febrúar 2006 Archives

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Departamento de Aquisições

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Acho que entendi o que o Woody queria com o Match Point. ACHO.

Pelo trailer você já levava um choque: filmezinho ridícula que não mereceria nem a tela de cinema nem um dvd, devia ir direto pro SuperCine. Não dava pra acreditar nos créditos. Aí vieram as críticas: "A volta de Woody Allen", "seu melhor filme em anos". Até o próprio Woody dizendo que é um de seus filmes prediletos. Então...

Bom, no fim da sessão tive que segurar a Aline, que queria partir pra cima duma menina que comentava: "Noooossa, é o MELHOR filme que o Woody Allen já fez".

O filme é um terror. Péssimo. Absurdamente banal. Simplista, sem criatividade, convencional. Deficitariamente convencional.

Mas, como eu dizia, ACHO que entendi o propósito. Woody queria uma tragédia grega em padrões simplistas de tragédia grega, apenas num set contemporâneo. E tragédias gregas, convenhamos, são deficitariamente convencionais. Alguns gritinhos para deuses e gente furando os olhos, mas a estrutura é banalíssima. Tá ali apenas para exemplificar, ilustrar uma regra moral. Match Point - e as referências às tragédias, à Grécia, à dramaturgia moralista estão por toda parte no filme, como pistas - fica só nisso: uma parábola para dar uma lição de moralidade (ou amoralidade, entenda quem já viu o filme). Sem piadas, sem hipérbole, sem um toque woodyallenesco. Só uma exemplificação. Por isso que ele é, pra mim, tão rum.

Ou isso ou é a maldição que o Woody rogou em Dirigindo no Escuro, meio às avessas: agora que ele filme na Inglaterra, sua produção finalmente faz sucesso nos EUA. Por pior que seja.

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Acho que entendi o que o Woody queria com o Match Point. ACHO.

Pelo trailer você já levava um choque: filmezinho ridícula que não mereceria nem a tela de cinema nem um dvd, devia ir direto pro SuperCine. Não dava pra acreditar nos créditos. Aí vieram as críticas: "A volta de Woody Allen", "seu melhor filme em anos". Até o próprio Woody dizendo que é um de seus filmes prediletos. Então...

Bom, no fim da sessão tive que segurar a Aline, que queria partir pra cima duma menina que comentava: "Noooossa, é o MELHOR filme que o Woody Allen já fez".

O filme é um terror. Péssimo. Absurdamente banal. Simplista, sem criatividade, convencional. Deficitariamente convencional.

Mas, como eu dizia, ACHO que entendi o propósito. Woody queria uma tragédia grega em padrões simplistas de tragédia grega, apenas num set contemporâneo. E tragédias gregas, convenhamos, são deficitariamente convencionais. Alguns gritinhos para deuses e gente furando os olhos, mas a estrutura é banalíssima. Tá ali apenas para exemplificar, ilustrar uma regra moral. Match Point - e as referências às tragédias, à Grécia, à dramaturgia moralista estão por toda parte no filme, como pistas - fica só nisso: uma parábola para dar uma lição de moralidade (ou amoralidade, entenda quem já viu o filme). Sem piadas, sem hipérbole, sem um toque woodyallenesco. Só uma exemplificação. Por isso que ele é, pra mim, tão rum.

Ou isso ou é a maldição que o Woody rogou em Dirigindo no Escuro, meio às avessas: agora que ele filme na Inglaterra, sua produção finalmente faz sucesso nos EUA. Por pior que seja.

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O Mundo é Plano é o típico livro para leitores da Veja. Como a revista, noticia tudo que você já sabe sobre tendências contemporâneas como se fosse um furo de reportagem.

Mas é bem melhor escrito do que qualquer artigo da Veja, felizmente. O autor, Thomas Friedman, fala de como as grandes empresas aproveitaram os últimos avanços tecnológicos para fazer offshoring/tercerização de serviços impensáveis. Você, por exemplo, liga nos EUA para o atendimento-ao-cliente da American Airlines e quem lhe atende é um indiano em Bangalore (que fala inglês perfeitamente treinado). Você tem uma intranet na sua empresa que torna irrelevante trabalhar em Pelotas ou Vladivostok, pois o acesso a sua plataforma é on-line. Precisa de alguém para fazer seu imposto de renda? Nos EUA, o escritório de contabilidade da esquina passa o trabalho pesado para (novamente) indianos. Graças ao fuso horário, o contador americano acorda e tem seu trabalho pronto, feito e enviado pelo indiano. Sem falar na vantagem dos salários mais baixos.

