Archivos novembro 2003

novembro 30, 2003

Embrio

A evolução do Segway parece ser isso aqui. É um veículo para uma pessoa com apenas uma roda, que parece ter saído do desenho "Zone Raiders". Como o Segway, você não precisa se equilibrar nele, ele se equilibra por você. E com esse design não parece que se está andando em um patinete, está mais para uma moto ou um robô. Infelizmente a idéia é conceitual ainda, não havendo planos para lançamento comercial. Que pena, não posso pedir um de Natal.

novembro 28, 2003

Pac-Man

Bizarrice à parte, deve ser divertido: um projeto da Universidade Nacional de Singapura, entitulado "Human Pac Man", adaptou a tecnologia de realidade virtual para dar à pessoas a sensação de estar no clássico jogo Pac-Man. A pessoa coloca um óculos especial que renderiza esferas voadoras integradas ao mundo real, representando aqueles os pontinhos que tínhamos que pegar no jogo. Outro jogador tem acesso a visão superior do mapa e pode ajudar na travessia do labirinto virtual. Não sei se o projeto renderiza também os fantasmas. A notícia é, naturalmente, do Slashdot.

Como se não bastassem os celulares para as pessoas saírem falando nas ruas sem que saibamos o que se passa do outro lado, agora teremos alguns malucos andando com esses apetrechos sem que saibamos por que de vez em quando eles começam a correr e gritar "blip blip blip!".

Em tempo: como todo bom site ruim que sofre o efeito Slashdot, o primeiro link acima está fora do ar. Provavelmente não aguentou a invasão dos slashdotters. E falando em Pac-Man, eu quero uma guitarra dessas.

novembro 26, 2003

Tom Bloch

Como sei que os blogueiros são fãs da Tom Bloch e eu, como único representante da classe no show de hoje, no Theatro São Pedro, me sinto na obrigação de fazer um relato. Se não para informar, para dar inveja. Mas gostaria de começar pelo teatro.

O Theatro São Pedro é bem menor do que eu esperava, aliás deve ser um dos menores que eu já fui. Mas é simpático e muito confortável. E o palco é enorme. Há quase tanto espaço para o palco quanto há para a platéia. Pode não ser arquitetonicamente tão bonito quando nosso Sete de Abril, mas com certeza não fica atrás em simpatia. Já mencionei o ar-condicionado? Indispensável no calor de hoje. Só uma sugestão: quando a moça da bilheteria disser "todos os lugares são bons", não acredite. As pontas da platéia são sempre ruins por causa das malditas caixas de som. O resultado foi que não vi o baterista em momento algum. Infelizmente quando fui comprar já estava quase lotado e apenas restos sobraram.

Mas vamos ao show! Abriram com "Nessa casa", mas com mudanças. Bem mais lenta com um atraso (proposital) na entrada da voz. E isso foi a característica do show: várias músicas mais lentas, modificadas em pequenas coisas. Enfim, um show intimista. Não faltaram músicas novas, várias que não sei o nome, mas tocaram "O Jardim". Boa música. Covers não faltaram. Fora a já clássica dos Secos e Molhados, todas as demais em inglês. Infelizmente, eu desconheço todas. Mas o Pedro arriscou um início de "Dear Prudence" (Beatles, mas eu conheço a da Alanis Morissette) na entrada de "O Amor". Creio que as demais músicas do CD eles tocaram todas.

Supresas da noite: em "Pela Ciência" entra alguém chamado "Wander Wildner" (o nome o Wagner me deu agora, pois eu achava que era "Waldervildo") para cantar junto, destruindo a música. Mas tudo bem, é um show descontraído, ficou boa a participação no quesito "diferente", mas não em "qualidade". Em "Fracassos", o Mike (guitarra-um) assumiu a bateria e o Iuri (baterista) assumiu uma outra bateria menor (estilo jazz me pareceu, mas eu não sei nada) e tocaram juntos a música. Em "Difícil Reconhecer" entrou uma mulher estranhíssima para fazer o backing vocal (que está na música original mesmo). Ficou legal, melhor que playback.

