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Munique é o segundo melhor filme do ano por causa do final. Não fosse o final (e um pouco do roteiro), seria facilmente o primeiro.

O Spielberg tem experiência para esbanjar, e tá acima do que muitos diretores consideram auge. Ele é um cara que sabe exatamente quantos passos de experimentalismo pode dar além do "o que o povo quer". Fez isso em Prenda-me se Puder, em Guerra dos Mundos e Munique. Os públicos-alvo são diferentes, mas ele consegue chegar num produto que agrada tanto o vovô que só vê os filmes na TV a cabo quanto as pessoas que sabem o que quer dizer cinematography. Em suma, ele sabe transitar entre as audiências com níveis de exigência bem díspares.

Munique ainda tem a fotografia fenomenal do Janusz Kaminski (que gera imagens como a aí de cima) e diálogos certeiros do Tony Kushner (o que me lembra que só vi metade de Angels in America). Certamente as melhores cenas também foram escritas por Kushner. Culpo todos os problemas no roteiro ao co-credidato, Eric Roth. Dá pra diferenciar os dois vendo o filme. Debate político versus crises emocionais = Kushner. Ação débil mental e falta de estrutura = Roth. Ainda bem que Roth aparece menos.

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Curiosamente, eu estou assistindo a segunda metade de "Angels in America" enquanto leio esse post. Coincidência?
Anyway, se tu quiser, é só falar :)

Prenda-me se FOR CAPAZ

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This page contains a single entry by Érico Assis published on mars 9, 2006 6:32 EH.

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