Com esses e outros exemplos, Friedman conclui que o mundo está se achatando, que a economia torna virtualmente colados os principais centros de negócios do planeta. A Internet corta custos, beneficia países em desenvolvimento, está criando ciclos virtuosos e vamos todos ser ricos e felizes. Aham.

Soltei O Mundo é Plano por um tempo para pegar O Afeganistão, de Mohsen Makhmalbaf. ANTES da guerra de 2002, o autor descreve um país que mal saiu da idade da pedra, governado pelos fundamentalistas religiosos que todo mundo conhece, onde a Internet só deve chegar depois que houver coisas mais banais, tipo saneamento básico, saúde pública, empresas e perspectivas de sobrevivência.

Quando eu estava bem armado para reclamar da cegueira do Thomas Friedman, ele enfim reconhece, quase no final do livro, que existe um "mundo não-plano" BEM maior que o plano. Ok, finalmente o subtítulo Uma breve história do século XXI começa a valer. Ele chega até a fazer comentários sobre ativistas anti-globalização, que vou falar no Rodapé, e entra no tema da geopolítica. Mas empaca em uma hipótese que eu não sei dizer se é cruelmente real ou excessivamente Pollyanna: de que dois países com fortes laços de negócios e aproveitamento mútuo de oportunidades empresariais não entrarão em guerra, e só têm a crescer em conjunto. De novo, vamos todos ser ricos e felizes - SE fizermos negócios com os EUA.

Pode ser difícil concordar com todo esse deslumbre do Friedman, mas pegar essas 450 páginas nas minhas férias valeu a pena. O melhor do livro é que, para um cara próximo do desemprego, é um baú cheio de idéias (se bem que até a mancha da parede tem me dado idéias sobre emprego nesses últimos dias). Boa leitura.

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O Mundo é Plano é o típico livro para leitores da Veja. Como a revista, noticia tudo que você já sabe sobre tendências contemporâneas como se fosse um furo de reportagem.

Mas é bem melhor escrito do que qualquer artigo da Veja, felizmente. O autor, Thomas Friedman, fala de como as grandes empresas aproveitaram os últimos avanços tecnológicos para fazer offshoring/tercerização de serviços impensáveis. Você, por exemplo, liga nos EUA para o atendimento-ao-cliente da American Airlines e quem lhe atende é um indiano em Bangalore (que fala inglês perfeitamente treinado). Você tem uma intranet na sua empresa que torna irrelevante trabalhar em Pelotas ou Vladivostok, pois o acesso a sua plataforma é on-line. Precisa de alguém para fazer seu imposto de renda? Nos EUA, o escritório de contabilidade da esquina passa o trabalho pesado para (novamente) indianos. Graças ao fuso horário, o contador americano acorda e tem seu trabalho pronto, feito e enviado pelo indiano. Sem falar na vantagem dos salários mais baixos.

Com esses e outros exemplos, Friedman conclui que o mundo está se achatando, que a economia torna virtualmente colados os principais centros de negócios do planeta. A Internet corta custos, beneficia países em desenvolvimento, está criando ciclos virtuosos e vamos todos ser ricos e felizes. Aham.

Soltei O Mundo é Plano por um tempo para pegar O Afeganistão, de Mohsen Makhmalbaf. ANTES da guerra de 2002, o autor descreve um país que mal saiu da idade da pedra, governado pelos fundamentalistas religiosos que todo mundo conhece, onde a Internet só deve chegar depois que houver coisas mais banais, tipo saneamento básico, saúde pública, empresas e perspectivas de sobrevivência.

Quando eu estava bem armado para reclamar da cegueira do Thomas Friedman, ele enfim reconhece, quase no final do livro, que existe um "mundo não-plano" BEM maior que o plano. Ok, finalmente o subtítulo Uma breve história do século XXI começa a valer. Ele chega até a fazer comentários sobre ativistas anti-globalização, que vou falar no Rodapé, e entra no tema da geopolítica. Mas empaca em uma hipótese que eu não sei dizer se é cruelmente real ou excessivamente Pollyanna: de que dois países com fortes laços de negócios e aproveitamento mútuo de oportunidades empresariais não entrarão em guerra, e só têm a crescer em conjunto. De novo, vamos todos ser ricos e felizes - SE fizermos negócios com os EUA.

Pode ser difícil concordar com todo esse deslumbre do Friedman, mas pegar essas 450 páginas nas minhas férias valeu a pena. O melhor do livro é que, para um cara próximo do desemprego, é um baú cheio de idéias (se bem que até a mancha da parede tem me dado idéias sobre emprego nesses últimos dias). Boa leitura.

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FÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIAS!

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FÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIAS!