Por fim, o show foi excelente. Talvez não tão bom quanto o do Sete de Abril, mas lá eu estava conhecendo a banda. E o Pedro realmente tem uma baita voz. Na saída do show, ainda ganhei um doce de uma empresa patrocinadora. Que beleza.

Kurumin

Por convite da Renata, baixei o Kurumin, uma distribuição do Linux super compacta (cabe, e roda, em um mini-CD), baseada no Knoppix. Uma beleza, achou todo meu hardware e já tinha todos os pacotes que eu desejava (sou um common-user mesmo). Exceto a placa de rede, que continuava não comunicante, o que acabei resolvendo alterando o sistema de conexão na EEPROM (ele estava setado para utilizar cabo coaxial, nem sei como funcionava no Windows). Feito isso, tudo rodando.

O Kurumin é uma distribuição extremamente informal, o que se nota pelos textos do criador. Os menus são confusos, agrupados de forma estranha, mas isso se arruma sem problemas, o importante é que ele já vem meio que pré-configurado com os pacotes que eu precisava. Não deverá ser minha distribuição final porém, talvez eu migre para o Debian.

novembro 25, 2003

Conectiva 9

Da história das piores interfaces de instalação já feitas para Linux, o Conectiva Linux 9 deve levar, se não o troféu máximo, pelo menos menção honrosa. Fontes pequenas em resolução baixa forçam os olhos e o bom senso para compreender as instruções na tela. Um sistema de instalação de pacotes tão complicado de compreender que torna impossível personalizar a contento o sistema se não se optar por uma das (poucas) instalações padrões.

Minha instalação é simples: X11 com KDE, todos compiladores e bibliotecas possíveis e talvez um Open Office. Eu não consegui achar o KDE, ou saber qual dos milhares de pacotes que contém KDE no nome seriam necessários. Simplesmente não encontrei os compiladores no meio dos pacotes. E como se não bastasse, erros crassos de português e duplicações de categorias tornam tudo cansativo demais. Parecem ter dado atenção aos heavy-users, já que dá para escolher tudo quanto é pacote individualmente, mas se esquecem dos que não desejam tanta escolha, querem um sistema funcionando, e rápido.

Resolvi selecionar tudo que tivesse menção às coisas que eu gostaria de instalar, o que levou um tempo absurdo. Dei o reboot, entrei no Linux e, oh, caiu em modo texto. Como o grub me deu duas opções, "CL 9" e "CL 9 modo texto", acreditava eu que escolhendo a primeira opção eu teria meu logon gráfico, como era no falecido Red Hat. Okay, paciência. startx. Entramos no modo gráfico e, oh oh, cadê o KDE? Me abre um terminal gráfico e nada acontece. Vamos lá, digito "kde". Nada, não existe o arquivo. Saio do modo gráfico e digito "gnome". Dessa vez vai, me aparece o Gnome bonitinho. Só que eu não selecionei coisa alguma do Gnome na instalação. Creio que alguma dependência de pacotes resolveu que deveria instalar o Gnome e sumir com o KDE.

Então vamos compilar alguma coisa. Chamo o "gcc". Nada. "cc". Nada. Não há compilador algum instalado. Vasculho as pastas e nem meção a eles. Mas pelo menos o "joe" foi instalado. Ufa.

Essa foi minha primeira experiência em instalar o Conectiva Linux 9. É verdade que não li documentos de instalação, nem fiz um esforço tremendo em tentar desvendar o sistema de pacotes, mas tudo isso mostra o quão não-intuitivo é o processo. O que é estranho para uma distribuição na sua nona versão. O Red Hat 9 é (era) um espetáculo na instalação: bonito, simples, flexível. E lembro de instalar uma vez o CL 5 e não ter tido problemas. Talvez a dificuldade venha de uma mudança de paradigma, mas eu prefiro acreditar que é pura desatenção ao instalador. Enfim. Reformatando e reinstalando. Desta vez em modo texto.

