Novedades en la categoría Livros

março 21, 2008

Athur C. Clarke

Arthur C. Clarke faleceu no dia 18 de março. Clarke foi um dos maiores autores de ficção científica, mas também um dos poucos a realmente fazer jus à essa categoria literária. É uma linha tênue que separa a "realidade fantástica" da "ficção científica". A última, na minha visão ideológica de quem nunca estudou literatura, se concentraria em extrapolações científicas mas mantendo-se dentro do que é possível, concebível ou razoável. A primeira, por outro lado, não teria qualquer compromisso com viabilidade técnica ou científica. Não é a toa que Clarke imaginou satélites artficiais para comunicação antes que estes fossem realmente (re)inventados.

É curioso que um dos meus livros favoritos, The Songs From a Distant Earth, de sua autoria, seja também o único livro que li dele. Tenho certeza que já li trechos de "2001" e até de "2010", mas não guardo recordações destes estranhamente. Algo a corrigir no futuro próximo.

abril 5, 2007

The Salmon of Doubt

Outro livro que já tem um ano que li e esqueci de comentar por aqui foi The Salmon of Doubt, de Douglas Adams - o mesmo de O Guia do Mochileiro da Galáxia. O livro é uma obra póstuma, uma compilação de textos inacabados, artigos nunca publicados e alguns publicados mas obscuros. Incluí-se aí ensaios para um sexto livro do Guia ou para um segundo livro de um personagem que eu não conhecia, um detetive "holístico" chamado Dirk Gently. O "ou" ali é por que as idéias são aproveitadas com Dirk, mas Adams menciona que acredita seria melhor transformar em histórias para o Guia.

Entre os textos, há algumas pérolas. Por exemplo, uma história com Genghis Khan escrita com Graham Chapman (dos Pythons), além de nada menos que duas introduções ao livro escritas por Terry Jones (também dos Pythons). Há divagações sobre religião e ateísmo (Adams se declarava um Ateu Radical, menos por ser realmente radical e mais para que ninguém confunda com Agnóstico), além de textos sobre tecnologia em geral e Macs em específico.

O livro permite compreender um pouco da vida de Douglas Adams, de uma forma mais íntima do que qualquer biografia poderia fazer. E ainda dá um gostinho do que poderia ter vindo se Adams não tivesse falecido em 2001.

março 29, 2007

Freakanomics

Com certo atraso, li o Freakanomics no início do ano. O livro é fruto de uma parceria entre o economista Steven Levitt e o jornalista Stephen Dubner e, ao contrário do título, pouco tem a ver com economia. Os autores tratam de fenômenos do cotidiano e como uma maior compreensão pode ser adquirida através de métodos tradicionalmente utilizados na economia.

Entre as perguntas que tentam resolver estão "por que a criminalidade caiu drasticamente nos EUA" (resposta: legalização do aborto); "o que define pais perfeitos?" (resposta: comportamento dos pais define menos os filhos do que se pensa); "por que traficantes vivem com suas mães?" (resposta: tráfico de drogas não dá tanto dinheiro assim).

Tudo muito interessante e o grande trunfo do livro é mostrar que um olhar quantitativo em certos fenômenos pode elucidar muitas coisas. A metodologia é amplamente baseada em estatística pura, com algumas elocubrações psicológicas tiradas da Economia sobre interesse pessoal (isto é, a única coisa que é tirada da Economia é que as pessoas agem em prol de interesse próprio). Assim, o título do livro é, sim, um tanto enganoso - eu esperaria, não tendo lido críticas antes de ler o livro, que tratassem de assuntos sobre a Economia.

O livro é de leitura rápida e, como diz na contra-capa, "... você será estimulado e entretido. De quantos livros se pode dizer isso?". E para quem não quer comprar o livro, há o blog dos autores.

maio 24, 2006

Complexity

Lendo Complexity, de W. Mitchell Waldrop. O título dá a entender que é um livro sobre a nova ciência da complexidade, mas isso é apenas pano de fundo para relatar o início do fantástico Santa Fe Institute e as grandes mentes que se reuniram para dar forma ao instituto.

