ágúst 2004 Archives

Comecei meu blog de pesquisa. Todo mundo tem o seu, então fiquei com inveja.

Chama-se Rodapé. Seja um leitor assíduo e colaborador, por favor. Obrigado.

Também dei uma atualizada no meu site-currículo.

Comecei meu blog de pesquisa. Todo mundo tem o seu, então fiquei com inveja.

Chama-se Rodapé. Seja um leitor assíduo e colaborador, por favor. Obrigado.

Também dei uma atualizada no meu site-currículo.

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No Winamp: João Gilberto in Tokyo e Prodigy: Always Outnumbered, Never Outgunned.

Bizarro.

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No Winamp: João Gilberto in Tokyo e Prodigy: Always Outnumbered, Never Outgunned.

Bizarro.

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The Corporation: muito, muito, muito, muito, muito, muito bom. Dê um jeito de assistir.

Pode parecer bobo, mas realmente dá vontade de fazer o que o Michael Moore diz no final.

Próxima na fila: The Yes Men. Alguém aí tem?

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The Corporation: muito, muito, muito, muito, muito, muito bom. Dê um jeito de assistir.

Pode parecer bobo, mas realmente dá vontade de fazer o que o Michael Moore diz no final.

Próxima na fila: The Yes Men. Alguém aí tem?

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Consegui ler dois livrinhos de ficção nas férias. Política, do Adam Thirlwell, e You Shall Know Our Velocity, do Dave Eggers.

Faz dias que tô tentando entender por que gostei dos dois, mas sinto que, se eu tentar explicar, vai parecer que eu não gostei.

Ambos são engraçados, ambos são extremamente bem escritos e ambos são meio, assim, vazios. Tipo, não têm um ponto, não têm um sentido, algo palpável. São coletâneas de páginas maravilhosamente bem escritas que por acaso caíram no mesmo livro.

politica.jpgThirlwell é a ironia em pessoa. E não é só ironia que ele tem, é humor negro. Pelo que eu tinha lido sobre o livro, esperava algo tipo o Alain de Botton, que se mete no meio das histórias e começa a filosofar sobre o relacionamento dos personagens. Thirlwell é muito mais malvado. Não só insiste em se intrometer em cada cena, mas também ridiculariza cada uma de suas pobres figurinhas. Sendo um livro sobre um relacionamento a trois, o que pode atiçar as mentes pervertidas por aí, é interessante como ele retrata o sexo como uma coisa suja e humilhante. No final, acaba ficando parecido com Como Ser Legal.

youshall.jpgGostei mais do do Eggers. Ele consegue te prender por 15, 20 páginas numa mesma cena em que o personagem começa um monólogo sobre nada. A prosa é fantástica. A idéia é maluca: dois amigos resolvem viajar pelo mundo distribuindo os 80 mil dólares que conseguiram após a morte de um colega. Eles não sabem muito bem por que ou pra que estão fazendo isso, mas parece ser algo bom, certo. Provavelmente porque passaram a infância assistindo repetidamente a moral da história no final de cada episódio do He-Man, ou leram muito Homem-Aranha - o Eggers não cita cultura pop, mas os personagens dele parecem viver dessa moral de cinema e desenho animado infantil, tentando entender como ela (não) funciona quando você vira adulto. E, como no livro anterior dele, é bom se preparar para aquelas descrições intermináveis das explosões de felicidade dos personagens por motivos banais.

Ficção, agora, só nas próximas férias. Pattern Recognition vai ter que esperar.

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Consegui ler dois livrinhos de ficção nas férias. Política, do Adam Thirlwell, e You Shall Know Our Velocity, do Dave Eggers.

Faz dias que tô tentando entender por que gostei dos dois, mas sinto que, se eu tentar explicar, vai parecer que eu não gostei.

