Filmes

Navio Fantasma, aquele filme de terror que passou meio batido nos cinemas, chegou em DVD e tive o desprazer de vê-lo. Clichês sobre clichês, cenas desncessárias, enredo muito fraco. A única coisa boa é a história geral, que até pareceria interessante se não tivesse sido tão mal trabalhada. Mas é nesse tipo de filme que dá para ver a modularidade de hollywood. Devem haver uns três ou quatro esquemas genéricos para filmes de terror e, dependendo do tipo de coisa que as pessoas querem ver (no caso, navios, mar etc.) eles escolhem um esquema e encaixam do jeito que dá. Como em uma indústria, ninguém está interessado em ser inovador, diferente ou sequer coerente, desde que venda com custos baixos de produção.

Mas todo mal é necessário, podem me citar. São esses filmes de saída fácil que geram a renda para financiar filmes mais caprichados e efetivamente originais mas que são uma espécie de capital de risco. Essa é uma tese. A outra é que um filme só pode ser considerado bom quando há suficientes filmes ruins para comparar, de modo que eles precisam de um fluxo contínuo de filmes ruins para que, quando um bom saia, nós nos deslumbremos.

Outro filme foi A máfia volta ao divã, continuação daquela comédia com o Billy Cristal e Robert DeNiro. E esse é outro filme que se encaixa em todo o blablabla exposto logo acima. Peguem um roteiro genérico de comédia em uma prateleira, um roteiro antigo de outra, juntem com piadas mais atuais e tadá, temos um novo filme com nomes fortes no elenco e um filme bom antecessor para alavancar vendas. Tudo bem, até é divertido e, com certeza, melhor que Navio Fantasma, mas não vale o esforço.

Creio que está na hora de uma maratona Monty Python...