O livro é quase um romance na forma da narração. E é interessante e cativamente mesmo sendo sobre um assunto que poderia deixar qualquer um em coma espontâneo: a construção de uma ciência e a burocracria para iniciar um instituto de pesquisa.

Na fila de leitura: Big Bang, de Simon Singh. Um dos meus autores favoritos, autor de O Último Teorema de Fermat e O Livro dos Códigos.

julho 12, 2005

The Blank Slate - Fim

Terminei finalmente de ler The Blank Slate. Leitura altamente recomendável e que facilmente entra na minha lista de livros obrigatórios para compreender seres humanos.

É o típico livro que faz rever conceitos em diversos assuntos polêmicos. Um dos últimos capítulos, por exemplo, trata do quanto os pais influenciam a personalidade de uma criança. A resposta de Pinker, baseada em diversos estudos e contrariando a crença popular, é um estrondoso "praticamente nada". Gêmeos idênticos que crescem em lares distintos são, quando adultos, impressionantemente similares. Crianças adotadas, que crescem no mesmo lar, são tão diferentes quanto quaisquer pessoas pegas ao acaso. Os pais têm influência apenas muito indireta no que as crianças se tornarão, escolhendo o ambiente onde ela crescerá e, claro, mantendo-a viva e saudável. O resto a genética e a experiência pessoal se encarregam de moldar.

Outros capítulos muito interessantes são os ataques ao Marxismo ("ótima teoria, espécie errada") e ao modernismo e pós-modernismo nas artes. Pinker mostra que o que concebemos como natureza humana permeia praticamente tudo nas ciências sociais e humanas, principalmente na política, e mostra que ao aceitarmos que não somos tábulas rasas e muito menos nobre selvagens damos um longo salto em direção a uma melhor compreensão das aflições humanas.

junho 24, 2005

The Blank Slate

Adquiri recentemente "The Blank Slate", de Steven Pinker. É o mesmo autor do excelente "Como a mente funciona" e trata sobre a eterna questão de se somos construídos pela genética, pelo ambiente ou por uma mistura entre os dois.

Pinker já parte do princípio de que somos o que somos devido a uma complexa interrelação entre ambiente e genética, mas faz uma revisão histórica bem interessante do conflito entre essas duas frentes e as conseqüencias disso para a política e cultura em geral. Ele nos faz lembrar como pequenas crenças, muitas vezes erradas, sobre como o mundo e nós funcionamos pode levar a políticas que afetam toda a sociedade.

Uma das coisas interessantes no livro são alguns (poucos) relatos sobre gêmeos idênticos. Aparentemente, há casos de gêmeos separados após o nascimento e, informa Pinker, estudos mostram que eles são mais parecidos quando adultos do que se poderia crer inicialmente. E são semelhantes em coisas improváveis, como utilizar o mesmo estilo de roupa ou uma peça em específico. Eu gostaria de ter acesso a esse tipo de estudo. Me parece que se pegarmos duas pessoas ao acaso e procurarmos com afinco, encontraremos muitas coisas em comuns entre elas. Elas serem gêmeas só torna essas semelhanças mais evidentes, de forma semelhante a vermos rostos em padrões aleatórios, mas não sei se podem ser atribuídas à genética idêntica. Por exemplo: é improvável que duas pessoas aleatórias compartilhem o mesmo estilo de penteado, mas é muito provável que compartilhem alguma coisa. Gostaria de saber se o estudos estabelecem itens específicos a serem analisados para, então, comparar estes entre gêmeos e entre pessoas aleatórias, ou se apenas procuram coisas iguais em gêmeos e saiam relatando "oh puxa, como tem coisas semelhantes".

