Publique-se

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Saiu um texto meu na MyPix. É uma seção que eles chamam de "Rodízio de Ideias". O último a escrever na seção convida o próximo autor. A Gisele (antes da fama, ela foi minha colega no segundo grau) me convidou e é óbvio que eu topei.

O texto já está lá há alguns dias, então tomo a liberdade de publicar aqui a versão original, maior, que teve que ser cortada para caber na revista.



PUBLIQUE-SE.

Acho incrível que, em tempos de web 2.0 (ou 3.0, ou 4.0, 17.62, não interessa), ainda existe gente enrolando para mostrar aquilo que cria. Conheço gente demais que escreve muito bem, que desenha muito bem, que fotografa maravilhosamente, que pinta, que compõe, que filosofa, que borda, enfim, que cria coisas fantásticas – e que não mostra isso para o mundo.

Abrir uma conta no Flickr E no DeviantArt E no YouTube vai lhe tomar cinco minutos. Criar um blog leva uns 100 toques no teclado – menos que uma twittada. Aliás, twittar o link do que você publicou toma o tempo de um controlcê-controlvê. E pronto. Você vira uma pessoa-mídia com uma audiência do tamanho da qualidade do que fez.

Essa é a grande maravilha da Internet: todo mundo tem acesso a tudo, mas você só alcança todo mundo (ou um nicho interessante) se tiver algo legal para mostrar. E essa regra vale tanto para o supermegaconglomeradoglobal de comunicação quanto para você e seu Lentium. Quem tiver a Ideia vai atrair o Público.

Boa notícia: ferramentas de publicação são cada vez mais fáceis. É o fundamento, aliás, da tal web 2.0. Só faltam as Ideias. Se você é um ser humano, tem pelo menos uma boa Ideia por ano. Escreva-a, fotografe-a, pinte-a, grave-a etc. E blogue-a.

Falta tempo? Por que você está sempre trabalhando e tem que pagar as contas e as prestações e oh o mundo capitalista é cruel? Primeiro: trabalhar para os outros sem viver para você, por melhor que seja o salário, não compensa. Segundo: pense a longo prazo – seja lido/ouvido/visto agora para criar e manter contatos para o futuro. Terceiro: nesse momento, seu chefe e/ou seu cliente estão acessando o site do cara que vai ser contratado no seu lugar.

Preguiça? Oras, vá dar um exercício pros dedos gordos. Dói menos que abdominal.

Excesso de autocrítica? Se você escreveu uma poesia, tirou uma foto, fez uma ilustração etc. e só quer esconder na gaveta, sua autocrítica é garantia de que vale a pena mostrar. Gente demais joga qualquer coisa na Internet sem qualquer julgamento. Se você tem um pingo disso, já é dos bons.

No fim das contas, há duas vantagens: a pessoal, que é de você dizer “fui eu que fiz” e vez por outra receber massagens no ego; e a social, que é de você colaborar com suas Ideias para impulsionar outras Ideias que tornem o mundo mais legal.

Já tive vários dias que mudaram de rumo por causa de um texto, de um vídeo, de um desenho. Já aconteceu com você também. Mexer com a cabeça de uma pessoa é tão importante quanto aqueles livros e filosofias que mudam o mundo – todos começaram por uma cabeça. Que seja pelas suas Ideias – desde que publicadas.

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Antes da fama eu fui tua colega na faculdade também, em Ética. E no teu mestrado também, na aula da Suely. Esqueceu? :-P

Adorei o texto, sabia que tinha indicado bem!

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This page contains a single entry by Érico Assis published on september 25, 2009 4:35 EH.

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