maí 2006 Archives

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Fellini, when I met him, I mean, that was unbelievable. He came up to the office and I wanted to talk about him but he hardly gave me a chance. It seemed he mostly wanted to talk about me. I wasn’t even able to ask him all I wanted.

Stan Lee.

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Fellini, when I met him, I mean, that was unbelievable. He came up to the office and I wanted to talk about him but he hardly gave me a chance. It seemed he mostly wanted to talk about me. I wasn?t even able to ask him all I wanted.

Stan Lee.

A camel ran amok on the Trans-Israeli Highway, and a rogue elephant was on the loose in Rwanda. In Alaska an elephant named Maggie was refusing to use her $100,000 treadmill. The Hershey Company opened a new health center to study the benefits of cocoa, and Ray Nagin was re-elected mayor of New Orleans.
Harper's Weekly. Paul Ford escreve todas as terças-feiras um resumo em três parágrafos das principais notícias da semana que passou.
NASA scientists claimed that they could extract oxygen from lunar soil, Pat Robertson claimed to have leg-pressed 2,000 pounds, and Senator Bill Frist helped give a gorilla a root canal. A study found that most British men are cry babies. A Sherpa stood naked on the summit of Mount Everest.
Nada é inventado, e Ford tem um jeito para relacionar as notícias que é divertidíssimo.
In Baghdad two tennis players and their coach were killed for wearing shorts, and a Marine helicopter was shot down over the Anbar Province. Soldiers were developing emotional relationships with their bomb-defusing robots. "Please fix Scooby Doo," said one soldier, "because he saved my life."
É notícia não pra quem quer informação, mas para ver algum ritmo poético no mundo. E, bom, só leio notícias para isso mesmo.
Scottish scientist Klaus Zuberbuhler found that Nigerian putty-nosed male monkeys say "pyow" to warn of leopards and "hack" to warn of eagles. "Pyow," said a monkey. "Hack hack pyow hack hack."

A camel ran amok on the Trans-Israeli Highway, and a rogue elephant was on the loose in Rwanda. In Alaska an elephant named Maggie was refusing to use her $100,000 treadmill. The Hershey Company opened a new health center to study the benefits of cocoa, and Ray Nagin was re-elected mayor of New Orleans.
Harper's Weekly. Paul Ford escreve todas as terças-feiras um resumo em três parágrafos das principais notícias da semana que passou.
NASA scientists claimed that they could extract oxygen from lunar soil, Pat Robertson claimed to have leg-pressed 2,000 pounds, and Senator Bill Frist helped give a gorilla a root canal. A study found that most British men are cry babies. A Sherpa stood naked on the summit of Mount Everest.
Nada é inventado, e Ford tem um jeito para relacionar as notícias que é divertidíssimo.
In Baghdad two tennis players and their coach were killed for wearing shorts, and a Marine helicopter was shot down over the Anbar Province. Soldiers were developing emotional relationships with their bomb-defusing robots. "Please fix Scooby Doo," said one soldier, "because he saved my life."
É notícia não pra quem quer informação, mas para ver algum ritmo poético no mundo. E, bom, só leio notícias para isso mesmo.
Scottish scientist Klaus Zuberbuhler found that Nigerian putty-nosed male monkeys say "pyow" to warn of leopards and "hack" to warn of eagles. "Pyow," said a monkey. "Hack hack pyow hack hack."

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Oh sim. Vou finalmente ouvir esse povo de perto.

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Oh sim. Vou finalmente ouvir esse povo de perto.

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and I could take another hit for you and I could take away your trips from you and I could take away the salt from your eyes and take away the spitting salt in you and I could give you my apologies by handing over my neologies and I could take away the shaking knees and I could give you all the olive trees oh look at the trees and look at my face and LOOK AT A PLACE FAR AWAY FROM HERE
(Valeu, Ana!)

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and I could take another hit for you and I could take away your trips from you and I could take away the salt from your eyes and take away the spitting salt in you and I could give you my apologies by handing over my neologies and I could take away the shaking knees and I could give you all the olive trees oh look at the trees and look at my face and LOOK AT A PLACE FAR AWAY FROM HERE
(Valeu, Ana!)

Minha resenha de O Paraíso é Bem Bacana saiu na Rabisco.

Minha resenha de O Paraíso é Bem Bacana saiu na Rabisco.

