experimente sair do terminal Conceição, uma Nova York estilizada, e chegar no Liberdade, uma maquete do Japão. É algo.

Seja como for, hoje tenho um novo conceito da cidade, muito melhorado. Não é o suficiente, talvez, para querer ir morar lá, mas com certeza mais que suficiente para querer visitar mais vezes. Mas ainda olho com certo ressentimento para as portas do metrô...

abril 5, 2003

Shogi

shogi...

Shogi

shogi...

Diferenças

Algumas diferenças notadas entre paulistas e nós:

- Ao invés dos 2 ou 3 beijos para cumprimentar, apenas um;
- Eles fatiam a carne do churrasco;
- O feijão deles é marrom;
- Ao invés de "tri" as coisas são "mó";
- Gasolina abaixo de 2 reais;
- Toda galeria é um shopping;
- Todo shopping é uma mini-cidade.

E nem vou citar as dezenas de nomes para bergamota.

abril 4, 2003

De volta

Retorno tranquilo de São Paulo. Foi tudo muito divertido! Agradecimentos a todos tios, tias e primas que garantiram diversão constante! Só para manter vocês atualizados, seguem meus últimos dias por lá, de forma resumida. Depois faço posts para cada coisa mais interessante.

Em algum dia depois do baile de formatura (minha noção de tempo está deteriorada) fui visitar o INPE. Lugar muito bonito, muito bem cuidado. Entrei no LIT, que é o laboratório principal de lá, onde fazem os testes de equipamentos delicados, como satélites. Havia um satélite lá em teste inclusive. Creio que era um teste de vibração. Há salas limpas, com níveis mínimos de partículas no ar, mas não entrei em nenhuma por razões óbvias. Também não pude tirar nenhuma foto do interior. Não cheguei a ir ver as salas de aulas, mas isso não importa mais de qualquer maneira.

Após o INPE, fui passar dois dias e uma noite na capital, hospedado na casa da Paula. São Paulo é muito legal. No primeiro dia, meu tio e eu fomos encontrar um tio de minha mãe no bairro Liberdade. É um japão em miniatura. Ganhei um tabuleiro e peças de Shogi, agora é achar alguém para jogar. Depois de lá, uma passada pela rua Santa Efigênia, que é um paraguai em miniatura. Muito eletro-eletrônico, com bons preços. Mas não comprei nada. De noite, saímos para comer um lanche e comemorar o aniversário da anfitriã Paula, em um local chamado Big X-Picanha. É uma espécie de lanchonete com manobrista, vá entender. Na manhã seguinte, uma visita ao parque Ibirapuera, para visitar uma exposição da cultura chinesa antiga, inclusive alguns dos famosos Guerreiros de Terracota. De tarde, numa tentativa de se sentir menos turista e fugir de shoppings, andamos por (acho) uma boa parte da Rua Augusta, que eu só conhecia pelo Banco Imobiliário, bem como uma passadinha pela Av. Paulista. Depois de longa caminhada, voltamos à São José dos Campos e, enfim, de volta para Pelotas.

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