Archivos novembro 2006

novembro 19, 2006

Tráfego sem sinalização

Interessante matéria na Spiegel sobre experimentos em cidades européias onde estão tentando desregulamentar o tráfego urbano. As cidades modelo não possuem qualquer tipo de sinalização ou sequer calçadas. Semáforos deram lugar a rótulas e apenas duas regras são válidas: "a direita tem preferencial" e "atrapalhe alguém e será guinchado".

A idéia por trás dos experimentos é a de que regulamentação isenta responsabilidade. Quanto mais sinalizações e obrigações o motorista enfrenta, menos ele se sente responsável por suas ações e a liberdade tolhida é convertida em ressentimento - se ele tem que parar nas placas de Pare, então não vai sequer considerar tomar cuidado nos sinais verdes (ou amarelos).

Algumas cidades já apontam com uma queda drástica no número de acidentes utilizando essa estratégia. Mas ainda é cedo para tirar conclusões. Em primeiro lugar, reduzir o número de acidentes não é a única coisa que desejamos com o tráfego. Se realmente quisermos reduzir acidentes, basta todos andarmos a pé. Também desejamos chegar rápido a lugares distantes. Não está claro se a velocidade do tráfego não é drasticamente reduzida também.

Ainda há o problema de adaptação. O sistema sem sinalização é recente, a redução de acidentes pode ser fruto da cautela dos motoristas antes acostumados com regras. A medida que os motoristas adaptam-se uns aos outros, normas informais vão certamente surgir e depois de certo tempo vão ser tão ou mais fortes quanto quaisquer regras formais. Isso poderá trazer de volta os problemas das regras anteriormente existentes. Ou não, já que as normas serão "bottom-up" e não impostas de cima para baixo.

Seja como for, é interessante ver que cidades estão tentando estratégias radicalmente diferentes das atuais para resolver o problema do tráfego urbano, que é um dos problemas mais graves (depois da violência) do crescimento de qualquer cidade.

novembro 18, 2006

Harvey

Se eu tivesse que nascer em outra época e em outro país, eu nasceria na década de 50 na Inglaterra. Assim eu chegaria com idade suficiente na década de 70 para poder entender e ver em primeira mão o nascimento de Monty Python no Monty Python's Flying Circus. Devia ser ainda melhor quando era uma novidade.

Mas ter nascido nessa época significaria não ter nascido nesta e eu perderia Harvey Birdman Attorney at Law, o que é impensável. Harvey é tão bom que me faz pensar que todos os desenhos criados por Hanna e Barbera foram criados apenas para poderem fazer Harvey hoje.

Este post é apenas para lamentar que haverão apenas mais dois episódios de Harvey Birdman, um em janeiro e outro em fevereiro. Terão sido no total 39 episódios desde 2001, quando a série nasceu. Só espero que não tenha que se passar mais 30 anos para surgir algo tão hilário na TV.

novembro 17, 2006

Vamos todos morrer

De acordo com o Jornal O Povo, de Fortaleza, "No Brasil, 39,7% dos jovens são vítimas de homicídios."

Não bastando quase 40% dos jovens morrerem (nossa pirâmide social deve estar bem desbalanceada), eles ainda morrem várias vezes por múltiplos homicídios?

E eles continuam: "a situação é mais grave é em Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde metade dos jovens foi vítima de homicídio" [sic]

Eu não saio de casa até completar 50 anos.

novembro 8, 2006

Windows Vista RC2

Instalei o Windows Vista RC2 no meu notebook.

As partes boas: é tudo bonito, muito bonito. A instalação é rápida e descomplicada, nada mais de interrupções durante a instalação para perguntar coisas que deveriam ter sido perguntadas no início. O boot pareceu mais rápido que o XP (mas na verdade ele é só mais "responsivo" - ele oferece a tela de login enquanto ainda está carregando coisas no fundo) e o sistema de hibernação, uma das melhores coisas do Windows, está ainda melhor e mais rápido. A interface é bem organizada, ele melhora o sistema de "Meus Documentos" e similares e cria menus contextuais bastante práticos.

As partes ruins: não encontrou drivers para muitas coisas. Faltou driver para a placa de som, principalmente, e não teve jeito de fazer funcionar (ele até acha, mas não funciona). O leitor de cartões passou despercebido. As "hotkeys" do notebook são ignoradas. A webcam é encontrada a cada boot, ele informa que instalou, mas nunca funciona. O Aero não funciona com a minha configuração, então nada de transparência ou Flip3D.

Em geral, quando estiver tudo funcionando, creio que será um excelente sistema. Tinha esperanças de já poder usar essa versão como sistema primário, mas ainda não é possível dada a falta de drivers. Resta aguardar até janeiro.

Já que estava brincando de instalações, resolvi instalar o Ubuntu 6.1. Que mudança de universo. Em dado momento, ficou cerca de 5 minutos parado piscando um cursor em uma tela preta. Quando ia resetar, crente que havia travado, ele resolveu começar a instalação. Usabilidade é isso aí. Em dado momento, já no modo gráfico, enquanto aguardava o término da cópia dos arquivos, travou de vez. Então desisti. Não é meu dia para sistemas operacionais.

Update. Consegui instalar os drivers da placa de som, mas usando arquivos do Windows XP. Tudo que fiz foi, ao solicitar a atualização do driver, indicar o diretório da antiga instalação do Windows XP; o Vista encontrou sozinho os drivers por lá. Ainda assim, optei por não manter o Vista como sistema primário e reinstalei o XP. Aguardarei a versão final.

O Ubuntu 6.10 afinal funcionou. Para os que vão instalar, não cliquem no mapa de seleção do fuso horário - ao fazer isso aqui, por algum motivo, ele impede que se continue a instalação. Apesar de estar funcionando, resolvi reinstalá-lo dentro de uma máquina virtual no WinXP. Sem sucesso ainda, mas isso é assunto para outro post.

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