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...David Strathairn, ator indicado ao Oscar por Boa noite e boa sorte, será o protagonista de Challenger (...). Ele interpreta o cientista mundialmente famoso, vencedor do Nobel, Richard Feynman. Com um estilo similar ao de O informante, o filme investiga as ligações escusas do cientista com o acidente fatal do ônibus espacial Challenger.

Pobre Feynman. A sua única "ligação escusa" com o Challenger não foi só explicar o que aconteceu no acidente?

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...David Strathairn, ator indicado ao Oscar por Boa noite e boa sorte, será o protagonista de Challenger (...). Ele interpreta o cientista mundialmente famoso, vencedor do Nobel, Richard Feynman. Com um estilo similar ao de O informante, o filme investiga as ligações escusas do cientista com o acidente fatal do ônibus espacial Challenger.

Pobre Feynman. A sua única "ligação escusa" com o Challenger não foi só explicar o que aconteceu no acidente?

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Espero mesmo que não. E por um bom motivo. Num acesso de genialidade, os produtores da "franquia" X-Men decidiram se aposentar enquanto estão no topo, fazendo um filme em que coisas realmente acontecem. E essa audácia vai colocar os próprios gibis dos personagens - engessados há décadas - em cheque.

Das três mortes (importantes), a do meio é inesquecível. Ótimo roteiro, belíssima atuação. Coisa que nunca aconteceria nos quadrinhos.

E, diabos, da onde eu conheço a atriz que faz a Kitty Pryde?

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Espero mesmo que não. E por um bom motivo. Num acesso de genialidade, os produtores da "franquia" X-Men decidiram se aposentar enquanto estão no topo, fazendo um filme em que coisas realmente acontecem. E essa audácia vai colocar os próprios gibis dos personagens - engessados há décadas - em cheque.

Das três mortes (importantes), a do meio é inesquecível. Ótimo roteiro, belíssima atuação. Coisa que nunca aconteceria nos quadrinhos.

E, diabos, da onde eu conheço a atriz que faz a Kitty Pryde?

Eu queria muito ler mais Scott Pilgrim.

Eu queria muito ler mais Scott Pilgrim.

O último episódio que assisti de Weeds termina com uma seqüência que mostra a madrugada insone de quase todos os personagens. Sem diálogos, só o volume crescente de uma música nervosa do Sons and Daughters. De repente, um avião deixa seu carregamento de Coca Colas cair sobre a casa de um casal do cast. O marido acorda, garrafas de refrigerante estouram na cama, nas paredes, no teto. A esposa, insone, sai do banheiro e anuncia que está com câncer. Rolam os créditos.

Tem esses momentos, esses trechos meio surreais/experimentais de algumas séries de TV que me tornam fiéis a elas pelo menos até o fim da temporada - por pior que seja o resto. É como se eles criassem alguma esperança de que haverá outros momentos legais. Tipo uma cena lá da primeira temporada de Desperate Housewives, quando uma das donas-de-casa é morta e enterrada com seu liquidificador, que me manteve fiel à série (um novelão sem fundamento) até hoje. Não me pergunte por quê, estas cenas me prendem.

Só vi um episódio de Big Love, mas estou sentindo que em dois ou três episódios vou ter um momento de fidelização. É da HBO, como Six Feet Under e Sopranos, então você é forçado a conferir pelo menos uma temporada.

Também apostei na nova tendência das séries: enquanto até agora a regra era atores decadentes do cinema buscarem refúgio na TV, diretores começam a seguir o mesmo rumo. Caras do terceiro escalão, mas bons, Doug Liman (Vamos Nessa, Sr. e Sra. Smith) e David Mamet (Spartan) são responsáveis, respectivamente, por Heist e The Unit. Mas os roteiros são esquemáticos e não atingem o que mais importa numa série: superar Hollywood.

Enquanto isso, Lost vai sendo cada vez mais tomado pela facção sci-fi dos roteiristas, e só fica mais interessante. Está num ponto ótimo, em que você sabe que o mistério vai perdurar por temporadas e temporadas, e sente que isso é legal. O Lost Experience só amplia esse teor da série.

Descobri que os americanos foram além dos britânicos na sua adaptação de The Office. A BBC só fez 12 episódios (mais um especial), a NBC está chegando aos 30. Comecei a ver a série nova, descobri que eles estão até conseguindo criar novas e boas piadas em torno do humor bem definido do original. Provavelmente a melhor comédia no ar nos EUA.

