Archivos janeiro 2007

janeiro 9, 2007

Índia I

A chegada à India foi via Delhi, de onde pegamos um vôo doméstico para Hyderabad. Há que se trocar de terminal, então nos direcionaram a um ônibus que faz esse serviço. Pior primeira impressão do país, impossível. Os terminais são bastante feios, nossas rodoviárias tendem a ser mais organizadas e bonitas que os aeroportos. O ônibus, então, nem se fala. Achei que não andaria ou que perderia partes no caminho.

No ônibus, pudemos sentir um gostinho do tráfego indiano. Foi até o outro terminal pelas pistas dos aviões, buzinando constantemente. Presumivelmente, irritado com tantos aviões na frente. Posso atestar, porém, que é seguro passar atrás de turbinas de aviões - o ônibus não sai voando, como diz o mito.

Os aeroportos por aqui parecem ser militares, aliás. Muitos militares armados que revistam todos várias vezes durante o percurso nos terminais. São educados, mas assustam.

A chegada a Hyderabad foi via SpiceJet, uma companhia de baixo custo indiana. Avião ok, mas provavelmente o mais apertado que já vi na vida. O vôo não atrasou e uma comitiva do congresso estava esperando no aeroporto de HYD, facilitando encontrar um transporte até o hotel. O táxi que nos arranjaram, como o ônibus, também já viu dias melhores. No caminho até o hotel, pudemos sentir a primeira grande experiência indiana: dirigir nas ruas da cidade. A primeira coisa que deve ser notada é que a buzina aqui é usada não como método de insulto ou advertência, mas como um instrumento de direção. Todos buzinam constantemente, de forma a alertar os que estão na volta que eles existem - algo necessário, dada a falta de espelhos retrovisores em muitos veículos. Os carros literalmente se jogam onde houver espaço e é realmente surpreendente que não hajam acidentes a cada quadra. Se reclamamos do excesso de motos (e falta de cuidados de motoqueiros) no Brasil, aqui a quantidade de motos é infinitamente superior e os motoristas são, para dizer o mínimo, ousados (para não dizer loucos). O contraste nos foi ainda maior pois viemos de Londres (porém, interessantemente, os londrinos tem lá suas peculiaridas - eles podem estacionar onde bem entenderem, inclusive na contra-mão, tornando no mínimo complicado saber que mão tem as ruas com base nos carros estacionados).

Ainda sobre o tráfego, os carros são na maioria bastante antigos, mas compartilham espaço com suntuosas Mercedes e BMWs e também com bicicletas e uma espécie de moto coberta muito popular por aqui. A falta de calçadas na maioria das grandes ruas força os pedestres a também compartilharem o mesmo espaço, em um caos difícil de imaginar sem estar aqui para ver.

Chegando ao hotel, a primeira boa impressão. O Taj Krishna é um espetáculo em tamanho e luxuosidade. Dizem ser o melhor hotel da cidade e acredito ser verdade. Ainda que a diária seja cara, todos os demais serviços são muito mais em conta. Come-se bem no luxuoso restaurante de comida típica do hotel por menos de 50 reais por pessoa. É indescritível, especialmente vindo de Londres, a sensação de estar em um país com moeda fraca em relação ao Real. Todos os preços se divide por 20 para uma estimativa em Reais, o que torna muito aprazível fazer conversões.

A conferência em si está sendo realizada no centro de convenções da cidade, outro luxo que contrasta com todo o resto. O enorme centro é novíssimo e confortável, ainda que tenha suas peculiaridades (por exemplo, sempre nos revistam para entrar no prédio).

Ainda não pudemos explorar a cidade. Em parte devido a conferência ter tomado bastante o tempo (minha apresentação foi boa, aliás), mas também por que peguei uma gripe que me derrubou completamente. São 3 da manhã por aqui (7 horas e meia a mais de fuso) e espero minha febre baixar dos 38 para tentar dormir.

Mais notícias, em breve.

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