Archivos dezembro 2003

dezembro 31, 2003

Emergência

Minha participação no Projeto Casulo saiu na nova edição. É um pequeno review sobre o livro Emergência, de Steven Johnson. Está aqui.

dezembro 27, 2003

Top 3

Bem, bem. Mudança de ano sempre tem que vir com as insuportáveis retrospectivas do ano. Eu não vou perder a chance de chatear todos vocês também. Seguem meus "Top 3" 2003 em algumas categorias que importam.

Top 3 álbuns de 2003
- "Fallen", Evanescence (é pop mas é bom)
- "Ventura", Los Hermanos (grande descoberta de 2003)
- "Tom Bloch", Tom Bloch (acho que é de 2002, mas azar)

Top 3 filmes de 2003
- O Pianista (gostei muito desse)
- O Amor Custa Caro (bobo mas excelente)
- O Senhor dois Anéis: O Retorno do Rei (yep)

Top 3 eventos de 2003
- A Guerra no Iraque (óbvio)
- Astronauta chinês vai ao espaço (muda tudo na corrida espacial)
- A explosão da Columbia (e a perda de confiança na NASA)

Top 3 fracassos de 2003
- Matrix (vai para o ranking de fracassos da década)
- George Bush (um clássico)
- Beagle 2 (a confirmar)

dezembro 25, 2003

Beagle 2

Enquanto fazíamos festa, a Beagle 2, sonda a Agência Espacial Européia, desaparecia na atmosfera de Marte. Sem metáforas. A partir da meia-noite do dia 25, os cientistas esperavam que a sonda iniciasse o envio de sinais informando que o pouso na superfície marciana ocorreu sem problemas. Até o momento, nenhum sinal da sonda. O objetivo da sonda era procurar por sinais de vida no planeta (não vida viva, mas fósseis e indicações de que Marte já tenha abrigado vida).

Muita coisa poderia ter saído errado. A Beagle 2 entraria na atmosfera com o auxílio de um pára-quedas. Envolta em vários "air-bags", quicaria no chão cerca de 12 vezes antes de aterrisar, os air-bags desinflariam e ela poderia se ligar. As hipóteses vão desde ela ter queimado na atmosfera até apenas ter caído com a antena voltada para o lado errado e estar transmitindo seu sinal para Júpiter. Durante o dia estarão tentando captar o sinal utilizando diversos outros meios e, caso as tentativas falhem, as chances de que consigam comunicação tornam-se escassas.

A Beagle 2 foi problemática desde o início. Com severos cortes do orçamento, a ESA até conseguiu muito. Mas para quem planejava já uma missão tripulada, a hipótese de ter perdido a sonda não é nada animadora.

Curiosidades: Marte está a 8 minutos-luz da Terra. Dois terços dos projetos de enviar sondas à Marte falharam. A Beagle 2 tem um blog. O sinal que a sonda enviaria para informar que está viva é uma música do Blur. Em janeiro teremos o pouso da Spirit e Opportunity, os robôs-sonda da NASA. E estes com um orçamento *muito* maior. Stay tuned.

dezembro 24, 2003

Feliz Natal!

Feliz Natal para todos!

dezembro 21, 2003

Celulares e GPS

E antes que alguém (aka. Alexandre) reclame que este blog está ficando pessoal demais...

Deu no Slashdot. Até 2005 as companhias de telefonia dos EUA terão que incorporar aos seus sistemas algum método que permita rastrear a localização exata de um celular. A idéia é poder encontrar as pessoas que fazem ligações para o 911 deles, já que em emergências as pessoas raramente conseguem dar indicações decentes de localização. Naturalmente, isso está causando polêmica, já que muitos prevêem um Big Brother móvel.

Muitos celulares por lá já estão vindo com GPS incluído. GPS é um sistema de satélites que permite que um aparelho receptor saiba sua localização com certa precisão em qualquer lugar do mundo. Utilizar esta informação para informar a polícia (ou o governo) onde seu celular anda é um passo muito pequeno. Particularmente, acho que a discussão sobre privacidade é válida, mas sinceramente não me importaria que as pessoas soubessem onde eu ando sempre. Isso é problemático para pessoas famosas, já que jamais se livrariam dos fãs, mas as chances de eu ter algum fã são remotas (vide post abaixo). E eu poderia usar o GPS no celular para participar daquele projeto de fotografia das intersecções de coordenadas...