(Aliás, nunca falei aqui do The Office original. A série é uma das maiores conquistas da história do humor britânico, na linhagem de Monty Python e Richard Curtis. Impressionante como os caras conseguiram construir um humor sem claque e sem absurdos e mantê-lo por toda uma série. E mais: com subplots, como a história corrente do romance quase impossível entre Tim e Dawn, com direito a final feliz (que quase me fez chorar, diabos). Pelo menos dá para matar saudade da turma na versão americana.)

E hoje tem episódio de duas horas fechando a quinta temporada de 24 Horas. Jack Bauer fazendo impeachment à moda Jack Bauer! 24 é exagerada, é previsível, é americanóide e o roteiro é insustentável, mas não dá pra não assistir.

O último episódio que assisti de Weeds termina com uma seqüência que mostra a madrugada insone de quase todos os personagens. Sem diálogos, só o volume crescente de uma música nervosa do Sons and Daughters. De repente, um avião deixa seu carregamento de Coca Colas cair sobre a casa de um casal do cast. O marido acorda, garrafas de refrigerante estouram na cama, nas paredes, no teto. A esposa, insone, sai do banheiro e anuncia que está com câncer. Rolam os créditos.

Tem esses momentos, esses trechos meio surreais/experimentais de algumas séries de TV que me tornam fiéis a elas pelo menos até o fim da temporada - por pior que seja o resto. É como se eles criassem alguma esperança de que haverá outros momentos legais. Tipo uma cena lá da primeira temporada de Desperate Housewives, quando uma das donas-de-casa é morta e enterrada com seu liquidificador, que me manteve fiel à série (um novelão sem fundamento) até hoje. Não me pergunte por quê, estas cenas me prendem.

Só vi um episódio de Big Love, mas estou sentindo que em dois ou três episódios vou ter um momento de fidelização. É da HBO, como Six Feet Under e Sopranos, então você é forçado a conferir pelo menos uma temporada.

Também apostei na nova tendência das séries: enquanto até agora a regra era atores decadentes do cinema buscarem refúgio na TV, diretores começam a seguir o mesmo rumo. Caras do terceiro escalão, mas bons, Doug Liman (Vamos Nessa, Sr. e Sra. Smith) e David Mamet (Spartan) são responsáveis, respectivamente, por Heist e The Unit. Mas os roteiros são esquemáticos e não atingem o que mais importa numa série: superar Hollywood.

Enquanto isso, Lost vai sendo cada vez mais tomado pela facção sci-fi dos roteiristas, e só fica mais interessante. Está num ponto ótimo, em que você sabe que o mistério vai perdurar por temporadas e temporadas, e sente que isso é legal. O Lost Experience só amplia esse teor da série.

Descobri que os americanos foram além dos britânicos na sua adaptação de The Office. A BBC só fez 12 episódios (mais um especial), a NBC está chegando aos 30. Comecei a ver a série nova, descobri que eles estão até conseguindo criar novas e boas piadas em torno do humor bem definido do original. Provavelmente a melhor comédia no ar nos EUA.

(Aliás, nunca falei aqui do The Office original. A série é uma das maiores conquistas da história do humor britânico, na linhagem de Monty Python e Richard Curtis. Impressionante como os caras conseguiram construir um humor sem claque e sem absurdos e mantê-lo por toda uma série. E mais: com subplots, como a história corrente do romance quase impossível entre Tim e Dawn, com direito a final feliz (que quase me fez chorar, diabos). Pelo menos dá para matar saudade da turma na versão americana.)

E hoje tem episódio de duas horas fechando a quinta temporada de 24 Horas. Jack Bauer fazendo impeachment à moda Jack Bauer! 24 é exagerada, é previsível, é americanóide e o roteiro é insustentável, mas não dá pra não assistir.

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Assaltantes tecnologicamente conscientes roubaram meu celular (sim, foi só o celular, e não, estou inteiro) - me deixaram com o chip. Já estou de celular novo, mesmo número. Mas perdi as fotos e agora não tenho como provar meus recordes no TriplePop. Dou uma caixa de doces a quem fizer isto aqui funcionar pro meu aparelho novo.

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Assaltantes tecnologicamente conscientes roubaram meu celular (sim, foi só o celular, e não, estou inteiro) - me deixaram com o chip. Já estou de celular novo, mesmo número. Mas perdi as fotos e agora não tenho como provar meus recordes no TriplePop. Dou uma caixa de doces a quem fizer isto aqui funcionar pro meu aparelho novo.

Uma referência nada discreta a Network (já viu?), Matthew Perry realmente ATUANDO (bom, o Sorkin conseguia fazer o Rob Lowe atuar) e aqueles diálogos maravilhosos. Studio 60 on the Sunset Strip, o trailer.

