Archivos outubro 2003

outubro 30, 2003

Nvu

Pelos mesmos criadores do Lindows, está em produção o Nvu, que promete ser um editor decente de HTML para o Linux. Hoje temos alguns editores muito fracos, quase nada WYSIWYG. Vendo o site do projeto, não parece que vai ser nada demais. Não citam sequer suporte a CSS ou XHTML e ainda me citam explicitamente "frames". Quer dizer, é um editor muito esperado mas alguns anos atrasado. Porém ainda está em pré-produção, algumas surpresas ainda podem ser esperadas. Veja a matéria do slashdot.

Quem não abre mão do Dreamweaver pode, no Linux, tentar utilizar o CrossOver Office. É um programa com o intuíto de rodar o MS Office no Linux, mas que agora suporta também o Dreamweaver MX e o Flash MX. E sem emulação, o que é curioso. Vou testar assim que terminar de baixar meu Red Hat 9.

outubro 29, 2003

IA 1

Em 10 minutos tenho que ir para uma aula de "Inteligência Artificial Avançada". Hoje discutiremos um ponto um tanto filosófico: a inteligência pode ser gerada a partir da mera manipulação de símbolos? Ou ainda: semântica pode ser gerada a partir da sintaxe unicamente? Ou ainda: pode um computador, unicamente pela execução de um programa, ser considerado inteligente?

É filosófico pois ninguém conseguiu formalizar quaisquer destas questões de modo aceitável, apesar de haver algumas tentativas parciais. Eu realmente não creio que apenas com um programa tradicional seja possível gerar inteligência, pois um programa é fixo em sua estrutura, mesmo que adaptável na sua base de dados. E adaptabilidade é essencial para inteligência até onde vejo. Um programa que pode modificar a si próprio, e não só a sua base de dados, tem mais chances de mostrar um comportamento que poderíamos chamar de inteligente. E é por isso que eu me interessei por Computação Evolutiva.

E você? Acredita que teremos computadores inteligentes, que precisamos de algo mais que computadores ou que jamais conseguiremos recriar uma inteligência?

outubro 27, 2003

Hackers, GPL e afins

A Raquel estava me falando sobre o livro "Ética Hacker", do Castells (?), e sobre do que se trata. Em termos resumidos, o livro defende (ou analisa) que os hackers (e crackers, suponho) são "mantenedores" da liberdade na rede. Isto é, eles violam informações e acessos restritos para que todos tenham acesso a tudo. Se for mesmo isso, parece uma definição de liberdade um tanto bizarra. Quer dizer, a informação *deve* ser livre, mas se há dever, há restrição de liberdade. A sociedade tem mais importância que o indivíduo.

Isso é como a velha questão da licença GPL (famosa por ser a licença do Linux) e a licença do BSD. Na GPL, você não pode, por exemplo, modificar um código registrado sob essa licença e vendê-lo. Isto é, o código é livre, mas o que você pode fazer com ele não é. Na licença do BSD, você pode fazer o que bem entender. Se quiser pegar um código, embalar num pacote e sair vendendo, pode. Só não sei se pode dizer que é seu, mas mesmo que não possa já é mais "livre" que a GPL.

A GPL, bem como a "ética hacker", faz mais sentido. Nada que fazemos é construído sem a ajuda da sociedade, por mais indireto que isso seja. Logo, o que produzimos deve poder retornar para esta. Mas ao mesmo tempo, é a liberdade de cada indivíduo que gera a sociedade e restringir o que pode ser feito por cada um pode gerar algum tipo de estagnação, pelo menos em termos de "seleção natural" de informações. Complexo.

outubro 23, 2003

HALO

Quem não quer esperar Unreal Tournament 2004 pode já ir se divertindo com HALO: Combat Evolved, distribuído pela Microsoft. É um shooter em primeira pessoa com gráficos bastante semelhantes ao do Unreal, e os modos de jogos idem. Mas neste você pode controlar carros, tanques e naves, além de possuir uma variedade considerável de armas. Outra diferença é você não poder carregar mais de uma arma por vez (além da pistola e granadas), algo herdado de jogos como o Medal of Honor. Isso não diminui o ritmo do jogo, pois há armas espalhadas pelo cenário para trocar.

Os veículos dão uma dimensão diferente ao jogo. Em uma das partidas, no modo Capture the Flag, o time adversário simplesmente invadiu a base com um carro e explodiu tudo, enquanto outros vinham atrás para pegar a bandeira. É engraçado.