Errado

Indução é um método de aprendizagem através de exemplos. Você recebe diversos exemplos de coisas corretas e erradas, devidamente classificados, e infere o modelo por trás destes, passando a poder repetir e criar coisas novas. É um modelo teórico bem fundamentado, mas que eu sou um contra-exemplo.

Veja bem: eu escuto música regularmente, todos os dias, em uns 40% das minhas horas, já fazem uns 10 anos. Mais da metade dos meus amigos tocam algum instrumento e metade desses tocam em alguma banda. Minha namorada toca violão. Moro com um cara que é o melhor guitarrista que eu conheço, o que me garante doses suficientes de Satriani e afins. Em frente ao apartamento em POA tem a "Guitar Garage", onde há experimentações com guitarras todos os dias. Vou em bastante shows. E presto atenção nas músicas e em quando alguém está tocando ou só fazendo escalas. Mesmo assim, não consigo tocar nada que preste. Minha afinidade com o violão estancou em "medíocre" já fazem uns 6 anos, desde que peguei um com o intuíto de tocar. Aulas só ajudaram a dar nomes às coisas que eu já sabia, mas nada acrescentou no repertório de coisas que consigo tocar.

A conclusão a isso é: música, e talvez arte em geral, não é algo que se possa aprender sem ter o gene correto ligado em alguma parte ou sem que se tenha tido alguma experiência fundamental na infância que tenha ligado os neurônios corretos. Mas eu não desisto.

MD4

O show da MD4 estava bem legal. O cenário ficou criativo, uma ajudinha da Equipe Teatral Confins-Artísticos, bem como a iluminação. Aí está, não há bons iluminadores para shows por aí. As músicas estavam muito boas e a apresentação engraçada. Fico imaginando um show com o Badalha (baixo MD4) e o Coelho (guitarra Água de Melissa) em uma mesma banda: seria um show muito engraçado. Houve ainda participação do Bruno em uma das músicas, no piano. E aí fico imaginando o Nóia (bateria MD4), Cuca (baixo Água de Melissa) e Bruno (guitarra Denix) em uma mesma banda: seria o show menos documentado da história, pois os três costumam centralizar todas as fotos (digitais) dos shows.

O som, porém, estava um pouco alto demais, o que resultou em muitas pessoas com dor de cabeça e um quórum menor na segunda banda, Smoking Less. A Smoking Less é normalzinha. O Emo-core deles é Blink182, A New Found Glory e Charlie Brown. Tocam músicas próprias, inclusive o CD andava por lá sendo vendido, mas nada muito original. Acabei não ficando até o final.

Na entrada, comprei o CD da MD4, que estava sendo lançado no momento. Cinco reau. Ouvi pouco ainda, mas na compra você ainda ganha um original Samanta na capa. Bom negócio.

dezembro 17, 2003

Americanos

Do UOL. A maioria dos americanos acredita em milagres e metade deles acreditam em fantasmas e confiam na astrologia. Dois terços gostariam que as escolas ensinassem alternativas à teoria da evolução de Darwin (aka. criacionismo ou alguma forma de deus).

Nada contra os americanos neste ponto, afinal nós somos também americanos, sob mais de um aspecto, e tenho certeza que uma pesquisa semelhante no Brasil revelaria dados ainda piores. Mas é impressionante como as pessoas têm resistência à racionalidade ou à ciência. Preferem se encantar com mundos que não existem ao invés de admirar o que é real, preferem confiar em relações simplistas para não ter que compreender as verdadeiras. Um misto de preguiça e medo parece nortear essas pessoas. Preguiça de ter que raciocionar, medo da vida ser apenas isso que elas têm.

Creio que esse comportamento possui uma função social, sendo algum tipo de regulagem obscura que, talvez, evite que a humanidade caia em uma mecanização excessiva do pensamento. Mas não consigo deixar de achar que ainda estamos com um pé na Idade Média...