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toomuch.jpg

... num livro capa-dura, coffee table, que custa 65 dólares e é tomado de ilustrações posmodernamente chiques, "sujas", "mal-acabadas", ready-mades, que em teoria estão ali para criticar o design gráfico contemporâneo.

Mmmmm...

toomuch.jpg

... num livro capa-dura, coffee table, que custa 65 dólares e é tomado de ilustrações posmodernamente chiques, "sujas", "mal-acabadas", ready-mades, que em teoria estão ali para criticar o design gráfico contemporâneo.

Mmmmm...

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Want: A Short History of Tractors in Ukrainian.

Tenho uma atração por títulos longos. Mais ainda quando são títulos longos que criam uma relação ao mesmo tempo irônica e "despistadora" (no sentido que você sabe que o livro não é sobre tratores ucranianos, e que você também sabe que ninguém lançaria um livro sobre tratores ucranianos) com o conteúdo. We Don't Live Here Anymore, Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, Clap Your Hands Say Yeah, Suburban Kids With Biblical Names foram algumas decepções dentro do "gênero", mas Eternal Sunshine of the Spotless Mind e A Heart-Beaking Work of Staggering Genius (o pessoal da McSweeney's é ótimo na arte dos títulos longos) fazem ele valer a pena.

Alguém lembra de mais coisas - boas e ruins - com títulos longos e, se possível, sem nenhuma relação direta com o conteúdo?

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Want: A Short History of Tractors in Ukrainian.

Tenho uma atração por títulos longos. Mais ainda quando são títulos longos que criam uma relação ao mesmo tempo irônica e "despistadora" (no sentido que você sabe que o livro não é sobre tratores ucranianos, e que você também sabe que ninguém lançaria um livro sobre tratores ucranianos) com o conteúdo. We Don't Live Here Anymore, Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, Clap Your Hands Say Yeah, Suburban Kids With Biblical Names foram algumas decepções dentro do "gênero", mas Eternal Sunshine of the Spotless Mind e A Heart-Beaking Work of Staggering Genius (o pessoal da McSweeney's é ótimo na arte dos títulos longos) fazem ele valer a pena.

Alguém lembra de mais coisas - boas e ruins - com títulos longos e, se possível, sem nenhuma relação direta com o conteúdo?

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E uma semana de viagem pela frente. :)

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crumb.jpgEu não gosto do Robert Crumb. Mas precisei comprar e ler quase tudo que saiu dele no Brasil pra decidir isso. Depois de Minha Vida, chega! Velho chapado e reacionário que vende qualquer rabisco - geralmente um resmungo menos que banal - porque tem um punhado de seguidores que se juntou depois de uma ou duas boas idéias que teve lá em 68. As histórias são fracas e admitidamente feitas com pressa. Qualquer coisa vale. É pior que a Heavy Metal. Não gasto mais dinheiro com Crumb.

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crumb.jpgEu não gosto do Robert Crumb. Mas precisei comprar e ler quase tudo que saiu dele no Brasil pra decidir isso. Depois de Minha Vida, chega! Velho chapado e reacionário que vende qualquer rabisco - geralmente um resmungo menos que banal - porque tem um punhado de seguidores que se juntou depois de uma ou duas boas idéias que teve lá em 68. As histórias são fracas e admitidamente feitas com pressa. Qualquer coisa vale. É pior que a Heavy Metal. Não gasto mais dinheiro com Crumb.

Desejos: Red Curtain Trilogy Box Set (apesar de já ter 2 dos DVDs).

Desejos: Red Curtain Trilogy Box Set (apesar de já ter 2 dos DVDs).

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Li Reparação contrariado. Texto exageradamente detalhista e floreado para o meu gosto por narrativas mais carregadas de pontos e vírgulas. Mas queria conhecer o Ian McEwan. E queria entender o que a orelha queria dizer por

o romance ganha uma nova perspectiva com base num dado que só é revelado no epílogo. Restrospectivamente, o leitor percebe que o que estava em jogo ao longo de toda a obra, além da questão da culpa e do perdão, eram as relações entre ética e estética. E só então se dá conta de que o livro cuja leitura está terminando, à parte de ser uma narrativa deslumbrante, é também uma reflexão sofisticada a respeito da natureza da literatura, seus poderes e suas limitações.

Fica forçado quando uma orelha diz que você tem que ler o livro até o final para realmente gostar, não é? De qualquer forma, foi só por causa disso que li até o final, então a orelha cumpriu seu papel...

Mas li o fatídico epílogo, fiquei esperando a reviravolta e... Ok, vou ler de novo essa parte... Uhm, quem sabe mais uma vez... Não, de novo, o que ela realmente disse aqui... Mas então quem é que...