Reluto um pouco em aceitar essas evidências não por que acredito que somos totalmente definidos por nosso ambiente, mas por que isso sendo verdade implica que não somos tão caóticos assim: até mesmo mudanças drásticas no que nos acontece hoje pode não ter relação alguma com o que nos tornaremos no futuro. Aceito que a genética tenha um papel grande na nossa formação, mas não tão grande. Mas acredito que Pinker salientou as semelhanças para seu argumento no momento, provavelmente as diferenças são maiores e mais marcantes do que uma ou outra semelhança que bem pode ser coincidência.

Se for verdade, porém, pode ser reconfortante para pais. Pequenos erros na educação da criança não trarão grandes conseqüências no futuro. Isso significa também que se o filho for um Calvin, não há muito o que fazer para consertar isso...

março 29, 2005

A Escalada do Monte Improvável

Comprei e terminei a leitura de "A Escalada do Monte Improvável", de Richard Dawkins. Dawkins é considerado um dos mais influentes pensadores especializados na teoria da evolução e achei que já estava na hora de ler algo dele, já que apenas havia lido até então livros do seu suposto competidor Stephen J. Gould.

O livro é coeso e interessante para quem ainda não compreendeu a teoria da evolução, mas dificilmente apresenta algo novo. A mensagem principal é: a evolução não dá saltos evolutivos, nem exige que tais saltos existam, mas toda evolução é gradativa, ainda que não necessariamente lenta. Isto é um dos fundamentos da teoria da evolução e, portanto, creio que o livro apenas exista como uma resposta ao crescente movimento criacionista atual (muitos criacionistas tendem a dizer que a evolução exige saltos evolutivos direcionados, o que excluiria a aleatoriedade).

Assim, o livro é mais uma mastigação com exemplos da teoria da evolução. Mas não é bem escrito. Dawkins se repete muito e tem um estilo chato de se ler. Este último problema, porém, talvez possa ser atribuído à tradução.

Nem mesmo sua metáfora, a de que a evolução é uma escalada até picos de perfeição, é muito boa. Claro que perfeição não é em termos absolutos, mas sim uma medida de adaptação, mas a metáfora não deixa isso claro e poderia-se pensar que a evolução direciona os seres vivos a pontos específicos, perfeitos e pré-existentes, o que é semelhante a pensar que a evolução sempre direciona seres vivos à complexidade.

Eu particularmente vejo o monte improvável como um monte feito de gelatina. Enquanto espécies começam a subir os morros, estes mudam de forma, alteram seus picos e suas formas. Não há nada fixo e constante.

Mas voltando ao livro, o que o salva são as centenas de exemplos da engenhosidade da evolução e o raciocínio tortuoso para tentar explicar de onde saíram formas e modos de vida de tantos seres vivos. Nisto Dawkins faz um excelente trabalho.


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janeiro 30, 2005

Como a mente funciona

Há quase um ano me foi emprestado (valeu Cris!) um livro chamado "Como a mente funciona", do cientista cognitivo Steven Pinker. Eu não tinha ouvido falar nem do autor nem do livro e minha primeira impressão, pelo título, é que se tratava de um livro sobre o cérebro. Eu esperava descrições de áreas que fazem determinadas coisas e o que já se sabe sobre a fisiologia do cérebro e da mente. Como meu interesse sobre isso é limitado, adiei o quanto pude a leitura. Até algumas semanas atrás.

Apesar de meu palpite estar correto, o livro é muito mais do que fisiologia. O título bem poderia ser "O manual da humanidade" ou "Humans for dummies". Enquanto há realmente o lado fisiológico, Pinker parte unicamente da Teoria da Evolução para explicar não unicamente como a mente funciona, mas o porquê dela funcionar assim e as conseqüências disso para a sociedade.

