mars 2006 Archives

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Olha só. Michael Imperioli, o Christopher Moltisanti de Sopranos - ou um Peter Parker perfeito para o cinema, se Peter Parker se chamasse Pietro Parcolini - foi um dos roteiristas de O Verão de Sam e também já escreveu vários episódios de Sopranos. E faz o papel de um mafioso que tenta ser roteirista na série.

Ok, isso não é tão interessante pra você. Foi só uma das pequenas grandes descobertas do meu dia.

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Olha só. Michael Imperioli, o Christopher Moltisanti de Sopranos - ou um Peter Parker perfeito para o cinema, se Peter Parker se chamasse Pietro Parcolini - foi um dos roteiristas de O Verão de Sam e também já escreveu vários episódios de Sopranos. E faz o papel de um mafioso que tenta ser roteirista na série.

Ok, isso não é tão interessante pra você. Foi só uma das pequenas grandes descobertas do meu dia.

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Cansei de ver gente falando que O Plano Perfeito é o melhor filme do Spike Lee em 10 anos. Primeiro, porque quem fala isso não viu A Última Noite nem O Verão de Sam, que são roteiros espetaculares. Segundo, porque o filme é assustadoramente convencional, com pouquíssimos toques de estilo e uma trilha sonora tão simplória (música assustadora para bandidos, música ágil para heróis) que chega a ser harrypotteriana. Terceiro, porque é uma peça publicitária da polícia de Nova York. Não tem um frame em que você não leia "NYPD".

O filme é, isso sim, o mais bem divulgado e estrelado do Spike Lee nos últimos dez anos. O que comprova que grana compra hype até de quem não ganha nada e, pior, só gastou o ingresso.

Garota da Vitrine, que é um filme mal conduzido, mal roteirizado e pessimamente dirigido, mas que tem uma história legal, me agradou muito mais.

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Cansei de ver gente falando que O Plano Perfeito é o melhor filme do Spike Lee em 10 anos. Primeiro, porque quem fala isso não viu A Última Noite nem O Verão de Sam, que são roteiros espetaculares. Segundo, porque o filme é assustadoramente convencional, com pouquíssimos toques de estilo e uma trilha sonora tão simplória (música assustadora para bandidos, música ágil para heróis) que chega a ser harrypotteriana. Terceiro, porque é uma peça publicitária da polícia de Nova York. Não tem um frame em que você não leia "NYPD".

O filme é, isso sim, o mais bem divulgado e estrelado do Spike Lee nos últimos dez anos. O que comprova que grana compra hype até de quem não ganha nada e, pior, só gastou o ingresso.

Garota da Vitrine, que é um filme mal conduzido, mal roteirizado e pessimamente dirigido, mas que tem uma história legal, me agradou muito mais.

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Departamento de Aquisições

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Um trailer que me deixa entusiasmado? O de Crianças Invisíveis.

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Um trailer que me deixa entusiasmado? O de Crianças Invisíveis.

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Estou de celular novo: (51) 8411.9665. Anote agora, pois você vai precisar depois. Oito quatro onze nove meia-meia cinco. Código 51. Anotou? (Verei o celular antigo só de vez em quando - é melhor ligar para o novo).

Estou de casa nova: rua Lucas de Oliveira, 125, ap. 3, bairro Auxiliadora, Porto Alegre-RS (CEP 90440-011). É perto da Tok&Stok e a poucas quadras do Parcão. Visite e traga presentes para a casa. Se pretende sentar-se durante a visita, sugiro poltronas, cadeiras ou almofadas. Almofadas são ótimos presentes.

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Estou de celular novo: (51) 8411.9665. Anote agora, pois você vai precisar depois. Oito quatro onze nove meia-meia cinco. Código 51. Anotou? (Verei o celular antigo só de vez em quando - é melhor ligar para o novo).

Estou de casa nova: rua Lucas de Oliveira, 125, ap. 3, bairro Auxiliadora, Porto Alegre-RS (CEP 90440-011). É perto da Tok&Stok e a poucas quadras do Parcão. Visite e traga presentes para a casa. Se pretende sentar-se durante a visita, sugiro poltronas, cadeiras ou almofadas. Almofadas são ótimos presentes.

Departamento de Aquisições

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Brian Wood é um escritor de duas vozes. A primeira é a que produz manifestos hacker-punks contra a guerra e o Bush, como Channel Zero e DMZ. A segunda é de uma espécie de Nick Hornby dos quadrinhos, de pequenos contos intimistas que soam como canções pop. É esta voz que eu prefiro.

Já tinha lido Demo inteira online, mas comprei a coletânea (ou melhor: foi por isso que comprei a coletânea) e finalmente peguei para ler. Foi tudo de uma sentada. E eu não lembrava de ter lido mais da metade.

Seres humanos em versão demo. Aquele pedacinho da sua vida entre a adolescência e a hora de tomar Decisões, que parece tão longo e em que o medo de screw up é bem grande. A série tem doze histórias sobre "demos", com um toquezinho de super-poderes. Basicamente porque foi uma proposta rejeitada para uma série dos X-Men. Sério.

Suicídio, brigar com a namorada, a hora de largar o emprego de merda e fazer algo da vida, seguir o que seus pais querem ou tomar seu próprio rumo, saber escolher as amizades. Cada história de Demo tem um jeito muito inteligente de tocar nesses temas.

E, no final, ainda tem "Mon Dernier Jour Avec Toi", uma das melhores HQs que vou ler nessa vida.