Confesso: não entendi o final.

Felizmente, eu não estou sozinho.

No fim das contas, se entendi, a coisa não é tão sensacional assim. Ou isso ou o McEwan queria criar algo pra gerar debate mesmo, a la Capitu. O que também não é uma opção que alegra minha leitura. Ou seja: livro chato. Ian McEwan é chato.

Mas como sou imbecil e tenho essa mania de seguir o buzz, quero ver Sábado pra ter certeza que não gosto mesmo dele.

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Li Reparação contrariado. Texto exageradamente detalhista e floreado para o meu gosto por narrativas mais carregadas de pontos e vírgulas. Mas queria conhecer o Ian McEwan. E queria entender o que a orelha queria dizer por

o romance ganha uma nova perspectiva com base num dado que só é revelado no epílogo. Restrospectivamente, o leitor percebe que o que estava em jogo ao longo de toda a obra, além da questão da culpa e do perdão, eram as relações entre ética e estética. E só então se dá conta de que o livro cuja leitura está terminando, à parte de ser uma narrativa deslumbrante, é também uma reflexão sofisticada a respeito da natureza da literatura, seus poderes e suas limitações.

Fica forçado quando uma orelha diz que você tem que ler o livro até o final para realmente gostar, não é? De qualquer forma, foi só por causa disso que li até o final, então a orelha cumpriu seu papel...

Mas li o fatídico epílogo, fiquei esperando a reviravolta e... Ok, vou ler de novo essa parte... Uhm, quem sabe mais uma vez... Não, de novo, o que ela realmente disse aqui... Mas então quem é que...

Confesso: não entendi o final.

Felizmente, eu não estou sozinho.

No fim das contas, se entendi, a coisa não é tão sensacional assim. Ou isso ou o McEwan queria criar algo pra gerar debate mesmo, a la Capitu. O que também não é uma opção que alegra minha leitura. Ou seja: livro chato. Ian McEwan é chato.

Mas como sou imbecil e tenho essa mania de seguir o buzz, quero ver Sábado pra ter certeza que não gosto mesmo dele.

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A Drops vai fechar. Quem mora em Pelotas e tem algum gostinho por cinema já está sentindo falta. Os donos resolveram que não conseguiriam vender toda a locadora para um único comprador, por isso resolveram colocar todo o acervo à venda a R$ 20 por DVD.

A Drops foi a primeira locadora exclusiva de DVDs da cidade. E a idéia era criar um espaço para cinéfilos mesmo. A primeira atendente era uma especialista em cinema, inclusive. O acervo não tinha tudo, mas era um diferencial na cidade. Nenhuma outra locadora tinha caixas de seriados, ou as coleções do Hitchcock e do Kubrick. Nenhuma comprava (e nenhuma compra, ainda) lançamentos de filmes europeus ou latinos. Para uma cidade sem opções como Pelotas, era um gostinho de capital.

E foi isso que matou a locadora. Os donos só conseguiam se manter colocando o preço dos lançamentos lá em cima, 1 ou 2 reais acima do preço das principais locadoras da cidade. Isso sem contar a outra parte da concorrência, aquela de "lançamentos a R$ 1,99!". Mesmo quando baixaram os preços, a clientela não voltou. Então, azar, não dá mesmo pra manter um negócio decente nessa cidade.

Eu tinha uma relação privilegiada com os donos, e podia inclusive sugerir DVDs para compra. As caixas de 24 Horas estão (estavam) lá porque buzinei muito na orelha do Cuca. É disso que vou sentir mais falta.

(Mesmo triste, não pude deixar de participar da pilhagem. Levei Team America, Zelig, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Antes do Pôr-do-Sol. E ganhei A Vida Marinha com Steve Zissou. Isso porque fui controlado, e porque estou me preparando para o desemprego. Mas fico com alguns pedacinhos da Drops pra mim.)

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A Drops vai fechar. Quem mora em Pelotas e tem algum gostinho por cinema já está sentindo falta. Os donos resolveram que não conseguiriam vender toda a locadora para um único comprador, por isso resolveram colocar todo o acervo à venda a R$ 20 por DVD.

A Drops foi a primeira locadora exclusiva de DVDs da cidade. E a idéia era criar um espaço para cinéfilos mesmo. A primeira atendente era uma especialista em cinema, inclusive. O acervo não tinha tudo, mas era um diferencial na cidade. Nenhuma outra locadora tinha caixas de seriados, ou as coleções do Hitchcock e do Kubrick. Nenhuma comprava (e nenhuma compra, ainda) lançamentos de filmes europeus ou latinos. Para uma cidade sem opções como Pelotas, era um gostinho de capital.