Uma referência nada discreta a Network (já viu?), Matthew Perry realmente ATUANDO (bom, o Sorkin conseguia fazer o Rob Lowe atuar) e aqueles diálogos maravilhosos. Studio 60 on the Sunset Strip, o trailer.

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Esse VT demora para carregar, mas vale a espera. Queria clientes que aceitassem fazer coisas assim. Talvez na Coréia...

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Esse VT demora para carregar, mas vale a espera. Queria clientes que aceitassem fazer coisas assim. Talvez na Coréia...

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Achei que o Alex Ross tinha esgotado todas as composições legais como Superman.

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Achei que o Alex Ross tinha esgotado todas as composições legais como Superman.

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Mr Sorkin wrote early episodes in cocaine-fuelled bursts locked in a hotel room - often leaving actors being paid to stand around waiting for his scripts - before entering rehab in 2001 and leaving the series in 2003. Describing his schedule at the time, he said: "Monday, Tuesday, Wednesday, I freak out, 'cos I haven't thought of what next week's show is. Thursday, I start yelling at people because I haven't thought of what next week's show is. Friday, I go, 'Oh my God, there's going to be half an hour of dead air ... ' and then it finally gets done."

Warren Ellis: Read a draft of Aaron Sorkin's forthcoming STUDIO 60 ON THE SUNSET STRIP last night. Nearly gave up writing. I want to break that bastard's hands, I really do.

Já tem trailer, já tem site, já tem fãs. Já vazou até o roteiro!

Não gostei muito do cast (sim, Matthew Perry), mas essa série vai ser BOA.

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Mr Sorkin wrote early episodes in cocaine-fuelled bursts locked in a hotel room - often leaving actors being paid to stand around waiting for his scripts - before entering rehab in 2001 and leaving the series in 2003. Describing his schedule at the time, he said: "Monday, Tuesday, Wednesday, I freak out, 'cos I haven't thought of what next week's show is. Thursday, I start yelling at people because I haven't thought of what next week's show is. Friday, I go, 'Oh my God, there's going to be half an hour of dead air ... ' and then it finally gets done."

Warren Ellis: Read a draft of Aaron Sorkin's forthcoming STUDIO 60 ON THE SUNSET STRIP last night. Nearly gave up writing. I want to break that bastard's hands, I really do.

Já tem trailer, já tem site, já tem fãs. Já vazou até o roteiro!

Não gostei muito do cast (sim, Matthew Perry), mas essa série vai ser BOA.

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Estou sem meu computador, por tempo indeterminado...

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Estou sem meu computador, por tempo indeterminado...

Departamento de Aquisições

(Valeu, Ricardo e Raquel!)

Departamento de Aquisições

(Valeu, Ricardo e Raquel!)

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During the shooting of one of the last episodes, the actor's 91-year-old mother asked him how his day had gone. "Great," Whitford told her. "I spent the day naked, in bed with Janel."

"Well, thank God you finally slept with her," his mother replied.

During the shooting of one of the last episodes, the actor's 91-year-old mother asked him how his day had gone. "Great," Whitford told her. "I spent the day naked, in bed with Janel."

"Well, thank God you finally slept with her," his mother replied.

O aquecimento global é uma realidade. Se não diminuirmos a emissão de monóxido de carbono em 70% nos próximos anos, vamos estar sujeitos a inversões climátricas desastrosas, grandes tempestades, furacões e outros cataclismas. Como não vamos reduzir a emissão de carbono, o que significaria menos lucros para as grandes empresas, o que fazer?

Se você é um grande empresário, invista já numa SurvivaBall tm, da Halliburton.

(Sim, os Yes Men atacaram outra vez!)

O aquecimento global é uma realidade. Se não diminuirmos a emissão de monóxido de carbono em 70% nos próximos anos, vamos estar sujeitos a inversões climátricas desastrosas, grandes tempestades, furacões e outros cataclismas. Como não vamos reduzir a emissão de carbono, o que significaria menos lucros para as grandes empresas, o que fazer?

Se você é um grande empresário, invista já numa SurvivaBall tm, da Halliburton.

(Sim, os Yes Men atacaram outra vez!)

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Em Pato Branco-PR, para uma palestra na FADEP, parte do MidiaCom 2006. "Jornalismo, Publicidade e Pós-Midiatização". Sim, é pra ser pretensioso - a idéia é provocar. Vamos ver se consigo me defender.