O problema, o grande problema, é a arte. Becky Cloonan, a ilustradora, tenta adaptar seu estilo a cada história, mas gira em torno de uns rabiscos mangá soltos demais. Brian Wood é um gênio de design e ritmo, mas não consegue evitar abortos como a capa da coletânea, acima.

Mas os roteiros salvam o pacote. E o que importa é que Demo serviu como uma laboratório para Local, nova série de Wood - agora com um desenhista de verdade, Ryan Kelly. Local segue o mesmo estilo, mas o foco é entender como o lugar onde você mora afeta quem você é. Historinhas hornbyanas sobre gente tentando achar seu lugar, ou descobrindo que seu lugar é o que você fizer dele. Das doze edições, já saíram quatro. A terceira - sobre uma banda de rock desmantelada que decide voltar às raízes, à cidade onde nasceu - já dá pra chamar de um dos melhores gibis do ano. E Wood, embora continue insistindo num espírito ativista meio chato, cada vez cresce mais como roteirista.

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Brian Wood é um escritor de duas vozes. A primeira é a que produz manifestos hacker-punks contra a guerra e o Bush, como Channel Zero e DMZ. A segunda é de uma espécie de Nick Hornby dos quadrinhos, de pequenos contos intimistas que soam como canções pop. É esta voz que eu prefiro.

Já tinha lido Demo inteira online, mas comprei a coletânea (ou melhor: foi por isso que comprei a coletânea) e finalmente peguei para ler. Foi tudo de uma sentada. E eu não lembrava de ter lido mais da metade.

Seres humanos em versão demo. Aquele pedacinho da sua vida entre a adolescência e a hora de tomar Decisões, que parece tão longo e em que o medo de screw up é bem grande. A série tem doze histórias sobre "demos", com um toquezinho de super-poderes. Basicamente porque foi uma proposta rejeitada para uma série dos X-Men. Sério.

Suicídio, brigar com a namorada, a hora de largar o emprego de merda e fazer algo da vida, seguir o que seus pais querem ou tomar seu próprio rumo, saber escolher as amizades. Cada história de Demo tem um jeito muito inteligente de tocar nesses temas.

E, no final, ainda tem "Mon Dernier Jour Avec Toi", uma das melhores HQs que vou ler nessa vida.

O problema, o grande problema, é a arte. Becky Cloonan, a ilustradora, tenta adaptar seu estilo a cada história, mas gira em torno de uns rabiscos mangá soltos demais. Brian Wood é um gênio de design e ritmo, mas não consegue evitar abortos como a capa da coletânea, acima.

Mas os roteiros salvam o pacote. E o que importa é que Demo serviu como uma laboratório para Local, nova série de Wood - agora com um desenhista de verdade, Ryan Kelly. Local segue o mesmo estilo, mas o foco é entender como o lugar onde você mora afeta quem você é. Historinhas hornbyanas sobre gente tentando achar seu lugar, ou descobrindo que seu lugar é o que você fizer dele. Das doze edições, já saíram quatro. A terceira - sobre uma banda de rock desmantelada que decide voltar às raízes, à cidade onde nasceu - já dá pra chamar de um dos melhores gibis do ano. E Wood, embora continue insistindo num espírito ativista meio chato, cada vez cresce mais como roteirista.

Departamento de Aquisições

Editora nova, produção de altíssima qualidade, e saindo com uma série que há tempos venho elogiando no Omelete. Começo com pé direito.

Departamento de Aquisições

Editora nova, produção de altíssima qualidade, e saindo com uma série que há tempos venho elogiando no Omelete. Começo com pé direito.

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Tom Spurgeon, o melhor jornalista da área nos EUA, elegeu os 50 melhores quadrinhos de 2005. Já li o 1, o 7, o 8, o 11, o 13, o 26, o 29, o 41 e o 47, e aceito todos os outros de presente.

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Tom Spurgeon, o melhor jornalista da área nos EUA, elegeu os 50 melhores quadrinhos de 2005. Já li o 1, o 7, o 8, o 11, o 13, o 26, o 29, o 41 e o 47, e aceito todos os outros de presente.

Depois de um intervalo, a Lá Fora voltou.

Depois de um intervalo, a Lá Fora voltou.

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Enfim, Everything is Illuminated, o filme, é bem, bem fraco. Quem leu o livro sabe que tem que encarar com baixas expectativas - de um livro tão fortemente baseado na força do texto, na narrativa literária, em multi-perspectivas, o filme só estaria à altura se inventasse algo inusitadíssimo para direção e edição. Em um veículo para as pessoas verem o Elijah Wood como algo mais que o Frodo, não dá pra esperar isso.

Toda a história do shtetl, que é metade do livro, sumiu. Alex ainda é o narrador, mas a câmera está sempre no Jonathan - o que não condiz com a versão original. As piadinhas, é claro, foram quase todas aproveitadas, mas resumidas. O vegetarianismo do Jonathan está ali só para uma piada de uma cena, sem a base que está no livro. Toda a carga emocional pesada que você tem nas páginas repetitivas - tipo Alex perguntando sobre a foto à senhora de Trachimbrod - não foi adaptada.

Em suma, é uma colagem de algumas das cenas mais importantes do livro (mais uma inexplicável e inútil cena final), formando um filme meio morto. Que Safran Foer (o autor) use a grana dos direitos autorais para escrever mais livros bons e mantê-los longe do cinema.

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Enfim, Everything is Illuminated, o filme, é bem, bem fraco. Quem leu o livro sabe que tem que encarar com baixas expectativas - de um livro tão fortemente baseado na força do texto, na narrativa literária, em multi-perspectivas, o filme só estaria à altura se inventasse algo inusitadíssimo para direção e edição. Em um veículo para as pessoas verem o Elijah Wood como algo mais que o Frodo, não dá pra esperar isso.

