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novembro 14, 2004

EUA, parte 1

Três horas de fila, 12 horas de vôo e muita turbulência depois, aqui estou sentado na sala de espera do Holiday Inn de Boca Raton, esperando meu check-in. E se aprendi algo até agora foi que sempre, SEMPRE sente nos bancos próximos da saída de emergência dos aviões. A menos que você tenha menos de 1.70m, claro.

De POA para SP consegui sentar ao lado de uma das saídas e fui com as pernas bem esticadas, o que teria sido perfeito se não fosse a possibilidade da porta se abrir por algum acidente e me sugar para fora do avião. E estava frio lá fora. De SP para Miami, fui no pior lugar possível. No corredor dos bancos centrais, atrás de um cara que não só ficava tentando abaixar o seu banco mais do que é fisicamente possível como também não parou de se mexer um minuto, pouco se importando se meus joelhos iam junto. Ao meu lado, uma simpática senhora americana que tinha que ir ao banheiro mais do que o estritamente normal, de forma que eu tinha que ficar me levantando e, com a perna dormente, isso era difícil.

Chegada em Miami as 6 da manhã. Com muito custo encontrei um ônibus que levava ao Tri-Rail, um trem que faz a rota para Boca Raton. Como o tal ônibus só saia as 8:58, tive que esperar, o que foi bom pois me deu tempo para desvendar a máquina que vendia os tickets para o trem. Primeira supresa: o ônibus saiu pontualmente as 8:58. Segunda supresa: em nenhum momento do trajeto me pediram o ticket. Terceira supresa: uma parte do trajeto, devido ao conserto de trilhos, estava sendo feito de ônibus e colocaram nossas malas todas juntas no bagageiro, sem identificação nem nada. A supresa foi que minha mala ainda estava lá quando eu saí. Primeiro mundo é outra coisa.

Sobre Miami, até agora: só tem brasileiro e, presumo, cubano. Mesmo. É raro ouvir inglês e, quando se ouve, é com sotaque latino. Enquanto esperava o Tri-Rail, notei um casal que eu achava ser de brasileiros. Outra supresa, eram portugueses. E ainda outra: estavam indo pra mesma conferência que eu! O primeiro mundo também é pequeno. Então que a vinda pra Boca Raton saiu barata, US$4,00 do Tri-Rail (que nem precisava, pelo jeito) e uns US$5,00 de táxi até os hotéis, já que rachamos o táxi. Uma van do aeroporto até o hotel não saia por menos de US$70,00.

Boca Raton não tive tempo de explorar a fundo, mas a primeira coisa que me chamou a atenção é que quase não há calçadas. São poucas e estreitas. Ao sair para almoçar (em uma deli perto do meu hotel), descobri o porquê: não há pedestres! Andei uma boa hora sem encontrar uma única pessoa caminhando. Minto: vi duas, mas estavam se dirigindo ao carro no estacionamento. Carros são abundantes e lindos. Pouco depois do almoço começou a chover, então me enfurnei no lobby do hotel onde, ainda havia outra surpresa reservada para esse dia, havia uma rede wireless dando sopa! Portanto, aqui estou. Assim que fizer meu check-in (só daqui uma hora), tomo um banho e saio para explorar a cidade com mais calma. Se realmente não houver alguma lei contra andar a pé, claro.

2 comentarios

que legal! que legal!

Tu precisava comprar o ticket do Tri-Rail, sim. Aposto que tinha uma câmera secreta de vigilância na máquina. Caso tu tentasse entrar no trem sem o ticket, dezesseis guardas fortemente armados te imobilizariam e, em menos de 24 horas, estarias no Brasil de novo. Porque Primeiro Mundo também é paranóico.

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Esta página contiene una sola entrada realizada por ricardo y publicada el novembro 14, 2004 4:12 PM.

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