Se você estiver por aqui, apareça.

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Em Pato Branco-PR, para uma palestra na FADEP, parte do MidiaCom 2006. "Jornalismo, Publicidade e Pós-Midiatização". Sim, é pra ser pretensioso - a idéia é provocar. Vamos ver se consigo me defender.

Se você estiver por aqui, apareça.

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Conhecer o trabalho do Chris Ware é um deslumbre. Ver a cara e ouvir a voz do Chris Ware é outro. Ele é seu próprio personagem.

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Conhecer o trabalho do Chris Ware é um deslumbre. Ver a cara e ouvir a voz do Chris Ware é outro. Ele é seu próprio personagem.

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sixfeetunder.jpg

Você vira para o outro lado e dorme, porque isso não é hora de aguentar ela reclamando. Você promete que não vai ser igual aos seus pais, mas acaba repetindo o que eles tinham de pior. Você ri, por dentro e por fora, muitas vezes, de coisas que, se parar pra pensar, são bastante babacas - mas não é hora de parar pra pensar, e sim de aproveitar, e você ainda vai rir, por dentro e por fora, quando lembrar disso. Você trai quem mais lhe quer. Você faz promessas que na maioria das vezes cumpre, mas às vezes não consegue, e são estas que marcam mais. Você diz "sim", você diz "não", você diz "estou muito feliz", você diz "eu te odeio" - e todas as vezes você vai pensar que estava errado. Você volta de joelhos. Você diz que amigos são a coisa mais importante, e realmente acredita nisso. Você decide que hoje vai ser o primeiro dia de todo o resto. Você bebe demais, você gasta demais, você dorme demais, você escolhe demais. Você falha. Você sente que nenhum dia vai superar hoje, e o dia que supera aquele vem quando você menos espera. Você sucumbe. Você inveja. Você tem aquele momento em que é admirado por todos, e sabe que está sendo admirado por todos, e tenta começar a se policiar para não ficar muito cheio, mas só consegue aproveitar. Você cresce. E fundamentalmente, você muda - você se transforma diariamente, queira ou não. E aí você morre.

Ontem acabei Six Feet Under. A mensagem da série é que sua vida é uma coisa fluida, que você nunca vai conseguir segurar ou controlar. E o caixão lhe espera, então aproveite esse descontrole enquanto há tempo. Todo mundo vive assim.

O criador, Alan Ball, não tinha vergonha de optar por certos recursos de linguagem ou de história que alguns chamariam de "muito clichê" ou "muito novela", ou até "muito gay". Isso deu em alguns momentos bizarros, de vergonha alheia, como o final do último episódio. Mas eles não estragaram a jornada da série. O mais marcente é que sempre que havia uma mudança de rumo na história da família Fisher, aquilo chegava como um baque, que vinha sem aviso, sem premonições, sem música no crescendo. Como a vida. É por isso que vou sentir saudade da turma. Até o caixão.

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sixfeetunder.jpg

Você vira para o outro lado e dorme, porque isso não é hora de aguentar ela reclamando. Você promete que não vai ser igual aos seus pais, mas acaba repetindo o que eles tinham de pior. Você ri, por dentro e por fora, muitas vezes, de coisas que, se parar pra pensar, são bastante babacas - mas não é hora de parar pra pensar, e sim de aproveitar, e você ainda vai rir, por dentro e por fora, quando lembrar disso. Você trai quem mais lhe quer. Você faz promessas que na maioria das vezes cumpre, mas às vezes não consegue, e são estas que marcam mais. Você diz "sim", você diz "não", você diz "estou muito feliz", você diz "eu te odeio" - e todas as vezes você vai pensar que estava errado. Você volta de joelhos. Você diz que amigos são a coisa mais importante, e realmente acredita nisso. Você decide que hoje vai ser o primeiro dia de todo o resto. Você bebe demais, você gasta demais, você dorme demais, você escolhe demais. Você falha. Você sente que nenhum dia vai superar hoje, e o dia que supera aquele vem quando você menos espera. Você sucumbe. Você inveja. Você tem aquele momento em que é admirado por todos, e sabe que está sendo admirado por todos, e tenta começar a se policiar para não ficar muito cheio, mas só consegue aproveitar. Você cresce. E fundamentalmente, você muda - você se transforma diariamente, queira ou não. E aí você morre.

Ontem acabei Six Feet Under. A mensagem da série é que sua vida é uma coisa fluida, que você nunca vai conseguir segurar ou controlar. E o caixão lhe espera, então aproveite esse descontrole enquanto há tempo. Todo mundo vive assim.