O demo pode ser pego no site do jogo.

outubro 21, 2003

No Free Lunch

E a GVT manda duas cartas com más notícias. A primeira, a mensalidade da Turbonet vai subir para R$79,00. É justo até, eu acho. Não costumo achar caro o serviço de banda larga, pelo menos não este da GVT que não cai nunca. A segunda, pior, decreta o fim da promoção "velocidade em dobro", onde nós pagávamos por 256Kbps e recebíamos 512kbps.

Então a partir de alguma data próxima estarei navegando mais lentamente. Como aqui somos dois usando a banda larga, talvez faça diferença. Vamos ver.

outubro 19, 2003

iTunes

itunes.gif
E a Apple lançou o iTunes para o Windows. Fora o Quicktime, não sei de nenhum outro software que a Apple tenha lançado para outra plataforma que não seu MacOS. A intenção deles, naturalmente, é ampliar a base de usuários para seu sistema de comercialização de músicas pela Internet.

Eu já tive contato com o iTunes pelo iBook da Raquel, então resolvi experimentar. Meu comparativo é com o Winamp2, mas é um pouco injusto, pois o Winamp se preocupa só com executar mídias, enquanto o iTunes se propõe também a organizá-las e além. Enfim. Gostei. O iTunes é razoavelmente leve, simples e eficiente. Catalogou minhas músicas num piscar de olhos e já saiu tocando. Mas o que mais gostei foi uma opção se "Search" explícita diretamente na interface. No Winamp2 isso é inexistente, o processo para procurar por uma música é muito ineficiente. No iTunes, a busca é por filtragem: ele passa a apenas mostrar na listagem as músicas que satisfazem as palavras-chaves entradas. Muito bom. Isso existe no Winamp3, parece, mas o Winamp3 é horrível no restante.

Os únicos poréns ficam em relação a interface geral. A "cara" do iTunes é idêntica ao do MacOS, uma interface metálica. Isso significa que eles não usam as primitivas de janelas do Windows, deixando o redimensionamento e movimentação muito lentos. No MacOS é muito mais rápido, já que o estilo é original do sistema. E é notável como destoa esse tipo de interface do resto do Windows, para o bem ou para o mal. Mas o que mais me incomodou ainda foi a impossibilidade de remover o programa da barra de tarefas e mandá-lo para a traybar. É possível removê-lo da traybar, mas nunca da taskbar. E estranho: o default é ele aparecer em ambas! Na taskbar ele fica ocupando um espaço desnecessário. Esse era um dos principais motivos que eu tinha para usar o Winamp, e não outro como o Musicmatch, pois valorizo muito o espaço da taskbar (gosto de ter apenas programas que estou efetivamente usando ali).

Resumo: utilizarei o iTunes para tocar minhas músicas em festas, ou quando estiver no computador unicamente para escutar músicas. O sistema de organização é muito eficiente, encontrar músicas desejadas é bastante simples. Mas para o dia-a-dia, para manter música de fundo enquanto trabalho, o Winamp continuará sendo meu preferido.

outubro 15, 2003

Probabilidades

Bom texto sobre Probabilidades, na Plus Magazine, uma revista dedicada à matemática. E um livro que quero comprar chama-se "Aleatoriedade", de Deborah Bennet.

Vivendo e desaprendendo

Estava lendo meus posts antigos, agora que inclui uma seção de Arquivos (lá embaixo, à esquerda), e se há algo a ser notado é como meu texto piorou. Antes meu texto era mais conciso, mais articulado. E mais simples. Agora é essa sucessão de frases que só se encaixam ao acaso.

Acredito que o motivo disso é o fato de postar ter se tornado algo mundano e não ter mais o "glamour" que tinha antes, quando eu ainda revisava algo antes de mandar publicar. Prometo me esforçar e melhorar.

Me ocorre agora: que tipo de pessoa lê seus próprios posts? Resposta à pergunta retórica: alguém sem memória como eu.

outubro 14, 2003

Blogs centralizadores

A falta de ferramentas de busca específicas para blogs já está dando frutos: a proliferação de blogs coletivos. Fora os que funcionam como mural para comunicação dentro de uma comunidade, há os que tem intenção de centralizar posts sobre um mesmo assunto. É o caso dos recentes Torcicolo e Óculos. Apesar de hoje ser uma tendência interessante, creio que em um futuro muito próximo a tendência é outra.

Uma ferramenta de busca para blogs terá a capacidade de indexar por assunto cada post na Internet, em tempo quase real, e permitir uma busca por coisas como "opinião sobre a guerra", "resenha do livro tal", "críticas de filmes". O resultado será mostrado em um único site, padronizado, com a opção de visitar os respectivos blogs. Isto é, blogs coletivos instantâneos de forma descentralizada.

