Terminei finalmente de ler The Blank Slate. Leitura altamente recomendável e que facilmente entra na minha lista de livros obrigatórios para compreender seres humanos.
É o típico livro que faz rever conceitos em diversos assuntos polêmicos. Um dos últimos capítulos, por exemplo, trata do quanto os pais influenciam a personalidade de uma criança. A resposta de Pinker, baseada em diversos estudos e contrariando a crença popular, é um estrondoso "praticamente nada". Gêmeos idênticos que crescem em lares distintos são, quando adultos, impressionantemente similares. Crianças adotadas, que crescem no mesmo lar, são tão diferentes quanto quaisquer pessoas pegas ao acaso. Os pais têm influência apenas muito indireta no que as crianças se tornarão, escolhendo o ambiente onde ela crescerá e, claro, mantendo-a viva e saudável. O resto a genética e a experiência pessoal se encarregam de moldar.
Outros capítulos muito interessantes são os ataques ao Marxismo ("ótima teoria, espécie errada") e ao modernismo e pós-modernismo nas artes. Pinker mostra que o que concebemos como natureza humana permeia praticamente tudo nas ciências sociais e humanas, principalmente na política, e mostra que ao aceitarmos que não somos tábulas rasas e muito menos nobre selvagens damos um longo salto em direção a uma melhor compreensão das aflições humanas.
fiquei com vontade de ler
Discordo do cara em parte.
Mas precisaria ler o livro antes, né?
Fiquei curioso pra saber o que ele diz sobre o modernismo e pós-modernismo nas artes. :)
Eu passei meio rápido pelo capítulo das artes, tava chato. Mas é algo dizendo que modernismo e pós-modernismo tentam evitar a beleza pela beleza por que seria um conceito socialmente construído e, principalmente o pós-modernismo, tenta desconstruir pré-conceitos. Mas Pinker relata estudos que mostram que somos pré-programados para achar coisas bonitas: um bebê recém nascido gosta de paisagens harmoniosas e rostos simétricos, por exemplo. Logo, os modernismos é que seriam conceitos socialmente construídos. Algo assim.