O criador, Alan Ball, não tinha vergonha de optar por certos recursos de linguagem ou de história que alguns chamariam de "muito clichê" ou "muito novela", ou até "muito gay". Isso deu em alguns momentos bizarros, de vergonha alheia, como o final do último episódio. Mas eles não estragaram a jornada da série. O mais marcente é que sempre que havia uma mudança de rumo na história da família Fisher, aquilo chegava como um baque, que vinha sem aviso, sem premonições, sem música no crescendo. Como a vida. É por isso que vou sentir saudade da turma. Até o caixão.

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Aumentei minha participação no Omelete: além da coluna, que agora é quinzenal, tenho escrito algumas notícias para o site. Tenho que escrever algumas coisas de fanboy, tipo sobre o novo uniforme do Batman (e, bizarramente, meu editor considera mais "fanboy" uma matéria sobre a First Second, que está publicando quadrinho francês nos EUA, do que uma discussão sobre o divórcio do Homem-Aranha), mas tenho tentado enfiar algumas notinhas que digam respeito à entrada dos gibis no mainstream americano.

Tem um processo de abertura acontecendo, motivado de um lado pelas adaptações cinematográficas, e de outro pelo público cult, que começa a aceitar ser visto lendo uma graphic novel.

Por sorte, são as matérias que acabam sendo mais comentadas.

Disputa legal por Superboy põe Smallville em perigo

V de Vingança: Anarquistas protestam contra o filme nos EUA

(Aliás, os caras realmente pagaram o mico).

Relatório 11 de Setembro e biografias são adaptadas para os quadrinhos

Marvel Comics constrói sua própria Wikipedia

Autor de Love & Rockets publica quadrinhos no The New York Times

Alan Moore propõe “pornografia literária” em nova graphic novel

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Aumentei minha participação no Omelete: além da coluna, que agora é quinzenal, tenho escrito algumas notícias para o site. Tenho que escrever algumas coisas de fanboy, tipo sobre o novo uniforme do Batman (e, bizarramente, meu editor considera mais "fanboy" uma matéria sobre a First Second, que está publicando quadrinho francês nos EUA, do que uma discussão sobre o divórcio do Homem-Aranha), mas tenho tentado enfiar algumas notinhas que digam respeito à entrada dos gibis no mainstream americano.

Tem um processo de abertura acontecendo, motivado de um lado pelas adaptações cinematográficas, e de outro pelo público cult, que começa a aceitar ser visto lendo uma graphic novel.

Por sorte, são as matérias que acabam sendo mais comentadas.

Disputa legal por Superboy põe Smallville em perigo

V de Vingança: Anarquistas protestam contra o filme nos EUA

(Aliás, os caras realmente pagaram o mico).

Relatório 11 de Setembro e biografias são adaptadas para os quadrinhos

Marvel Comics constrói sua própria Wikipedia

Autor de Love & Rockets publica quadrinhos no The New York Times

Alan Moore propõe ?pornografia literária? em nova graphic novel

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Departamento de Aquisições

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Departamento de Aquisições

O genial relações públicas, seja ele quem for, do J.J. Abrams ganhou um aumento: arquitetou para que, no espaço de uma semana, seu cliente fosse anunciado como o responsável pelo próximo revival de Star Trek, a ABC exibisse o episódio que inicia a reta final da temporada de Lost e Missão Impossível III fizesse sua estréia internacional. Abrams pulou da imprensa especializada para a mainstream em segundos. E em mais de uma reportagem li "ele tem um toque de Midas" ou equivalente.

M:I-3, por mais divertido que seja, não é mais do que uma soma de referências de filmes de espionagem (A Supremacia Bourne) e boas séries de TV. Vá perguntar a qualquer fã de Felicity sobre como o seriado rapidamente perdeu o pique e sobre o desastre que é a última temporada. Assista um episódio de Alias, vicie-se nos cliffhangers (eu admito que são bons), mas tente não rir da implausibilidade das reviravoltas.

Lost? Ando lendo os gibis que dois produtores do seriado estão escrevendo - Damon Lindelof em Ultimate Wolverine x Hulk, Javier Grillo-Marxuach em The Middle Man. Os caras são bons, muito bons. Ótimos roteiristas, ótimas idéias, bom senso de humor e sabem evitar clichês. J.J. Abrams merece menos que a metade do crédito pelo sucesso de Lost.