Tal ferramenta de busca possuirá alguns desafios a serem vencidos. O primeiro é contextualização. Mais do que numa pesquisa na web, a ferramenta deverá resultar em posts realmente relevantes. E vejo duas formas para isso se tornar realidade: uma I.A. por trás das buscas ou ampla padronização de categorias e palavras-chaves a serem incluídas em cada post, pelo blogueiro. Provavelmente ambas. O segundo desafio é a freqüência de atualização. Posts novos saem a cada segundo, é necessário reindexar tudo com uma freqüência absurda. Serviços como o weblogs.com se tornarão mais comuns para notificação de atualizações, mas isso resolve apenas parte do problema.

Provavelmente a ferramenta sairá dos laboratórios do Google, mas não vejo nenhum movimento nesse sentido ainda. O sistema talvez acabe sendo uma derivação do bom Google News, já que a idéia é a que mais se aproxima. Só espero que também incluam um tradutor que converta aquela lingua estranha, cheia de Ks e Xs, praticada por muitos blogs em algo mais legível. Ou, melhor, que cortem esses dos meus resultados.

Jabberwocky

Seguindo no embalo, revi Jabberwocky, do Monty Python. Este não tem em DVD ainda, portanto tive que vê-lo em uma versão em DivX dublada em alemão. Talvez por isso não achei, novamente, o filme tão bom. Novamente pois já havia visto este filme há cerca de 5 anos atrás. Sou da teoria que Monty Python deve ser revisto periodicamente e 5 em 5 anos é um período razoável.

É o menos nonsense dos filmes do Monty Python. Na verdade, fora o nudismo ocasional, poderia ser um filme/desenho da Disney. Poucos atores do grupo aparecem neste, o que é estranho e, ao mesmo tempo, talvez explique por que não é tão bom quanto os outros. O filme é posterior ao "Em busca do cálice sagrado" (1975) e anterior ao "A vida de Brian" (1979). O que talvez também seja uma explicação, pois é visível a transição entre os três.

Simplesmente não há cenas clássicas neste filme para serem relembradas. E isto talvez seja devido ao enredo ser um pouco mais bem montado, fugindo de parecer uma seqüência de sketches. Isto pode ser bom e com certeza foi necessário para fazer o melhor de todos: "A vida de Brian". Que pretendo rever o quanto antes.

outubro 11, 2003

War

Mau gosto, é verdade, mas tosco acima de tudo.

Holy Grail

Revi ontem o Monty Python's Holy Grail. Não é tão clássico quanto "A Vida de Brian", mas é um clássico do humor nonsense ainda assim. E é neste filme, principalmente, que pode-se notar o que foi a influência do grupo nos dias de hoje. Veja o filme e depois veja qualquer episódio de algum desenho da Warner, em especial o ótimo Freakazoid. É impossível não reparar nas referências. Depois vá ver Casseta & Planeta, apenas para ver como é uma tentativa fracassada de fazer algo nessa linha (e, ainda, é o melhor do humor na TV).

O filme é tosco, é verdade. Mas é difícil acreditar que não é intencional, pois a tosquice encaixa perfeitamente com o restante. E deve-se levar em conta que o filme é de 1975 e que até Star Wars original é uma tosquice sem fim. Cenas clássicas neste filme incluem os Cavaleiros que Dizem Ni (e você achava que As Garotas que Dizem Ni, outro achado do humor atual, inventaram o termo?), o terrível monstro da caverna e a incrível luta com o cavaleiro negro ("it's nothing, it's just a scratch!"). Então vejam logo, pois saiu fresquinho em DVD.

Aliás, meus posts de filmes novos (no cinema) estarão transferidos, com regularidade duvidosa, para o novíssimo Torcicolo.

outubro 9, 2003

Pesquisa, a Revelação

Então do que se trata essa pequisa boba feita recentemente? Primeiro, os resultados. Na Questão I, republicada abaixo, 62.5% das pessoas escolheram a opção A e 37.5% a opção B. Na Questão II, 60% escolheram C e 40% D. Ainda, uma porcentagem quase signficativa desejou a morte de tudo e todos.

Isso demonstra que vocês, pelo menos como grupo, são muito inteligentes. :)

E também que a pesquisa não funciona quando é feita para um mesmo grupo de pessoas. Enfim. A questão toda era a seguinte: um livro que estou lendo mostra que o modelo de "homem racional" utilizado hoje na economia (e teoria da decisão) não é verdadeiro, pois as pessoas não são absolutamente racionais, elas tendem a ser afetadas por fatores diversos. Um dos testes que os psicólogos fizeram foi esse. Deram a Questão I para um grupo (grande) de pessoas e a Questão II para outro grupo. Na pesquisa deles, a maioria escolheu A em um grupo e D no outro.

