Bowling for Columbine


- O documentário "estrela" do Oscar 2003, graças ao ativismo de seu diretor, Michael Moore, é muito mais uma protesto contra a política armamentista do Bush e o espírito bélico americano do que, propriamente, um documentário. Iniciando sua análise e crítica sobre as tragédias com armas que assolam os EUA, Moore fala do massacre da Columbine High School, em 1999 (aquele mesmo de que fala a música "The Kingslayer" do Nightwish): Mostrando como os dois estudantes que protagonizaram as cenas deveriam estar jogando boliche e,no entanto, entraram armados na escola e massacraram colegas e professores, escolhidos a dedo. "Por que isso acontece nos Estados Unidos?"- pergunta-se Moore. E, em seguida, parte em busca das respostas. O filme é uma crítica diretíssima à visão americana do mundo, mostrando todos os problemas e contradições da maior potência mundial. Moore vai mais longe: Além de incendiar a opinião pública contra a política do Bush, ele visita sobreviventes do massacre da Columbine High School e vai com eles à Wall Mart (famosa loja de departamentos) pedindo o fim da venda de armas de fogo e munição. Outra das melhores cenas do documentário é a visita a Charlton Heston, presidente da NRA, "National Rifle Association" nos EUA. Bowling for Columbine é realmente incendiário. Um chute no estômago. Não apenas porque é crítico (Moore mostra, desde o começo, qual é a sua posição e o que vai tentar mostrar no documentário), mas porque tem uma visão lúcida dos eventos. É, sobretudo, ativista e dialógico. Enquanto entrevista pessoas que lançam hipóteses sobre os problemas, o diretor vai atrás das respostas. E o principal: É uma crítica fenomenal ao "american way", feita por um americano que, inlusive, foi, durante anos, membro da NRA e que foi campeão de tiro na Escola.