Archivos setembro 2006

setembro 14, 2006

Microsoft Zune

Microsoft Zune
A Microsoft anunciou hoje seu próprio mp3-player (ou melhor, tocador multimídia portátil, pois roda filmes também). Denominado "Zune", tem alvo explícito o enorme mercado dos iPods. Aparentemente ninguém está muito impressionado com as especificações técnicas, cujo principal diferencial parece estar no WiFi embutido. O aparelho conta ainda com HD de 30GB, tela de 3" (com resolução QVGA - 320x240 pixels) e receptor de FM.

O WiFi parece permitir que aparelhos Zunes se "vejam" e troquem dados. Com certas restrições, é claro. Por exemplo, se você possuir uma música comercial, pode passar para um amigo e este poderá ouví-la por um certo período de tempo, após o qual a música deve ser comprada (provavelmente através de um portal específico, a versão MS da Apple Music Store). O mesmo parece valer para filmes, séries e shows.

O Zune é também evidência de uma interessante tendência de integrar o design de software com o de hardware. O preto é a cara do Windows Vista.

Quanto a mim, ainda acho que ter um mp3-player separado do celular um desperdício de bolso. Prefiro sonhar com um Sony-Ericsson W950i. Tem "apenas" 4GB, mas contém tudo que alguém pode precisar em termos de multimídia e comunicação.

P.S. em termos de marketing, o WiFi no Zune é algo muito interessante de se observar. Não é tanto uma questão tecnológica, mas um avanço em uma modinha que a Apple tentou fazer pegar, de conectar seus fones nos iPods dos outros para "compartilhar" o que se está escutando naquele momento. Com WiFi, realmente se pode compartilhar - mas apenas com outros Zunes. Assim, cria-se uma funcionalidade que ajuda a dar força ao produto, desde que se atinja uma certa massa crítica. No momento que há um número suficiente de usuários por aí, compartilhando suas músicas, isso gera um incentivo para ter um Zune ao invés de outra coisa qualquer. Isto é, se o Zune pegar há uma boa chance de a Microsoft conseguir manter o mercado após conquistá-lo até que outros players tornem-se compatíveis com o Zune (provavelmente pagando algo para a MS - win win situation é isso aí). O que pode impedir o Zune de atingir a massa crítica é que ele é mais pesado e um pouco mais grosso que o iPod.

setembro 13, 2006

Mandarim

Alguém sabe de algum curso de Mandarim em Pelotas ou Rio Grande?

setembro 5, 2006

Anúncios e Linguagem

Uma coisa é certa, ninguém que não fale "axim" aguenta quem fala. O tal "internetês" é uma moda antiga, pré-internet, com origens na tentativa de se digitar mais rápido. Hoje, é uma moda sem função (qual moda tem função?) - o internetês atual leva tanto tempo para ser digitado quanto a escrita "correta".

A grande intenção do internetês é escrever de uma maneira diferente. Quanto mais exótico, melhor. A arte é se tornar *quase* incompreensível, mas nunca totalmente incompreensível. O problema surge quando se tenta escrever para um grupo específico, os amigos mais chegados por exemplo, onde o que é quase incompreensível para estes é apenas um monte de caracteres aleatórios para outro grupo. Ao contrário da linguagem formal, essas bolhas de dialeto não possuem uma estrutura ou sintaxe comum e não é compartilhada por todos, praticamente por definição.

É interessante observar o quanto essa tendência é essencialmente incompativel com a forma que o conteúdo na internet está se organizando. Com a crescente supremacia de blogs, wikipedia e outras fontes de conteúdo dos próprios usuários da internet (a tal "web 2.0"), aliada com a total dependência nos mecanismos de busca para encontrar informações e com o sistema de anúncios distribuídos, como o AdSense, temos uma situação em que escrever diferente do que todo mundo escreve faz pouco sentido.

A medida que se pode ganhar dinheiro com conteúdo, através de anúncios fornecidos por terceiros, deseja-se tornar o conteúdo o mais acessível possível. E o principal meio de acesso é através de mecanismos de busca. Agora, enquanto existe uma única forma correta de se escrever uma palavra, existem zilhares de maneiras diferentes para escrevê-la errada. Mesmo considerando a burrice alheia, a probabilidade do seu conteúdo ser encontrado é maximizada ao se escrever correto. Isso por que a linguagem formal é compartilhada por todos, enquanto qualquer dialeto, por definição, é compartilhado por poucos.

Portanto, a medida que os anúncios se tornam mais populares, a tendência é termos blogs escritos de forma o mais correta possível, pelo menos no que diz respeito à sintaxe.

Ou assim espero.

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