Toda a história do shtetl, que é metade do livro, sumiu. Alex ainda é o narrador, mas a câmera está sempre no Jonathan - o que não condiz com a versão original. As piadinhas, é claro, foram quase todas aproveitadas, mas resumidas. O vegetarianismo do Jonathan está ali só para uma piada de uma cena, sem a base que está no livro. Toda a carga emocional pesada que você tem nas páginas repetitivas - tipo Alex perguntando sobre a foto à senhora de Trachimbrod - não foi adaptada.

Em suma, é uma colagem de algumas das cenas mais importantes do livro (mais uma inexplicável e inútil cena final), formando um filme meio morto. Que Safran Foer (o autor) use a grana dos direitos autorais para escrever mais livros bons e mantê-los longe do cinema.

Fiquei pouco satisfeito com Everything is Illuminated. O livro, não o filme. Não tinha tanto entusiasmo para ler quanto tive com Extremely Loud & Incredibly Close – que é o livro posterior de Jonathan Safran Foer, mas que li primeiro. Illuminated não é tão bom.

Dá para se dizer que é a história de um personagem, também chamado Jonathan Safran Foer, que vai à Ucrânia em busca da mulher que salvou seu avô da morte na II Guerra Mundial. Mas a narrativa é tripartida: quem conta a história é o intérprete de Jonathan, o ucraniano Alexander. Alexander está escrevendo um livro sobre a viagem de Jonathan, enquanto este escreve a história de sua família desde um shtetl ucraniano no século XVII até os dias de hoje. Então você tem capítulos com as cartas de Alex para Jonathan, capítulos do livro de Alex – e Alex escreve num inglês terrivelmente fraco e engraçado (veja alguns posts abaixo) – e capítulos do livro de Jonathan. Na mistura dessas três linhas, que se desenvolvem em conjunto, você tenta descobrir sobre o que é o livro.

É ao mesmo tempo fantasticamente engraçado e dolorosamente comovente. Foer constrói o timing preciso para piadas de humor absurdo. Tem o cachorro chamado Sammy Davis Junior Junior, tem a discussão sobre o vegetarianismo de Jonathan, rabinos malucos tentando explicar o universo. O livro é recheado de absurdos.

A parte comovente é mais baseada num estilo próprio que Foer desenvolveu, que consiste basicamente em enfiar o maior número de palavras possível na fala de seus personagens e usar pouquíssima pontuação. Como se uma pessoa estivesse querendo lhe contar, o mais rápido possível, todo o sofrimento do mundo (e alguns personagens fazem isso). Esse amontoamento de palavras provoca uma reação que vai além do conteúdo dos diálogos – a própria página, o registro gráfico, começa a te provocar, a te emocionar. Quem leu Extremely Loud sabe que o autor já levou isso ao extremo.

Apesar desses toques de maestria, Foer não consegue manter o interesse por muito tempo. Os capítulos com a história do shtetl são particularmente chatos, sem o vigor que caracteriza os outros. E o final, apesar de uma jogada bem interessante, joga demais para você o que deveria ser entendido sobre a história. Tipo, “sei que esta história tem algo que a torna extremamente comovente, mas não vou fazer argumento nenhum e deixar você cuidar disso”. Se você prefere assim, tudo bem. Não é o meu caso.

E o filme? Glad you asked. Fiz questão de escrever este post logo antes de apertar play no DVD. Comentários e comparações em breve.

Fiquei pouco satisfeito com Everything is Illuminated. O livro, não o filme. Não tinha tanto entusiasmo para ler quanto tive com Extremely Loud & Incredibly Close ? que é o livro posterior de Jonathan Safran Foer, mas que li primeiro. Illuminated não é tão bom.

Dá para se dizer que é a história de um personagem, também chamado Jonathan Safran Foer, que vai à Ucrânia em busca da mulher que salvou seu avô da morte na II Guerra Mundial. Mas a narrativa é tripartida: quem conta a história é o intérprete de Jonathan, o ucraniano Alexander. Alexander está escrevendo um livro sobre a viagem de Jonathan, enquanto este escreve a história de sua família desde um shtetl ucraniano no século XVII até os dias de hoje. Então você tem capítulos com as cartas de Alex para Jonathan, capítulos do livro de Alex ? e Alex escreve num inglês terrivelmente fraco e engraçado (veja alguns posts abaixo) ? e capítulos do livro de Jonathan. Na mistura dessas três linhas, que se desenvolvem em conjunto, você tenta descobrir sobre o que é o livro.

É ao mesmo tempo fantasticamente engraçado e dolorosamente comovente. Foer constrói o timing preciso para piadas de humor absurdo. Tem o cachorro chamado Sammy Davis Junior Junior, tem a discussão sobre o vegetarianismo de Jonathan, rabinos malucos tentando explicar o universo. O livro é recheado de absurdos.

A parte comovente é mais baseada num estilo próprio que Foer desenvolveu, que consiste basicamente em enfiar o maior número de palavras possível na fala de seus personagens e usar pouquíssima pontuação. Como se uma pessoa estivesse querendo lhe contar, o mais rápido possível, todo o sofrimento do mundo (e alguns personagens fazem isso). Esse amontoamento de palavras provoca uma reação que vai além do conteúdo dos diálogos ? a própria página, o registro gráfico, começa a te provocar, a te emocionar. Quem leu Extremely Loud sabe que o autor já levou isso ao extremo.