Update: em texto aparecem os pacotes que eu quero instalar, mas eles simplesmente não são instalados quando eu os seleciono. Voltei ao modo gráfico, instalei o sistema padrão para escritórios. Desta vez o sistema bootou, inclusive com o KDE. Nenhum compilador instalado, porém. Rodo o gerenciador de pacotes para instalar o "gcc", ele começa a instalar e fecha o aplicativo com um erro. Resolvo tentar a Internet, mas minha placa de rede, apesar de reconhecida, recusa-se a encontrar um IP por DHCP. Tento forçar um IP, ela enxerga a si própria mas não ao resto da rede. Vou no Windows, acho na Internet um programa para diagnosticar a placa de rede, mas... preciso compilá-lo. Parece um círculo vicioso. Desisto.

novembro 23, 2003

Within Temptation

E não é que Within Temptation é bem legal mesmo? A voz da vocalista é um pouco chata em algumas músicas, mas é extremamente versátil e bonita. O instrumental é decente o suficiente, lembra Nightwish. Thumb up. Exceto pelo visual da banda, que é o tipo "europeu standard" sem imaginação.

novembro 22, 2003

Overman

Da encomenda à Cultura feita semana passada, chegou Overman: o álbum, o mito, que é, surpresa, uma coletânea das tiras do Overman. Overman é um super herói decadente, viciado em fliperama e meio alcóolatra, desenhado pelo Laerte. Devo ter lido meia dúzia de tiras enquanto estive em São Paulo (elas são publicadas na Folha) e achei bastante bom. Então li "Deus segundo Laerte", que é excelente, então achei que não havia como errar na compra.

Não me arrependi, mas não é nada perto da série sobre Deus. Muitas tiras nem parecem escritas pelo Laerte (apesar dos traços perfeitos), o humor é fraco, apressado e fácil. Há algumas muito boas, é verdade, mas nas demais Overman realmente parece um Spaceghost que quer ser The Tick.

Agora tenho que aguardar "Deus 3: a missão", que espero que não seja ruim como o nome da coletânea.

novembro 18, 2003

Kasparov versus Fritz

No último domingo houve a terceira partida entre Kasparov e o X3D Fritz, com vitória do Kasparov. Na partida anterior, vitória do computador e na primeira partida um empate. Deverão ocorrer ainda mais três partidas.

O jogo de domingo foi, para colocar em termos técnicos, uma barbada, segundo os especialistas. Em 16 jogadas Kasparov já dominava o jogo e Fritz não teve realmente uma chance. E parece que a partida que ele perdeu foi somente devido a um erro, para usar outro termo técnico, bobo. O X3D Fritz é uma versão bem mais poderosa do Deep Blue, que fez tanto sucesso em 1997 quando venceu o mesmo Kasparov (duas vitórias, uma derrota e três empates).

Tudo indica que Kasparov deverá ganhar o confronto ou, se perder, será por muito pouco. O que é um alívio para uma humanidade que tenha medo de futuros Matrix. Kasparov não está mais "poderoso" desde 1997. Ao contrário, já deve ter perdido alguns milhares de neurônios de lá para cá. Mas o computador ficou muitas vezes mais potente e "inteligente" (aspas significativas aqui). Ainda assim, Kasparov é o favorito. O que há de errado?

Meu palpite é simples: adaptação. O Fritz é uma evolução do Deep Blue, apesar de ser significativamente diferente desse. Isto significa que ele é capaz de jogar o que ele está programado para jogar. Não faz diferença se quem está jogando com ele é um mestre do xadrez ou uma criança, ele joga da mesma maneira. Mais ainda, ele é incapaz de se auto-ajustar de forma massiva durante a partida, o que é o mesmo que dizer que ele não está aprendendo nada de importante enquanto joga. Kasparov, no entanto, é capaz de analisar os padrões de jogo efetuados pelo computador nas partidas anteriores e durante a partida em curso. Captando tais padrões, ele pode se aproveitar para explorar falhas e derrotar a máquina. Kasparov se adapta ao tipo de jogo da máquina, enquanto a máquina apenas joga.

