"Nada da minha educação veio da escola. O único lugar onde eu encontrava informação que realmente me intrigava era em contato com o que se chamava na época de contracultura. Todo o cenário hippie psicodélico que existia na época, que produzia música fantástica, cultura fantástica, textos fantásticos e todo o ímpeto era para expandir sua consciência, como diziam. Então descobri, quando fui expulso da escola, que deveria me educar sozinho e achei o processo bastante prazeroso e fácil. Em algumas décadas de vida, descobri que havia absorvido bem mais informação do que se tivesse ficado em uma instituição acadêmica.Vezes demais a educação funciona como uma espécie de terapia de aversão, pois a gente ensina nossas crianças a associar aprender com trabalho e a associar trabalho com sofrimento, de forma que pelo resto da vida eles provavelmente nunca chegarão perto de um livro porque associam livros com aprender, aprender com trabalhar e trabalhar com sofrer. Assim, depois da lida diária, ao invés de relaxar com um livro é mais provável que eles sentem-se na frente de uma novela complacente porque é óbvio que ela não vai lhes ensinar nada, então não é aprender, não é trabalho, não é sofrimento, então deve ser prazer. Acho que esse é o circuito que montamos na nossa cabeça por conta do processo de educação."
Moore: genial como sempre.