Apesar desses toques de maestria, Foer não consegue manter o interesse por muito tempo. Os capítulos com a história do shtetl são particularmente chatos, sem o vigor que caracteriza os outros. E o final, apesar de uma jogada bem interessante, joga demais para você o que deveria ser entendido sobre a história. Tipo, ?sei que esta história tem algo que a torna extremamente comovente, mas não vou fazer argumento nenhum e deixar você cuidar disso?. Se você prefere assim, tudo bem. Não é o meu caso.

E o filme? Glad you asked. Fiz questão de escrever este post logo antes de apertar play no DVD. Comentários e comparações em breve.

"V for Vendetta" is not a movie of ideas so much as it is an idea mall. By the time you've gotten through it, you feel spent, loaded down and more than a little disoriented. The movie's big concepts are pithy, brief and irrefutable enough to embroider on throw pillows. But its moral and philosophical stances amount to a free-for-all.

* * *

Then again, the idea that revolution can come from the ground up doesn't jibe with the great director theory of film history, either. One of the more interesting things about Mr. Moore's comic, along with V's contradictions and cartoon dialectics ("anarchy wears two faces," V intones), is how many different characters take possession of the story at different times. The screenplay, by contrast, essentially carves the plot into two parallel narrative strands — V and Evey occupy one, the fascists and their henchmen the other — that eventually twist together as predictably as in any blockbuster blowout.

...

The movie version of "V for Vendetta" both oversimplifies and overcomplicates Moore's and Lloyd's vision, but it never cuts to the bone. It's a movie drawn with big, bold strokes and very little feeling -- a tracing-paper exercise masquerading as a masterpiece.

...

V de Vingança estréia hoje nos EUA. A crítica mostra um arremedo de simpatia, mas usa palavras bem fortes pra detonar. É interessante que TODOS os artigos mencionam que Alan Moore pediu pra tirar seu nome do projeto. Não é coisa que deve ter entrado no press-release, mas sim a rede de adoradores de Moore mostrando força.

Enquanto isso, o barbudo continua reclamando:

As far I'm concerned, the two poles of politics were not Left Wing or Right Wing. In fact they're just two ways of ordering an industrial society and we're fast moving beyond the industrial societies of the 19th and 20th centuries. It seemed to me the two more absolute extremes were anarchy and fascism. This was one of the things I objected to in the recent film, where it seems to be, from the script that I read, sort of recasting it as current American neo-conservatism vs. current American liberalism. There wasn't a mention of anarchy as far as I could see. The fascism had been completely defanged. I mean, I think that any references to racial purity had been excised, whereas actually, fascists are quite big on racial purity.

"V for Vendetta" is not a movie of ideas so much as it is an idea mall. By the time you've gotten through it, you feel spent, loaded down and more than a little disoriented. The movie's big concepts are pithy, brief and irrefutable enough to embroider on throw pillows. But its moral and philosophical stances amount to a free-for-all.

* * *

Then again, the idea that revolution can come from the ground up doesn't jibe with the great director theory of film history, either. One of the more interesting things about Mr. Moore's comic, along with V's contradictions and cartoon dialectics ("anarchy wears two faces," V intones), is how many different characters take possession of the story at different times. The screenplay, by contrast, essentially carves the plot into two parallel narrative strands ? V and Evey occupy one, the fascists and their henchmen the other ? that eventually twist together as predictably as in any blockbuster blowout.

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The movie version of "V for Vendetta" both oversimplifies and overcomplicates Moore's and Lloyd's vision, but it never cuts to the bone. It's a movie drawn with big, bold strokes and very little feeling -- a tracing-paper exercise masquerading as a masterpiece.

...

V de Vingança estréia hoje nos EUA. A crítica mostra um arremedo de simpatia, mas usa palavras bem fortes pra detonar. É interessante que TODOS os artigos mencionam que Alan Moore pediu pra tirar seu nome do projeto. Não é coisa que deve ter entrado no press-release, mas sim a rede de adoradores de Moore mostrando força.

Enquanto isso, o barbudo continua reclamando:

As far I'm concerned, the two poles of politics were not Left Wing or Right Wing. In fact they're just two ways of ordering an industrial society and we're fast moving beyond the industrial societies of the 19th and 20th centuries. It seemed to me the two more absolute extremes were anarchy and fascism. This was one of the things I objected to in the recent film, where it seems to be, from the script that I read, sort of recasting it as current American neo-conservatism vs. current American liberalism. There wasn't a mention of anarchy as far as I could see. The fascism had been completely defanged. I mean, I think that any references to racial purity had been excised, whereas actually, fascists are quite big on racial purity.

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Departamento de Aquisições

Corn Bill

E, Samanta, não vem com essa de que não vai fazer novas estampas.

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Departamento de Aquisições

Corn Bill

E, Samanta, não vem com essa de que não vai fazer novas estampas.

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Post pessoal.

Desde segunda-feira passada, dia 6, você não só pode como deve me chamar de Mestre. Dissertação defendida, título concedido, aplausos, comemorações. E agora você pode ler tudo logo ali, no Rodapé. A dissertação, inclusive.

Agora, o desemprego. Estou apostando as fichas numa mudança para Porto Alegre e em voltar para o mercado (enquanto descanso do tenebroso mundo da Academia). Quero muito trabalhar com cultura pop, jornalística ou publicitariamente. Se não der especificamente isso, qualquer vaga nessas áreas que pague meu aluguel e meus gibis tá valendo. Se ainda assim não sair nada, as únicas restrições são que não lavo, não passo, só sei preparar torradas e não faço sexo com homens. Ah, e tem que ser dentro da frasezinha ali à esquerda, logo acima do link do currículo.