Já disseram que esses programas de xadrez são atualmente o que existe de fracasso na Inteligência Artificial. E é verdade. Eles só jogam bem por que há humanos atrás de cada máquina embutindo conhecimento HD abaixo. Nas palavras de um dos programadores do Deep Blue: "... gastamos um ano inteiro com o mestre em xadrez Joel Benjamin, basicamente deixando ele vencer o Deep Blue - fazendo com que [o programa] cometesse erros e corrigindo todos esses erros...". Quer dizer, Kasparov não perdeu da máquina, perdeu de uma equipe de programadores auxiliados por um outro mestre. Tudo que Deep Blue tinha que fazer era não errar a receita e isso máquinas sabem fazer.

Mas qual é a alternativa a isso? Basicamente fazer programas que possam aprender sozinhos e se adaptarem ao momento. Eles poderão não ser tão bons quanto os melhores humanos ou nem melhores do que os atuais programas, mas pelo menos terão mérito próprio.

Microsoft Matrix

Tem gente que não tem senso de ridículo. São fotos de um vídeo que foi apresentado na Comdex, parece que após a esperada "keynote speech" do Bill Gates. Não compreendo como a equipe de marketing deixou passar isso e nem como os respectivos atores se prestaram a fazê-lo. Se a MS merece morrer, é por causa desse vídeo.

Se vocês se lembram, quando lançaram o Windows 95, a MS comprou os direitos de "Start me up" do Rolling Stones para acompanhar o lançamento. Isso já era idiota o suficiente. Mas conseguiram se superar. Creio que tudo isso é uma tentativa de fazer uma empresa gigante parecer mais "comunitária". Esse vídeo diz "ei, vejam, nós vemos as mesmas coisas que vocês, gostamos das mesmas coisas que vocês, sejam nossos amigos". Mas é impossível, pessoas comuns não simpatizam com empresas gigantes, ponto final, desistam, foquem no que é importante. E poupe-nos dessas aberrações publicitárias.

E, de qualquer forma, com o fracasso intelectual de Matrix, nada que se refira à trilogia pode ser bom.

novembro 16, 2003

Deus 2

Só eu não sabia, mas já saiu "Deus 2: a graça continua", que é a continuação de "Deus segundo Laerte". É uma coletânea de tiras sobre Deus, o melhor personagem do Laerte (que é, por sua vez, o melhor cartunista brasileiro, já que o LFV anda aposentando seus bons personagens). E esta continuação é colorida!

Paguei R$16,00 na Cultura de Porto Alegre. E acabo de descobrir que já tem inclusive "Deus 3: a missão", lançado este ano. Primeira coisa a fazer chegando em Porto Alegre é comprar este.

novembro 13, 2003

MenuetOS

Windows, MacOS, Linux que nada. Bom mesmo é MenuetOS.

Buscas

Alguém entrou neste blog procurando por "compro terreno em marte ". Isto mesmo. Se encontra de tudo na Internet, tudo bem, mas há limites. O que a pessoa por trás desta busca estava pensando? Primeiro, que ela *quer* um terreno em Marte. Para passar as férias, presumo. Pegar um bronzeado diferente. Segundo, que alguém está vendendo terrenos por lá. Oras, o Sojourner deve ter tomado posse de tudo e como suas baterias não duram muito ele deve estar querendo se livrar e deve fazer um preço camarada. Mas, terceiro, a procura tendo sido em português leva a crer que o indivíduo acha que alguém no Brasil (ou Portugal, ou um daqueles outros dois países que falam português) está vendendo terrenos em Marte! Se eu fosse procurar, procuraria em inglês, afinal os americanos já devem ter contratos com os marcianos.

Outra procura bizarra foi "nomes bonitos para cachorros". Tudo bem, exceto pelo "bonitos". A pessoa que fez essa busca acredita que se ela não especificar "bonitos", acabará em um site só de nomes feios para cachorros e, inevitavelmente, ela terá que escolher entre aqueles.

Por fim, "testes para comprovar que sou bruxa". Minha cara, se você tem que procurar no Google para saber se é bruxa, então sinto muito, você não é! Tira os sapatos pontudos e get a life.