O cara parece ser bom, porém, em encher os roteiros de tons mais humanos, educando os roteiristas geeks a criar apelo para o público não-geek. O que tem funcionado. Mas me parece que Abrams está com a bola toda não por causa de um talento magnífico, mas por saber trabalhar, de vez em quando, com as pessoas certas. Sua estima na indústria de entretenimento está bastante inflada, e não vai demorar pra bolha estourar. Que ele aproveite seus 15 segundos.

O genial relações públicas, seja ele quem for, do J.J. Abrams ganhou um aumento: arquitetou para que, no espaço de uma semana, seu cliente fosse anunciado como o responsável pelo próximo revival de Star Trek, a ABC exibisse o episódio que inicia a reta final da temporada de Lost e Missão Impossível III fizesse sua estréia internacional. Abrams pulou da imprensa especializada para a mainstream em segundos. E em mais de uma reportagem li "ele tem um toque de Midas" ou equivalente.

M:I-3, por mais divertido que seja, não é mais do que uma soma de referências de filmes de espionagem (A Supremacia Bourne) e boas séries de TV. Vá perguntar a qualquer fã de Felicity sobre como o seriado rapidamente perdeu o pique e sobre o desastre que é a última temporada. Assista um episódio de Alias, vicie-se nos cliffhangers (eu admito que são bons), mas tente não rir da implausibilidade das reviravoltas.

Lost? Ando lendo os gibis que dois produtores do seriado estão escrevendo - Damon Lindelof em Ultimate Wolverine x Hulk, Javier Grillo-Marxuach em The Middle Man. Os caras são bons, muito bons. Ótimos roteiristas, ótimas idéias, bom senso de humor e sabem evitar clichês. J.J. Abrams merece menos que a metade do crédito pelo sucesso de Lost.

O cara parece ser bom, porém, em encher os roteiros de tons mais humanos, educando os roteiristas geeks a criar apelo para o público não-geek. O que tem funcionado. Mas me parece que Abrams está com a bola toda não por causa de um talento magnífico, mas por saber trabalhar, de vez em quando, com as pessoas certas. Sua estima na indústria de entretenimento está bastante inflada, e não vai demorar pra bolha estourar. Que ele aproveite seus 15 segundos.

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(...)

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(...)

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Você sabe onde eu posso encontrar esse vídeo me inglês e/ou com legendas?

É o trecho de um episódio da primeira temporada (o décimo) de South Park.

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Você sabe onde eu posso encontrar esse vídeo me inglês e/ou com legendas?

É o trecho de um episódio da primeira temporada (o décimo) de South Park.

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Jack Black viverá um homem que se transforma quando tentava sabotar uma estação de força. Vira um campo magnético ambulante. Entre outros contratempos, ele acidentalmente apaga todas as fitas da locadora de vídeo de seu melhor amigo. Agora, o único jeito de salvar o lugar é encenar de novo todos os filmes que a única cliente da locadora, uma senhora de idade, aluga regularmente.

É Michael Gondry.

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Jack Black viverá um homem que se transforma quando tentava sabotar uma estação de força. Vira um campo magnético ambulante. Entre outros contratempos, ele acidentalmente apaga todas as fitas da locadora de vídeo de seu melhor amigo. Agora, o único jeito de salvar o lugar é encenar de novo todos os filmes que a única cliente da locadora, uma senhora de idade, aluga regularmente.

É Michael Gondry.

Vale a pena ler The Time 100 People Who Shape Our World. Não apenas os eleitos são interessantes, mas as pessoas que escrevem sobre os eleitos também são. Meu perfil predileto é o que o Stephen Gaghan faz do Jeff Skoll:

He tells me his new business is a movie company that asks of every project, How is this film going to make the world better? (...) Skoll wants to change the world right now and believes film can help to do that.

Vale a pena ler The Time 100 People Who Shape Our World. Não apenas os eleitos são interessantes, mas as pessoas que escrevem sobre os eleitos também são. Meu perfil predileto é o que o Stephen Gaghan faz do Jeff Skoll:

He tells me his new business is a movie company that asks of every project, How is this film going to make the world better? (...) Skoll wants to change the world right now and believes film can help to do that.

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Criativamente, Missão Impossível III tem duas funções. A primeira e óbvia é superar os dois primeiros - em tudo. A segunda, por ser um produto pop dos mais caros e que demanda retorno aos investidores, é responder ao mercado e ao que configura o mundo de ação e espionagem de hoje.

