Social Media

Let's count crows

One for sorrow Two for joy
Three for girls and four for boys
Five for silver Six for gold and
Seven for a secret never to be told

...



A morbid symbol for Europeans , the crow is honored as a sign of spirituality by the Iroquois. To count crows is a Russian idiom for wasting time.

Blogs e a CBS - Um dos últimos assuntos da Blogosfera, matéria da Wired que eu ainda não tinha comentado. O recente escândalo na CBS (rede norte-americana): Os documentos utilizados pela CBS sobre o serviço militar de Bush (que diziam que ele tinha recebido regalias e que não tinha cumprido o mesmo) eram falsos. Os documentos foram apresentados ao público no dia 09 de setembro, em um programa televisivo. Imediatamente, milhares de blogs começaram a discutir a autenticidade dos documentos.

They pointed out that the copies of the copies supposedly typed by Killian were actually in Times New Roman, the default typeface of Microsoft Word (first released in 1989, five years after the Texas National Guardsman's death). There were other incongruities: a superscripted "th" character after numbers like 19; the fact that memos listed a post office box and not a valid street address; the use of certain nonstandard National Guard abbreviations.

Após outras emissoras e veículos midiáticos terem investigado e apontado falhas na autenticidade dos documentos, a emissora teve que admitir o erro. Interessante montanha de neve gerada pelos weblogs, que virou notícia em todo o mundo e já está sendo conhecida como "Rathergate", em homenagem ao jornalista que mostrou os documentos inicialmente, Dan Rather.

Whether a blog leans left, right or sideways, as a collective force they are working to keep reporters honest. Journalists may not like their methods -- having your work sliced and diced in public is no fun -- but the end result may be better-quality news.

Esse fato se opõe diretamente àquilo que foi comentado alguns posts abaixo, sobre os boatos. De um lado, os weblogs serviram como elementos para promover e espalhar o boato do sexkut. Do outro, serviram como elementos de posicionamento crítico (ainda que a favor do Bush), e de discussão e debate sobre a veracidade do caso, demonstrando incongruências e realizando investigações (papel que deveria ser do jornalismo), gerando uma retratação e apontando a falsidade de notícias veiculadas no mainstream midiático. Outra demonstração da força da Rede como fórum de debates público, para o bem ou para o mal.

Isso reforça ainda a minha percepção dos weblogs como ferramentas para o jornalismo e o grande risco que representam para a mídia tradicional. Quanto mais força essas publicações individuais ganham, mais perde o jornalismo institucionalizado. Fico pensando se um dia teremos unicamente notícias vias blogs, ou se eles vão tornar-se apenas um fórum de discussão e vigilância da mídia tradicional.

Conteúdo Free - Essa interessante matéria da Wired afirma que vários livros com conteúdo livre (ou seja, que podem ser downloadeados livremente na Internet) vendem sim, e muito.

If people get free access to a novel, they're more likely to begin reading it. And once they begin reading, provided it holds their attention, they'll probably buy the book.

Será que o mesmo pode ser dito com relação às MP3?

Sexkut - O quão fácil se cria um boato na Internet? O Cocadaboa testou. Criou o Sexkut, uma imitação tosca (inclusive no design) com uma idéia doida: É um Orkut de relacionamentos sexuais. Para entrar era preciso ser convidado por alguém que já transou com você e por aí ia a idéia mirabolante.

Colocamos a sátira sexual do Orkut no ar e pronto. Distribuímos alguns links, comentários em fóruns e blogs de maneira estratégica, anunciando a grande novidade. E esperamos pacientemente, como em uma pescaria, até o primeiro morder a isca.

E eis que surge o grande primeiro, o ?pato alfa?, aquele que provavelmente provocou o efeito dominó. Pedro Dória, no seu conceituado blog no famoso site No Mínimo, anunciou a grande novidade, ainda na madrugada de sexta (10/09) para sábado, poucas horas da minhoca ter sido colocada no anzol.

Impressionantemente, a notícia começou a se espalhar como verdadeira por blogs e sites de notícias. Muitos e muitos sites de notícias.

E como todos sabem, uma mentira repetida várias vezes em vários lugares diferentes, acaba virando uma verdade (e é por isso que eu admiro os blogs, sem eles os trotes do Cocadaboa nunca seriam possíveis).