Ambos são engraçados, ambos são extremamente bem escritos e ambos são meio, assim, vazios. Tipo, não têm um ponto, não têm um sentido, algo palpável. São coletâneas de páginas maravilhosamente bem escritas que por acaso caíram no mesmo livro.

politica.jpgThirlwell é a ironia em pessoa. E não é só ironia que ele tem, é humor negro. Pelo que eu tinha lido sobre o livro, esperava algo tipo o Alain de Botton, que se mete no meio das histórias e começa a filosofar sobre o relacionamento dos personagens. Thirlwell é muito mais malvado. Não só insiste em se intrometer em cada cena, mas também ridiculariza cada uma de suas pobres figurinhas. Sendo um livro sobre um relacionamento a trois, o que pode atiçar as mentes pervertidas por aí, é interessante como ele retrata o sexo como uma coisa suja e humilhante. No final, acaba ficando parecido com Como Ser Legal.

youshall.jpgGostei mais do do Eggers. Ele consegue te prender por 15, 20 páginas numa mesma cena em que o personagem começa um monólogo sobre nada. A prosa é fantástica. A idéia é maluca: dois amigos resolvem viajar pelo mundo distribuindo os 80 mil dólares que conseguiram após a morte de um colega. Eles não sabem muito bem por que ou pra que estão fazendo isso, mas parece ser algo bom, certo. Provavelmente porque passaram a infância assistindo repetidamente a moral da história no final de cada episódio do He-Man, ou leram muito Homem-Aranha - o Eggers não cita cultura pop, mas os personagens dele parecem viver dessa moral de cinema e desenho animado infantil, tentando entender como ela (não) funciona quando você vira adulto. E, como no livro anterior dele, é bom se preparar para aquelas descrições intermináveis das explosões de felicidade dos personagens por motivos banais.

Ficção, agora, só nas próximas férias. Pattern Recognition vai ter que esperar.

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smartmobs.jpgDepois de encher o saco de muita gente, finalmente consegui ler Smart Mobs, do Howard Rheingold. E é bom, muito bom.

Mas pra ser lido com um pé atrás. Ele entra na mesma tradição dos livros "deslumbrados" com a Internet, tipo os do Michel Dertouzos, do Pierre Lévy e do Nicholas Negroponte - dá pra encontrar pelo menos cinco cópias de A Vida Digital em cada sebo de Porto Alegre, sinal de que as pessoas nem querem o livro na estante. Rheingold até leva em conta o monte de porradas críticas que esse pessoal levou na década de 90, mas ainda está bastante "maravilhado".

O legal do livro é que ele coloca no mesmo saco todas essas coisas legais que estão acontecendo em função da cibercultura - novas formas de participação democrática, discussões sobre direitos autorais, crítica à over-vigilância, aceleração da nanotecnologia - e dá um nome legal pro saco: "multidões inteligentes". Novos processos colaborativos possibilitados por novas tecnologias de comunicação.

Rheingold entra em discussões teóricas, citando até Foucault, pra não parecer contente demais. E dedica uns 10% do livro a só falar de aspectos negativos da sua "revolução social". Equilibra um pouco as coisas, mas a confiança dele no altruísmo das pessoas e na tendência à cooperação ainda me deixa em dúvida.

Ok, livro lido, objetivo alcançado. Agora eu quero esse: Multitude - War and Democracy in the Age of Empire. E aí, quem vai me conseguir o PDF?

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smartmobs.jpgDepois de encher o saco de muita gente, finalmente consegui ler Smart Mobs, do Howard Rheingold. E é bom, muito bom.

Mas pra ser lido com um pé atrás. Ele entra na mesma tradição dos livros "deslumbrados" com a Internet, tipo os do Michel Dertouzos, do Pierre Lévy e do Nicholas Negroponte - dá pra encontrar pelo menos cinco cópias de A Vida Digital em cada sebo de Porto Alegre, sinal de que as pessoas nem querem o livro na estante. Rheingold até leva em conta o monte de porradas críticas que esse pessoal levou na década de 90, mas ainda está bastante "maravilhado".

O legal do livro é que ele coloca no mesmo saco todas essas coisas legais que estão acontecendo em função da cibercultura - novas formas de participação democrática, discussões sobre direitos autorais, crítica à over-vigilância, aceleração da nanotecnologia - e dá um nome legal pro saco: "multidões inteligentes". Novos processos colaborativos possibilitados por novas tecnologias de comunicação.

Rheingold entra em discussões teóricas, citando até Foucault, pra não parecer contente demais. E dedica uns 10% do livro a só falar de aspectos negativos da sua "revolução social". Equilibra um pouco as coisas, mas a confiança dele no altruísmo das pessoas e na tendência à cooperação ainda me deixa em dúvida.

Ok, livro lido, objetivo alcançado. Agora eu quero esse: Multitude - War and Democracy in the Age of Empire. E aí, quem vai me conseguir o PDF?

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