Alguma sugestão? Inside info? Recomendação?

Aguardem, em breve, convites para a inauguração do apartamento.

E fim do post pessoal.

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Post pessoal.

Desde segunda-feira passada, dia 6, você não só pode como deve me chamar de Mestre. Dissertação defendida, título concedido, aplausos, comemorações. E agora você pode ler tudo logo ali, no Rodapé. A dissertação, inclusive.

Agora, o desemprego. Estou apostando as fichas numa mudança para Porto Alegre e em voltar para o mercado (enquanto descanso do tenebroso mundo da Academia). Quero muito trabalhar com cultura pop, jornalística ou publicitariamente. Se não der especificamente isso, qualquer vaga nessas áreas que pague meu aluguel e meus gibis tá valendo. Se ainda assim não sair nada, as únicas restrições são que não lavo, não passo, só sei preparar torradas e não faço sexo com homens. Ah, e tem que ser dentro da frasezinha ali à esquerda, logo acima do link do currículo.

Alguma sugestão? Inside info? Recomendação?

Aguardem, em breve, convites para a inauguração do apartamento.

E fim do post pessoal.

Departamento de Aquisições

E, só para eu não perder o link, McLuhan em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa:

Departamento de Aquisições

E, só para eu não perder o link, McLuhan em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa:

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Adendo ao Departamento Auricular ali embaixo: Caiu nas minhas mãos esses dias um CD da Wonkavision. Não sei o nome das músicas nem nada. Só sei que a banda é porto-alegrense e não existe desde o século passado (é isso mesmo? o site ainda promete atualização). Mas me apaixonei por aquela que começa em "ele faz meu peito TRANSBORDAR". Roquezinho babaca, no bom sentido. Tem até uma música com tchu-ru-ru. Muito tchu-ru-ru, aliás. A diferença com outras bandas de rock babaca é uma pegada mais pesada em alguma músicas, guitarras legais e, minha perdição, vocal feminino.

(Grupis, teus CDs estão vivos e bem, apesar de um pouco arranhados - mas já vieram assim. Esse do Wonka, porém, eu não devolvo.)

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Adendo ao Departamento Auricular ali embaixo: Caiu nas minhas mãos esses dias um CD da Wonkavision. Não sei o nome das músicas nem nada. Só sei que a banda é porto-alegrense e não existe desde o século passado (é isso mesmo? o site ainda promete atualização). Mas me apaixonei por aquela que começa em "ele faz meu peito TRANSBORDAR". Roquezinho babaca, no bom sentido. Tem até uma música com tchu-ru-ru. Muito tchu-ru-ru, aliás. A diferença com outras bandas de rock babaca é uma pegada mais pesada em alguma músicas, guitarras legais e, minha perdição, vocal feminino.

(Grupis, teus CDs estão vivos e bem, apesar de um pouco arranhados - mas já vieram assim. Esse do Wonka, porém, eu não devolvo.)

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Estou aqui empacotando meus livros, separando eles por formato para acomodar melhor nas caixas, rezando pra que minha estante chegue intacta da mudança... E olho para a estante do Steven Johnson. Na verdade só uma parte da biblioteca dele, a de "livros de influência".

Tenho mais ou menos essa quantidade aí de livros, então imagine meu quarto tomado por caixas. Além da obsessão pelos livros em si (não consigo me livrar de nenhum), tenho a de estar constantemente organizando-os. Mas vai levar pelo menos uma semana até ter tudo arrumadinho.

E, dammit, eu queria uma prateleira simples e legal como a do Johnson.

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Estou aqui empacotando meus livros, separando eles por formato para acomodar melhor nas caixas, rezando pra que minha estante chegue intacta da mudança... E olho para a estante do Steven Johnson. Na verdade só uma parte da biblioteca dele, a de "livros de influência".

Tenho mais ou menos essa quantidade aí de livros, então imagine meu quarto tomado por caixas. Além da obsessão pelos livros em si (não consigo me livrar de nenhum), tenho a de estar constantemente organizando-os. Mas vai levar pelo menos uma semana até ter tudo arrumadinho.

E, dammit, eu queria uma prateleira simples e legal como a do Johnson.

Não lembro qual foi o caminho que minha cabeça percorreu enquanto estava assistindo Capote, mas passei o filme pensando na briga entre realidade e ficção. Há quem defenda que esteja acontecendo um movimento de “descrédito” à ficção (em todas as suas formas), reflexo de um apego exagerado ao “real” e aos “fatos”. O que explicaria a força dos reality shows e tudo em torno deles. Aliás, essas teorizações provavelmente surgiram dos estudos de reality shows.

Mas o que tem me incomodado realmente é o escarcéu que se faz em torno das “fraudes” como as dos escritores J.T. Leroy e James N. Frey. O primeiro fez sucesso por ter uma vida conturbada – um transsexual que vivia nas ruas e foi adotado por uma editora. Descobriu-se que na verdade era esta quem estava escrevendo os livros. O segundo revelou que “embelezou” alguns fatos de seu livro Um Milhão de Pedacinhos, supostamente uma autobiografia de seu período como viciado em heroína.

Quando a mídia – e os leitores - sobe em cima do Leroy chamando-o de mentiroso, está admitindo que só leu ou promoveu o livro por causa do status “maldito” do escritor. Não interessa a qualidade da escrita, não interessa o livro em si. Se Frey queria usar sua experiência como um alerta contra o vício em heroína, e para isso encheu seu livro de cenas onde personagens injetam heroína pelos olhos, mesmo que não tenha testemunhado isso, a intenção se mantém.