Interessante é a velocidade com que a notícia se espalhou, a quantidade de pessoas que acreditaram nela e publicaram, e mais do que blogs (que ainda podem se defender dizendo que não tinham compromisso com a verdade), os veículos noticiosos. Depois do boato revelado, vários apagaram ou editaram posts, outros tantos simplesmente retiraram a informação do ar, e outros ainda, publicaram a retratação.

Agora essa história do boato demonstra o potencial informativo da Rede, mais do que isso, a capacidade de espalhar informações. Tanto para o bem, quanto para o mal. Fico pensando que, se o boato fosse sobre alguma doença mortal ou coisa assim, em menos de uma semana teríamos pânico mundial. Só para citar o Barabási, o caso do Cocadaboa mostra bem que é importante atingir um hub (no caso, um dos formadores de opinião citados na matéria), para que a velocidade de espalhamento da informação seja mais rápida. Após atingirem esses hubs, o site hoax deles passou a receber quase 10 mil visitas por dia. Ou seja, 10 mil pessoas sabendo sobre o assunto, todos os dias. E comentando com seus vizinhos e amigos offline. Muito complicado tudo isso. Mas pato escaldado aprende, então, acho que cada vez mais, vai ficar complicado enganar pessoas na Internet. Vamos tornar-nos um bando de céticos.

RSS - O Online Journalim chama a atenção para uma nova função do Firefox, que apareceu com a última atualização: adicionar o site para o bookmark de RSS. O sistema detecta quais sites possuem feeds e mostra ao usuário através de um botão dizendo "RSS" em laranja. Bem inteligente.

Software Social - E desde o sucesso do Orkut (pelo menos entre os brasileiros), não paro de receber mensagens sobre novos softwares sociais. Primeiro foi o Multiply. Agora temos o CanYouConnect, o ContatSpan, que é supostamente para negócios, o Grouper, sem falar nos bizarros, como o Chuchster (apenas para pessoas cristãs) , o Dogster (social networking para cachorros) e o Catster, para gatos. A lista não para de crescer. Acho que a coisa das "redes sociais" realmente é uma moda, mas ainda assim, acho que o sucesso do Orkut começa a ficar mais claro.

Aparentemente, uma grande parcela desse sucesso explica-se pelo fato de que, de um modo generalista, praticamente "todo mundo" está lá. Ou seja, pessoas que utilizam a Internet no Brasil ou estão, ou estarão lá, é só uma questão de tempo. E o grande barato do negócio é justamente, encontrar pessoas que você perdeu o contato por algum motivo ou alguma curva da vida, ou ainda, encontrar virtualmente quem se pode encontrar pessoalmente, se a relação render. O grande perigo, como diz o Ricardo é justamente aparecerem tantos "novos" sistemas. E esses vários outros começarem a pulverizar a população do Orkut, dividindo todo mundo. Assim, a força da brincadeira, que é ter todo mundo lá e poder encontrar pessoas, se perde. Para pensar no assunto.

Sage e artigos - Dica do Jornalismo e Comunicação, de Manuel Pinto: A Sage liberou novamente, até outubro, o acesso online à versão digital de suas revistas científicas. Aproveitem para pegar artigos!

Estação de Furacões - Na foto do Weather Channel, Javier e Ivan, lado a lado. O primeiro se formou agora há pouco, e o National Hurricane Center, em Miami, estima que não rume para a costa ainda, permanecendo no mar e indo em direção noroeste. O segundo está no Golfo do México, rumando para o sul dos Estados Unidos.