Nesse sentido, desde Missão Impossível II, tivemos dois Matrix, o 11 de setembro, Jack Bauer, o total clima de desconfiança com Bush e o Iraque e A Supremacia Bourne. Dá para ver influência de todas essas coisas no roteiro e na direção. J.J. Abrams, o diretor, ainda traz toques nada discretos de seu Alias, como a paranóia sobre quem trabalha para quem, os vilões realmente maus e as viagens internacionais desnecessárias. Aliás (sem trocadilho), os dois roteiristas que Abrams trouxe para o filme são de Alias, o que torna MI3 um episódio bem caro do seriado de TV.

E tem Tom Cruise correndo bastante e fazendo cara de Tom-Cruise-correndo. Fora isso, gostei muito. Mas sou suspeito, porque sou fã dos outros dois filmes da série.

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Criativamente, Missão Impossível III tem duas funções. A primeira e óbvia é superar os dois primeiros - em tudo. A segunda, por ser um produto pop dos mais caros e que demanda retorno aos investidores, é responder ao mercado e ao que configura o mundo de ação e espionagem de hoje.

Nesse sentido, desde Missão Impossível II, tivemos dois Matrix, o 11 de setembro, Jack Bauer, o total clima de desconfiança com Bush e o Iraque e A Supremacia Bourne. Dá para ver influência de todas essas coisas no roteiro e na direção. J.J. Abrams, o diretor, ainda traz toques nada discretos de seu Alias, como a paranóia sobre quem trabalha para quem, os vilões realmente maus e as viagens internacionais desnecessárias. Aliás (sem trocadilho), os dois roteiristas que Abrams trouxe para o filme são de Alias, o que torna MI3 um episódio bem caro do seriado de TV.

E tem Tom Cruise correndo bastante e fazendo cara de Tom-Cruise-correndo. Fora isso, gostei muito. Mas sou suspeito, porque sou fã dos outros dois filmes da série.

Ouvindo:

one hot summer's day
i was playing in the arcade
i never thought I'd see flames
rising out of my favorite games

Ouvindo:

and in a house so cozy few words are spoken lets take our shoes off and unwind when there's minuets off in the background drowning out eyes off ears off test the kiss goodnight

Ouvindo:

we've both been very brave
walk around with both legs
fight the scary day
we both pull the tricks out of our sleeves
but I'll believe in anything
and you'll believe in anything

Ouvindo:

with my teeth locked down I can see the blood
of a thousand men who have come and gone
now we grieve cause now is gone
things were good when we were young

Ouvindo:

and you won't make a sound or be nervous around piles of pictures,
so old that it feels like it is ending,
it shouldn't feel like it is ending

Ouvindo:

well the wind so strong, it's blown us all around
wind so strong, nobody settle down
ev'ryday another apocalypse
had a TV but I don't know how deep it is

Ouvindo:

so I close my eyes
and focus on whatever's been in my mind
and I try to find a sign
but I never learned to read
between the lines

Ouvindo:

you’ve got a power that no one can see
and it reaches down to the ocean
seagulls fly in circular motion
children spinning in rollercoasters
since you stole my heart

Ouvindo:

oh the glory when you ran outside
with your shirt tucked in and your shoes untied
and you told me not to follow you

Ouvindo:

one hot summer's day
i was playing in the arcade
i never thought I'd see flames
rising out of my favorite games

Ouvindo:

and in a house so cozy few words are spoken lets take our shoes off and unwind when there's minuets off in the background drowning out eyes off ears off test the kiss goodnight

Ouvindo:

we've both been very brave
walk around with both legs
fight the scary day
we both pull the tricks out of our sleeves
but I'll believe in anything
and you'll believe in anything

Ouvindo:

with my teeth locked down I can see the blood
of a thousand men who have come and gone
now we grieve cause now is gone
things were good when we were young

Ouvindo:

and you won't make a sound or be nervous around piles of pictures,
so old that it feels like it is ending,
it shouldn't feel like it is ending

Ouvindo:

well the wind so strong, it's blown us all around
wind so strong, nobody settle down
ev'ryday another apocalypse
had a TV but I don't know how deep it is

Ouvindo:

so I close my eyes
and focus on whatever's been in my mind
and I try to find a sign
but I never learned to read
between the lines

Ouvindo:

you?ve got a power that no one can see
and it reaches down to the ocean
seagulls fly in circular motion
children spinning in rollercoasters
since you stole my heart

Ouvindo:

oh the glory when you ran outside
with your shirt tucked in and your shoes untied
and you told me not to follow you

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