Me parece que essa obsessão por realidade, por fatos duros e históricos, tem um efeito recursivo. As pessoas querem tanto o real que escrutinizam o que lhes é dado como fato – o escritor é mesmo um sem-teto transsexual?, o carinha do BBB está encarnando um papel pra ganhar o prêmio?, qual é a do Tom Cruise com a Katie Holmes? – até conseguir um novo fato, um “real mais real” – é tudo jogada de marketing. E mostram aí um certo horror à ficção (dá pra chamar de “mentira” se não tem efeito algum sobre você? Um cara que atua no BBB é um mentiroso? O que interessa se o mundos dos viciados, no livro, é mais ou menos pesado?), pois criticam ferozmente tudo que não seja a Grande Verdade.

Lembrei do Capote. Tem uma cena logo no início em que o autor chega à escola da cidadezinha do Kansas pra tentar falar com amigos dos jovens da família assassinada. Ele se aproxima de uma garota, e ela corre para longe dele. Li em algum lugar que Capote é de certa forma culpado pelo jornalismo sensacionalista e intrometido que virou clichê na televisão – legiões de microfone em punho atacando gente na rua para conseguir declarações. Porque se precisa buscar a Verdade.

Bom, são só piruetas que minha cabeça fica fazendo quando o filme é chato. Não espere muita lógica aí em cima.

Não lembro qual foi o caminho que minha cabeça percorreu enquanto estava assistindo Capote, mas passei o filme pensando na briga entre realidade e ficção. Há quem defenda que esteja acontecendo um movimento de ?descrédito? à ficção (em todas as suas formas), reflexo de um apego exagerado ao ?real? e aos ?fatos?. O que explicaria a força dos reality shows e tudo em torno deles. Aliás, essas teorizações provavelmente surgiram dos estudos de reality shows.

Mas o que tem me incomodado realmente é o escarcéu que se faz em torno das ?fraudes? como as dos escritores J.T. Leroy e James N. Frey. O primeiro fez sucesso por ter uma vida conturbada ? um transsexual que vivia nas ruas e foi adotado por uma editora. Descobriu-se que na verdade era esta quem estava escrevendo os livros. O segundo revelou que ?embelezou? alguns fatos de seu livro Um Milhão de Pedacinhos, supostamente uma autobiografia de seu período como viciado em heroína.

Quando a mídia ? e os leitores - sobe em cima do Leroy chamando-o de mentiroso, está admitindo que só leu ou promoveu o livro por causa do status ?maldito? do escritor. Não interessa a qualidade da escrita, não interessa o livro em si. Se Frey queria usar sua experiência como um alerta contra o vício em heroína, e para isso encheu seu livro de cenas onde personagens injetam heroína pelos olhos, mesmo que não tenha testemunhado isso, a intenção se mantém.

Me parece que essa obsessão por realidade, por fatos duros e históricos, tem um efeito recursivo. As pessoas querem tanto o real que escrutinizam o que lhes é dado como fato ? o escritor é mesmo um sem-teto transsexual?, o carinha do BBB está encarnando um papel pra ganhar o prêmio?, qual é a do Tom Cruise com a Katie Holmes? ? até conseguir um novo fato, um ?real mais real? ? é tudo jogada de marketing. E mostram aí um certo horror à ficção (dá pra chamar de ?mentira? se não tem efeito algum sobre você? Um cara que atua no BBB é um mentiroso? O que interessa se o mundos dos viciados, no livro, é mais ou menos pesado?), pois criticam ferozmente tudo que não seja a Grande Verdade.

Lembrei do Capote. Tem uma cena logo no início em que o autor chega à escola da cidadezinha do Kansas pra tentar falar com amigos dos jovens da família assassinada. Ele se aproxima de uma garota, e ela corre para longe dele. Li em algum lugar que Capote é de certa forma culpado pelo jornalismo sensacionalista e intrometido que virou clichê na televisão ? legiões de microfone em punho atacando gente na rua para conseguir declarações. Porque se precisa buscar a Verdade.

Bom, são só piruetas que minha cabeça fica fazendo quando o filme é chato. Não espere muita lógica aí em cima.

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Departamento Auricular

Eles estão mais alegrinhos, não estão? Nunca os achei totalmente deprê, mas reconheço que as músicas andam mais felizes. Deve ser a grana.

Sei que quem ama o David Bowie (e você só pode amar ou odiar o David Bowie) queria que Seu Jorge fosse trepanado por seu violão. Como eu odeio o Bowie...

Só não me peça para gostar de outras coisas do Seu Jorge.

Ainda em fase de análise.

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Departamento Auricular

Eles estão mais alegrinhos, não estão? Nunca os achei totalmente deprê, mas reconheço que as músicas andam mais felizes. Deve ser a grana.

Sei que quem ama o David Bowie (e você só pode amar ou odiar o David Bowie) queria que Seu Jorge fosse trepanado por seu violão. Como eu odeio o Bowie...

Só não me peça para gostar de outras coisas do Seu Jorge.

Ainda em fase de análise.

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Generally the explanations that are given for the motivation of these characters are pretty flimsy.

I mean, people, I'm sure, have had their parents killed in front of them always. I think that it would probably lead to a life in analysis and probably all sorts of personal problems.

It probably wouldn't lead you to become a bat-themed vigilante.

Alan Moore, 2006, em uma reportagem da BBC. Alan Moore em vídeo, coisa raríssima. Ele dá medo, mas continua mais são e lúcido que o resto da humanidade.

UPDATE: Moore ganhou um loooooongo artigo no New York Times de domingo, explicando pro grande público suas desavenças com Hollywood.

