Archivos novembro 2005

novembro 29, 2005

Porcos voadores

Divertido debate na Technology Review em relação ao programa de imortalidade proposto pelo "cientista" Aubrey de Grey. O professor Richard Miller convoca de Grey para aplicar seus mesmos 7 passos para imortalidade em um problema relacionado: fazer porcos voarem. Miller argumenta que uma versão dos 7 passos pode ser aplicada para fazer porcos voarem, em uma tentativa de mostrar que se a proposta implica algo absurdo então a própria proposta deve ser absurda.

Ainda que pouco produtiva, a discussão promete ser divertida. A Technology Review, uma revista eletrônica do MIT, estará publicando respostas e contra-respostas em seu site.

novembro 23, 2005

Google Analytics

Este blog agora conta com o Google Analytics para saber de onde você veio, como chegou aqui e o que leu (insira risada maléfica). O Analytics é o recém-lançado (e ainda um pouco capenga) analisador de tráfego do Google. Algo como um contador de visitas muito sofisticado. Anteriormente estive utilizando o bem razoável L10 Hit Counter, mas que residia neste servidor. Com o Analytics, poupo espaço no servidor e tenho a garantia Google por trás.

O Analytics fornece o que se espera de um analisador de tráfego decente, mostrando evolução de visitas e pageviews, origem geográfica dos visitantes, mecanismos de busca e palavras-chaves utilizadas entre outras coisas. O diferencial é a integração com o AdWords, permitindo que quem utiliza o sistema possa verificar com mais precisão os retornos devido à uma determinada campanha.

O sistema ainda é um pouco lento e demorou muito tempo para começar a funcionar. Entre implantar o sistema e ele começar a registrar efetivamente houve mais de uma semana de espera. Espera-se que tudo seja corrigido com o passar do tempo.

novembro 16, 2005

It's...

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Estou revendo todas temporadas de Monty Python's Flying Circus, série que começou em 1969 e contou com 3.5 temporadas. Em uma coisa eles se destacam das séries até hoje: nonsense extremo e... Em duas coisas eles se destacam das séries até hoje: nonsense extremo, textos impecáveis e... Em três coisas eles se destacam das séries até hoje: nonsense extremo, textos impecáveis, uma auto-referência incomum e...

Entre as coisas que os destacam das séries até hoje estão: nonsense extremo, textos impecáveis, uma auto-referência incomum e spam, spam, spam. E albatrozes.

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Há séries que olhando no contexto da época achamos muito boas e impressionantes. Monty Python Flying Circus é muito boa e impressionante mesmo para os padrões de hoje. Difícil é creditar a um único aspecto o imenso sucesso, mas tendo que escolher um eu escolheria o timing fantástico de cada inserção. Ou a falta de timing, que é a essência do nonsense. É claro que a boa direção e os bons atores ajudam: há tomadas longuíssimas, impensáveis para os padrões de hoje. Piadas politicamente incorretas salpicam o todo sem cair em um estilo Casseta e Planeta, isto é, tudo com bom gosto ou pelo menos graça. E a inovação é constante, graças à auto-referência. Cada episódio retoma não só o que ocorreu em episódios passados, mas também o que se passou entre os episódios, incluindo comentários de críticos e de público. E quando está-se acostumando e observando um padrão nos punchlines, eis que inserem elementos absurdos e destróem qualquer tentativa de previsão.
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As séries americanas suavizaram esse tipo de humor, colocando-o em doses menores para manter um enredo ou simplesmente com medo de que o público não fosse entender. Já no Brasil, pelo menos na TV, ainda parece haver um tipo de humor da idade das pedras.

novembro 8, 2005

Curitiba

Neste último fim de semana pude (re)conhecer Curitiba. Já havia visitado a cidade antes, mas faziam tantos anos que pouca coisa ainda restava na memória. A viagem foi corrida, mas meu primo gentilmente se prontificou em levar-nos (eu e Raquel) em alguns pontos turísticos e fazer um tour geral pela cidade.

Curitiba é, de certa forma, uma transição tanto geográfica como cultural entre Porto Alegre e São Paulo. O que mais chama a atenção são os enormes prédios nas chamadas "estruturais", avenidas com corredores para ônibus. O plano diretor da cidade especifica áreas bem restritas onde se pode construir prédios altos, resultando em verdadeiras muralhas que cruzam a cidade. O resultado está longe de feio. Fora das estruturais, bairros residencias com grandes parques bem lembram Porto Alegre. No entanto, os parques em geral são excepcionalmente grandes e a grande parte criada há 10 ou 20 anos apenas.