E foi isso que matou a locadora. Os donos só conseguiam se manter colocando o preço dos lançamentos lá em cima, 1 ou 2 reais acima do preço das principais locadoras da cidade. Isso sem contar a outra parte da concorrência, aquela de "lançamentos a R$ 1,99!". Mesmo quando baixaram os preços, a clientela não voltou. Então, azar, não dá mesmo pra manter um negócio decente nessa cidade.

Eu tinha uma relação privilegiada com os donos, e podia inclusive sugerir DVDs para compra. As caixas de 24 Horas estão (estavam) lá porque buzinei muito na orelha do Cuca. É disso que vou sentir mais falta.

(Mesmo triste, não pude deixar de participar da pilhagem. Levei Team America, Zelig, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Antes do Pôr-do-Sol. E ganhei A Vida Marinha com Steve Zissou. Isso porque fui controlado, e porque estou me preparando para o desemprego. Mas fico com alguns pedacinhos da Drops pra mim.)

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finfang2.jpg

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Se você é o cirurgião plástico que colocou mal o botox que deveria corrigir as bochechas do Droopy... quem você chama? Se o Dr. Quest quer a guarda de Johnny e Hadji... quem vai processar Lance Bannon? Se Pepe Legal quer defender seu direito, garantido pela segunda emenda, de carregar e dar cabongues com seu violão... quem o representa? Se Ding-a-Ling, da turma do Manda Chuva, descobre que seu nome é o domínio de um site pornô... quem?

Harvey Birdman, attorney at law.

É meu desenho animado favorito. O Homem-Pássaro defende casos de personagens da Hanna-Barbera, como, além dos citados, os Jetsons, Chefe Apache, Salsicha e Scooby (pegos no furgão com substâncias ilícitas, É ÓBVIO)...

O humor é típico daquelas vinhetas nonsense que todo marmanjo adora na Cartoon Network. Aliás, é uma animação da Cartoon Network. A melhor do Adult Swim.

Provavelmente é o melhor desenho animado para adultos da TV. Simpsons está fraquíssimo, convenhamos. Drawn Together fica meio previsível com suas piadas a la Todo Mundo em Pânico. Só South Park tem se superado, tendo conseguido processos contra dois episódios da última temporada, e uma ótima mania de satirizar filmes do Michael Bay e do Roland Emmerich.

Mas quando o Secret Squirrel (aquele esquilinho que era uma agente secreto, de capote branco e máscara) é acusado de assédio sexual - ele aborda mulheres na rua e abre o capote - e Fred Flinstone começa a achar que é chefão da máfia depois de bater a cabeça (o Homem Pássaro recusa o caso, e na manhã seguinte a cabeça de Pepe Legal está embaixo de seus lençóis), Harvey Birdman ganha disparado.

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Se você é o cirurgião plástico que colocou mal o botox que deveria corrigir as bochechas do Droopy... quem você chama? Se o Dr. Quest quer a guarda de Johnny e Hadji... quem vai processar Lance Bannon? Se Pepe Legal quer defender seu direito, garantido pela segunda emenda, de carregar e dar cabongues com seu violão... quem o representa? Se Ding-a-Ling, da turma do Manda Chuva, descobre que seu nome é o domínio de um site pornô... quem?

Harvey Birdman, attorney at law.

É meu desenho animado favorito. O Homem-Pássaro defende casos de personagens da Hanna-Barbera, como, além dos citados, os Jetsons, Chefe Apache, Salsicha e Scooby (pegos no furgão com substâncias ilícitas, É ÓBVIO)...

O humor é típico daquelas vinhetas nonsense que todo marmanjo adora na Cartoon Network. Aliás, é uma animação da Cartoon Network. A melhor do Adult Swim.

Provavelmente é o melhor desenho animado para adultos da TV. Simpsons está fraquíssimo, convenhamos. Drawn Together fica meio previsível com suas piadas a la Todo Mundo em Pânico. Só South Park tem se superado, tendo conseguido processos contra dois episódios da última temporada, e uma ótima mania de satirizar filmes do Michael Bay e do Roland Emmerich.

Mas quando o Secret Squirrel (aquele esquilinho que era uma agente secreto, de capote branco e máscara) é acusado de assédio sexual - ele aborda mulheres na rua e abre o capote - e Fred Flinstone começa a achar que é chefão da máfia depois de bater a cabeça (o Homem Pássaro recusa o caso, e na manhã seguinte a cabeça de Pepe Legal está embaixo de seus lençóis), Harvey Birdman ganha disparado.

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