11 de setembro - Há três anos atrás, mais ou menos nesse horário, eu estava calmamente sentada na frente do meu computador, escrevendo a minha dissertação e lendo as notícias na Internet, enquanto esperava para ir para a aula às 09:30. Eis que, de repente, uma notícia forte e estranha aparece no Terra: a informação de que um avião teria batido em um prédio em NY. Eu achei aquilo absurdamente bizarro, não consegui acreditar. A notícia não dizia direito o que tinha acontecido, nem que prédio, nem que avião. Fui ver se tinha algo na TV e nada. Achei que tinha sido um erro. Dali a alguns minutos, mais outra informação: a notícia confusa de que outro avião tinha batido. Daí eu comecei a me preocupar. Esqueçi da aula e fui procurar em outros veículos e descobri que as torres gêmeas tinham sido atingidas. Depois a notícia de que tinha caído outro avião no Pentágono. Dali a uns 15 minutos, entra a Globo ao vivo transmitindo os atentados e dizendo que mais um avião tinha caído numa zona desabitada. Eu começo a ter uma idéia da dimensão da tragédia. Todo mundo na minha casa ficou estarrecido. Todo mundo grudou na frente da televisão, ainda sem acreditar no que via. Quando as torres caíram, foi uma comoção gigante. Parecia a terceira guerra mundial. Todo mundo ligou para pais, amigos, irmãos e namorados. Ao mesmo tempo, a internet estava caótica. Milhares de mensagens de pessoas que simplesmente não acreditavam. Os sites de notícias viraram fóruns de pessoas desesperadas procurando parentes. Todo mundo estava assustado, confuso, sem acreditar. Foi um dia ruim. Mas foi um dia para lembrar. Um dia para lembrar da intolerância, da burrice e do egoísmo humanos. Infelizmente.

Confiança - Quando você lê um blog, dá a ele o benefício do crédito, ou seja, dá confiança às informações que ele divulga. Este artigo do J.D. Lasica discute exatamente isso: a confiança depositada em blogs, através da escolha das pessoas para que sejam suas fontes de notícias. Importante debate que permeia os blogs como jornalismo. Citando vários trabalhos, faz uma boa sistematização do processo. Retirei uma citação que achei que resume o debate:

Jarvis agrees. "We are witnessing the growth of a culture of transparency," he says. "Bloggers are more trusted, I think, because they are human and too often news organizations are not. Bloggers tell you who they are (usually) and what their backgrounds and biases are and their readers can judge them and engage with them on a personal level. News organizations are big and often monolithic and are reluctant to admit let alone share perspective or agendas."

Uma excelente discussão.

Casa Nerd III

Meu presente de aniversário. My... precioussss. :)

Casa Nerd II

Close em Mordor. Meu favorito.

Casa Nerd I

Da esquerda para a direita: Mordor, Terra Média e the Shire.

Where do you go when you're lonely?

Dancing where the stars go blue
Dancing where the evening fell
Dancing in your wooden shoes
In a wedding gown
Dancing out on 7th street
Dancing through the underground
Dancing little marionette
Are you happy now?

Where do you go when you're lonely?
Where do you go when you're blue?
Where do you go when you're lonely? I'll follow you...
When the stars go blue

Andrea Corr e Bono Vox cantando live in Dublin "When the Stars go blue", do Ryan Adams. Voltei a ouvir Corrs.

Intercom 2004 II - Minha apresentação foi legal tb. Não está entre as minhas melhores, acabou que eu simplifiquei demais algumas coisas porque fiquei achando que o tempo não ia dar e acaboiu que sobrou. Mas valeu ouvir um pouco o debate e as críticas/sugestões das pessoas, já que este trabalho era o que mais tinha a ver com a minha tese. Fiquei contente que algumas pessoas que eu penso que estarão (ou desejo que estejam) na minha banca gostaram muito e me disseram isso. De resto, a apresentação foi a milhoes porque eu não consigo evitar de ficar tri tensa e não conseguir falar devagar. Também o meu relator, o Fabio, foi preciso em levantar os questionamentos sobre o trabalho (e deste modo, também gostei muito do relato). Aliás, o trabalho do Fábio, sobre as contribuições de Antonio Negri, estava muito tri e foi um dos que eu mais gostei.

Intercom 2004 - Bem, estava legal. Gostei particularmente da minha mesa, onde apresentamos todos trabalhos que tinham relações entre si. Entretanto, apesar de ter saído mais discussão, a pluralidade de trabalhos e sub-mesas do NP acabou por separar o grupo e a maioria de nós só se encontrou na reunião. Participei do Colóquio Brasil-França, mas não gostei muito. Achei bem mais fraco do que eu esperava. Também participei de outros eventos paralelos, como a Mesa dos 40 anos de Understanding Media (para discutir McLuhan) e alguns outros. De um modo geral, achei esse Intercom o mais fraco de todos os que participei, apesar de ter sido um dos mais bem estruturados (com salas com data show e etc.) e com maior controle (tendo que apresentar o crachá para entrar nas salas). Acho que talvez eu tenha pensado isso porque era em POA e tu sempre ficas menos participativo na tua cidade.