E este foi o primeiro mês em muitos que ninguém entrou aqui procurando por "Marina Seelig". Estás perdendo popularidade, Marina!

novembro 12, 2003

MacOS X

Algumas palavras do Steve Jobs eventualmente acabam chegando no meu cérebro. Em uma conferência ele disse que o Mac OS X (Panther, bem dito) é o que o Longhorn (o próximo Windows) quer ser. Fui conferir e é um pouco verdade sim. O Longhorn é mais ambicioso, mas o intuíto é mais ou menos o mesmo: reduzir o ciclo de produção de um SO. Veja o Mac OS X: três versões já foram lançadas, praticamente uma por ano. O Windows hoje tem um ciclo de 3 ou 4 anos aproximadamente.

Essa pequena introdução me deixou um pouco mais curioso em relação ao Mac OS X. Aliado à algumas discussões sobre os PC's x86 serem suficientemente mais rápidos que os PowerPC's para emularem estes, resolvi dar uma procurada. E achei um tal de Mac-on-Linux. É um emulador de PowerPC que permite rodar o MacOS em uma janela no Linux. Não testei ainda, preciso reinstalar meu Linux antes (está muito antigo), mas quero dar uma tentada. Uma versão para Windows, de outra empresa, estava para sair, mas problemas legais impediram o lançamento, então só dá para rodar o MacOS 8.

E procurando mais além, achei um programa chamado Bochs, que faz o contrário. Permite rodar um Windows dentro do MacOS. Parece que inclusive o XP, com restrições. O mundo entraria em colapso se eu rodasse o iTunes dentro do Windows dentro do MacOS?

A emulação de Windows dentro do MacOS não é tão interessante. Já há opções suficientes de hardware para escolher. Mas o contrário pode mudar bastante coisa, já que o hardware da Apple é o único que roda o MacOS. Hoje quem gosta do MacOS não tem outra opção, é um pacote fechado. Quer dizer, complementando meu post sobre SO's, emuladores complexificam ainda mais a briga de sistemas que está para ser travada. Será errado eu me divertir com isso?

novembro 10, 2003

Bienal

Bienal 2003...

Transmedia

Eu já disse isso, alguns (muitos) posts atrás, sobre Matrix, mas esse cara desenvolveu melhor. Não é um spoiler, é uma análise do real motivo que devemos aclamar Matrix. Nada de efeitos especiais, história, originalidade, "filosofia". Mas "transmedia storytelling" feito de verdade, em massa, pela primeira vez.

"Primeira vez" é forte, tenho certeza que alguém [ ;) ] vai vir me dizer que um filme Coreano de 1920 já fez um filme e contou a história em tabletes de barro de forma complementar, mas Matrix foi além e ainda não parou.

Outra: alguém duvida que vá sair um DVD especial com finais alternativos? Eu não.

novembro 6, 2003

Lycoris & Linux

Mais uma distribuição de Linux está se fechando ao software "grátis". Trata-se da Lycoris. Eu não conhecia, mas parece ser uma boa distribuição, extremamente voltada para uso doméstico (basta ver os screenshots). Desde a semana passada eles não mais distribuem seu Desktop/LX gratuitamente. No fórum de discussão da empresa, muita revolta, programadores abandonando o projeto, usuários desapontados.

E interessante: eles também cobram pelos fontes, mesmo licenciados pela GPL. A GPL não permite que se cobre pelos fontes, exceto por "custos de distribuição". Assim, eles incluíram tudo nesse custo: não só a mídia e correio, mas também o custo de gravar a mídia, o custo de manter um computador para gravar as mídias, o custo de manter uma pessoa para utilizar o computador, o custo de manter a empresa para manter o funcionário para utilizar o computador. E o pior é que faz sentido.

A Lycoris se junta à Suse e à RedHat em algo que pode-se chamar o fim da era romântica do software livre, termo que já devem ter utilizado por aí. Eu chamaria de amadurecimento da indústria. Ou, ainda, "opa, temos contas para pagar, cadê o dinheiro??".

