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janeiro 6, 2004
O Mundo Assombrado Por Demônios
O livro realmente é sobre a Ciência, com C maiúsculo, mas não há Ciência sem ceticismo. Sagan discorre por todo tipo de fenômeno bizarro que ocorre no mundo atual ou ocorreu em épocas remotas, traça paralelos, derruba superstições e acaba com duas conclusões: (i) todo acontecimento deve ser avaliado com visão crítica e cética, desde fatos estranhos (como a presença de alienígenas na Terra) até o cotidiano (escolher frutas no supermercado) e (ii) o ser humano é falível, os sentidos são facilmente enganáveis e massas podem ser manipuladas.
A leitura é obrigatória simplesmente por que, ao analisarmos o que fazemos em nossas vidas, raramente podemos dizer que estamos analisando os fatos como são, dificilmente conseguimos olhar qualquer outro lado que não aquele que nos interessa e nunca nos vemos livres de superstições bobas, porém potencialmente perigosas. Sagan tenta abrir os olhos do leitor, não para mudar seu jeito de ser, mas pelo menos para fazer com que se dê conta do que faz. E apresentar os benefícios de se ter uma visão cética no mundo de hoje. Visão esta que tem feito falta.
Não é um livro perfeito, porém. Para começar, não é científico. Não há citações, nem provas extensas. É necessário acreditar na palavra do autor quando este diz que determinado fato "se provou incorreto". E Sagan é um pouco rápido demais em abraçar fatos que ajudam em seus argumentos. O caso mais notável é o dos "sinais" em plantações (aqueles representados no filme "Sinais"). Sagan derruba cada teoria pseudo-científica, mas quando dois cidadãos se proclamam culpados por realizar a maioria dos sinais, nenhum questionamento da verdade da confissão é feito. A preferência por uma Navalha de Occam particularmente afiada é notável em todo o livro. O que não deixa de ser correto: se é possível explicar um fenômeno utilizando o que já se conhece, por que criar fantasias?
Carl Sagan é autor também de diversos livros com intuito de divulgar a ciência para o público leigo, e também do romance "Contato". Morreu em 1996.
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De novo, ciência e fantasia são dois lados da mesma moeda. Lá vou eu dizer que não tem ciência sem imaginação e não tem imaginação sem fantasia.
Tudo bem que realmente tem coisas absurdas que as pessoas insistem em acreditar. Mas continuo achando que ceticismo demais é, sim, igualmente perigoso.
E ai Ricardo, tudo bem? Olha, li a resenha e saà direto para comprar o livro. Se ele for 10% do que você fala já é um livro fantástico. Quando terminar de ler eu volto aqui e comento. Abração!
uhh, que responsabilidade!! Não me responsabilizo pelo dinheiro gasto em vão :)
Partindo do princÃpio de que o homen seja polÃtico, e postulemos que o homen, um ser racional, só se submete a determinadas circunstâncias enquanto elas lhe representam algum tipo de interesse. Óh, caros espécimes, é do domÃnio desse tipo de informação que o restante da humanidade carece, para que finalmente possa primar por um bem comum_!
olha cara o Carl foi perfeito em toda a sua vida, sempre o admirei.... a unica coisa ruim q ele fez,infelizmente,foi esse livro, céticismo é burrice... vlw!!