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Casa da Sogra
15-08-2006
- Quanto mais vivo no Brasil, mais me convenço que esse país é a casa da sogra. A última "excelente notícia" vem do Terra, a respeito da corrida da Gol e da Tam pelo espaço deixado pela Varig. A idéia dessas duas "grandes" companhias aéreas é, devido ao aumento da demanda, reduzir o espaço dentro das aeronaves. A reportagem fala da TAM, mas a Gol vai pelo mesmo caminho.
Eu sempre tive horror de voar. Acho caro e horrivelmente desconfortável. As poltronas dos aviões, para começar, são duras como um banco de madeira, com um mínimo de esponja para "fingir" conforto. O coitado do passageiro fica duro, estaqueado, sem poder se mexer. Além disso, o espaço da poltrona é terrivelmente pequeno, o que faz com que qualquer pessoa um pouco acima do peso tenha que se esparramar para cima dos passageiros ao lado. Espaço para as pernas é lenda. Com o espaço antigo, pessoas como eu (ou seja, com mais de 1,75 de altura) precisam praticamente dobrar suas pernas para cima, para conseguirem colocá-las em algum lugar, já que simplesmente não tem espaço. Para completar, as malditas poltronas reclinam em um ângulo de 10 graus, totalmente insuficiente para dar um pouco mais de (des?)conforto para o coitado do passageiro, que neste momento está uma completa sardinha em lata. Ou melhor, quando reclinado o banco aperta ainda mais o coitado que está atrás, que entre em desespero porque o sangue pára de circular em suas pernas.
"Fizemos testes com diversos tamanhos de passageiros e acreditamos que o nível de conforto está adequado", diz o vice-presidente técnico e operacional da TAM, Ruy Amparo, ao jornal O Estado de S. Paulo. Segundo ele, a nova distância entre as poltronas está dentro dos padrões mundiais para as classes econômicas em vôos domésticos.
Não duvido que as novas poltronas da TAM estejam "dentro" do padrão. Agora o que me irrita é que o padrão é ridículo. É um absurdo que se pague o preço de uma passagem área para viajar com tanto conforto quanto uma sardinha em lata. Sério, qualquer viagem da Embaixador de ônibus entre Pelotas e Porto Alegre é o paraíso na Terra em comparação com os "padrões de conforto" da aviação brasileira. É simplesmente insuportável aguentar qualquer viagem de mais de 1h e 30 minutos, porque não há espaço. Não se tem como caminhar, as pernas adormecem, a sensação de claustrofobia é terrível. E não vou nem falar na qualidade da comida e nas filas para o banheiro.
Enfim, acho que a aviação civil no Brasil vai de péssimo a horrível. E o pior, as autoridades competentes deixam que a bagunça se instaure. As passagens, desde o início da crise da Varig, por exemplo, praticamente triplicaram de preço. (Deve ser por isso que estão reduzindo o conforto. Mais caro e pior, totalmente lógico.) Hoje, sai mais em conta viajar pra Europa do que ir para o Nordeste, dá pra acreditar? E em aviões apertados, sem conforto. Não há a mínima fiscalização, o mínimo cuidado e consideração para com o consumidor. É mesmo o fim. :P
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a aérea aproveitou seu aniversário de 30 anos para reformular os modelos A319 e A320. Agora, o A319 comporta 144 passageiros e o A320, 174 passageiros. A largura das poltronas permanece a mesma, mas a distância foi reduzida em 3,7 centímetros (cm), para 77,5 cm.
Eu sempre tive horror de voar. Acho caro e horrivelmente desconfortável. As poltronas dos aviões, para começar, são duras como um banco de madeira, com um mínimo de esponja para "fingir" conforto. O coitado do passageiro fica duro, estaqueado, sem poder se mexer. Além disso, o espaço da poltrona é terrivelmente pequeno, o que faz com que qualquer pessoa um pouco acima do peso tenha que se esparramar para cima dos passageiros ao lado. Espaço para as pernas é lenda. Com o espaço antigo, pessoas como eu (ou seja, com mais de 1,75 de altura) precisam praticamente dobrar suas pernas para cima, para conseguirem colocá-las em algum lugar, já que simplesmente não tem espaço. Para completar, as malditas poltronas reclinam em um ângulo de 10 graus, totalmente insuficiente para dar um pouco mais de (des?)conforto para o coitado do passageiro, que neste momento está uma completa sardinha em lata. Ou melhor, quando reclinado o banco aperta ainda mais o coitado que está atrás, que entre em desespero porque o sangue pára de circular em suas pernas.
Não duvido que as novas poltronas da TAM estejam "dentro" do padrão. Agora o que me irrita é que o padrão é ridículo. É um absurdo que se pague o preço de uma passagem área para viajar com tanto conforto quanto uma sardinha em lata. Sério, qualquer viagem da Embaixador de ônibus entre Pelotas e Porto Alegre é o paraíso na Terra em comparação com os "padrões de conforto" da aviação brasileira. É simplesmente insuportável aguentar qualquer viagem de mais de 1h e 30 minutos, porque não há espaço. Não se tem como caminhar, as pernas adormecem, a sensação de claustrofobia é terrível. E não vou nem falar na qualidade da comida e nas filas para o banheiro.
Enfim, acho que a aviação civil no Brasil vai de péssimo a horrível. E o pior, as autoridades competentes deixam que a bagunça se instaure. As passagens, desde o início da crise da Varig, por exemplo, praticamente triplicaram de preço. (Deve ser por isso que estão reduzindo o conforto. Mais caro e pior, totalmente lógico.) Hoje, sai mais em conta viajar pra Europa do que ir para o Nordeste, dá pra acreditar? E em aviões apertados, sem conforto. Não há a mínima fiscalização, o mínimo cuidado e consideração para com o consumidor. É mesmo o fim. :P