E mais: a Red Hat, que produz talvez uma das distribuições mais user-friendly por aí, comentou que o Linux realmente não está pronto para o mercado doméstico e que os usuários caseiros devem mesmo utilizar o Windows. É uma boa estratégia de marketing para a RedHat: o dinheiro mais grosso está nas empresas, eles estão vendendo um Linux para empresas e estão focando com força esse mercado, realmente tentando diferenciar os dois segmentos. Mas do ponto de vista da comunidade, parece um tiro no pé.

E só para agitar mais ainda o mercado de Sistemas Operacionais, dizem que a Microsoft quer começar a usar o PowerPC nos seu X-Box. O PowerPC é a arquitetura de processador classicamente utilizada nos computadores da Apple. Para fazer o X-Box funcionar com o PowerPC, boa parte do software terá que ser remodelado para rodar nessa arquitetura. Basicamente isto quer dizer que parte do Windows terá que ser portada para PowerPC. Somando tudo, em médio prazo deveremos esperar um Windows para Apple's? É possível.

E com a Apple portando o iTunes para o Windows, não será o início de uma tendência e, quem sabe, eles acabem portando todo o MacOS X para a plataforma x86, como já foi proposto diversas vezes? Só vendo.

Hackers

Eu estava fazendo o novo layout deste blog baseado no "Glider", um elemento estável do chamado "Game of Life", um dos tantos experimentos em autômatos celulares. Pelo Daniel fiquei sabendo que os hackers talvez adotem tal símbolo. Então não devo mais usar o design sendo bolado e a atualização deste blog fica postergada até nova idéia surgir. Ou até essa idéia deles adotarem o símbolo morrer.

novembro 5, 2003

Revolutions

Vi Matrix Revolutions. Mas isso é tudo que vocês precisam saber.

Em tempo: há outra coisa que vocês precisam saber. Na fila, havia um cara com a roupa muito parecida com a do Neo (um sobretudo meio oriental). Ele disse que mandou fazer sob medida. Outro estava vestido como o Seraph. Muito bom. E só seis dias atrasados.

novembro 3, 2003

OS

O Longhorn, codinome do substituto do Windows XP, parece ser melhor do que eu esperaria. Se o XP já foi um passo largo adiante ao se livrar de todas as tralhas de 16 bits, o Longhorn vai mais além e reformula boa parte do sistema, senão todo. Isso significa se livrar de códigos antigos, ultrapassados. Aqui há um ótimo artigo sobre as questões técnicas. Mas agora já temos processadores de 64 bits e tudo começa novamente.

Enquanto isso, a Red Hat está descontinuando seu Linux grátis. A versão 9 é a última a ser lançada e o suporte para as demais versões já tem data para acabar. Eles agora estão vendendo seu Red Hat Enterprise Linux. Estão seguindo a trilha do Suse, que também optou por apenas fornecer, gratuitamente, uma versão "light" do seu SO (isto é, apenas binários i386, nada de suporte a Pentiuns e afins). Ainda há muitas distribuições boas e grátis, mas essas duas já mostram uma tendência estranha no mundo do software livre.

Software livre é bom por que é livre, e não por que é grátis. Essa é a teoria. Mas não sei bem até onde alguém faria contribuições gratuítas para uma distribuição que é paga. Não sei se, no final, os americanos é que estão certos em terem uma só palavara para designar "grátis" e "livre".

novembro 2, 2003

Rápidas

- O Amor Custa Caro, essa comédia romântica com o George Clooney e a Catherine Zeta-Jones, é bem legal. Esqueça que é uma comédia romântica e concentre-se no ritmo do filme. O diretor é o Joel Coen, o mesmo de "E aí irmão, cadê você?" e isso fica na cara o filme todo. Mais aqui.

- Estou tentando remodelar este blog, tornando-o uma site de verdade. Mas deve demorar. Quero reunir mais coisas sobre mim, como curriculum, artigos e projetos.

- A Feira do Livro de Pelotas está a mesma coisa de sempre. Cada vez menos livarias sérias, cada vez mais livrarias espíritas. Em compensação, a Feira do Livro de Porto Alegre promete.

- Matrix Revolutions estréia esta semana, dia 5. Meio-dia é a estréia mundial. Espero estar lá. E espero não me decepcionar (ainda mais). Mas talvez seja pedir demais.

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