Só que as questões são absolutamente idênticas, como muitos observaram. Tanto A e C quanto B e D são a mesma coisa, escritas de forma diferente. A conclusão foi de que a forma com que uma questão é formulada influencia enormemente o processo de decisão, o que eles chamam de "Framing Effect". Isto é, as pessoas ao tomarem uma decisão não analisam apenas a informação em si, mas dão grande importância a forma com que a questão é formulada.

Isso é óbvio, afinal a publicidade toda se baseia nessa idéia. Mas eu achei o teste interessante, exatamente por mostrar como uma pequena mudança na formulação faz com que pessoas tomem decisões totalmente opostas (e com conseqüências potencialmente desastrosas).

Veja se você manteve sua decisão. Calculei que 20% das pessoas mudaram sua resposta. Se você não manteve, é sinal que deve começar a analisar as coisas com outros olhos, tentando extrair a informação efetiva e ignorar a forma. Algo assim.

outubro 7, 2003

Pesquisa II

Certo. Questão número 2. O problema é o mesmo: uma doença poderá matar 600 pessoas na cidade. Você tem que escolher uma entre duas opções de tratamento:

Tratamento C: quatrocentas pessoas morrerão

Tratamento D: com probabilidade de 1/3, ninguém morrerá; com probabilidade de 2/3, todas seiscentas morrerão.

Novamente, tome sua decisão sem olhar os comentários dos outros. Amanhã ou depois coloco do que se trata tudo isso, afinal. Aí vocês podem reclamar da idiotice.

Pesquisa I

Uma rápida pesquisa, por curiosidade:

Uma doença poderá matar 600 pessoas na cidade. Você é o responsável por escolher uma entre duas opções de tratamento que trarão os seguintes resultados:

Tratamento A: Duzentas pessoas serão salvas.

Tratamento B: Com probabilidade de 1/3, 600 pessoas serão salvas e com probabilidade de 2/3, nenhuma se salvará.

Qual tratamento você escolheria? Não há pegadinha nem uma resposta correta. Tome sua decisão e deixe a resposta nos comentários. Não veja as respostas dos outros antes de tomar sua decisão! A segunda parte eu posto em uma semana e depois comento os resultados.

Uma rápida nota: dizer "com probabilidade de 1/3" significa que há 33% de chances e 2/3 significam 66% de chances.

LXG

Algumas histórias são transpostas para o cinema cedo demais. A maioria por não terem recursos técnicos/tecnológicos suficientes a disposição ainda. Mas algumas por falta de maturidade da produção. A Liga Extraordinária, ou The League of Extraordinary Gentleman, ou ainda LXG pertence a este caso. Uma história quase-brilhante do Alan Moore destruída em uma sucessão de erros de produção, falta de maturidade e entendimento do diretor, produtores e atores.

O filme parece ter um baixo orçamento. Alguns poucos efeitos especiais permeiam o filme, que abusa de cortes bruscos e flashes para não mostrar o que não conseguiram fazer. A edição é terrível, não parecem ter refilmado qualquer cena. A atuação é medonha, Sean Connery está visivelmente contrariado ao fazer o filme. Mantém de ponta a ponta uma cara "estou aqui por força de contrato".

Uma pena. Próximo filme mais aguardado do ano: Matrix Revolutions. Falta um mês para a decepção final ou consagração máxima.

outubro 6, 2003

Formatura etc.

No fim de semana, formatura da Cristina em Ciência da Computação. A formatura da UFRGS é muito diferente, pomposa e legal. Eu achava que ia ser uma amarração, e realmente foi, mas foi uma amarração divertida. O sistema foi aquele em que um formando chama o próximo, seja lá como decidem quem chama quem. É bem legal, abre oportunidades para piadinhas e declarações, o que torna tudo mais leve. Mais ainda, cada formando pode falar algumas palavras ao receber o diploma, além de ter uma música associada.

E até a reitora discursou. O que era para ser uma chatice, mas não foi. No discurso as pessoas se dão conta por que a UFRGS é uma das maiores e melhores Universidades do país. A reitora fala muito bem, é articulada, inteligente e, parece, irritada. Discursou muito bem. A minha próxima formatura eu quero que seja na UFRGS.

outubro 1, 2003

3G

A terceira geração de celulares (3G) não chegou aqui ainda, mas já é bom ficar sabendo: exposição às freqüências 3G melhoram a memória e a atenção. Isso de acordo com uma pesquisa realizada em Amsterdã, noticiada na Wired. É um resultado um tanto inusitado e o efeito colateral são dores de cabeça e náusea. O mesmo estudo realizado sobre a tecnologia antiga de celulares não mostrou qualquer alteração, para o bem ou para o mal, nas pessoas expostas.

Sinistro.

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