MD4

divulgacao.jpg

Faz horas que não assisto um show da MD4 e a Smoking Less toca um "Emo-Core" que estou curioso para ouvir. Dia 20, todos lá! Penso que eu deveria me mudar para o Theato Sete de Abril de uma vez e me poupar de tantas idas e voltas...

dezembro 16, 2003

Another World

Another world...

Lucky Bastards

dezembro 10, 2003

O Pedido de Casamento

Todos convidados para, no dia 12 ou 14 de dezembro, irem no Sete de Abril conferir a peça "O Pedido de Casamento", às 21h.

dezembro 8, 2003

Agua de Melissa 2

Acabo de voltar do show da Água de Melissa no Projeto 277. Muito bom o show. A decoração do palco acabou sendo idêntica ao do show anterior, apenas o baterista ficou em uma posição não-ortodoxa, isto é, de lado para o público. Ficou bom, pois deu para ver direito tudo que ele tocava.

Tocaram, se contei direito, o que é improvável, duas músicas novas. Não consegui ter uma opinião sobre estas ainda, mas parecem boas. Vou ter que esperar o CD. O restante do repertório não apresentou surpresas, tocaram o CD demo praticamente completo e quatro covers: Los Hermanos, Weezer, uma banda argentina que não lembro o nome e o internet-hit (engraçadíssimo) "El Mamut". Quando tocaram Weezer, perguntaram se alguém sabia a letra. Subiu a Gabi para cantar, no improviso. Ficou bom, algumas partes foram perdidas, mas foi divertido.

E na hora do bis, apesar da insistência da platéia, não tocaram Singela (on the rocks). Sempre é a mais pedida nos shows e eles nunca tocam. Charme, provavelmente. O Bruno prometeu liderar uma campanha para tocarem.

Foi um bom show, eles estavam em forma. Fora alguns problemas técnicos (a guitarra sumiu algumas vezes), que sempre acontecem e fazem parte, afinal, de assistir algo ao vivo. E foi um show divertido, a banda toda é simpática, o Coelho se esforça nas piadas mas faz rir é nas caras e trejeitos. Só acho que podiam incluir mais falatório entre as músicas, explicar a origem de cada uma, algo assim.

Enfim, as conclusões da noite são as seguintes: (1) a melhor música deles é "Sólo, Vivo Por Amor"; (2) a Gabi, quando canta sem o baixo, tem o jeito da Alanis Morissette.

Pedido de Casamento

Teatro. Este é um dos pontos fracos ainda no nosso banho de cultura. Temos bandas se apresentando (Água hoje no 277!), cinemas ("Simplesmente Amor" é bem simpático) e exposições ("Imersões Noturnas", na 7 ao Cubo). Mas não temos nada passando no teatro. Ou não tínhamos.

Dia 12 (sexta), no Sete de Abril, haverá apresentação da peça Pedido de Casamento, encenada sobre o texto homônimo do russo Anton Tchekhov, escrito em 1888. Tchekhov é reconhecido como um dos grandes escritores teatrais, especializado na sátira da sociedade com peças bem-humoradas. Esta é sobre as relações e evoluções do ambiente familiar, ou algo assim.

A peça será encenada pela Companhia Teatral Confins Artísticos, de Brasília. Terá início as 21h e, para quem não puder no dia 12, haverá reapresentação no dia 14 (domingo) no mesmo horário. O ingresso custa R$5,00, a venda no local.

Se o negócio é complementar cultura com diversão a oportunidade é essa.

dezembro 7, 2003

Água de Melissa

agua.jpg
Nesta segunda, dia 08, tem Água de Melissa no Projeto 277. Isto é, as 19h no Sete de Abril. Um quilo de alimento é o valor da entrada, mas bem vale um banquete completo. Há promessas de músicas novas, mas confesso que estou mais entusiasmado em ver o que eles farão com o palco. No último show, se você não estava lá (o que é improvável), havia balões de diálogos sobre cada integrante da banda, contendo pedaços das músicas que se combinavam. Bem legal. Eles cobrem todos os flancos audio-visuais, então não há motivos para não ir. Estejam lá.

dezembro 4, 2003

Deus 3

Deus 3: a missão, a última coletânea de tiras do Laerte sobre Deus & Cia, é o mais introspectivo das três coletâneas. As piadas dão lugar a pensamentos e opiniões, com um humor bem mais leve na maioria das tiras. Mas não faltam aquelas de dar gargalhadas. Mesmo.

