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janeiro 19, 2008
Proibição do Counter Strike no Brasil
O popular jogo Counter Strike foi proibido no Brasil, supostamente por ser "nocivo à saúde do consumidor", de acordo com o juíz que decidiu sobre o caso. O também popular Everquest foi proibido pelos mesmos motivos. O argumento é que, como no jogo se pode ser bandido ou mocinho, isso causaria um desvirtuamento de valores e conflitos psicológicos "pesados".
A grande pergunta é: com base em que chegaram a esta conclusão? Certamente psicólogos analisaram pessoas aleatórias que jogam Counter Strike regularmente e as compararam a um grupo de controle que nunca jogou o jogo e, então, chegaram a conclusão que os que jogam são mais desvirtuados (seja lá o que isso quer dizer) e são seriamente afetados psicologicamente (idem). Ou talvez tenham feito um estudo estatístico que mostra que entre os crimes registrados, uma fatia relevante é cometida por pessoas que jogam Counter Strike regularmente ou que a criminalidade, ou o número de pessoas desvirtuadas (seja lá o que isso quer dizer) em geral têm crescido com o lançamento dos jogos em questão. Ou, ainda, um maior número de consumidores têm reportado danos à sua saúde devido ao uso do jogo e algum estudo mostra que isso é por causa do jogo e não pelo fato de que ficam enfurnados em uma lan-house por 18 horas seguidas.
Quer dizer, tem que ser por algum desses motivos, certo? Não pode ser somente por que algum grupo de pessoas ficou chocada com os joguinhos e argumentou com coisas do tipo "onde esse mundo vai parar?". Afinal, não há alguma cláusula em algum lugar que exige que a justiça seja minimamente científica? Ou estou vendo CSI demais?
Enfim, se jogos tivessem alguma influência maior em nossas vidas, nossa geração (aqueles que viveram sua infância nos 80 e 90), como diz a piada, estaria vestida de amarela, abrindo e fechando a boca, correndo pelas ruas atrás de fantasmas e bolinhas brancas.
Também comentei sobre isso :-)
Ou então serÃamos terrivelmente influenciados pelos jogos adventure dos anos 90, e passarÃamos furtando pequenos objetos em todos os lugares que visitássemos, tentando combiná-los das formas mais malucas possÃveis para construir um raio sônico ou uma máquina do tempo ou simplesmente para convencer alguém a dormir com você.