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Generally the explanations that are given for the motivation of these characters are pretty flimsy.

I mean, people, I'm sure, have had their parents killed in front of them always. I think that it would probably lead to a life in analysis and probably all sorts of personal problems.

It probably wouldn't lead you to become a bat-themed vigilante.

Alan Moore, 2006, em uma reportagem da BBC. Alan Moore em vídeo, coisa raríssima. Ele dá medo, mas continua mais são e lúcido que o resto da humanidade.

UPDATE: Moore ganhou um loooooongo artigo no New York Times de domingo, explicando pro grande público suas desavenças com Hollywood.

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Cada edição de Kabuki: the alchemy me enche de idéias. A número 6 é justamente sobre criatividade. Trabalho fantástico.

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Cada edição de Kabuki: the alchemy me enche de idéias. A número 6 é justamente sobre criatividade. Trabalho fantástico.

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O próximo Woody. Novo drama (argh), de novo com a Scarlett Johansson (duplo argh), e mais uma vez em Londres (vômitos em profusão).

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O próximo Woody. Novo drama (argh), de novo com a Scarlett Johansson (duplo argh), e mais uma vez em Londres (vômitos em profusão).

Departamento de Desejos

Ludmila's Broken English

Little Star

Departamento de Desejos

Ludmila's Broken English

Little Star

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"We will eat," I told him. "Good," he said, holding the photograph vey near to his face. Sammy Davis, Junior, Junior was persisting to cry. "One thing, though,", the hero said. "What?" "You should know..." "Yes?" "I am a... how to say this..." "What?" "I'm a..." "You are very hungry, yes?" "I'm a vegetarian." "I do not understand." "I don't eat meat." "Why not?" "I just don't." "How can you not eat meat?" "I just don't" "He does not eat meat," I told Grandfather. "Yes he does," he informed me. "Yes you do," I likewise informed the hero. "No. I don't." "Why not?" I inquired him again. "I just don't. No meat." "Pork?" "No." "Meat?" "No meat." "Steak?" "Nope." "Chickens?" "No." "Do you eat veal?" "Oh, God. Absolutely no veal." "What about sausage?" "No sausage either." I told Grandfather this, and he presented me a very bothered look. "What is wrong with him?" he asked. "Hamburger?" "No." "Tongue?" "What did he say is wrong with him?" Grandfather asked. "It is just the way he is." "Does he eat sausage?" "No." "No sausage!" "No. He says he does not eat sausage." "In truth?" "That is waht he says." "But sausage..." "I know." "In truth you do not eat any sausage?" "No sausage." "No sausage," I told Grandfather. He closed his eyes and tried to put his arms around his stomach, but there was not room because of the wheel. It appared like he was becoming sick because the hero would not eat sausage. "Well, let him deduce what he is going to eat. We will to go to the most proximal restaurant." "You are a schmuck," I informed the hero. "You're not using the word correctly," he said. "Yes I am," I said.

Everything is Illuminated, página 65. Sim, o livro é um terço escrito nesse inglês macarrônico. Delicioso.

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"We will eat," I told him. "Good," he said, holding the photograph vey near to his face. Sammy Davis, Junior, Junior was persisting to cry. "One thing, though,", the hero said. "What?" "You should know..." "Yes?" "I am a... how to say this..." "What?" "I'm a..." "You are very hungry, yes?" "I'm a vegetarian." "I do not understand." "I don't eat meat." "Why not?" "I just don't." "How can you not eat meat?" "I just don't" "He does not eat meat," I told Grandfather. "Yes he does," he informed me. "Yes you do," I likewise informed the hero. "No. I don't." "Why not?" I inquired him again. "I just don't. No meat." "Pork?" "No." "Meat?" "No meat." "Steak?" "Nope." "Chickens?" "No." "Do you eat veal?" "Oh, God. Absolutely no veal." "What about sausage?" "No sausage either." I told Grandfather this, and he presented me a very bothered look. "What is wrong with him?" he asked. "Hamburger?" "No." "Tongue?" "What did he say is wrong with him?" Grandfather asked. "It is just the way he is." "Does he eat sausage?" "No." "No sausage!" "No. He says he does not eat sausage." "In truth?" "That is waht he says." "But sausage..." "I know." "In truth you do not eat any sausage?" "No sausage." "No sausage," I told Grandfather. He closed his eyes and tried to put his arms around his stomach, but there was not room because of the wheel. It appared like he was becoming sick because the hero would not eat sausage. "Well, let him deduce what he is going to eat. We will to go to the most proximal restaurant." "You are a schmuck," I informed the hero. "You're not using the word correctly," he said. "Yes I am," I said.

Everything is Illuminated, página 65. Sim, o livro é um terço escrito nesse inglês macarrônico. Delicioso.

Departamento de Aquisições

Era pra Collapse: how societies choose to fail or succeed ter vindo junto, mas o Departamento de Aquisições não recebeu o aporte completo do Financeiro este mês. Período de retração em função da crise. Tomara que as coisas mudem. Logo.

Departamento de Aquisições

Era pra Collapse: how societies choose to fail or succeed ter vindo junto, mas o Departamento de Aquisições não recebeu o aporte completo do Financeiro este mês. Período de retração em função da crise. Tomara que as coisas mudem. Logo.

Partículas Elementares vem aí. Em alemão. Faça o favor de ler o livro antes, se já não leu.

Partículas Elementares vem aí. Em alemão. Faça o favor de ler o livro antes, se já não leu.

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Munique é o segundo melhor filme do ano por causa do final. Não fosse o final (e um pouco do roteiro), seria facilmente o primeiro.