O personagem de Deus está amadurecido, tanto em traço quanto em personalidade, muito diferente da primeira coletânea. O Diabo também ganhou estilo e espaço, muito merecido (é um personagem muito engraçado). E esta coletânea é temática, trata, na sua maioria, sobre a ida de Deus à guerra dos homens (a guerra é a do Afeganistão + Iraque, presumivelmente). Eu ainda acho Deus o melhor personagem do Laerte, mas a primeira coletânea era melhor, por ser mais solta. Mas esta ainda vale a pena.

dezembro 3, 2003

Fórum informal

Efeito estranho de ter colocado arquivo no blog: o post sobre o Quest For Glory V virou um fórum de discussões informal, com pessoas pedindo ajuda e outras ajudando a resolver algumas etapas do jogo. Bem interessante, pena que eu parei de jogar e não pude ajudar em nada.

Comunicadoras de plantão, aí está mais pano para os próximos artigos. Algo como reutilização de ferramentas, uso emergente dos sistemas de feedback, sei lá.

O outro efeito é que tenho perdido muitos comentários, já que agora não recebo mais os comentários no celular. Então fazendo uma revisão nos posts atrás de comentários perdidos, encontro pelo menos dois interessantes. O primeiro é um dos caras do projeto Hero6, que informa que Lori Cole, um dos criadores da série Quest For Glory, está trabalhando em um livro sobre a série e tem um site sobre isso, com um questionário engraçado. O outro comentário é de um cara de uma empresa desenvolvedora de jogos, a Somnium Studio. E o jogo deles parece muito bom ou, pelo menos, muito bonito! Estou curioso para ver no que vai dar.

Preciso arranjar uma maneira melhor de ser notificado de comentários novos...

dezembro 1, 2003

OpenSource

Do site da MandrakeSoft:

"Since Mandrake Linux is an Open Source product, it needs your financial contribution. Developing a Linux distribution is very costly, so it's up to the community of users to ensure its health."

A primeira linha diz "Não vamos trabalhar de graça". A segunda linha diz "Precisamos de clientes". É engraçado como tudo no final acaba sendo a mesma coisa, apenas com nomes diferentes. Isso me lembra uma onda na Administração onde não se chamavam os empregados de empregados mais, mas de "colaboradores". Agora clientes são comunidades e não se compra mais produtos, se "colabora com a causa". Essas pessoas são gênios de marketing.

Mas isso é um sub-efeito do que eu queria falar, que é que a MandrakeSoft está lançando seu próprio CD à lá Knoppix, isto é, que permite dar o boot pelo CD e rodar o Linux sem instalar um byte no HD. Chama-se MandrakeMove. E é interessante como essa foi uma idéia que pegou muito rápido e deve significar alguma tendência maior. O que seria?

Pode significar que os usuários estão cansados de configurar Linux, especialmente com múltiplos CD's. Isto é, estão dispostos a abrir mão de flexibilidade e opções para ter um sistema rodando mais facilmente.

Porém, também pode significar que as pessoas estão usando seus computadores como usam o videogame: trocando cartuchos. Se essa for uma tendência forte, talvez tenhamos que rever a questão de multi-tarefas em computadores, teremos CD's de boot específicos para cada aplicação que desejamos. Queremos editar vídeo, boot num CD de edição de vídeo. Queremos jogar um jogo, boot no CD do jogo. Tudo bem, mas e o ICQ, IRC e e-mail que usamos enquanto trabalhamos? Provavelmente estarão todos no seu celular em pouco tempo, e não no computador. Ou talvez isso acabe evoluindo para multi-tarefa no nível de hardware, com múltiplos sistemas operacionais moldados para cada aplicação em específico. É um paradigma estranho de aceitar, mas não totalmente inviável. Faz pensar, pelo menos.

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