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fevereiro 3, 2008

E mais criacionismo

Foi só falar no Huckabee e sua crença em criacionismo que o Brasil já teve que correr atrás e já temos uma ministra criticando a teoria da evolução e supostamente defendendo o ensino de teorias alternativas (i.e. criacionismo) nas escolas.

É o Brasil na vanguarda do retrocesso científico.

No artigo do jornalista da Folha (linkado acima), é dito que "o grande erro da comunidade científica norte-americana foi ter esperado tempo demais antes de reagir às investidas criacionistas". É verdade. Mas é justificada e compreensível tal demora. Cientistas, em geral, tem dificuldade para compreender como alguém pode viver uma vida sem seguir rígidos preceitos científicos. Para eles (nós, aliás), não é concebível que uma idéia que não tenha fortes evidências a seu favor se mantenha na tona por muito tempo. O criacionismo pegou todos de surpresa e está-se até hoje tentando entender como algo assim pode ainda existir (a resposta, naturalmente, envolve o eterno desejo das pessoas em acreditar no que é conveniente e não no que é, ou lhes parece, verdade). Esperava-se que, eventualmente, as pessoas iam se dar conta do que estavam falando e esquecer o assunto.

Eu costumo pensar que não seria tão ruim assim ensinar teorias "alternativas". Comparar a teoria da evolução com outras teorias malucas faria com que ela se parecesse ainda mais auto-evidente e intuitiva para toda uma nova geração. Ou pelo menos para uma nova geração de pessoas razoáveis.

birdman_evolution.jpg

3 comentarios

Precisamos de um Flying Spaghetti Monster brasileiro!

Minha proposta: a Teoria do Caldo de Feijoada.

A Teoria da Evolução pode ser "intuitiva", mas não é isenta de problemas. Calma, não estou defendendo o criacioniosmo. Mas uma coisa que não tem qualquer explicação pacífica (há explicações, mas muitas até contraditórias) é como se deu o salto dos compostos moleculares primitivos não-vivos (logo, sem qualquer motivo, razão e muito menos desejo de se reproduzir ou "sobreviver", conceito, aliás, que nem se pode lhes aplicar) para as primeira estruturas autorreprodutivas. Uma coisa é um raio produzir em meio a oceano primevo um "coacervado" de aminoácidos. Outra, muito mais gigantesca em complexidade e fortuidade é ter uma combinação de aminoácidos na forma de bases de DNA e finalmente DNA. Esta questão é, quase que sistematicamente, escamoteada de forma até desonesta pelos evolucionistas. Depois disso, tudo fica mais fácil. Muito mais fácil. No entanto, daqui para a frente, a coisa vai ficar, necessariamente, mais difícil e menos intuitiva, isso sim. A menos que passemos a fazer da evolução artigo de fé: "Darwin disse.".

O cientificismo e o evolucionismo também são idelogias, e às vezes simples religiões. Ademais, o evolucionismo não explica a origem da vida e Darwin nem era ateu.

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Esta página contiene una sola entrada realizada por ricardo y publicada el fevereiro 3, 2008 5:14 PM.

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