O Spielberg tem experiência para esbanjar, e tá acima do que muitos diretores consideram auge. Ele é um cara que sabe exatamente quantos passos de experimentalismo pode dar além do "o que o povo quer". Fez isso em Prenda-me se Puder, em Guerra dos Mundos e Munique. Os públicos-alvo são diferentes, mas ele consegue chegar num produto que agrada tanto o vovô que só vê os filmes na TV a cabo quanto as pessoas que sabem o que quer dizer cinematography. Em suma, ele sabe transitar entre as audiências com níveis de exigência bem díspares.

Munique ainda tem a fotografia fenomenal do Janusz Kaminski (que gera imagens como a aí de cima) e diálogos certeiros do Tony Kushner (o que me lembra que só vi metade de Angels in America). Certamente as melhores cenas também foram escritas por Kushner. Culpo todos os problemas no roteiro ao co-credidato, Eric Roth. Dá pra diferenciar os dois vendo o filme. Debate político versus crises emocionais = Kushner. Ação débil mental e falta de estrutura = Roth. Ainda bem que Roth aparece menos.

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Munique é o segundo melhor filme do ano por causa do final. Não fosse o final (e um pouco do roteiro), seria facilmente o primeiro.

O Spielberg tem experiência para esbanjar, e tá acima do que muitos diretores consideram auge. Ele é um cara que sabe exatamente quantos passos de experimentalismo pode dar além do "o que o povo quer". Fez isso em Prenda-me se Puder, em Guerra dos Mundos e Munique. Os públicos-alvo são diferentes, mas ele consegue chegar num produto que agrada tanto o vovô que só vê os filmes na TV a cabo quanto as pessoas que sabem o que quer dizer cinematography. Em suma, ele sabe transitar entre as audiências com níveis de exigência bem díspares.

Munique ainda tem a fotografia fenomenal do Janusz Kaminski (que gera imagens como a aí de cima) e diálogos certeiros do Tony Kushner (o que me lembra que só vi metade de Angels in America). Certamente as melhores cenas também foram escritas por Kushner. Culpo todos os problemas no roteiro ao co-credidato, Eric Roth. Dá pra diferenciar os dois vendo o filme. Debate político versus crises emocionais = Kushner. Ação débil mental e falta de estrutura = Roth. Ainda bem que Roth aparece menos.

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Departamento de Aquisições

O que fecha o pacotão que fiz na Amazon no meio do ano passado.

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Departamento de Aquisições

O que fecha o pacotão que fiz na Amazon no meio do ano passado.

Neil Gaiman escreve sobre quadrinhos e cinema, enquanto eu baixo Mirrormask com muita, muita apreensão.

Neil Gaiman escreve sobre quadrinhos e cinema, enquanto eu baixo Mirrormask com muita, muita apreensão.

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clooney.jpgGeorge Clooney é fodão. Ele não se contenta em ter dois filmes fodões em cartaz, em ser ator, roteirista e diretor, em ter ganho prêmios fodões por esses filmes fodões e concorrer a três Oscars por esses filmes fodões, em ser o homem por quem minha namorada provavelmente me trocaria ou por quem minha mãe certamente me trocaria. Nem em ser sugerido como candidato a presidente dos EUA.

Boa Noite e Boa Sorte é o melhor filme que vi este ano. Roteiro de primeira, direção de primeira, uma lista de atores fodões e em preto-e-branco. Não tinha como dar errado. Eu já tinha dito que Clooney era um diretor fodão no Confissões de Uma Mente Perigosa. Agora me ouvem.

Syriana é, acho, o terceiro melhor do ano (o segundo é Munique). Roteiro de primeira, direção de segunda, montagem de terceira e um grande desnível entre os atores. Clooney, fodão, é o melhor deles. O roteirista é o do Traffic, Stephen Gaghan, que também dirige - faz falta o Soderbergh na direção. Gaghan até que se esforça, mas não é o Soderbergh. Apesar disso, definitivamente não é um filme ruim.

Ainda descontente com isso, Clooney fechou a sua produtora (que tinha em parceria com Soderbergh), a que desafiou o mercado e que faz mais mais filmes fodões.

Nada satisfaz George Clooney. George Clooney é fodão.

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clooney.jpgGeorge Clooney é fodão. Ele não se contenta em ter dois filmes fodões em cartaz, em ser ator, roteirista e diretor, em ter ganho prêmios fodões por esses filmes fodões e concorrer a três Oscars por esses filmes fodões, em ser o homem por quem minha namorada provavelmente me trocaria ou por quem minha mãe certamente me trocaria. Nem em ser sugerido como candidato a presidente dos EUA.

Boa Noite e Boa Sorte é o melhor filme que vi este ano. Roteiro de primeira, direção de primeira, uma lista de atores fodões e em preto-e-branco. Não tinha como dar errado. Eu já tinha dito que Clooney era um diretor fodão no Confissões de Uma Mente Perigosa. Agora me ouvem.

Syriana é, acho, o terceiro melhor do ano (o segundo é Munique). Roteiro de primeira, direção de segunda, montagem de terceira e um grande desnível entre os atores. Clooney, fodão, é o melhor deles. O roteirista é o do Traffic, Stephen Gaghan, que também dirige - faz falta o Soderbergh na direção. Gaghan até que se esforça, mas não é o Soderbergh. Apesar disso, definitivamente não é um filme ruim.

Ainda descontente com isso, Clooney fechou a sua produtora (que tinha em parceria com Soderbergh), a que desafiou o mercado e que faz mais mais filmes fodões.

Nada satisfaz George Clooney. George Clooney é fodão.

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