A cidade é bem cuidada nas áreas mais movimentadas, mas não pudemos conhecer a área central. O asfalto, minha medida pessoal de qualidade de cidade, é impecável.

Creio que a diferença entre Curitiba e Porto Alegre é que a primeira tem todo aspecto de ter sido projetada com uma intenção bem específica, enquanto POA é mais orgânica - foi crescendo sem grandes planejamentos. Enquanto que não há nada de errado em crescimento orgânico, o cuidado e planejamento na cidade se revela em outras partes - a criminalidade por lá é bem inferior às da capital gaúcha.

Enfim, é uma cidade onde eu consideraria morar.

novembro 3, 2005

Tank Wars

"Over the next five to 10 years, A.I. is going to differentiate great games from the rest."

Esta é a declaração de John Buchanan, pesquisador na Electronic Arts, ao lançar uma competição para descobrir novos talentos na área de inteligência artificial aplicada a jogos. A competição, denominada Tank Wars, é feita de diversas partidas, cada uma composta por uma arena e dois tanques adversários. Cada competidor submeterá um algoritmo de inteligência artificial para controlar um dos tanques, que será posto a prova contra vários dos outros algoritmos submetidos.

Ainda que a idéia não seja nova - já há dúzias destas competições pelo mundo - deve ser uma das poucas (se não a primeira) bancada por uma grande empresa. É prova de que ao chegarmos cada vez mais perto de gráficos realistas e amplamente disponíveis, as empresas começam a procurar o próximo nicho de mercado.

Ironicamente, não é uma decisão tão simples de ser defendida. Com a explosão de jogos on line, pareceria que o que menos falta são adversários inteligentes com quem jogar contra. Qual o papel da inteligência artificial nisso tudo é questionável. A Electronic Arts ainda possui uma aplicação direta para qualquer algoritmo de inteligência artificial no seu The Sims, mas se o nicho se mostrar quente as empresas vão ter que correr atrás de novos problemas e não de soluções.

Ainda que IA se encaixe em modelos de jogos atuais, nem que sejam como simulacros de pessoas para treinamento dos jogadores, o mais provável é que novos conceitos de jogos apareçam que façam uso efetivo de IA, mantendo as características multi-player que parecem dominar o mercado atual. Resta saber como se parecerão tais jogos.

novembro 1, 2005

A Noiva Cadáver / Wallace e Gromit

A Noiva Cadáver (Corpse Bride), do Tim Burton, é um espetáculo e perfeito, é verdade, mas também é um tremendo clichê. Um roteiro linear que faz parecer ser feito para crianças, mas com tons sóbrios e conceitos politicamente incorretos que tornam difícil justificar um público alvo mais jovem. Eu me diverti por lembrar constantemente do saudoso Grim Fandango e admirando os cenários sensacionais. Esqueletos definitivamente podem ser divertidos. No restante, eu esperava mais do Tim Burton.

Wallace e Gromit em A Batalha dos Vegetais eu fui ver devido a óbvia comparação com A Fuga das Galinhas. É um filme absolutamente infantil com toques adultos colocados, acredito, por pressão dos produtores. O resultado são piadas subliminares de mau gosto salpicando um roteiro manjado e óbvio que nem crianças engoliriam. Pequenas tiradas e expressões quasi-inteligentes evitam que o filme se torne intragável - de fato, só a cara do Wallace com seu sorriso já vale o filme. Nem personagens cativantes o filme têm. A animação, no entanto, é bonita e suave, mas nada diferente da Fuga das Galinhas (ou da Noiva Cadáver). No fim, o filme valeu mais pelo mini-filme dos Pinguins de Madagascar (um especial de Natal perdido em outubro) que passou junto com os trailers.

Minto. O mais divertido no filme foi eu estar na sessão das 14h, vestido socialmente, junto com meia dúzia de crianças, quando uma das funcionárias do cinema se dirigiu até onde eu estava sentado para me avisar que naquela sala passaria um desenho animado. Minha resposta foi "eu sei", mas por pouco eu não bati a mão na testa e disse "putz, aqui não é o filme Ronaldão e as Ninfetas Assassinas?".

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