O resultado desta abordagem são explicações para a maioria dos fenômenos sociológicos, psicológicos e criminológicos com que convivemos. Apesar de algumas vezes o livro se tornar simplista demais, ou recusar-se a admitir que a metodologia deve admitir outras hipóteses tão boas quanto as que ele oferece, é difícil não se sentir atraído pelas idéias. Um pouco por elas parecerem naturais, mas muito por partirem de premissas muito simples. Tudo que o leitor necessita para compreender é uma mínima compreensão da Teoria da Evolução.

As áreas que Pinker tenta abranger não são modestas. A lógica da guerra, sexualidade, religião, sociedades, violência, felicidade, emoções em geral. Todos são assuntos tratados com a mesma base evolucionista.

Há outra coisa muito boa no livro: relatos de experimentos feitos com pessoas que têm danos em áreas específicas do cérebro. Há quem reconheça objetos, mas não faces (um smiley para essas pessoas é só dois pontos e um arco). Há quem não tenha visão estereoscópica (não conseguem ver em três dimensões). Há quem não diferencie objeto de pessoas (e sugere-se que esse é o problema dos autistas). Acho tais relatos sensacionais e a maior fonte de insights sobre como nossa mente é dividida.

Enfim, livro excelente. Recomendo a todos que querem entender um pouco sobre o porquê do mundo dos humanos (e maioria dos mamíferos) ser do jeito que é. Apenas corre-se o risco de perder um pouco de fé na humanidade, mas não mais do que meia dúzia de manchetes no jornal diário já fazem.


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outubro 19, 2004

Calvin e Haroldo

Calvin e Haroldo (ou Hobbes) é muito bom! Eu sei, estou só uns dez anos atrasados na constatação, mas explico: eu considerava o Calvin na mesma classe da Mafalda, isto é, crianças com mentalidades de adulto e coisas do gênero. Nunca gostei de Mafalda e, então, nunca me dei o trabalho de ler Calvin.

Mas fui à Cultura semana passada procurar alguma coisa do Laerte e, para minha decepção, não havia mais nada. Então deparei com uma promoção de uma coletânea de tirinhas do Calvin e Harold ("Felino Selvagem Psicopata Homicida") a R$8,00 cada volume (são 2 volumes) e achei que valia a pena afinal de contas. E foi aí que me dei conta como é bom.

Calvin é um pouco como Mafalda, sim, mas (1) os desenhos são melhores e (2) o contexto é muito diferente. Mesmo que as vezes Calvin demonstre uma mentalidade acima do normal, Watterson (o autor) não usa isso para passar ideologias perspicazes, mas insere em um contexto de crianças, de imaginação fértil, de brincadeira. O resultado é uma tirinha leve e divertida. Mesmo sendo o Calvin equizofrênico e hiperativo.

Preciso ler mais.

P.S. já dá para comprar TODAS as tiras do Calvin & Hobbes, no "The Complete Calvin and Hobbes". Está disponível para encomenda na Livraria Cultura, por um preço um tanto salgado. Pode-se encomendar pela Amazon também, por um preço mais amigável. Presente perfeito para qualquer um.

setembro 8, 2004

Jurassic Park

Li "Jurassic Park", versão pocket em inglês, coisa que eu devia ter feito há muito tempo mas nunca me interessei. Mas depois de ler "Presa" fiquei com vontade de ler mais Michael Crichton e esse estava dando sopa já que a Raquel havia a recém comprado.

Provavelmente Crichton é o melhor escritor de ficção científica da atualidade. Apesar de seus enredos sempre terem uma tendência a se tornarem roteiros de filmes estrelados pelo Vin Disel, ele dá um embasamento científico como muito poucos autores que eu já tenha lido. Eu compararia seu cuidado com o uso da ciência possível aos livros do Arthur C. Clarke, mas Clarke é um pouco mais visionário, no sentido de que escreve sobre coisas que podem acontecer daqui a cem anos, enquanto Crichton usa ciência dos notíciarios de hoje para descrever o que seria possível em poucos anos. Muito bom.

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